As distintas Manifestações Fonoaudiológicas e Psicológicas na Disfonia Espasmódica: Estudo de Caso

Autores

  • Amanda Oliveira Santos UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília
  • Maria da Graça Chamma Ferraz e Ferraz UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília
  • Eliana Maria Gradim Fabron UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília

DOI:

https://doi.org/10.36311/1415-8612.2012.v12n1.541

Resumo

A disfonia espasmódica é um distúrbio vocal grave, caracterizada por espasmos musculares laríngeos durante a fonação, produzindo voz tensa e estrangulada. Atualmente, acredita-se que tenha origem neurológica, mas há evidências que associam suas causas com alterações psicogênicas. O presente estudo visa descrever dois casos diagnosticados como disfonia espasmódica, com manifestações fonoaudiológicas e psicológicas distintas. O estudo descritivo foi realizado por meio de análise dos prontuários, incluindo avaliação otorrinolaringológica, neurológica, avaliação vocal perceptivo-auditiva, análise acústica e Protocolo de Qualidade de Vida e Voz (QVV). Caso 1: sexo feminino, 65 anos, discreta coaptação de bandas ventriculares, fenda fusiforme e intenso tremor laríngeo. Apresentou quadro de alucinação, diagnosticada, posteriormente, como Esquizofrenia. Faz uso de Risperidona e Pondera. Apresentou loudness rebaixado, pitch agravado, rouquidão, hipernasalidade leve, tempo máximo de fonação reduzido, incoordenação pneumofonoarticulátoria e G², R², Bº, Aº, S³. Caso 2: sexo feminino, 68 anos, alteração das pregas vocais e intenso estrangulamento de bandas ventriculares. Sofreu três acidentes vasculares encefálicos (AVE) e, após o primeiro, iniciou-se a rouquidão. Realiza atendimento psicológico, ainda sem diagnóstico fechado. Apresentou loudness rebaixado, pitch agudizado, diplofonia durante a conversação, tempo máximo de fonação reduzido, incoordenação pneumofonoarticulatória e G³, R², Bº, Aº, S³. Os dados demonstraram distintos graus de severidades nas manifestações otorrinolaringológicas e fonoaudiológicas, além de diferentes envolvimentos psicogênicos. O grau de severidade ficou implícito no impacto da voz na qualidade de vida das pacientes estudadas. Palavras Chave: disfonia, distúrbio psicogênicos, qualidade de vida.

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Biografia do Autor

Amanda Oliveira Santos, UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília

Mestranda em Fonoaudiologia do Curso de Pós-Graduação em Fonoaudiologia da UNESP-Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília. Graduada em Fonoaudiologia no ano de 2010 pelo Departamento Fonoaudiologia da UNESP-Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília. Pesquisadora do Projeto "Escuta Psicológica ao Paciente da Comunicação" (CEES//FFC/UNESP)

Maria da Graça Chamma Ferraz e Ferraz, UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília

Orientadora do TCC. Mestre em Psicologia Social e Doutora em Psicologia Clínica, ambas titulações pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora das disciplinas de Psicopatologia I e II e Psicolinguística do Departamento de Fonoaudiologia da UNESP - FFC/Marília. Coordenadora do Projeto "Escuta Psicológica ao Paciente da Comunicação" (CEES//FFC/UNESP).

Eliana Maria Gradim Fabron, UNESP - Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília

Coorientadora do TCC. Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho;Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Professora do Departamento de Fonoaudiologia da UNESP-Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília, responsável pelas disciplinas de Voz e Estágio Supervisionado de Terapia Fonoaudiológica: Voz.

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Publicado

2012-03-26

Edição

Seção

Artigos