A Racionalidade Subjacente em Processos de Implantações Curriculares: um Olhar Habermasiano sobre Relatos de Professores de Matemática
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2018.v19n1.03.p33Palavras-chave:
Currículo, Teoria da Ação Comunicativa, Professores de MatemáticaResumo
Este estudo analisa, segundo os princípios habermasianos da Teoria da Ação Comunicativa (TAC), a forma como professores de Matemática se veem/viram envolvidos em implantações curriculares de 1930 a 2013. Os dados foram constituídos, perseguindo os pressupostos da História Oral, a partir de relatos de 09 professores que vivenciaram processos de formação inicial ou continuada em contextos de implantações curriculares. Os resultados mostram como a racionalidade técnica, fundada na razão instrumental, tem fundamentado as ações governamentais em contexto de implantação curriculares. Há evidências ainda de que orientações didáticas sempre foram impostas aos professores sem, entretanto, a devida preocupação com a efetividade na comunicação.
Recebido em: 02/03/2017.
Aprovado em: 01/03/2018.
Downloads
Referências
BRASIL. Congresso Nacional. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2002.
BÜRIGO, E. Z. Movimento da Matemática Moderna no Brasil: estudo da ação e do pensamento de educadores matemáticos nos anos 80. 1989. Dissertação (Mestrado em Educação: Ensino) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Porto Alegre.
GARNICA, A.V.M. História Oral e Educação Matemática. In: BORBA, M.de C.; ARAÚJO, J. de L. Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2004a. p. 77-98.
GARNICA, A.V.M. Retraçando trajetórias, Recoletando influências e perspectivas: uma proposta em História Oral e Educação Matemática. In: BICUDO, M.A.V.; BORBA, M. de C. Educação Matemática: Pesquisa em Movimento. São Paulo: Cortez, 2004b. p. 151-163.
HABERMAS, J. Teoría de laacción comunicativa II: crítica de larazón funcionalista. 4ª ed.Madri: Taurus, 2003.
HABERMAS, J. Teoría de la Acción Comunicativa I: Racionalidad de la acción y racionalización social. 2ª ed. Madrid: Taurus, 1987.
LONGHI, A. J. A ação educativa na perspectiva da teoria do agir comunicativo de Jürgen Habermas: uma abordagem reflexiva. Tese (doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas. Campinas: UNICAMP, 2005.
MIORIM, M. A. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998.
PERALTA, D. A. O histórico de implantação curricular no estado de São Paulo: uma análise habermasiana dos últimos vinte anos. Mesa Redonda “Revisitando o currículo da matemática escolar a partir das dimensões cultural, política e social”. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 12, 2016, São Paulo. Anais... São Paulo: SBEM, 2016. p. 1-12.
PIETROPAOLO, R. C. Parâmetros Curriculares Nacionais: um estudo dos pareceres. 1999. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
ROMANELLI, O. História da educação no Brasil: 1930-1973. São Paulo: Vozes, 1986.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Subsídios para a implementação da proposta curricular de Matemática para o 2.º grau. Coord. Almerindo Marques Bastos. São Paulo: SE/CENP/CECISP, 1980.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Proposta curricular do Estado de São Paulo: Matemática. Coord. Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 International License: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.