O poder parador da água no realismo ofensivo e o advento das Armas Hipersônicas

uma análise sobre o HGV Avangard

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n3.p513-537

Palavras-chave:

Realismo Ofensivo, Poder Parador da Água, Hegemonia, Projeção de Poder, Armamentos Nucleares, Armas Hipersônicas

Resumo

Apresentado por John J. Mearsheimer em The Tragedy of Great Power Politics, o conceito de Poder Parador da Água é um princípio basilar do que ele chama de Realismo Ofensivo, teoria segundo a qual as grandes potências do Sistema Internacional de Estados buscam a maximização de seu poder com vistas a atingir uma eventual hegemonia, seja regional, ou global. O Poder Parador da Água representa um obstáculo para a projeção de poder de uma dada potência que se utiliza de forças militares convencionais. Porém, o argumento aqui apresentado é que as armas hipersônicas hodiernas, em especial os veículos de deslizamento hipersônico, representam uma aparente, superação de tal conceito. No início da era nuclear, durante uma breve janela, os Estados Unidos possuíram o monopólio nuclear, condição essencial para a hegemonia global segundo o Realismo Ofensivo. Quando a União Soviética detonou sua primeira bomba nuclear, aquela janela estratégica começou a se fechar. Esse artigo argumenta que, dentro de condições específicas de conflito nuclear, o Poder Parador da Água, conforme proposto por Mearsheimer perde valor. Ainda mais, a Federação Russa hoje se encontra em uma janela de vantagem estratégica com suas novas classes de equipamentos bélicos, principalmente o HGV Avangard. Faz-se aqui uma análise das condições históricas que levaram ao desenvolvimento dessas armas assim como de suas potencialidades. Busca-se também uma integração dos principais princípios da doutrina nuclear corrente na Guerra Fria com as implicações estratégicas que a introdução das armas hipersônicas no campo de batalha traz ao aparato político-militar das grandes potências.

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Publicado

2022-12-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ALBERTO DE FRANÇA, Luiz. O poder parador da água no realismo ofensivo e o advento das Armas Hipersônicas: uma análise sobre o HGV Avangard. Brazilian Journal of International Relations, Marília, SP, v. 11, n. 3, p. 513–537, 2022. DOI: 10.36311/2237-7743.2022.v11n3.p513-537. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/bjir/article/view/12980.. Acesso em: 22 nov. 2024.