O JOGO NA VIDA ADULTA:
POSSÍVEIS RELAÇÕES ENTRE A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA E OS PROCESSOS MOTIVACIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.36311/1984-1655.2015.v7n2.p135-147Palavras-chave:
jogo – vida adulta – Epistemologia Genética – processos motivacionaisResumo
Jogar é uma atividade lúdica observada já nos bebês, através do jogo do exercício. Com o advento da função semiótica e da capacidade de representar, é possibilitado o jogo simbólico. Pos-teriormente, surge o jogo de regras, propiciado pelo desenvolvimento da capacidade de descen-tração dos sujeitos. O jogo se diferencia das atividades não-lúdicas porque assume um caráter “desinteressado”, por um ponto de vista, e “interessado”, por outro. É desinteressado quando se considera que o jogo não possui objetivo extrínseco para acontecer e, interessado, quando se assume que o jogo é interessante por si só, de forma intrínseca. Parte-se do pressuposto que o adulto experimentou todos os tipos de jogos: exercício, simbólico e de regras e, por sua vez, continua exercendo os mesmos (se consideramos que ainda dispõe ou organiza atividades lúdi-cas), só que o faz de forma diferente já que sua estrutura de pensamento não é a mesma que a de uma criança. Como o adulto joga? Por que joga? Para responder a estas perguntas, buscam-se subsídios tanto na teoria piagetiana como nos processos motivacionais apresentados na teoria de Juan Antonio Huertas. É feita uma apresentação da possível relação entre a Epistemologia Genética e a Teoria dos Processos Motivacionais para, posteriormente, referir os aspectos do jogo e sua execução na vida adulta. A revisão teórica e as relações estabelecidas neste texto vão em busca de novas reflexões sobre o tema e no intuito de mostrar que “jogar” ou “brincar” não se restringe à infância.
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Referências
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