WALTER BENJAMIN E O MARXISM1



Michel Lowy2




Benjamin ocupa um lugar único na história do pensamento marxista moderno: é o primeiro partidário do materialismo histórico a romper radicalmente com a ideologia do progresso. Por conseguinte, seu marxismo possui uma qualidade particular que o separa das formas dominantes e oficiais, conferindo-lhe uma formidável superioridade metodológica.

Esta particularidade não deixa de estar relacionada com sua capacidade de incorporar, ao núcleo do corpo teórico do marxismo revolucionário, elementos da crítica romântica da civilização, assim como da tradição messiânica judaica. Estes dois elementos estão presentes nos seus primeiros escritos (não-marxistas), particularmente em A vida dos estudantes (1915), onde rejeita "uma concepção da história [que] distingue o ritmo dos homens e das épocas que correm rápida ou lentamente na esteira do progresso", caracterizada pela "ausência de nexo, a falta de precisão e de rigor que ela coloca em relação ao presente" e a que opõe "a imagem utópica", como "o reino messiânico ou a Revolução Francesa" (Bolle, 1986, p. 151).

A primeira referência de Benjamin ao comunismo aparece em 1921 em sua Crítica da violência: "Aos pacifistas se opõem bolchevistas e sindicalistas. Eles fizeram uma crítica arrasadora, no todo acertada, dos parlamentos atuais" (p. 167). Esse elo entre comunismo e anarquismo sera urn aspecto importante de sua evolu9aO politica ; seu marxismo adquirira, em grande medida, uma colora9ao libertaria.

Mas e somente apÓs 1924, quando le Historia e consciencia de c1asse, de Lukacs, e quando descobre 0 comunismo pratico pelos olhos de Asya Lacis, que 0 marxismo vai tornar- se urn elemento chave de sua concep9ao do mundo. Em 1929, Benjamin refere-se sempre ao ensaio de Lukacs como a urn dos poucos livros que permanecem vivos e atuais:



A obra mais perfeita da Iiteratura marxista. Sua singularidade funda-se na segurança com a qual compreendeu, na situa<;:iio critica da filosofia, a situação critica da luta de classes, e na revolu<;:iio concreta, que esta em cima da hora, a pre-condi<;:iio absoluta, ate mesmo a absoluta completude e a ultima palavra do conhecimento teÓrico. A polemica contra esta obra, pubJicada pelas instiincias do Partido Comunista, sob a dire<;:iio de Deborin, confirma, a seu modo, sua imporumcia. ( 1991b, p. 171 )


Este comentario ilustra a independencia de espirito de Benjamin a respeito da versao "oficial" do marxismo sovietico, inclusive num momento em que encarava seriamente a possibilidade de unir-se ao movimento comunista. Numa carta a Scholem (setembro de 1924), evoca 0 conflito interior entre seu "niilismo" e a dialetica hegeliana de Lukacs (Benjamin, 1978, p. 355) ;3 entretanto, e atraido pela pratica politica comunista em virtude de sua " atitude que vincula" (verbindliche Haltung); 0 que lhe interessa no livro de Lukacs e a unidade entre a teoria e a pratica, que constitui 0 nucleo central da obra e the confere sua imensa superioridade ; qualquer outro metodo nao passa de "demagogia e fraseologia burguesa".

A primeira obra em que se sente a influencia do marxismo e Rua de mao unica, escrita de 1923 a 1925 e publicada em 1928 (Benjamin, 1987). A mudan9a no seu pensamento e ilustrada pela compara9ao entre a primeira versao do manuscrito, redigida em 1923, e a ultima, datada de 1925.

Na primeira versao, e dito da vitima da miseria: "Ela deve entao manter seus sentidos vigilantes para cada humilha9ao que the e infligida e mante-los disciplinados ate que seu sofrimento tenha trilhado nao mais a ladeirenta rna do Ódio, mas 0 caminho

ascensional da prece". (1991c, p. 923). A versao "marxista" de 1925 repete quase a mesma coisa, mas 0 fim e diferente: "ate que seu sofrimento tenha trilhado nao mais a ladeirenta rna da amargura, mas 0 caminho ascensional da revolta" (1987, p. 22). Nesta unica frase encontra-se concentrada a surpreendente transforma9ao de suas ideias politicas no curso desses dois anos.

