A escrita ensaísta e a formação continuada de professores pedagogos
um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2023.v24.e023004Palavras-chave:
Escrita docente, Formação de professores, PedagogosResumo
A formação de professores é uma das áreas da pesquisa educacional que mais vêm crescendo nos últimos três decênios. Um dos pontos de maior relevância, nesse âmbito, é o desenvolvimento de métodos direcionados para a melhoria do ensino, bem como à busca de novas formas de comunicar mais claramente suas ideias e pensamentos. À vista disso, este trabalho possui por objetivo apresentar um estudo de caso realizado com um grupo de professores pedagogos, a fim de investigar o potencial de argumentação desenvolvida na escrita ensaísta digital, com a utilização do recurso do ambiente virtual de aprendizagem. Além disso, buscou-se compreender as bases ideológicas que fundamentam os discursos enunciados pelos professores acerca da escrita ensaísta e do seu potencial como metodologia para formação continuada docente. Para tanto, utilizamo-nos da análise discursiva mediante a perspectiva francesa, a qual evidenciou-nos os seguintes resultados: (i) o sentimento de medo, angústia e pânico operaram como base ideológica para o discurso dos professores, (ii) o estado de pandemia permitiu descobertas de recursos pedagógicos inovadores para a escrita, e (iii) os meios digitais possibilitam maior interação, tempo de planejamento e estudo.
Downloads
Referências
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
BENEDICT, R. Padrões de cultura. São Paulo: Vozes, 2013.
BOAS, F. Antropologia cultural. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
BRASIL. Ministério da Economia. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Nota técnica n° 70. A infraestrutura sanitária e tecnológica das escolas e a retomada das aulas em tempos de Covid-19. Julho, 2020. Disponível em https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/nota_tecnica/200715_nt_diset_n_70_web.pdf. Acesso em 30 mar 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 510 de 7 de abril de 2016. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.html. Acesso em 21 mar. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466 de 12 de dezembro de 2012. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em 21 mar. 2022.
CUNHA, A. G. Dicionário etimológico da Língua Portuguesa. São Paulo: Lexicon, 2010.
DAGHÉ, A. S.; DOLZ, J. Des gestes didactiques fondateurs aux gestes spécifiques à l’enseignement/apprentissage du texte d’opinion. In D. Bucheton, & J. C. Chabanne (Eds.), Les gestes professionnels de l’enseignant de français (pp. 83-106). Paris: PUF, 2008.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Departamento de pesquisas educacionais. Educação escolar em tempos de pandemia. Informe n°1. 2021. Disponível em https://www.fcc.org.br/fcc/educacao-pesquisa/educacao-escolar-em-tempos-de-pandemia-informe-n-1. Acesso em 14 de fevereiro de 2022.
GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
GOMES-SANTOS, S. N. A escrita nas formas do trabalho docente. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 2, p. 445-458, Aug. 2010. Acesso em 14 mar 2021. https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000200002.
JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
JUSTAMAND, Michel. As pinturas rupestres do Brasil: memória e identidade ancestral. Revista Memorare. Tubarão, v. 1, n. 2, jan/abr 2014.
LARROSA, J. A operação ensaio – sobre o ensaiar e o ensaiar-se no pensamento, na escrita e na vida. Revista Educação e Realidade, v. 29, n.1. Porto Alegre: FACED/UFRGS, 2004, p. 27-43.
LOTMAN, I. M. El símbolo en el sistema de la cultura. Revista forma y función. 15, 2002. Universidad Nacional de Colombia, Bogotá, D.C.
MARX, Karl. Para a crítica da economia política. Coleção: Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
MOMETTI, C. O saber necessário à prática docente na humanidade digital. Revista de Educação Matemática, v. 18, p. e021010, 24 fev. 2021.
PÊCHEUX, M. Análise do Discurso. 4 ed. Campinas: Pontes Editores, 2015. 315p.
PÊCHEUX, M. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 5 ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2014.
RIBEIRO, R. J. A etiqueta no antigo regime. São Paulo: Moderna, 1998.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística geral. São Paulo: Cultrix/Edusp, 1969.
SEWELL JR., W. H. Logics of history: social theory and social transformation. Chicago: Chicago University Press, 2005.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Tradução de Francisco Pereira. São Paulo: Editora Vozes, 2012.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WEBER, Max. A objetividade do conhecimento nas ciências sociais. In: COHN, Gabriel (org.). Weber. 3. Edição. São Paulo: editora Ática, 1986. p. 126.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Educação em Revista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 International License: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.