O CAMINHO INTERMEDIÁRIO: ALGUNS LIMITES DO CONHECIMENTO. INTELECTUAL HUMANO, SEGUNDO TOMÁS DE AQUINO

 

Carlos Arthur Ribeiro do NASCIMENTO[1]

 

   RESUMO : 0 presente trabalho tern a intenr;:ao de apresentar 0 alcance e os !imites do conhecimento intelectual humano de acardo com Tomas de Aquino, tendo como base sobretudo as questiSes 84 e 85 da primeira parte de sua Suma de Teologia.

   PALAVRAS-CHAVE : Conhecimento; modo de ser; modo de conhecer; modo de significar; qiiididade da coisa sensivel.

 

NoArtigoquintodaquestao85daprimeirapartedesuaSumadeTeologia, TomasdeAquinopergunta"se 0inteleetohumanointeligeeompondoedividindo". otereeiroargumento inieial e0 seguinte:

 

Alem disso, 0 intelecto inte!ige par assimilar;:ao a coisa. Ora, a composir;:ao e a divisao nao e nada nas coisas, pois nada se encontra nas coisas senao a coisa que e significada pelo predicado e 0sujeito,que e uma e a mesma se a composir;:ao for verdadeira;com efeito, 0homem e ver­ dadeiramente aquilo que e 0animal. Logo, 0 intelecto nao compiSe e divide.

 

Pretendemos aqui nos oeuparurnpoueoeoma respostarelativamentelonga que Tomasde Aquino dedieaa este argumento.Pareee-nosqueelapodeforneeer algumas indiea90es pertinentes aeerea do tema enuneiado em nosso titulo. Leiamos, portanto,a referida resposta:

 

Ao terceiro argumento deve dizer-se que a semelhanr;:a da coisa e recebida no intelecto de acordo com 0 modo do intelecto e nao de acordo com 0 modo da coisa. Donde, a composir;:ao e divisao do intelecto corresponder algo da parte da coisa; no entanto, nao se apresenta do mesmo modo na coisa, como no intelecto. Com efeito, 0 objeto pr6prio do intelecto humano e a qiiididade da coisa material que cai sob os sentidos e a imaginar;:ao. Ora, encontra-se uma dupla composir;:ao na coisa material.De fato,a primeira e a da forma paracom a materia.Aestacorresponde a composic;:ao do intelectopelaqual 0 todo universal e predicado de sua parte,pois0 genero e tomado da materia comum, a diferenc;:a completiva da especie da forma e a particular da materia individual.Poroutro lado,a segundacomposic;:ao e a doacidentepara com 0 sujeito.A esta composic;:ao real corresponde a composic;:ao do intelecto de acordo com a qual 0 acidente e pre­ dicado do sujeito, como quando se diz "0 homem e branco". No entanto, a composic;:ao do intelecto difere da composic;:ao da coisa, pois os que sao compostos na coisa sao diversos, ao passo que a composic;:ao do intelecto e sinal da identidade dos que sao compostos. De fato, 0 intelecto nao comp6e de tal modo que diga que 0 hom em e a brancura, mas dizendo que 0 homem e branco, isto e, dotado de brancura. Com efeito, 0 que e homem e 0 que e dotado de brancura e 0 mesmo quanto ao sujeito.Esemelhante no que respeita acomposic;:ao da forma e da materia,pOis0 animal significa aquilo que tem a natureza sensitiva, 0 racional 0 que tem a intelectiva, 0 homem o que tem ambas e Socrates 0 que tem tudo isto com a materia individual. De acordo com esta razao de identidade, 0 nosso intelecto comp6e um com outro ao predicar.

 

Seguindoapropriaordemdessetexto,abordaremososseguitestopicos :a)0 principiode recepyao; b) a distinyao entre modode sere modode conhecer;c) o objeto proprio do intele cto humano e duas consequencias no que se refere ao conhe­ cimento da essencia e ao nosso modo de falar; d) a correspondencia entre 0 logico e o ontologico; e) a nao-superposiyao entre 0 logico e o ontologico.

a) 0 principioderecepyao.

Tomas deAquino partilhacom 0autor do terceiro argumentoinicial aconcepyao deque0conhecimentoseda por assimilayaodo intelecto acoisa.0 que sediscute e omododesta assimilayao,istoe,nos proprios termos deTomasde Aquino :como "a semelhanya da coisa e recebida no intelecto".

Neste sentido, a resposta de Tomasde Aquinoadificuldadeabre-se pelorecurso ao principiode recepyao,de uso comum no seculo XIII,de acordocom 0 testemunho de Roger Bacon :

 

Tudo que e recebido, e recebido ao modo do recipiente, como todos concedem e e dito muitas vezes pela autoridade, a saber, a do LiVID das Causas,de Boecio no quinto Jivro da Con­ soia 9ao e em outros lugares. (De muitiplicatione III,2,188, 30-33).

 

Este axioma, cuja origem neoplatOnica e denunciada pela referencia ao Livro das Causas e a Boecio (Tomas remete, alem destes, a Dionisio) (Cf. Henle,1956, p. 330-3), permite estabelecer uma diferenya entre a coisa e a coisa presente no intelecto, ainda que guardando uma semelhanya entreambas.NospropriostermosdeTomas : "a semelhanya da coisa e recebida no intelecto de acordo com 0 modo do intelecto e nao de acordo com 0 modo da coisa".

b) Adistinyaoentremodode seremododeconhecer.

A formula deTomasdeAquinoqueacabamosdecitare imediatamente aplicada acomposiyaoe divisaodo intelecto.A esta"corresponde algo da parte da coisa;no entanto, nao se apresenta do mesmo modo na coisa, como no intelecto". Ja na questao anterior da Suma de teologia se tinha afirmado,contra Platao e os pre-socraticos,que nao ha uma correspondencia estrita entre 0 modo de ser da coisa e 0 modo como e conhecida.De fato, Platao,"julgando que todo conhecimento se da a modo de alguma semelhan<;a,acreditou que a forma doconhecidoesta,por necessidede,nocognos­ cente do modo como esta no conhecido" (I�, 84, 1). Os pre-socraticos partiram do mesmo principio, pois "j ulgavam tambem que a forma do conhecido esta no cognos­ centedomodocomoestanacoisaconhecida"(I�,84,2).No entanto, Plataoeos pre-socraticos tomaram posi<;aes opostas : aquele atribuindo as coisas as proprieda­ des destas enquanto presentes no intelecto, isto e,a universahdade,a imaterialidade e a necessidade; estes sustentando que,uma vez que as coisas conhecidas sao cor­ poreas e materiais,epreciso que elas,enquantoconhecidas,estejam materialmente no cognoscente. A tomada de posi<;aode Tomasde Aquino negajustamenteeste parelelismo estrito, pois "a forma sensivel esta na coisa que esta fora de alma de urn mododistintodo modo como esta no sentido,que recebe as formas sensiveis sem a materia; semelhantemente,0 intelecto recebe a seu modo, imaterial e imutavelmente asespeciesdoscorposquesao materiaisemutaveis,pois0recebidoestanoreci­ piente ao modo do recipiente" (I�, 84, 1).

Voltamos,assim,aoprincipioderecep<;aodeondetinhamospartido.0que mostra a estreita rela<;ao entre este principio e a distin<;ao entre 0 modo de ser e de inteligir de proveniencia Abelardiana (Cf. Abelardo, 1994, p.70).