Sua precedente critica do progresso, neo-romi'tntica, e doravante carregada de urn conteudo marxista revolucionario, como na famosa passagem " Alarme de incendio":

E se a eliminagao da burguesia nao estiver efetivada ate urn momenta quase calculavel do desenvolvimento econÓmico e tecnico (a inflagao e a guerra de gases 0 assinalam), tudo esm perdido. Antes que a centelha chegue a dinamite, e precise que 0 pavio que queima seja cortado. (1987, p. 46)


Sera 0 proletariado capaz de cumprir essa tarefa histÓrica? "A permanencia ou o fim de urn desenvolvimento cultural de tres milenios sao decididos pela resposta a isso" (1987, p. 45).

Contrariamente ao marxismo evolucionista vulgar, Benjamin nao concebe a revolu<;ao proletaria como 0 resultado "natural" ou "inevitcl.vel" do progresso economico e tecnico, mas como a interrup<;ao de uma evolu<;ao conduzindo a catastrofe.

Esse ponto nodal explica pOI que seu marxismo possui urn espirito pessimista - urn pessimismo revolucionario que nada tern a ver com a resigna<;ao fatalista. No seu artigo sobre 0 surrealismo, de 1929 - no qual tenta novamente reconciliar anarquismo e marxismo -, ele define 0 comunismo como a OIganiza<;ao do pessimismo, acrescentando ironicamente ter "uma confian<;a ilimitada apenas na industria belica e no aperfei<;oamento da fora aerea para fins pacificos (Bolle, 1986, p. 114).4 Essas duas institui<;oes nao tardariam a demonstrar, indo alem dos prognÓsticos mais pessimistas de Benj amin, 0 uso sinistro que pode ser feito da tecnologia modema.

Entretanto, apÓs 1933, inicia-se urn curto periodo no decorrer do qual Benjamin pare(;e tentado a adotar certos elementos do marxismo sovietico e, em particular, sua concep<;ao "progressista" das for<;as produtivas. Os artigos escritos entre 1933- 1935, em que se pode encontrar uma aprecia<;ao muito positiva do progresso tecnico - particularmente em "Experiencia e pobreza" (1933), "0 autor como produtor" (1934), "A obra de arte na epoca de sua reprodutibilidade tecnica" (1935)5 - sao tambem os que contem urn apoio acritico ao modele sovietico do socialismo, cuja ideologia, nessa epoca (a do plano quinquenal), era feita com 0 marxismo mais industrialista e produtivista possivel. No entanto, nao se deve esquecer que esses documentos sao urn pouco ambiguos. Em "Experiencia e pobreza", ele celebra 0 fim da cultura como uma tabula rasa salutar, mas a imagem utilizada para definir a nova civilizaçao - sÓbria e fria como 0 gelo e 0 metal - e assustadora: "uma nova barMrie". E a respeito do artigo sobre 0 trabalho de cria<;ao artistica, Scholem (1989, p. 20Ó) ja frisou a contradi<;ao entre a primeira e a segunda parte (a celebra<;ao do cinema).

Esses artigos sao considerados os textos mais " marxistas" escritos pOI Benjamin ; a meu ver, sao apenas os mais prÓximos da concep<;ao estabelecida do marxismo - aceita pela maioria dos teÓricos "ortodoxos" dos movimentos comunista ou social-democrata. Os ensaios de Benj amin de 1925 a 1933 e, mais tarde, de 193Ó a 1940, tambem sao marxistas, mas pertencem a uma variedade original e "heterodoxa" de materialismo histÓrico, entrando em conflito com os padroes dominantes, em virtude de sua concepc;ao nao- evolucionista e nao-progressista da histÓria.

o tim dessa tentativa de apoiar certos aspectos do marxismo sovietico parece coincidir com os processos de Moscou de 1936, acolhidos com perplexidade por Benjamin. No decorrer dos anos 1937- 1940, Benjamin torna-se cada vez mais critico em relac;ao a politica sovietica, ate que ajusta contas com 0 marxismo do Komintern nas Teses - "sobre 0 conceito de histÓria", de 1940 (trad. in8dita mimeografada).

