OS CONFLITOS INTERPESSOAIS NA ESCOLA E A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO MORAL DOS ALUNOS
DOI:
https://doi.org/10.36311/2236-5192.2024.v25.e024007Palavras-chave:
Desenvolvimento moral, Prática Docente, Conflitos interpessoaisResumo
Este texto tem por objetivo refletir sobre o desenvolvimento da moralidade na escola. Alicerçado em pesquisa bibliográfica, é baseado em produções acadêmicas que tratam do desenvolvimento moral, à luz da teoria construtivista. Este trabalho sustenta a ideia de que o professor deve ser instrumentalizado, desde a sua formação, para trabalhar com os valores morais na escola, já que é nesse espaço que as relações sociais acontecem e os conflitos interpessoais são inevitáveis. Argumenta-se a necessidade de que os docentes entendam a complexidade desse processo e sua relevância para a convivência no ambiente escolar. Como resultados, espera-se que possamos refletir na responsabilidade dos professores no processo de desenvolvimento moral dos alunos, considerando que suas atitudes e discursos frente aos conflitos escolares, impacta diretamente na formação do sujeito. Ressalta-se, então, a necessidade de repensar os cursos de formação para professores, com o intuito de melhorar a qualidade da prática docente para uma educação em valores mais efetiva no exercício da cidadania.
Downloads
Referências
ARAÚJO, U. F. Escola, democracia e a construção de personalidades morais. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.26, n.2, p.91-107, jul./dez. 2000.
ARAÚJO, U. A construção social e psicológica dos valores. In: ARAÚJO, U. F.; PUIG, J. M.; ARANTES, V. A. (Org.). Educação e valores: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2007, p. 17-64.
ASSIS, O. Z. M. A formação da personalidade ética: Introdução. In: TOGNETTA, L. R. P. A formação da personalidade ética: estratégias de trabalho com afetividade na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2009.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental: apresentação dos temas transversais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf. Acesso em: 04 jun. 2022.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, MEC/SEF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 04 jun. 2022.
D ́AUREA-TARDELI, D. Adolescência, personalidade e projeto de vida solidaria. In: LA TAILLE, Y.; MENIN, M. S. S. (org.). Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed, 2009.
D’AUREA-TARDELI, D.; PASQUALINI, A. R. B. Educação em Valores: possibilidades de intervenção pedagógica na resolução de conflitos escolares. In: TOGNETTA, L. R. P.; VINHA, T. P. Conflitos na instituição educativa: perigo ou oportunidade? Contribuições da Psicologia, Campinas - SP: Mercado das letras, 2011. p. 191-228.
DELVAL, J. Aspectos de la construcción del conocimiento sobre la sociedad. Educar, Curitiba, n.30, p.45-64, 2007. Editora UFPR.
FERNANDES, E. D. Q.; MARTINS, R. A. Competência moral: os desafios no contexto escolar. In: Bataglia, P. U. R.; Alves, C. P.; Parente, E. M. P. R. (Org.) Estudos sobre competência moral: propostas e dilemas para discussão. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2022.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas, 2002.
LA TAILLE, Y. A construção da personalidade moral: prefácio a edição brasileira. In: PUIG, J. M. A construção da personalidade moral. São Paulo: Editora Ática, 1998.
LA TAILLE, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
LA TAILLE, Y. Formação ética: do tédio ao respeito de si. Porto Alegre: Artmed, 2009.
LA TAILLE, Y.; MENIN, M. S. S. (org.). Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed, 2009.
LEPRE, R. M. Por que estudar a moralidade humana e seus possíveis desdobramentos? In: MARTINS, R. A.; CRUZ, L. A. N. Desenvolvimento sócio moral e condutas de risco em adolescentes. Campinas: Mercado das letras, 2015, p. 9-24.
LEPRE, R. M. A educação moral na escola: revisões e alternativas a partir das contribuições da Psicologia. Educação, n.44, p.1-25, 2019.
LIND, G. How to teach morality, Promoting Deliberation and Discussion, Reducing Violence and Deceit. Berlin: Editora Logos Verlag, 2016.