c) 0 objeto pr6prio do intelecto humano

Nao ha,porem, umadesvincula<;ao total entre0mododeconhecere0modo deser.Paraexplicita-Ioe preciso,noentanto,ver maisde pertocomo seapresenta o objeto pr6prio do intelecto humano.Tomas come<;a por recordar que este e"a qui­ didade da coisa material quecai sob 0 sentido e a imagina<;ao"ou,em outros termos, "a natureza da coisa material". Tal e a afirma<;ao que se repete varias vezes no bloco de questaes 84 a 89 da primeira parte da Suma de teo1ogia dedicado ao estudo do conhecimento intelectual humano[2] A razao fundamental desta afirma<;ao e a propor­

<;ao que deve haver entrea potencia de conhecimento e 0 que podeser apreendido pelo conhecimento; com efeito :

 

a potencia cognoscitiva se proporciona ao cognoscivel; donde, 0objeto pr6prio do intelecto an­ gelico, que e totalmente separado do corpo, ser a substancia inteligivel separada do corpo, e por inteligiveis deste tipo, conhece 0 que e material. No entanto, 0 objeto pr6prio do intelecto humano, que e unido ao corpo, e a qilididade ou natureza existente na materia corporal; e pelas naturezas deste tipo das coisas visiveis, ascende a a1gum conhecimento das coisas invisiveis. (I�,84,7;d. I�, 85, 1)

 

Desta conexao entre 0 intelecto humano e a quididade ou natureza das coisas materiais derivam varias consequencias.Anotemos apenas duas.Primeiro,a pr6pria expressao natureza ou quididade dascoisas materiais nao nos deve enganar.Tomas de Aquinonaopostulademodonenhum uma apreensaodadetermina<;aoontol6gica

 

1959, p.217, n. 17.

ultimadascoisas.Demodoconstante,relembraelequedevemosnoscontentar na maioria dos casos, se e que naoea totalidadedeles- excetuadoapenas0casodo homem -, com definic;i5es descritivas que tomam as manifestac;i5es perceptiveis aos sentidosnolugardasdeterminac;i5es propriamente inteligiveis.Entre varios textos[3] citemosapenas urn extraidodoopusculo0 en te e aessen cia(Cap.5,n.67),em que TomasdeAquinosustentaquetantonoquese refere as substancias espirituaiscomo ascorporais, as diferenc;asessenciaisnossaodesconhecidas :

Visto que nestas substi:mcias iisto e, nas substancias imateriais] a qi.iididade nao e 0 mesmo que 0 ser, par isso sao ardenaveis no predicamento; e, par isso, encontram-se nelas gEmero, es­ pecie e diferen<;:a, ernbora suas diferen<;:as proprias nos sejam ocultas. De fato, tarnbem nas coisas sensiveis,as proprias diferen<;:as essenciais nos sao desconhecidas;donde,serem significadas par diferen<;:as acidentais que se originam das essenciais, assim como a causa e significada pelo seu efeito, assim como bipede e posto como diferen<;:a do homem. Ora, os acidentes proprios das substancias imateriais nos sao desconhecidos;donde, suas diferen<;:as nao poderem ser par nos significadas, nem par si, nem pelas diferen<;:as acidentais.

 

o mesmo se diga das determinac; i5es individuais que escapam ao conhecimento intelectual direto :

 

oconhecimento de nao imparta qual cognoscente estende-se de acardo com 0 modo da formaque e principio de conhecimento;com efeito, a especie sensivel,que esta no sentido,e semelhan<;:a apenas de urn individuo;donde apenas urn individuo poder ser conhecido por ela; noentanto,aespecie inteligivel do nosso intelecto e semelhan<;:a da coisa no quesereferea natureza da especie que e participavel par infinitos particulares; donde, 0 nosso intelecto conhe­ cer, de certo modo, pela especie inteligivel do homem infinitos homens; no entanto, nao na medida em que se distinguem entre si, mas na medida em que se reunem na natureza da especie, pelo fato de que a especie inteligível do nosso intelecto nao e semelhan<;:a dos homens quanto aos princípios individuais, mas apenas quanto aos princípios da especie. (I�, 14, 12)[4]

 

