Três trajetórias e uma mesma estrada
DOI:
https://doi.org/10.36311/0102-5864.2012.v49n2.2715Resumo
O processo de migração do trabalhador rural nordestino em direção às cidades do sul do país, em busca de trabalho e melhores condições de vida, atingiu milhões de indivíduos e constituiu a base de nossa industrialização e modernização, sobretudo a partir dos anos de 1930. O cinema não passou ao largo deste vasto fenômeno e, tanto quanto a literatura, colocou em debate a questão, particularmente a partir de 1960, quando nossa sétima arte assumiu-se como parte da intelligentsia nacional. Neste artigo, observamos três narrativas que tematizam a fuga do rural para o urbano a partir do sertão nordestino: Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, Trópicos (BR/ITA, 1967), de Gianni Amico, e O Caminho das nuvens (2003), de Vicente Amorim. Partícipes do cinema politizado, Vidas Secas e Trópicos desenham os impasses políticos do período na forma dos filmes e nas escolhas estéticas, procurando entender o papel destes migrantes na vida brasileira. Já em O Caminho das Nuvens, realizado quatro décadas mais tarde, a narrativa assume-se como parte do cinema de entretenimento, pensando a migração como escolha, tal como indica a forma desta obra do chamado cinema da retomada.
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