FUNES, O ARQUIVISTA DA MEMÓRIA – REFLEXÕES SOBRE MEMÓRIA E ESQUECIMENTO NA CONTEMPORANEIDADE

Autores

  • Sarah Catão LUCENA

DOI:

https://doi.org/10.36311/1808-8473.2012.v1n8.1762

Palavras-chave:

Literatura. Memória. Esquecimento.

Resumo

Este artigo tem como propósito pensar a respeito do tema da memória e seu reverso, o esquecimento, na atualidade, utilizando-se da análise do conto Funes, o Memorioso, do escritor argentino Jorge Luis Borges. Para tanto, recorreu-se às reflexões de alguns dos principais teóricos da memória. Com Paul Ricoeur, buscou-se, especialmente nos seus textos sobre os usos da memória e do esquecimento, tratar principalmente deste último enquanto uma não-disfunção da mente. Com Pierre Nora, por meio de suas reflexões sobre os lieux de memoire, e Jesus Martin-Barbero e seu boom da memória, foi possível atualizar o conto de Borges como uma metaforização do mais representativo sintoma da contemporaneidade, que Márcio Seligmann-Silva chama de era dos arquivos. Nesse ponto, encontramos interlocução com Walter Benjamin e seu conceito de arquivamento no fazer história. É quando podemos ver em Funes, então, a imagem de nossa atual obsessão pelo resgate da memória.

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