Outra conseqi.iencia importante daconexaoentre0intelectohumanoea natu­ reza das coisas materiais e 0 caraterdenossalinguagem,marcadaqueeporsua vinculaC; aocom0sensivel. Eis duas referencias gerais seguidas da aplicaC;aoa dois casos particulares :

 

Uma vez que chegamos ao conhecimento do inteligivel a partir do sensivel, transferimos tambem os nomes do conhecimento sensivel para 0 inteligivel. (Suma contra os gen tios, III, 53; cf. Questoes disputadas sobre 0 poder de Deus, 10, 1)

 

De acardo com 0 Filosofo (Peri Hermeneias I, 2, 16a 3), as palavras sao signos do que e inteligido e0que e inteligidoe semelhan<;:a dascoisas.E,assim,patente que aspalavrasse referem as coisas significadas, mediante a concep<;:ao do intelecto. Portanto, conforme algo pode ser conhecido par nos, assim pode ser nomeado par nos. (I�, 13, 1; ct. I�, 76, 4, 4m)

 

Como 0modo de significar segue 0modo de inteligir, a criaQao e significada a modode mutaQao e por isso se diz que criar e fazer algo do nada. (I�, 45, 2, 2m)

 

A aQao que passa a algo de exterior e realmente intermediaria entre 0 agente e 0 sujeito que recebe a aQao.Mas,a aQao que permanece no agente nao e realmente urn intermediario entre 0 agente e 0 objeto, mas apenas de acordo com 0 modo de significar; realmente, porem, segue-se a uniao do objeto com 0 agente; com efeito, pelo fato de que 0 inteligido torna-se uno com 0 inteligente, segue-se 0 inteligir, como urn certo efeito que difere de ambos. (I�, 54, 1, 3m)

 

d) A correspondencia entre 0 16gico e 0 ontol6gico.

Depoisdetersereferido ao objeto pr6prio do intelecto humano,Tomasde Aqui­ no explicita a estrutura pr6pria dacoisa material.Evoca a dupla composiQaoda ma­ teriaeda forma,bern comodo acidente edosujeito.A esta dupla composiQaocor­ responde umaoutradupladapartedointelecto : adotodouniversal quesepredica desua parte,assimcomoa composiQao pela qual 0acidente sepredicadosujeito.

Neste paralelo,urn simplesexemploesclarece 0segundocaso,pois,ao dizermos" 0

homem e branco" estamos evocando a composiQao entre 0 acidente e 0 suj eito. No primeiro caso, lembra Tomas de Aquino que 0 genero (por exemplo, animal) e tornado da materia comum, ao passo que a diferenQa especifica (racional)0edaformaea diferenQa particular(Socrateidade)[5]damateria individuaP Este paralelosubjazas predicaQaes " 0 homem e animal", " 0 homem e racional", "S6crates e animal", "S6crates e homem", "S6crates e racional".

e) NaosuperposiQaodo16gicoedoontol6gico. Tomas propae primeiro urn enunciadogeral:

No entanto, a composiQao do intelecto difere da composiQao da coisa, pois, os que sao compostos na coisa sao diversos, ao passe que a composiQao do intelecto e sinal de identidade dos que sao compostos.

 

Segue-seuma retomada,primeiro,do exemplo ilustrativo da composiQao entre sujeito e acidente (homem e brancura). Nao dizemos porem,que " 0 homem e a brancura", mas que " 0 homem e branco".A explicaQao e simples : " 0 que e homem e o que e dotado de brancura e 0 mesmo quanto ao sujeito ", isto e,sao a mesma substancia. 0 exemplo referente a materia e a forma ressalta que,emboraestesdois principios sejam ontologicamente distintos, podemos dizer legitimamente que 0ho­ mem e animal,0homem e racional,S6 crates e animal,S6 crates e homem e S6crates eracionalporcausadaidentidade entre0queternanaturezasensitiva, 0 quetern a naturezaintelectivae0que tern ambas,seja na materiacomum,sej a namateria individual.[6]

