HABERMAS, HONNETH E OS MOVIMENTOS SOCIAIS: REPENSANDO DIAGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS

Autores

  • Hélio Alexandre da Silva Professor Adjunto daUniversidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2016.v8.n17.12.p201

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Anticapitalismo, Habermas, Honneth

Resumo

O objetivo desse texto é discutir o diagnóstico, em grande medida partilhado por Jurgen Habermas e Axel Honneth, que aponta para um deslocamento dos atuais movimentos sociais que se afastariam de demandas anti-sistêmicas, leia-se anticapitalistas, para orientarem suas lutas na direção da reivindicação da solução de problemas específicos (ambientais, étnicoraciais, gênero, entre outros). Nesse sentido, serão apresentados elementos presentes em um dos movimentos sociais mais presentes no cenário social brasileiro, a saber, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, como expediente capaz de ancorar na realidade uma perspectiva de análise do tempo presente que permita pensar movimentos sociais que articulem anticapitalismo e demandas específicas. Com isso, pretende-se contribuir para que a Filosofia social mantenha em sua agenda uma perspectiva anticapitalista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALIAGA, L.; RUBBO, D. A reforma agrária dentro da ordem. São Paulo, Le MondeDiplomatique, 16fevereiro. 2016. Disponível em: http://diplomatique.org.br/acervo.php?id=3182

BLEIL, S. Vie et luttes des sans terre au sud du Brésil. Paris: Karthala, 2012.

BOLTANSKI, L.; CHIAPELLO, È. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

BOULOS, G. O MTST é mais que um movimento de moradia. São Paulo, 2006. Entrevista concedida a José Afonso Silva. Disponível em <http://www.lsrcit.org/movimentos/46-movimentos/170--o-mtst-e-mais-do-que-um-movimento-pormoradia>. Acesso em: 06/02/2016.

CUSSET, Y. Lutte sociale et éthique de la discussion. Actuel Marx, Paris, 25, 1999, p.123-135.

EDWARDS, G. Habermas and social mouvements: what´s ‘new’? In: CROSSLEY, Nick; ROBERTS, J. M. After Habermas: new perspectives on the sphere publique. Oxford, UK: Blackwell publishing, 2004.

FERNANDES, B. M.. A formação do MST no Brasil. Petrópolis: Vozes. 2000.

FISCHBACH, F. Manifeste pour une philosophie sociale. Éditions La Découverte, Paris, 2009.

FRASER, N.; HONNETH, A.Redistribution or recognition? A political-philosophical exchange. New York;London: Verso, 2003.

HABER, S. “Renouveau de la philosophie sociale”. In: Esprit, n° 383, 2012.

HABERMAS, J. New social movements. Telos, New York, n. 49, p. 33-37, 1981. Texto reimpresso.

______. A nova intransparência: a crise do estado de bem estar social e o esgotamento das energias utópicas. Novos Estudos, São Paulo, n. 18, 1987.

______.Democracy or capitalism?On the abject spectacle of a capitalistic world society fragmented along national lines. Disponível em http://www.resetdoc.org/story/00000022337. Acesso em 12/01/2016.

HONNETH, A.The critique of power: reflective stages in a critical social theory. Massachusetts: MITPress ed, 1991.

______. Work and instrumental action: on the normative basis of critical theory. In:

______.The fragmented world of the social. Albany, NY: Suny Press, 1995.

______. The social dynamics of disrespect: situating critical theory today. In: DEWS, Peter (Org.). Habermas: a critical reader. Oxford: Blackwell Publishers, 1999.

JAPPE, A. Alienação, reificação e fetichismo da mercadoria. Revista Limiar, v. 1, n. 2, 1º semestre 2014. Disponível em http://www2.unifesp.br/revistas/limiar/pdfnr2/1._anselm_jappe_-_limiar_n.2.pdf. Acessoem29/01/2016.

KEUCHEYAN, R. Hemisphère gauche: une cartographie des nouvelles pensées critiques. Paris: Zones. 2013.

