UM DEBATE SOBRE O CONCEITO KANTIANO DE “FIM EM SI MESMO”: UM CONCEITO DESCRITIVO OU NORMATIVO?

Autores

  • Emanuel Lanzini STOBBE

DOI:

https://doi.org/10.36311/2318-0501.2017.v5n1.28.p407

Resumo

A justificação para o dito de Kant, de tratar alguém e outros nunca meramente como meios, mas sempre ao mesmo tempo como um fim, pode ser lido de diferentes modos. Neste artigo, respondo aos comentários feitos por Dieter Schönecker, Jochen Bojanowski, Heiner Klemme e Stefano Bacin sobre a justificação que ofereço em meu livro Kant on Human Dignity. No livro, argumentei contra a leitura mais comum da justificação de Kant, que tenta basear o respeito que alguém deve a outros em um valor que estes possuem. Em contraste, meu ponto de vista traz a justificação de Kant mais perto a sua filosofia teórica, e argumenta que seja baseado em uma lei a priori. Em minha resposta, esclareço diversos pontos que coloquei no livro: explicito como Kant considera o valor como uma prescrição da razão, por que o valor não pode ser o fundamento da filosofia moral de Kant, bem como se um fim especial se faz mesmo requerido para motivar ações morais, e o que Kant entende por ‘fim em si mesmo’. Neste artigo, também me aprofundo a perspectiva positiva do porquê de alguém dever respeitar outros, e como Kant considera tal requerimento como baseado na razão pura. Finalmente, ofereço uma leitura modificada do paradigma tradicional de dignidade, ao qual também Kant adere. Diferentemente da minha perspectiva no livro, eu não mais acredito nessa concepção a dignidade esteja sempre conectada a um dever para consigo mesmo, e concedo que essa concepção tem sido frequentemente utilizada como um argumento abreviado intuitivamente plausível, mas incompleto para o requerimento de respeitar outros.

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Biografia do Autor

  • Emanuel Lanzini STOBBE

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Publicado

2017-07-14

Edição

Seção

Traduções/Translations

Como Citar

STOBBE, Emanuel Lanzini. UM DEBATE SOBRE O CONCEITO KANTIANO DE “FIM EM SI MESMO”: UM CONCEITO DESCRITIVO OU NORMATIVO?. Estudos Kantianos [EK], Marília, SP, v. 5, n. 01, 2017. DOI: 10.36311/2318-0501.2017.v5n1.28.p407. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/ek/article/view/7101.. Acesso em: 21 nov. 2024.