o artigo sobre Fuchs, de 1937, e uma critica severa ao marxismo social- democrata, unido ao positivismo, ao evolucionismo darwinista e ao culto do "progresso":


Ele [0 positivismo! podia reconhecer na evoluyao da tecnica 0 progresso da cifmcia natural, e nao a regressao da sociedade... As energias que a tecnica desenvolve para alem desse Jimiar sao clestruidoras. Elas exigem em primeiro lugar a tecnica cla guerra e sua preparayao pela imprensa. (Benjamin, 1991a, p. 474-5)6


Benjamin opoe sua perspectiva pessimista- revolucionaria ao otimismo superficial dos epigonos marxistas modernos, e refere-se aos prognÓsticos de Marx e Engels quanto ao desenvolvimento barbaro do capitalismo. A ruptura de Benjamin com a perspectiva "materialista-progressista" nos anos 1933- 1935 nao constitui uma ruptura com 0 marxismo enquanto tal. Os ensaios de 19- 1940 tambem sao marxistas, mas constituem uma interpretac;ao nova e criativa do materialismo histÓrico, alimentada pela cultura romantica e a teologia judaica, e radicalmente diferente da doutrina da ITa e da IlIa Internacional.

Evidentemente, 0 objetivo de Benjamin e aprofundar e radicalizar a oposic;ao entre 0 marxismo e a ideologia burguesa, aguc;ar seu potencial revolucionario e elevar seu conteudo critico. E precisamente 0 objetivo do projeto da Obra das passagens: "Pode-se considerar tamMm como fim perseguido metodologicamente nesse trabalho a possibilidade de urn materialismo histÓrico que tenha aniquilado nele mesmo a ideia de progresso. E justamente opondo-se aos Mbitos do pensamento burgues que 0 materialismo histÓrico encontra suas fontes". Urn programa assim nao se lanc;ava a qualquer tipo de "revisao", mas antes - como Korsch (1924) tentara fazer no seu prÓprio livro (uma das maiores fontes de Benj amin) - a urn retorno ao prÓprio Marx.

Uma das analises mais penetrantes de Benjamin, a respeito da perda de experiencia dos trabalhadores e da sua transformac;ao em automatos, presente na Obra das passagens e no ensaio sobre Baudelaire, inspira-se diretamente em Marx e Engels.

Cita a seguinte passagem de 0 Capital: os trabalhadores sao obrigados a coordenar "seu prÓprio movimento ao movimento uniforme, constante, de urn automato" (Benjamin, 1989, p. 125)7 Benjamin (1991d, p. 162) conclui dai que os traba1hadores vivem numa espécie de inferno, pois sua vida é uma eterna repetição. Citando Engels, compara a condição dos trabalhadores à prisão de SísiÍo.'C

Evidentemente, a leitura de Marx por Benjamin é seletiva: ele escolhe as passagens que podem ser conciliadas com a teoria do "trabalho apaixonado" de Fourier e interpreta o fetichismo da mercadoria à maneira de Adorno (1964): "No objeto de consumo, o traço de sua produção deve ser esquecido. A essência fantasmagórica do fetichismo da mercadoria é o 'ocultamento do trabalho'."

Benjamin tinha consciência de que essa leitura do marxismo mergulhava suas raízes na crítica romântica da civilização industrial. Mas estava convencido de que o próprio Marx tinha encontrado sua inspiração nas mesmas fontes, encontrando apoio, nesse sentido, na obra de Korsch: "Muito corretamente, e não sem nos fazer pensar em de Maistre e de Bonald, Korsch diz o seguinte:


Assim também... na teoria do movimento operário moderno... foi introduzida uma parte daquela "desilusão" que... após a grande Revolução Francesa, foi proclamada pelos primeiros teóricos da contra-revoluçâo e, em seguida, pelos romãnticos alemâes, e que, especialmenteatravés de Hegel, exerceu forte influência sobre Marx (1991d, p. 820)


Segundo Habermas, existe uma contradição entre a filosofia da história de Benjamin e o materialismo histórico. Em sua opinião, o erro de Benjamin foi impor ao materialismo histórico - "que supõe progressos não só na dimensão das forças produtivas como também na da dominação" - "uma concepção anti-evolucionista da História", foi tê-lo recoberto com "um capuz de monge" (Habermas, 1980, p. 195).