LAUDANI, R. Pour une théorie critique de l´indignation. Illusio. Théorie critique de la crise: école de Francfort, controverses et interprétations, Paris, n. 10/11, 2013.

LÖWY, M. A mística da revolução. Folha de São Paulo., São Paulo, 01 de abril, 2001. Caderno Mais!

MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

MARTINS, J. S. A militarização da questão agrária. Petrópolis: Vozes, 1984.

MELO, R. Teoria crítica e os sentidos da emancipação. Caderno CRH, Salvador, v. 24, n. 62, 2011.

MELUCCI, A. A invenção do presente: movimentos sociais nas sociedades complexas. Petrópolis:Vozes, 2001.

MIRZA, C. A. Movimientos sociales y sistemas políticos en América latina: la construcción de nuevas democracias. Buenos Aires: Clacso, 2006.

MOLL, K. N. The enduring significance of Axel Honneth’s critical conception of work. EmergentAustralasianPhilosophers, Issue, v. 2, p. 01-16, 2009.

MST. Caderno de formação nº 2: mulher sem terra, s/d. Disponível em: http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=BibliotLT&PagFis=3275. Acesso em 05/01/2016.

______. Caderno de formação nº 17: plano nacional do MST 1989-1993. Junho - 1989. Disponível em:

http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=BibliotLT&PagFis=3275. Acesso em 05/01/2016.

______. Caderno de formação nº 18: o que queremos com as escolas dos assentamentos. Março - 1999. Disponível em:

http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=BibliotLT&PagFis=3275. Acesso em 05/01/2016.

______. Caderno de formação 37: valores de uma prática militante, outubro - 2009. Disponível em:

http://www.docvirt.com/docreader.net/docreader.aspx?bib=BibliotLT&PagFis=327. Acesso em 05/01/2016.

______. Caderno de formação n. 1: agrotóxicos, 2011. Disponível em:

http://www.mst.org.br/Campanha-dos-agrotoxicos-lanca-caderno-de-formacao. Acesso em 05/01/2016.

______. Cartilha do programa agrário do MST. 2013.Disponível em

http://mstbrasilien.de/wp-content/uploads/2014/02/Cartilha-Programaagr%C3%A1rio-do-MST-FINAL.pdf. Acesso em 05/01/2016.

______. Combate a violência sexista. Disponível em http://www.mst.org.br/taxonomy/term/329. Acesso em 05/01/2016.

PEREIRA, L. J. H. A noção de capitalismo tardio na obra de Jürgen Habermas: em torno da tensão entre capitalismo e democracia. 2012. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP , 2012.

PINZANI, A.Habermas. São Paulo: Artmed, 2009.

______. Teoria Crítica e justiça social. Civitas, Porto Alegre, v. 12, n.1. p. 88-106, 2012.

RENAULT, Emmanuel.Souffrances sociales. Philosophie, psychologie et politique.Paris: La découverte, 2008.

______. Théorie critique et critique immanente. Illusio. Théorie critique de la crise: école de Francfort, controverses et interprétations, Paris, n. 10/11, 2013.

SILVA, H. A.; RAVAGNANI, H. B. Estruturas e fundamentos sociais: a leitura honnethiana de Habermas. Trans/form/ação, Marília, v. 36, n. 2, p.155-178, Maio/Agosto, 2013.

SMITH, N. Work and the Struggle for Recognition. European Journal of Political Theory, v. 08, n. 01, p. 46-60, 2009.

STREEK, W. As crises do capitalismo democrático. Novos Estudos, São Paulo, n. 92, março, 2012.

VOIROL, O. Teoria crítica e pesquisa social: da dialética à reconstrução. Novos Estudos, São Paulo, n.93. p. 80-99. 2012.

WALLERSTEIN, I. Construir outro mundo em meio à tempestade, São Paulo, Le Monde Diplomatique, 18 Julho. 2008.

Downloads

Publicado

2016-11-07