ESPINOSA E MERLEAU-PONTY: CONVERGENCIAS?




Homero SANTIAGO1



RESUMO: A partir das reflexñes do ultimo Merleau-Ponty sobre a ontologia clñssica e sua compieensño do ser, particularmente n'O visivel e o invisivel, podemos descobrir certas questñes que aproximam sua filosofia da de Espi- nosa. Ao repassar algumas delas, esperamos mostrar ao menos a pertinén- cia de uma investiga9ño acerca das rela9ñes entre espinosismo e merleau- pontysmo.

PALAVRAS-CHAVE: Espinosa; Merleau-Ponty; expressño; ontologia.



E bem conhecido o lugar de importñncia ocupado pelo racionalismo seiscentista na obra de Merleau-Ponty. Das primeiras publica9ñes até as derradeiras notas de trabalho persiste a reflexño sobie o “intrépido” século XVII, que soube tño bem ajustar ciéncia e filosofia e elevar ao cume a questño ontologica; nisto, dira o filssofo, o grande racionalismo nño é passado, pelo contrario tornou-se mesmo passages obrigatñria para os contemporñneos (Merleau-Ponty, 1960, p.190-1, trad. p.166). Nos ultimos anos de sua vida, a frequenta9ao merleau-pontyana do grande século se faz ainda mais recorrente, algo devido em boa paite ñ empresa de releitura da histñria da ontologia nos sucessivos cursos so- bre a natureza dados no Colégio de Franca a paitir de 1956; intensa me- dita9ño que constitui um dos solos em que rebenta a ontologia d'0 mist- vet e o invisivel (cI. Barbaras, 1998, p.202), pois é no medir-se com oracionalismo clñssico que Merleau-Ponty foi definindo seus piopñsitos e guiando seus passos. Vemos isto com imensa nitidez, por exemplo, no curso de 1958-1959, que “faz parte do curso sobre a Natureza": estabe- lece-se lñ: “O objetivo é de modo geral ontologia (no sentido moderno), i.e., considera9ño do todo e de suas articula9ñes para além das catego- rias de substñncia, sujeito-objeto, causa, i.e., metafisica no sentido clñssico” (Merleau-Ponty, 1996, p.37).

Acerca desse intimo relacionamento, as vezes embate, as vezes aquiescéncia, sempre inspira9ño, é que gostailamos de tecer algumas considera9ñes. Pesem embora as tantas diferen9as, é inegñvel um certo ar de parentesco entie Merleau-Ponty e os filñsofos seiscentistas; ta1 que bem pouco espanta ouvir falar de um leibniZianismo ou de um ma- lebranchismo desse filñsofo novecentista e isto para nem mencionar o eterno retorno ds paragens cartesianas, taiefa compartilhada por toda a fenomenologia que é reconhecidamente a principal fonte inspirada de seu pensamento.2 Nossas indaga9ñes, porém, mais especificas, voltam- se para as rela9ñes entre Merleau-Ponty e o espinosismo. Elas existem? Ha convergéncias ou pura refia9ño? Ao que sabemos, quase nada se avan9ou nessa dire9ño, a nño ser algumas poucas indica9ñes que trata- remos de explorar e justificar; assim a pertinéncia da interroga9ño que aparece no titulo deste texto, a qual nño deve ser tomada por mero re- curso expressivo desprovido de razñes.

E mister admitir que, ñ primeira vista, tudo interdita ensaiar uma aproxima9ño de espinosismo e merleau-pontysmo. Além da passagem de 58-59 faz pouco citada, que instala o pensamento de Merleau-Ponty num campo bem diferente do de Espinosa, afora o diminuto numero de referéncias do primeiro ao segundo, em geral criticas e tomadas ao es- tudo Espinosa e seus contempoiâneos de Léon Brunschvicg (1923), as- soma-se uma espécie de abismo entre eles: de um lado, contingéncia, finitude, existéncia, facticidade; doutro, necessidade, infinito positivo, causalidade. A ultima nota d’O visivel e o inrisJrei, taxativa e explicita a tal ponto que infirma qualquer ñnimo comparativo que intentasse de- terminal uma influéncia de Espinosa sobre Merleau-Ponty:


Men Plono.’ I o visivel II a NutureZa III o logos

deve set apresentado sem nenhum compromisso com o humanismo, nem, além disso, com o naturulismo, nem, enfim, com a teologia - trata-se precisamente de mostrar que a filosofia nño pode mais pensar segundo esta clivagem: Deus, o homem, as criaturas que era a clivagem de Espinosa (Merleau-Ponty, 1964, p.328; trad. p.245).


