Trans/Form/Ação, Marília, v. 46, n. 1, p. 7-14, Jan./Mar., 2023. 11
Apresentação / Presentation Editorial / Editorial
originário, o qual estabelece uma pessoa articial para representar a todos.
Essa coisa articial é o Estado. A sociedade política, porém, é diferente do seu
governo, embora sejam funcionalmente a mesma coisa. O desenvolvimento
da questão da representação em Hobbes, feita pelo autor do artigo, é dividida
em duas partes: na primeira, ele trata do conceito de representação, em
omas Hobbes. Em seguida, focaliza o problema do Estado e do Governo,
em Hobbes, procurando, ao mesmo tempo, delimitar um e outro e entender
como a representação é abordada nos dois casos.
O quarto artigo é “Translating Chuang Tzu into world literature: text
and context”, de Jiaxin Lin, Xinbing Yu, Song Liu, Mingqiao Luo e Yukun
Chen, comentado por Yuemeng Ge. Conforme os autores, Chuang Tzu,
como um cânone tradicional chinês, foi traduzido para o inglês por mais
de 100 anos, desde 1881, conquistando com sucesso um nicho no reino da
literatura mundial, que se tornou um evento cultural devastador na academia
de sinologia ultramarina e literatura mundial. Segundo as estatísticas, o livro
foi traduzido em 12 traduções completas, 50 traduções selecionadas e duas
adaptações. No processo de metamorfose da “tradução completa – tradução
profunda – retradução diversicada”, passou por quatro fases: religiosa,
literária, losóca e reinterpretações diversicadas.
Assim, na perspectiva da visão de Damrosch a respeito da literatura
mundial, o artigo resume as características de diferentes estágios, com base
em diferentes contextos espaço-temporais. À luz da forma tradutória, dos
resultados tradutórios e do modo de leitura tradutória, especica-se o caminho
pelo qual Chuang Tzu entrou no campo da literatura mundial, para apreender
o mecanismo operacional de promoção da literatura nacional à literatura
mundial, que se dedica ao esclarecimento para o trabalho prático de tradução
da introdução da literatura chinesa no exterior. Enquanto isso, revisando a
história das traduções inglesas de Chuang Tzu, o artigo resume as deciências
das atuais atividades de tradução e pesquisa, com a tentativa de fornecer
sugestões construtivas, bem como apontar a direção para o desenvolvimento
futuro de estudos de Chuang Tzu, no exterior.
Em seguida, publicamos “Totalidade e nitude: sobre a singularização
em Sartre”, escrito por Marcelo Prates e comentado por Luciano Donizetti da
Silva. Prates analisa o problema da totalidade em Sartre, em sua relação com
a nitude. Começa pelo problema da solidão ontológica, pelo qual examina o
Ser enquanto exterioridade de indiferença e o acontecimento do para-si ou ato
ontológico. Postulando esse acontecimento como processo de singularização e