Nos nossos dias, uma interpretação dialética e não-evolucionista da história, levando em conta ao mesmo tempo o progresso e as regressões (como fizeram Benjamin e a Escola de Frankfurt), pode fundar-se em vários escritos de Marx. Entretanto, é verdade que ela entra em conflito com as interpretações dominantes do materialismo histórico desenvolvidas no decorrer do século XX. O que Habermas pensa ser um erro está precisamente na origem do valor singular do marxismo de Benjamin e de sua superioridade sobre o "evolucionismo progressista", está em compreender um século caracterizado pela imbricação da modernidade e da barbárie (como em Auschwitz ou Hiroshima).

A formulação mais radical dessa interpretação anti-evolucionista do materialismo histórico encontra-se evidentemente nas Teses - "Sobre o conceito de história", onde a ideologia do progresso - inclusive no seio do movimento comunista - é criticada nos seus fundamentos filosóficos (uma concepção linear e vazia do tempo).

Esta critica é baseada numa concepção messiânica do tempo. Evidentemente, a questão das relações entre o marxismo e o messianismo nos últimos escritos de Benjamin é muito controversa. Alguns vêem uma secularização, outros, ao contrário (como Gerhard Kaiser), uma "teologização do marxismo" (Cf. Bulthaup, 1975, p. 43).

No decorrer das duras polemicas dos anos sessenta, alguns enfatizaram a dim ensao religiosa, outros 0 materialismo marxista. 0 prÓprio Benjamin considerava seu pensamento como tendo urn "rosto de Janus" (Cf. Scholem, 1989, p. 200), mas os criticos apegaram-se a uma tinica face, ignorando a outra. Para ultrapassar essas polemicas, nao e intitil lembrar que 0 deus romano tinha dois rostos, mas uma (mica cabeQa: os dois rostos de Benjamin sao a expressao de urn sÓ e tinico pensamento que comporta, ao mesmo tempo, uma vertente marxista e uma vertente messianica.

Tomemos como exemplo a Tese nQ 1, a famosa alegoria do automata jogador de xadrez:


Consta, ao que se sabe, que existiu urn automata, construido de tal maneira que ele, a cada jogada de urn enxadrista, respondia com uma contrajogada que Ihe assegurava a vitoria da partida. Diante do tabuleiro que repousava sobre uma mesa espa90sa sentava-se uma boneca em trajes turcos com urn narguile a boca. Urn sistema de espelhos despertava a ilusao de que esta mesa era transparente de todos os lados. Na verdade, urn anao corcunda, mestre no jogo de xadrez, estava sentado dentro dela e conduzia par fios a mao da boneca. Pode-se representar na filosofia urn equivalente desta aparelhagem. A boneca que se chama 'materialismo historico' deve ganhar sempre. Ela pode medir-se, sem mais, com qualquer adversinio, desde que tome a seu servi90 a teologia, que, hoje, sabidamente, e pequena e feia e que, de toda maneira, nao deve se deixar ver (Benjamin. mimeo).



Dois temas se amalgamam nesta alegoria: uma critica da versao do marxismo que compreende a histÓria como uma mecanica que conduz automaticamente ao triunfo do socialismo ; uma utilizaQao heretica da forQa explosiva, messianica, revolucionaria, do materialismo histÓrico, reduzido a urn automatismo miseravel pelos seus epigonos.

No seu celebre ensaio, Heinz-Dieter Kittsteiner propoe interpretar a Tese nQ 1 no interior da diferenQa funcional entre 0 anao e a marionete: "0 materialista histÓrico defronta-se com 0 presente como marxista e com 0 passado como teÓ1ogo das reminiscencias" (Bulthaup, 1975, p. 37)8

Entretanto, esta divisao do trabalho nao corresponde as ideias de Benjamin: uma leitura atenta de suas teses mostra que ele considera 0 marxismo necessario a compreensao da luta de classes no passado, e a teologia para agir no presente e no futuro.

