CONVERGÊNCIA POLÍTICA PARA A CONSTRUÇÃO DA AUTOGESTÃO GLOBAL
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2013.v14n1.3267Palavras-chave:
alienação, trabalho associado, autogestãoResumo
Tendo como horizonte a proposta de autogestão global é que articulamos o presente trabalho no intuito de discutir suas possibilidades concretas, bem como principais elementos constitutivos ou ontológicos, à luz da teoria da alienação e da teoria crítica das organizações. Nesta perspectiva, a questão da autogestão é situada e discutida como necessidade histórica, tanto como afirmação de um projeto de emancipação, como negação de uma realidade de alienação. Ao se considerar as experiências concretas de autogestão do trabalho associado, vemos que elas se situam mais como resistência e adaptação ao intercâmbio social do capital, do que numa processualidade dialética (negação e afirmação) de superação da alienação heterogestionária capitalista. De fato, as evidências empíricas apontam uma insuficiência ontológica de ampliação do escopo e abrangência da autogestão para uma perspectiva global. Partindo do mesmo olhar dialético, defendemos que uma possibilidade de superação de tal insuficiência reside na integração material e econômica das atuais tentativas de autogestão, por meio de uma convergência política consistente o suficiente, para se criar uma nova estrutura de intercâmbio social que venha tanto a anular como a reverter às mediações alienadoras do capital.
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