Portanto, se quisermos nño obstante esta alega9ño insistir na proximidade entre as duas filosofias em questño, sera preciso desde logo desacreditar uma via que nos conduzisse ñ estipula9ño de influén- cias, receppñes, leituras, ou coisas do tipo. Para come9ar, longe desse campo de rela9ñes estreitas, limitemo-nos a invocar uma certa atmosfe- ra comum ñs pretensñes espinosanas e merleau-pontyanas. De tal modo mencionado, é certo que isso nño vai muito além de uma impressño de leitura sem forma argumentativa; menos certo nño é, porém, que essa mencionada atmosfera comum pode ganhar contoinos mais bem defini- dos na forma de algumas convergéncias que, embora se déem vindo cada filñsofo de um caminho diverso, nao sño de pouca relevñncia; por exemplo: o deslocamento da filosofia para la dos limites impostos ñs li- losofias da representa ño e do cogito, a busca da supeia9ño do dualis- mo cartesiano e a reabilita9ño do corpo, a concep9ño de uma liberdade nño fundada sobre o livie-arbitrio (cf. Chaui, 2000, p,320-321). Duvida- mos, no entanto, poder diminuir essa atmosfera comum invocada a um elenco de temas. Primeiio, haveria o risco de nos reduzirmos a uma sor- te de doxografia paralelista que, mesmo sendo um trabalho que pudesse fornecer algumas pistas, nño se bastaria em st; segundo porque, nño obstante vñrios resultados do trabalho dos dois filñsofos em questño apresentarem notñveis semelhanpas, é inconteste que sob a superficie as teses guardam profundas diferen9as.° Em suma, ao pretendermos uma convergéncia entre Espinosa e Merleau-Ponty, esta deverñ, por um lado, ser mais precisa que uma vaga atmosfera comum, por outro, me- nos estrita que uma influéncia e tampouco iesumii-se a uma comunida- de de temas, questñes ou métodos.

Tal convergéncia, cremos, pode ser assinalada num certo horizonte filosofico, um horizonte de inteligibilidade e de compromissos em que se instalam igualmente tanto Espinosa quanto Meileau-Ponty. Sem querer dar validade ao notñrio dito bergsoniano segundo o qual “todo fi- lñsofo tern duas filosofias: a sua e a de Espinosa” (Bergson, 1959, p.587), é razoñvel supor que Merleau-Ponty estivesse peito inclusive de tomar consciéncia do fato. Retornemos por um momento d imediata sequén- era daquela ultima nota d'0 visivel e o invisivel que ditamos acima:

Portanto nño comepamos at homine como Descartes (a J• paite nño é ”re- flexño") nño tomamos a Natureza no sentido dos Escolñsticos (a 2• Parte nño é a Natureza em si, 9 da Natureza, mas descii9ño do entrelaqado homem-anima- lidade) e nño tomamos o Logos e a verdade no sentido do Verbo (a 3• Parte nño é nem lñgica, nem teleologia da consciéncia, mas estudo da linguagem que possui o homem) (Meileau-Ponty, 1964, p.328; trad. p.245).


Esta demarca9ño negativa do prñprio escopo é assaz reveladora. Na imediata sequéncia de uma alusño explicita e critica a Espinosa, a pas- sagem ecoa uma bem conhecida nota de Leibniz acerca do filñsofo ho- landés: “o vulgar filosñfico comet a pela criatura, Descartes come9ou pela mente, ele come9a por Deus .4 Nota que, vale sublinhar como um paréntesis, aparecia num livro de Jean Laporte sobre Descartes muito utilizado por Merleau-Ponty em seus cursos sobre a natureza, e num contexto curioso; o cogito é, dizia Laporte, além de marca da filosofia caitesiana, o caminho que todos os grandes dos ultimos séculos toma- ram como ponto de partida, “exceto Espinosa, que nño teme escrever:

Os escolñsticos come9avam pelas coisas, Descartes come9a pelo pensamento, eu come3o por Deus.' Mas é que Espinosa é um dogmñtico impenitente” (Lapoite, 1988, p.478). Significativamente, a seguir este juizo e diante de certas afirma9fies merleau-pontyanas que logo vere- mos, deveriamos alocar Espinosa e Merleau-Ponty numa mesma impe- niténcia dogmñtica. Serra esta a iazño profunda de seu medir-se com o espinosismo? O estabelecimento de fronteiras, o auto-esclaiecimento contrastivo poderiam ser interpretados ñ guisa de pressentida aproxima9ño? Nño come9ar pelo homem nem pelo coyito, como fez Descartes e sua tradi9ño, e por conseguinte diminuir a énfase no tema do dualis- mo, ubiquo nas primeiras obras merleau-pontyanas; por outio lado, in- terrogar uma natureza que jñ nfio poderñ ser concebida ñ maneira ordi- nñria como um em si, pura exterioridade, mero produto. Com efeito, ao longo dos cursos sobre a natureza, Merleau-Ponty critica duramente esta concep9ño e vai em paralelo desvelando a natureza como "produti- vidade originñria" que seria nosso solo, autoprodu9ño de sentido, nño apenas um exterior (um nño-nñs) como também um interior (é nela que somos); “é necessñiio para nñs, por exemplo, que a Natureza em nñs te- nha alguma relasa o com a Natureza fora de nñs, é necessñrio até mesmo que a Natureza fora de nñs seja desvelada pela Natureza que nos so- mos" (Merleau-Ponty, 1995, p.267; trad. p.332). Ber9o da indivisño origi- nñria, esta natureza, explica-se lñ, aponta primordialmente ao ser e ex- pressa uma ontologia, um horizonte de compreensño do ser.

Pois bem, desde que enfatizemos algumas intui9oes fundamentais de Merleau-Ponty, pensamos cabivel dizer que seu novo horizonte con- verge para aquele do espinosismo; o embate da ultima nota d'O visivel e o invislreJ talvez seja signo disso. De fato, deixando de lado tematiza- 9ñes, determina9fies, hñ uma intui§ño fundamental do ser e dos seres que parece comum a Merleau-Ponty e a Espinosa. Assim, que a ontolo- gia em "sentido moderno" indague pelo “todo e suas articula9ñes”, pelo nexo entre o homem, a natureza e Deus, 5 permanecemos apesar de tudo num sitio que se nño é o clñssico (“sentido moderno"), tampouco é in- teiiamente estranho a ele; mesmo porque, como jñ afirmado, muitas das criticas merleau-pontyanas ao grande racionalismo revelam-se ininter- iupto esfor9o de avanpo numa mesma senda:


0 que procuramos {...l é uma verdadeira explicapño do Ser, isto é, nño a exibipño de um Ser, mesmo infinito, no qual se processa de um modo que, pot princlpio, nos é incompreens:vel a articula9ño reciproca dos seres, mas o des- velamento do Set como aquilo que eles modalizam ou recortam imodélisent on découpentl, o que faz com que estejam juntos do lado do que nño é um nada (Merleau-Ponty, 1995, p.266; trad. p.332).


Sem buscarmos apagar a distñncia entre cada clivagem, as tarefas da filosofia merleau-pontyana nfio continuam muito similares as do es- pinosismo? O ser que é recortado nño permanece, afinal de contas, qui- 9a ñ revelia do prñprio Merleau-Ponty, um tanto aparentado com o Dens size nature espinosano? Acerca dessa passages, afiima de maneira su- gestiva Carlos Alberto Ribeiro de Moura (2001b, p.331-2):


E se agora esse Absoluto {o mundo sensivel ou o ser bruto} estñ sob os nos- sos pes, a metafisica classica foi, na verdade, apenas transposta, e nñs perma- necemos presos ñ exiyénciu ñ qual ela vinha responder. As tarefas do "grande racionalismo" sño efetivamente ietomadas, como se prometera, preferindo-se agora antes o modelo de Espinosa ñquele de Descartes.

Para ilustrai com um unico exemplo a proximidade de Merleau- Ponty ao espinosismo, bastara lembiar aqui os seus elogios ao tema da expressño em Leibniz, de quem algumas descri9ñes “devem ser conser- vadas“ e aplicadas ñ nova concep9ao de Ser bruto. Isto, porém, nño sem criticas, como deixa patente O vlsivel e o invisivel:


A harmonia pré-estabelecida (como o ocasionalismo) mantém sempre o em si e liga-o apenas com aquilo que experimentamos atiavés de uma iela9ño de substancia com substancia fundada em deus, em lugar de fazer dele a causa de nossos pensamentos mas trata-se justamente de rejeitar inteiramente a idéia do Em-si (Merleau-Ponty, 1964, p.276; trad. p.206).


