A última tentação de Cristo
apontamentos historicamente situados
DOI:
https://doi.org/10.36311/2237-7743.2022.v11n2.p236-253Palavras-chave:
Corte Inter-americana de Direitos Humanos, Sentença A Última Tentação de Cristo contra o Chile, Liberdade de Expressão, Direito Internacional Público, Direitos HumanosResumo
Este artigo relaciona o ataque de católicos ao filme A Última Tentação de Cristo, do diretor norte-americano Martin Scorcese, em 1988, no Chile e em outras partes do mundo, à tradicional doutrina católica construída ao longo da sua história. A referida doutrina é marcada por encontros de cúpula, exortações e encíclicas papais. Os encontros de cúpulas e os documentos mencionados fazem a defesa veemente do suposto legado deixado por Jesus Cristo, o qual se choca com a construção Iluminista. Os argumentos da Corte Inter-americana de Direitos Humanos, em sentença pronunciada em 2001, sustentam a defesa da liberdade de expressão no plano do Direito Internacional dos Direitos Humanos. O artigo faz um balanço do significado da sentença passados mais de trinta anos do caso e vinte da sentença. Avança em considerações sobre os princípios orientadores para o alcance do direito à liberdade de expressão numa sociedade comprometida com valores democráticos.