A Prefiguração Constituinte do Habitat, a Autogestão Complexa e a Revolta Popular de 18/O no Chile
DOI:
https://doi.org/10.36311/1519-0110.2020.v21n2.p7-26Palavras-chave:
Revolta, Constituinte, Movimentos Anti-sistêmicos, AutogestãoResumo
Com base nos resultados de uma investigação psicossocial sobre os sentidos e os processos de trabalho
autogestionários em um movimento urbano-popular chileno (MPL), que geram processos de prefiguração constituinte do habitat, é apresentada uma perspectiva dos dias de protesto e a dinâmica das assembléias que desencadeou a revolta popular plurinacional de 18 de outubro. Essa é uma perspectiva histórica de longo prazo, baseada na Análise Descolonial
dos Sistemas-Mundo, que nos permite colocar os dados produzidos na pesquisa relacionando-os a 18/O, dentro da estrutura dos processos de expansão e contração de autogestão na modernidade-colonialidade. Os resultados permitem caracterizar as estratégias sócio-políticas do movimento e sua ferramenta política (Partido Igualdad), bem como oferecer
uma estrutura de entendimento sócio-histórico dos eventos de 18/O a partir da perspectiva do trabalho autogerido e das lutas anti-sistêmicas globais. Conclui-se que a estratégia constituinte do habitat é projetada em um horizonte de autogoverno comunal e intercomunitário, baseado na construção do poder popular, o que explica a maneira como esse e outros movimentos urbano-populares enfrentaram o atual ciclo de lutas.
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