Noutros termos, a idéia de expressao em Leibniz é sem duvida fru- tifera, o problema é que o horizonte de inteligibilidade do ser nao se da- ra, em seu sistema, pela propria expressño; o "exprimido precede onto- logicamente sua expressño” (Barbaras, 1991, p.266) e, no fundo, a “comunica9ao das substñncias em Leibniz use faz] yraqas a um teiceiio teimo e do exterior” (Mouia, 2001a, p.265). Diante disso, vem-nos um interroga ño: tais impasses leibnizianos, que em certa medida enrai- zam-se nos compromissos judaico-cristños de parte do racionalismo classico ,6 nño poderiam desaparecer por meio de uma concepqño mais radical de expressño que, mais do que simplesmente alegar a expressño de um ceito ser, determinasse o prsprio ser como expressño? Pois as criticas merleau-pontyanas a Leibniz deixam vislumbrar no "Ser bruto“ algo que, indo além do leibnizianismo, ruma para o ser e a expressño de Espinosa. Benn lidos os atributos espinosanos, quer dizer, livres da tra- dicional visño do paralelismo, que aliñs se revela no fundo mais leibni- ziano que espinosano jñ que faz convergir por meio da expressño seres heterogéneos, o que nño nos libera em nada do universo da representa- 9ño ou da analogia (cf. Chaui, 1999, p.736-40); bem lidos atributos espinosanos, diziamos, eles nos revelam justamente uma nova significa9ño do verbo exptimii: “exprimir significa que o set se exprime nele mesmo, diversificando-se e diferenciando-se originariamente, pois a expressfio é ele mesmo em cada um de seus infinitos atributos infinitos" (Chaui, 1999, p.815). No espinosismo o real é pensado como ser indiviso, ener- gia de uma unica a9ao de um ser que se expressa e é expressado por atributos e modos infinitos modalizando-se, poderiamos acrescentai. O ser apresenta-se como uma estrutura que ”é a unidade complexa de uma totalidade internamente diferenciada como ordem de co-presen9a expressiva, autodeterminada e auto-regulada, que possui em st mesma a lei de sua existéncia, de sua a9ao e de sua inteligibilidade” (Chaui, 1999, p.815).7 Em suma, o ser espinosano nño é mais, e também nño é menos que sua expressño, o que afasta completamente a ilusao de um qualquer em-si.

A partir disso nño poderiamos determinar com certa precisño uma convergéncia entre Espinosa e Merleau-Ponty? Pelo sim, pelo nño, acre- ditamos haver uma dire9ño fecunda para aclarar o problema da estrutu- ra9ao daquele ser recortado pelos seres e entendido como expressivida- de. Sob a carapa9a clñssica da substñncia espinosana ha uma questño fundamental que é muito prñxima ñ do ultimo Merleau-Ponty. Neste ponto especlfico, é ainda Marilena Chaui que nos uma pista impor- tante ao afirmar que a "auto-regula9ño intrinseca e auto-irradia9ño aberta” da estrutura merleau-pontyana “é o equivalente da causa sui num mundo dessubstancializado por ela” (cf. Chaui, 1983, p.259). Eis por que, apesar da quantidade de divergéncias nada despreziveis, gos- tariamos de concluir um horizonte de inteligibilidade do ser comum as filosofias de Espinosa e Merleau-Ponty: pensar no todo, no nexo e no en- trecruzamento de suas partes, a sua expressividade essential; em am- bos, um mesmo motivo animadoi, uma mesma inquieta9ño em investi- gar a matriz de nosso prsprio pensamento e de nossa vida, o que deteimina a continuidade entre nñs e o mundo e o ser. E um horizonte em que a filosofia pode se instalam e fazer jus as suas mais altas tarefas, sem tergiversar aos percal9os e consciente das dificuldades, mas tam- bém sem desesperan9ar de ganhos notaveis.


SANTIAGO, H. Spinoza and Merleau-Ponty: convergences? Trons/Foiro/Aqâo, (Sño Paulo), v.27 (1), p.19-26, 2004.




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1 Doutorando no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciéncias Humanas- USP. Av. Prof. Luciano Gualberto, 31S 05508-900 Sño Paulo / SP.