Contestando a “Ciência Social Norte-Americana”: críticas à postura conservadora das teorias do mainstream das Relações Internacionais / Disputing the "American Social Science": critical to conservative stance of the mainstream theories of IR
DOI:
https://doi.org/10.36311/2237-7743.2012.v1n3.p448-480Abstract
A concepção de uma disciplina acadêmica sistematizada para o estudo das relações internacionais se deu atrelada à necessidade de criação de um arcabouço teórico para a compreensão da dinâmica do sistema internacional e das possibilidades de mudança ou estabilidade da ordem política nesse sistema. Nesse sentido, o objetivo deste texto é demonstrar em que medida as teorias do chamado mainstream acadêmico, tradicionais na análise da política internacional, ao naturalizar a conformação da ordem política internacional e minimizar o papel das disputas entre as forças sociais na constituição das relações internacionais, exercem um papel favorável à manutenção da ordem hegemônica e conservação do status quo. Não obstante, perspectivas contestatórias reconheceram e evidenciaram os limites das teorias do mainstream e preencheram a lacuna político-acadêmica contida nas teorias tradicionais de Relações Internacionais ao longo do desenvolvimento de seu campo acadêmico e institucional.
Abstract: The design of an academic discipline for the systematic study of international relations occurred tied to the need to establish a theoretical framework for understanding the dynamics of the international system and the possibilities for change or stability of the political order in this system. Accordingly, this paper aims to demonstrate the extent to which the so-called mainstream academic theories, traditional analysis of international politics, to naturalize the conformation of the international political order and minimize the role of the disputes between the social forces in the constitution of international relations, play a role in favor of maintaining the hegemonic order and preserving the status quo. Nevertheless, prospects contesting recognized and showed the limits of the mainstream theories and filled the political and academic gap contained in traditional theories of international relations during the development of their academic and institutional concepts.