ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA FORMA CONTRA-HEGEMÔNICA DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2023.v24.e023012Palavras-chave:
economia solidária; saúde mental; trabalho; emancipação social.Resumo
O estudo tem como objetivos: compreender os impactos da vivência no trabalho na trajetória de vida de pessoas em sofrimento psíquico que participam de empreendimento econômico solidário; identificar possibilidades de enfrentamento do contexto capitalista a partir de uma proposta solidária; e refletir sobre a inclusão no trabalho à luz do referencial teórico da Ecologia de Saberes. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, que faz uso da história oral de vida, apresentando a narrativa de um membro do Recriart (empreendimento econômico solidário do campo da saúde mental), analisada sob a ótica das sociologias das ausências e das emergências e da ecologia de saberes, referencial teórico-filosófico desenvolvido por Boaventura de Sousa Santos. Os resultados apontam para o elevado potencial transformador, emancipatório e de emergência do trabalho fundamentado na economia solidária; o Recriart tem um papel fundamental na vida do narrador, posto que, para além de um espaço de trabalho, significa valorização, pertencimento, exercício da cidadania, ampliação da autonomia, (re)estruturação da rotina e desenvolvimento da afetividade. Concluímos demarcando o grande potencial de emergência do trabalho fundamentado na economia solidária, que permite às pessoas em sofrimento psíquico a vivência de alternativas que cabem no horizonte das possibilidades concretas e de enfrentamento ao capitalismo.
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