A anulação dos Africanos escravizados como sujeito histórico-identitário Brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.36311/1415-8612.2019.v19n2.p45-52Palavras-chave:
Identidade, Sujeito Histórico, África, Pré-colonialismoResumo
O presente artigo tem por intento forjar uma elucidação teórica quanto à formação da identidade brasileira. Considerando a invisibilidade dos africanos trazidos como escravos, enquanto sujeito político e histórico ativos na formação da identidade nacional e coletiva brasileira. Sendo o Brasil um país mestiço, composto por indígenas, ibero-americanos e africanos, o desenvolvimento da identidade nacional significa a apreensão, principalmente pela intelectualidade dominante brasileira, de uma historiografia propriamente nacional. Deste modo, pensar nos brasileiros enquanto povo é pensar naqueles povos que os compuseram, visualizando tais componentes para além de uma abordagem geo-histórica, sob a noção de gênese formativa. Buscando superar os perfis formativos forjados pela historiografia tradicional quanto à "descoberta" (sic) do Novo Mundo pelos portugueses. Sendo assim, pode-se afirmar que na historiografia tradicional, a participação dos africanos trazidos como escravos não é elemento considerado como constitutivo importante para a formação nacional, visto que o aspecto dos portugueses enquanto fundante para desanuviar o Novo Mundo é priorizado na história do Brasil. A expansão marítima portuguesa passa pela África décadas antes da chegada à baía brasileira, a escravidão, portanto, já iniciara antes da América, sendo o processo colonizador, um elemento intensificador. Sendo importante, também, suscitar o aspecto ideológico da transposição da mão-de-obra indígena para a mão-de-obra africana para composição da identidade coletiva brasileira.
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