A articulac;ao entre a teologia e 0 materialismo resolve-se de maneira particularmente paradoxal na alegoria: no inicio, 0 anao teÓlogo e apresentado como senhor do automato, que ele utiliza como uma especie de instrumento ; contudo, no final da Tese nQ 1, fica claro que 0 anao esta a serviQo do autOmato. 0 que significa esta inversao? Parece que Benjamin quis mostrar sua complementaridade dialetica: teologia e marxismo sao senhor e servidor reciprocos, precisam urn do outro.

E necessario levar em conta seriamente a ideia segundo a qual a teologia esta a servi90 do materialismo historico - uma formula que inverte a tradicional defini9ao escolastica da filosofia como "ancilla theologiae". A teologia, como memoria, reden- 98.0, salva9ao, nao e, para Benj amin, urn objetivo em si, uma contempla9ao eterea da verdade divina. Ela esta a servi90 do combate dos oprimidos.

Algumas decadas apos a morte de Benjamin, a ideia de uma teologia a servi90 dos pobres no combate pela sua liberta9ao, uma teologia estreitamente articulada com as analises marxistas, retorna, mas num contexte cultural e historico muito diferente: 0 do cristianismo latino-americano. Mas ha sem duvida uma afinidade secreta entre Benjamin e a Teologia da Liberta9ao.



LOWY, M. Walter Benjamin and Marxism. TranslFormlAgao, Sao Paulo, v. 17, p. 7 -13, 1994.



Referêmcias bibliográficas

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  2. BENJAMIN, W. Gesammelte Schriften II. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991a.

  3. . Gesammelte Schriften III. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991b.

  4. . Gesammelte Schriften N-2. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991c.

  5. . Gesammelte Schriften V. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1991d.

  6. . Sobre 0 conceito de historia. Trad. de J. M. Gagnebin e M. Muller. (Mimeogr.).

  7. . Briefe I. Frankfurt/Main: Suhrkamp, 1978.

  8. . Obras escolhidas II. Sao Paulo: Brasiliense, 1987.

  9. . Obras escolhidas III. Sao Paulo: Brasiliense, 1989.

  10. BOLLE, W. (Org.). Walter Benjamin. Documentos da cultura. Documentos da barbarie. Sao Paulo: Cultrix/EDUSP, 198Ó. (Escritos escolhidos).

  11. BULTHAUP, P. (Org.). Materialien zu Benjamins Thesen liber den Begriff der Geschichte. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1975.

  12. ROUANET, S P., FREITAG, B. (Org.). Habermas. Sao Paulo: Atica, 1980. (Grandes Cientistas Sociais).

  13. KORSCH, K. Marxisme et philosophie. Paris: Editions de Minuit, 1964.

  14. SCHOLEM, G. Walter Benjamin - historia de uma amizade. Sao Paulo: Perspectiva, 1989.

1 Anigo publicado em Critique Communiste, n. 134, verão de 1993. Tradução de Isabel Maria Loureiro. A identificação das referências no original alemão e nas correspondentes versões brasileiras, assim como a tradução de várias passagens inexistentes em português foi feita por Ernani Chaves, a quem muito agradeço.

2 PesqUisador do CNRS, Paris.

3 Vel Walter Benjamin, 1989, Olganizacao e notas de Gelshom Scholem e Theodor Adorno.

4 Benjamin, "0 surrealismo. 0 ultimo instantaneo da inteligencia europeia".

5 Textos publicados em Benjamin, Magia e tecnica. arte e politica. Ensaios sobre literatura e histÓria da cultura. Sao Paulo: Brasiliense, 1986.

6 Benjamin, "Eduardo Fuchs, cler Sammler und cler Historiker".

7 A citat;:ao cle Benjamin esta em "Soore alguns temas em Bauclelaire". In: Obras escolhidas III. Sao Paulo: Brasiliense, 1989, p 125. A eclit;:ao cle 0 Capital utilizacla por Benjamin e a organizada par Korsch (Berlim, 1932)

8 Die Geschichtsphilosophischen Thesen ". In: Bulthaup. Op. cit. p. 37. (Originalmente em Alternative. 5Ó/57. out.dez. 1967).