Dos imperativos político-morais da desnaturalização dos “Fluxos Migratórios” e da corporificação de quem migra andando

visualidades das caravanas na América Central

Autores

  • Cláudia Marconi PUC-SP
  • Maria Tereza Ferreira Cavalheiro
  • Maria Thereza Dumas Neto

DOI:

https://doi.org/10.36311/2237-7743.2023.v12n2.p261-280

Palavras-chave:

migrações andadas; caravanas; corporificação; visualidades; América Central

Resumo

A naturalização do Estado e de suas fronteiras e, por consequência, das migrações, tratadas como fluxos fluidos, resultam em uma noção de inevitabilidade desse imaginário político objetivamente fronteirizado e na descorporificação de quem migra. Essas duas naturalizações se unem no processo em que a criação de infraestruturas aplicadas às fronteiras resulta, por sua vez, em um regime de mobilidade profundamente desigual. É possível dizer que os fluxos migratórios, ao serem compreendidos como tal, ocultam certos corpos e as formas como toda uma geoinfraestrutura os afeta não uniformemente. O presente artigo se propõe a adotar uma visão corporificada da migração, centrada nas travessias andadas migrantes, a fim de compreender como a chamada “crise migratória”, tida como ameaça à soberania estatal, advém justamente da erotização desse imaginário político e das tecnologias (re)estruturadas no sentido de mantê-lo. Observando as caravanas andadas da América Central, em via crucis para os Estados Unidos, buscaremos conferir visibilidade a aspectos ocultados dessa migração, propondo visualidades mais pluralizadas da atividade de migrar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Publicado

2023-09-01

Como Citar

MARCONI, C.; FERREIRA CAVALHEIRO, M. T. .; DUMAS NETO, M. T. . Dos imperativos político-morais da desnaturalização dos “Fluxos Migratórios” e da corporificação de quem migra andando: visualidades das caravanas na América Central. Brazilian Journal of International Relations, Marília, SP, v. 12, n. 2, p. 261–280, 2023. DOI: 10.36311/2237-7743.2023.v12n2.p261-280. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/bjir/article/view/13055. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos