A ALFABETIZAÇÃO DISCUTIDA SOB O VIÉS DO PIBID: PRÁTICAS DAS EGRESSAS DO SUBPROJETO PEDAGOGIA-UEMS CAMPO GRANDE
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2017.v18n1.05.p57Palavras-chave:
Alfabetização, PIBID, Práticas pedagógicasResumo
A questão do fracasso na alfabetização na escola brasileira preocupa e gera diversos estudos na área. Este artigo discute a questão da alfabetização no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - Pibid, entre os egressos do subprojeto do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul em Campo Grande. O enfoque são as práticas que foram trabalhadas com estudantes do 1º ao 3º ano do ensino fundamental em fase de alfabetização, levantadas a partir da aplicação de questionário enviado a dez egressas do Pibid. As participantes, todas mulheres e professoras iniciantes, apontaram que trabalhavam com atividades lúdicas, jogos e dinâmicas, como varal de letras, alfabeto móvel e confecção de livro com histórias criadas pelos alunos. As egressas relatam que as atividades eram bem recebidas pelos alunos e que, como professoras iniciantes, utilizam os conhecimentos sobre a alfabetização produzidos durante sua participação no Pibid ao refletirem sobre suas práticas pedagógicas. Ficou evidenciado que o Pibid se configura como um espaço formativo, proporcionando aos participantes oportunidade de articular teoria e prática e desenvolver uma atitude investigativa sobre as práticas docentes.
Recebido em: 25/08/2015.
Aprovado em: 24/02/2017.
Downloads
Referências
AMBROSETTI, N. B. et al. Contribuições do Pibid para a formação inicial de professores. Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 4, n. 1, p. 151-174, jan./jun. 2013.
ALBUQUERQUE, E. B. C. de; MORAIS, A. G. de; FERREIRA, A. T. B. As práticas cotidianas de alfabetização: o que fazem as professoras? Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 38, p. 253, maio/ago. 2008.
BOURDIEU, P. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID. 2016. Disponível em: <http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capesPIBID>. Acesso em: 08 jul. 2016.
DAMBROWSKI, A. B. et al. Influência da consciência fonológica na escrita de pré-escolares. Revista Cefac, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 175-181, abr./jun. 2008.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Um estudo avaliativo do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). São Paulo: FCC/SEP, 2014.
GATTI, B.A.; BARRETTO, E. S. de S.; ANDRÉ, M. E. D. A. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília: UNESCO, 2011.
LEITE, S. A. S. Alfabetização escolar: Repensando uma prática. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 1, n. 3, p. 85-95, dez. 1993.
LEMLE, M.; CARVALHO, M. Os mal-entendidos da alfabetização. Ciência Hoje, São Paulo, v. 16, n. 95, p. 38-43, dez. 1991.
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, v. 77, 2002.
MORAIS, A. G. Concepções e metodologias de alfabetização: Por que é preciso ir além da discussão sobre velhos métodos. In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO–ENDIPE, 13, 2006, Recife. Anais... Recife: UFPE, 2006.
MORAIS, A. G. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
MORTATTI, M. R. L. História dos métodos de alfabetização no Brasil. In: SEMINÁRIO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO EM DEBATE, 2006, Brasília. Anais... Brasília: MEC, 2006.
MORTATTI, M. R. L. A “querela dos métodos” de alfabetização no Brasil: contribuições para metodizar o debate. Revista Eletrônica Acolhendo a alfabetização nos países de língua portuguesa, São Paulo, v. 3, n. 5, p. 91-114, set./dez. 2009.
MORTATTI, M. R. L. Alfabetização no Brasil: conjecturas sobre as relações entre políticas públicas e seus sujeitos privados. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 44, p. 329-341, maio/ago. 2010.
NOGUEIRA, E. G. D.; MELIM, A. P. G. Vozes reveladas e reveladoras nas narrativas sobre a formação do professor alfabetizador no PIBID. Interfaces da educação, Paranaíba, v. 4, n. 11, p. 98-112, nov. 2013.
NOGUEIRA, E. G. D.; SOUSA, S. N. A escrita autobiográfica de professores: a constituição do habitus e desenvolvimento do capital cultural. In: RIOS, J. A. V. P. (Org.). Políticas, práticas e formação na educação básica. Salvador: EDUFBA, 2015. p. 267-290.
SOARES, J. M. A importância do lúdico na alfabetização infantil. 2010. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1869>. Acesso em: 25 ago. 2016.
SOARES, M. As muitas facetas da alfabetização. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 52, p. 19-24, fev. 1985.
SOARES, M. Alfabetização no Brasil: o estado do conhecimento. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais,1989.
SOARES, M. Língua escrita, sociedade e cultura. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 1, n. 56, p. 5-16, maio/ago. 1995.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica. 1998.
SOARES, M. Aprender a escrever, ensinar a escrever. In: ZACCUR, E. (Org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A/SEPE, 1999. p. 49-73.
SOARES, M. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 25, p. 5-17, jan./ abr. 2004.
SOARES M.; MACIEL, F. Alfabetização. Brasília: MEC/Inep/Comped, 2000.
SOUSA, S. N.; RIBEIRO, L. S.; NOGUEIRA, E. G. D. Mestrado Profissional em Educação: terceiro espaço formativo para professores da Educação Básica. Dialogia, São Paulo, n. 21, p. 55-68, jan./jun. 2015.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL. Pibid. 2015. Disponível em < http://www.uems.br/institucional/pibid/index.php?p=Objetivos> Acesso em 29 abr. 2015.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 International License: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.