Assim sendo,os tres niveisou pIanosdoser,doconhecer edofalarsaocorre­ lacionados e h8.passagens possiveis de urn a outro; mas os tres nao sao equivalentes nem superponiveis. Uma das preocupa<;oesconstantesdeTomasde Aquinoem re­ la<;ao ao que ele denomina, de um lado, "Platao e os platonicos" e, de outIO, "os pri­ meiros fil6sofos ", foi justamente combater esta pretensao de homogeneidade ou iso­ morfia entre os tres pIanos.Acreditava ele que,seguindo"0caminho intermediario" (Ii!, 84, 6), aberto por Arist6teles, havia possibilidade de equacionar melhor as exi­ genciasdascoisas,do pensamentoeda linguagem.

 

NASCIMENTO,C. A.R.do. The middle way:some limitations of human intellectual knowledge, according to Thomaz Aquinas. TranslFormlAr;ao (Sao Paulo), v. 19, p.205-2 10, 1996.

 

   ABSTRACT: This work intends to present the scope and limits of the h uman intellectual knowledge according to Saint Thomas Aquinas,mainly onthe ground of questions84and 85of the first part of his Theological Summa.

    KEYWORDS: Knowledge; mode ofbeing; mode ofknowing; mode ofsignifying; quiddity ofthe sensible thing.

 

Referências bibliográficas

 

ABELARDO,P.Lógica para principiantes.Petropolis :Vozes,1994.

BACON, R. De Multiplicatione Specierum. In : LINDBERG, D. C. Roger Bacon 's Philosophy of Nature. Oxford: Clarendon Press, 1993. p.1-269.

BOBIK, J. La doctrine de Saint Thomas sur !'individuation des substances corporelies. Revue Phi1osophique de Louvain (Lou vain), v.51, p.5-41, 1953.

BRAUN, E. Peut-on parler d' ''existencialisme'' thomiste, Ie probleme de I' esse chez Saint-Tho­ mas.Arvhivesde Philosophie (Paris),v.22,p. 211-26,1959.

GOSSELIN, R. Le De ente et essentia de S. Thomas d 'Aquin. Paris : Vrin, 1948.

HENLE, R. J. Saint Thomas and Platonism, a Study of the Plato and P1a tonici Texts in the Wrin tings of Sain t Thomas. The Hague : Martinus Nijhooff, 1956.

KLUBERTANZ, G. P. St. Thomas and knowledge of the singular. The New Sch olasticism (Washington), v.26, p.135-65, 1952.

SHIMIDT, R. W. L' emploi de la separation en metaphysique. Revue Philosophique de Louvain (Louvain), v.58, p.373-93, 1960.

TOMAsDEAQUINO.Deenteet essentia.Roma:Boyer,C.,1946.

Suma contra los gen tiles. Madrid : BAC., 1952. 2v.

Suma theo10gia e. Roma : Paulinae. 1962.

Quaestiones disputatae. 9. ed. Torino : Marietti, 1953. v.II.

o ente e a essencia. Rio de Janeiro : PresenQa, 1981. p.39-62.

 



[1] Professor colaborador do Departamento de Filosofia - Instituto de Filosofia e eiencias Humanas - Unicamp - 13081 -970 -eampinas - SP.

[2]( 1 ) Cf. I', 84, 7; 8; 85, 8; 86, 2; 87, 2, 2m; 3; 3, 1m; 88, 1; 3. Outras referencias em Schimidt, 1960, p. 379, n.22; Braun,

[3] Cf. referencias em Gosselin, 1948, p.40, n.2.

[4] Para o conhecimento intelectuaJ do Singular, Cf. Klubertanz, 1952.

[5] Para a questao do principio de individuac;:ao,de acordo com Tomas de Aquino,Cf.Bobik,1952.

 

[6] Cf. Suma contra os gentios, I, 36, que aborda 0 mesmo problema no nosso conhecimento de Deus.