Contribuições ao ensino de Filosofia no Brasil a partir dos princípios deweyanos sobre educação

Resumo

Este estudo focaliza o “ensino de Filosofia”, procurando discutir os aspectos inerentes ao conteúdo da disciplina e aqueles de caráter educacional mais geral, em cujo âmbito a referida atividade se encontra envolvida. Iniciando por considerações concernentes à recente obrigatoriedade da disciplina, no Ensino Médio do Brasil, alude a questões relativas aos textos legais e às suas indicações sugestivas àqueles comprometidos com a efetiva formação dos educandos. Buscando inspiração em Dewey, a autora pontua as suas contribuições diante das problemáticas que, atualmente, são postas na berlinda das preocupações dos profissionais envolvidos na temática. O que deve ser tratado pelo professor, nas aulas oferecidas aos jovens do Ensino Médio? Qual o critério a ser levado em conta, ao se eleger o conteúdo a ser ensinado? Afinal, qual é a especificidade da disciplina? As ideias eweyanas relativas, principalmente, ao pensar reflexivo e à possibilidade de a escola permitir ao educando a apreensão dos nexos experienciais necessários para que possa usufruir de uma experiência efetivamente educativa, em direção a um maior crescimento, podem propiciar ricas sugestões. Pelo menos, são ideias desafiadoras diante da tradição das licenciaturas neste país, em que frequentemente o estudante e, posterior tímido professor de Filosofia, parece não se sentir estimulado a experimentar o gosto pela educação, demonstrando indecisão frente à possibilidade de abandonar uma alternativa mais sofisticada, o bacharelado.