MARQUES, C. A. E.; TAVARES, M. R.; MENIN, M. S. S. Valores sociomorais: reflexões para a educação (1). Americana, SP: Adonis, 2019.
MARTINS, R. A. et al. Quando ajudar é preciso! O valor da solidariedade. 1. ed. Americana: Adonis, 2017.
OMS. Organização Mundial da Saúde. WHO Director-General´s opening at the media briefing on COVID-19 - 11 March 2020. Disponível em: https://www.who.int/director-general/speeches/detail/who-director-general-s-opening-remarks-at-the-media-briefing-on-COVID-19---11-march-2020
PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1932/1994.
PIAGET, J. Os procedimentos de Educação Moral. In. MACEDO, L. Cinco estudos de educação moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1930/1996.
PUIG, J. M. A construção da personalidade moral. São Paulo: Editora Ática, 1998.
RAZERA, J. C. C. O ensino de ciências entre a cultura do tédio e do sentido. Rev. Ensaio, Belo Horizonte, v. 13, n. 01, p. 157-164, jan./abr. 2011.
SANTOS, A. C. B. H.; TREVISOL, M. T. C. O desenvolvimento moral do aluno: um estudo sobre as experiências pedagógicas realizadas na escola. X Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. I Seminário internacional de representações sociais, subjetividade e educação – SIRSSE. Pontifica Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2011.
SCRIPTORI, C. C. Aproximações e distanciamentos didático-pedagógicos de uma formação para a cidadania: o texto escolar em pauta. In: XIII ENDIPE - XIII Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, 2006, Recife. Educação, Questões Pedagógicas e Processos Formativos: compromisso com a Inclusão Social. Recife, PE: Editora UFPE, 2006. v. único. p. 1-16.
SILVA, I. A. Concepções de educação moral de professores do ensino fundamental: análises a partir de uma atividade formativa desenvolvida na escola. 185f. Doutorado. Tese. Programa de Pós-graduação em Educação – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”– UNESP, Marília, 2018.
TAVARES, M.R.; MENIN, M.S.S. (Coord.). Avaliando valores em escolares e seus professores: proposta de construção de uma escala. Textos FCC. São Paulo: FCC-DPE, v.46, out. p. 1-85, 2015.
TAVARES, M. R. et al. Construção e Validação de uma escala de valores sociomorais. Cadernos de Pesquisa, v.46, n.159, p.186-210, jan./mar. 2016.
TOGNETTA, L. R. P.; ASSIS, O. Z. M. A construção da solidariedade na escola: as virtudes, a razão e a afetividade. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n.1, p.49-66, jan./abr. 2006.
TOGNETTA, L. R. P.; VINHA, T. P. Quando a escola é democrática: um olhar sobre a prática das regras e assembleias na escola. Campinas: Mercado das letras, 2007.
TOGNETTA, L. R. P. A formação da personalidade ética: estratégias de trabalho com afetividade na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2009.
TOGNETTA, L. R. P. A temática da convivência ética em contextos escolares. Revista online de Políticas e Gestão Educacional, Araraquara, v.26, n. esp. 3, p. 1-24, jul. 2022.
VINHA, T. P.; ASSIS, O.Z.M. O direito de aprender a conviver: O ambiente escolar e o desenvolvimento da autonomia moral segundo a perspectiva construtivista. Anais do XXIV Encontro Nacional de Professores do Proepre: O direito de aprender. Campinas, SP: FE, Unicamp; Art Point. 2008.
VINHA, T. P.; TOGNETTA, L. R. P. Construindo a autonomia moral na escola: os conflitos interpessoais dos valores. Revista Educ., Curitiba, v. 9, n. 28, p. 525-540, set/dez, 2009
VINHA, T. P.; MORAIS, A. de; MORO, A. (org) Manual de orientação para a aplicação dos questionários que avaliam o clima escolar. Campinas, SP:FE/UNICAMP, 2017.
VINHA, T. P. Prefácio. In: Bataglia, P. U. R.; Alves, C. P.; Parente, E. M. P. R. (Org.) Estudos sobre competência moral: propostas e dilemas para discussão. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2022.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Educação em Revista
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 International License: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.