ESQUEMATISMO E INDEXICALIDADE. UMA NOTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE ESSES DOIS CONCEITOS
DOI:
https://doi.org/10.36311/2318-0501.2017.v5n1.17.p251Resumo
A doutrina kantiana das categorias pode ser examinada a partir de três perspectivas. A primeira e mais conhecida delas tem por objeto a avaliação da validez das novas e audaciosas teses filosóficas ali apresentadas. Kant designa este problema como a questão do quid juris e dedica a Dedução Transcendental para oferecimento de uma resposta positiva a tal questão, cuja conclusão é que os conceitos puros do entendimento têm sim realidade objetiva. O segundo modo de discutir a doutrina das categorias se encontra na chamada Resposta a Eberhard. Ali a investiga- ção é sobre a origem de tais conceitos, a análise de Kant tratando de explicar como as categorias são originariamente adquiridas. O terceiro modo de discutir interpretativamente as categorias kantianas, o único a ser tratado neste texto, tem em vista o uso a que se destinam e preocupa-se com o modo em que elas obtém aplicação. Mesmo se este ponto aparece na Analítica dos Conceitos, é na Analítica do Princípíos que ele é sistematicamente tratado. A dificuldade e obscuridade da lição kantiana nessas seções da CRP, notadamente do capítulo sobre o esquematismo, têm sido frequentemente apontadas. O que é tentativamente ensaiado no que segue é explorar se comparar os esquemas dos conceitos puros do entendimento com a teoria moderna da indexalidade não seria uma melhor maneira de explicar-lhes a função. Este movimento, de natureza evidentemente reconstrutiva, implica tomar o esquema de uma categoria, por exemplo, a da realidade e de sua parceira, a da negação ? que se distinguem, como diz Kant, por um tempo cheio ou vazio – como uma ferramenta semântica que permite a aplicação contextual dessas categorias a um objeto dado.Downloads
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Publicado
2017-07-14
Edição
Seção
Artigos / Articles
Como Citar
TORRES, João Carlos Brum. ESQUEMATISMO E INDEXICALIDADE. UMA NOTA DE APROXIMAÇÃO ENTRE ESSES DOIS CONCEITOS. Estudos Kantianos [EK], Marília, SP, v. 5, n. 01, 2017. DOI: 10.36311/2318-0501.2017.v5n1.17.p251. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/ek/article/view/7089.. Acesso em: 7 dez. 2024.