RAHEL E A QUESTÃO JUDAICA: SEYLA BENHABIB E A GENEALOGIA DA MODERNIDADE EM ARENDT

Autores

  • Paulo Eduardo Bodziak Junior Doutorando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n10.4544

Palavras-chave:

Arendt, Benhabib, Salões, Modernismo, Universalismo

Resumo

Em sua obra de “The Reluctant Modernism of Hannah Arendt”, Seyla Benhabib faz o exercício de questionar a formação da concepção arendtiana de modernidade. Retornando à biografia de Rahel Varnhagen, a comentadora aponta para a experiência privilegiada dos salões berlinenses como referências mais interessantes para se pensar a esfera pública, derivando daí um possível universalismo moral de Hannah Arendt. Após expor esta tese de Benhabib, apontamos, em sentido diverso, para a impossibilidade deste exercício em Arendt, mostrando que os salões não poderiam se constituir como referência para a esfera pública por não favorecerem a atividade da ação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, O. A. Filosofia e Política no Pensamento de Hannah Arendt. Fortaleza. EUFC. 2001

AGUIAR, O. A. Filosofia, Política e Ética em Hannah Arendt. Ijuí. Ed.Unijuí. 2009

ARENDT, H. A condição humana. Trad. Roberto Raposo Rio de Janeiro, Forense Universitária. 2008a

______. A dignidade da política. Ediouro. Rio de Janeiro. 2002.

______. A promessa da política. Difel. Rio de Janeiro. 2008b

______. A vida do espírito. Relume-Dumará. Rio de Janeiro. 1992.

______. Compreensão: Formação, Exílio e Totalitarismo. Org. Jerome Kohn. São Paulo. Cia das Letras. Belo Horizonte. UFMG. 2008c.

______. Crises da República. São Paulo. Perspectiva. 1973.

______.Da violência. UnB. Brasília.1985.

______. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo. Diagrama Texto. 1983

______. Entre o passado e o futuro. Perspectiva. São Paulo. 2007a.

______. Homens em tempos sombrios. Tradução de Denise Bottman. Compahia das Letras. São Paulo. 1987.

______. “Karl Marx and the tradition of Western political Thought”. In: Social Research, Vol.69, N° 2, Summer, 2002b.

______. “Reflections On Little Rock: preliminary remarks”. In The Portable Hannah Arendt. Penguin Books. New York. 2000.

______. Responsabilidade e Julgamento. Companhia das letras. São Paulo. 2004

______. Rahel Varnhagen: a vida de uma judia alemã na época do romantismo. Trad. Antônio Transito e Gernot Kludasch. Rio de Janeiro. Relume-Dumará. 1994.

______. “Sobre Hannah Arendt”. Trad. Adriano Correia. Em: Inquietude, Goiânia, Vol 1, N°2, ago/dez. 2010.

______. Da revolução. Ática/UNB. Brasília. 1988.

______. “The Great Tradition: Law and Power”. In: Social Research, Vol.74, N° 3, Fall, 2007b.

______. The Great Tradition: Ruling and Being Ruled. In: Social Research, Vol.74, N° 4, Winter, 2007c.

______. “Zionism reconsidered”. In: The Jewish Writings. New York. SchockenBooks. 2007d.

______. Lições sobre a filosofia política da Kant. Rio de Janeiro. Relume-Dumará. 1993.

______. O que é política? Rio de Janeiro, Bertarnd Brasil, 2007b.

______. Origens do totalitarismo. Cia das Letras. São Paulo. 2000.

______. Correspondence with Karl Jaspers, 1926-1969. Nova York. Harcourt Brace. 1994.

BENHABIB, S. Critic, Norm and Utopia: A study of the foundations of critical theory. New York. Columbia University Press. 1986.

______. “Hannah Arendt and the redemptive power of narrative.” In: Social research, nº57. 1990.

______. “Models of Public Space: Hannah Arendt, the Liberal Tradition, and Jürgen Habermas.” In: Habermas and the Public Sphere. Craig Calhoun (org.). Cambridge. 1994.

______. The reluctant modernism of Hannah Arendt. New York. Sage Publications. 1996.

______. Situating the Self. New York. Routledge. 1992.

CANOVAN, M. “Arendt, Rousseau and Human Plurality in Politics.” In: The Journal of Politics, v. 45, nº 2, 1983.

______. “A case of distorted communication: a note on Habermas and Arendt”. In: Political Theory. Vol 11, Nº1, 1983b.

______. Hannah Arendt: a reinterpretation of her political thought. Cambridge. Cambridge University Press. 1982.

______. “On Pitikin´s Justice”. In: Political Theory. Vol 10, Nº3,1982.

______. “The contradictions of Hannah Arendt´s political thought”. In: Political Theory. Vol 6, Nº1, 1978.

______. The political thought of Hannah Arendt. New York. Harcourt Brace Jovanovzch. 1974.

CORREIA, A.(org.) Hannah Arendt e a condição humana. Salvador. Quarteto, 2006.

DUARTE, A.. O pensamento à sombra da ruptura: política e filosofia em Hannah Arendt. São Paulo. Paz e Terra, 2000

D’ENTRÈVES, M. P. The Political Philosophy of Hannah Arendt. New York. Routledge. 1994.

HABERMAS, J. “Hannah Arendt´s Communications Concept of power” In: Social Research. Vol.44. Nº 1. 1977. pp.3-25

______. Mudança estrutural na esfera pública. Trad. Flávio Kothe. Rio de janeiro. Tempo brasileiro. 1984.

PITKIN, H. “Justice: On Relating Private and Public”. In: Political Theory. Vol 9, N°3, 1981. pp. 327-352

______. Hannah Arendt´s Concept of Social. Chicago. The University of Chicago Press. 1998

YOUNG-BRUHEL, E. Por amor ao mundo: A vida e a obra de Hannah Arendt. Trad. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro. Relume-Dumará. 1997.

Downloads

Publicado

2013-12-19

Edição

Seção

Artigos