Educação e(m) pandemia
atividade essencial, finalidade supérflua?
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2021.v22n2.p39-58Keywords:
Educação, Privatização, Ensino Remoto, Ensino Híbrido, EdtechAbstract
Neste artigo pretende-se analisar a forma pela qual a condução das políticas para a educação, no contexto da pandemia, vem expressando, a um só tempo, mudanças de fundo no âmbito do trabalho e da lógica contemporânea da acumulação capitalista, e uma mudança específica no campo educacional, projetando-o de forma mais intensiva e extensiva nos fluxos de mercantilização e financeirização da política social. Para essa finalidade, serão analisados os discursos ideológicos que estão sendo mobilizados para o retorno às atividades presenciais nas escolas, apelando ao que seria o caráter essencial dessa atividade. Proceder-se-á, também, a uma análise contextualizada desses discursos, buscando estabelecer conexões com mudanças que já estavam em curso no campo educacional. A hipótese central a ser desenvolvida é a de que a pandemia contribui para explicitar uma crescente mudança de finalidades da educação e da escola na sociedade capitalista contemporânea, especialmente na sua configuração periférica brasileira.
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