Objetividade do juízo estético
DOI:
https://doi.org/10.36311/2318-0501.2019.v7n1.03.p11Palavras-chave:
objectividade, subjectividade, universalidade, juízo estético, comunicação estéticaResumo
Neste verbete é discutido o problema da “objectividade do juízo estético”, tal como Kant a entende no quadro da Terceira Crítica. Uma das soluções mais fortes ao nosso dispor para esclarecer essa questão seria a defesa de um princípio realista, a perfeição, que sustentasse a objectividade pretendida para esse tipo de juízo. Nesse caso a objectividade seria justificada por um conjunto de qualidades pertencendo ao próprio objecto. Porém, o facto é que o juízo de gosto é completamente independente de qualquer conceito de perfeição (§ 15). Uma crítica do juízo estético mostra que a sua universalidade e necessidade são qualidades que não podem ser separadas de um princípio universal de comunicação entre subjectividades. Sendo assim, a objectividade de um tal juízo não é a que é própria de um juízo de conhecimento, o qual é baseado no conceito de objecto, mas sim o tipo de objectividade que é associado a uma comunicação universal. No entanto, deverá ainda acrescentar-se um elemento central para que essa universalidade e necessidade tenha um fundamento seguro (não apenas o de um consenso): a ideia de um fundamento supra-sensível da natureza, o qual é uma pressuposição transcendental imprescindível.
Recebido / Received: 7.1.2019.
Aprovado / Approved: 14.1.2019.