Estado e organismos internacionais: limites à cooperação sob a ótica realista/State and international organizations: limits to cooperation under realist optic

Autores

  • Augusto Leal Rinaldi UNICAMP
  • Cristiano Morini UNIMEP

DOI:

https://doi.org/10.36311/2237-7743.2015.v4n3.05.p516

Resumo

Uma das abordagens correntes de análise das relações internacionais é aquela que se refere ao relacionamento entre os Estados e as Organizações Internacionais. Temos como objetivo demonstrar que quando os Estados agem conforme seus próprios interesses e determinações, qualquer tentativa de controle por parte das instituições é sobrepujada. A pesquisa se utiliza amplamente de uma literatura ancorada num referencial teórico realista. A discussão avança no sentido de apontar que a condição de anarquia internacional e, subjacente a ela, as relações geradas pelos cálculos da balança de poder são fatores determinantes da limitação à cooperação. Apontamos algumas razões para essa alegação, entre elas: Organizações Internacionais dependem dos Estados para surgir e operar; elas não são grandes players internacionais; são instrumentos que servem para pressionar países de menor poder relativo a aceitar (legitimar) os padrões de comportamento ditados pelas potências dominantes e assegurar-se de que a balança de poder seja mantida ou favorecida à mais forte entre elas; o sistema, fracamente institucionalizado, corrobora para uma ação mais desenvolta das grandes potências. Concluímos, além disso, que o realismo é explicativo da paralisia do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como no caso demonstrado a partir do recente impasse na Síria.

Palavras-Chave: Realismo; Organizações Internacionais; Cooperação.

 

 

Abstract: One of the current approaches of analysis in international relations is that which refers to the relationship between States and International Organizations. We aim to show that when states act according to their own interests and determinations, any attempt to control by the institutions is surpassed. The research use an extensive literature anchored in a realistic theoretical framework. The discussion progresses to point out that the condition of international anarchy and behind it, the relations generated by the calculations of the balance of power are determinants of limitation of the cooperation. We point out some reasons for this claim, including: International Organizations rely on states to emerge and operate; they are not big international players; are tools that serve to pressure countries to accept lower relative power (legitimate) patterns of behavior dictated by the dominant powers and ensure that the balance of power is maintained or favored the strongest among them; the system, weakly institutionalized, supports for a more nimble action of the great powers. We conclude, furthermore, that realism is explanatory of the paralysis of the Security Council of the UN, as in the case shown from the recent stalemate in Syria.

Key Words: Realism; International Organizations; Cooperation.

 

 

DOI: 10.20424/2237-7743/bjir.v4n3p516-557

 

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Biografia do Autor

  • Augusto Leal Rinaldi, UNICAMP
    Bacharel em Relações Internacionais pela UNESP e mestre em Ciência Política pela UNICAMP.
  • Cristiano Morini, UNIMEP
    Bacharel em Relações Internacionais pela UNB, Mestrado em Integração Latino Americana pela UFSM, Doutor em Engenharia de Produção pela UNIMEP. Pesquisador do CNPq e FAPESP.

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Publicado

2015-12-21

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

RINALDI, Augusto Leal; MORINI, Cristiano. Estado e organismos internacionais: limites à cooperação sob a ótica realista/State and international organizations: limits to cooperation under realist optic. Brazilian Journal of International Relations, Marília, SP, v. 4, n. 3, p. 516–557, 2015. DOI: 10.36311/2237-7743.2015.v4n3.05.p516. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/bjir/article/view/5672.. Acesso em: 5 dez. 2024.