se comporta
-
como contraposta e superior ao
genero
,
que valoriza a sua
esfera especifica de interesses e vontades como superior as necessida- des
postas pelo genero no seu
des
envolvimen
to
,
da individualidade estreita e
mes- quinha que caracteriza 0
bourgeois
.
Vale
salientar
,
ja que 0 marxismo frequentemente e acusado de nao ter
pensado nem a individualidade, nem as questoes relativas a subjetividade,
que a superac;ao da particularidade pensada por Lukacs nao se assemelha
em nada ao padrao etico que tao miseravelmente tern marcado a vida nas
sociedades pos-revolucionarias ou nos partidos ditos comunistas, se
tornados na sua globalidade mais
ampla
.
Nao se trata de menosprezar as
exigencias reais e concretas postas pelo desenvolvimento de cada
individualidade em si mesma, mas sim de liberar as individualidades e seus
processos evolutivos, sempre peculiares, das travas impostas pelos
estranhamentos que brotam da vida sob 0
capital
.
A ontologia lukacsiana, longe de desprezar a esfera da
individualidade, a considera fundamental para 0 desenvolvimento do genero
ao seu ser-para-si (1976-
1981,
v.
II,
p.
256/CL)
;
e,
por isso,
aponta
a
necessidade
de
liberar seu desenvolvimento
dos obstaculos colocados por urn
mundo estranhado que toma 0
capital
,
e nao 0 genero
huma
no
,
como eixo
aglutinador do ser e das atividades humanas. Nesse
contexto
,
a esfera da
subjetividade tern urn peso essenc
ial
.
As generalizac;oes, subjetivamente
realizadas e mantidas, que brotam do fluxo da praxis so
cial
,
nao apenas
fundam 0
mundo dos homens, mas 0
conduzem
,
por relac;oes e processos
valorativos cada vez mais sociais, mais elevados, a uma elevac;ao do nivel
da generidade da reproduc;ao
social
.
Sao determinantes, acima de
tudo
,
no desdobramento concreto da evoluc;ao do genero em direc;ao ao seu
ser-para-si.
Portan
to
,
para
Luk
acs
,
tanto a esfera da individualidade
como da subjetividade sao centrais
-
ao lade da reproduc;ao da totalidade
social e dos produtos objetivos genericos que dela emergem
-
na historia
dos homens.
Que
,
para
Luk
acs
,
0 fundamento ultimo da processualidade de
construc;ao do ser-para-si do genero humane seja 0 desenvolvimento
objetivo dos lac;os que cres-
centemente articulam individuo/humanidade,
e algo que nao necessitamos repetir.
0 que nos interessa realr;:ar agora,