BERGSON E A INTUIÇÃO COMO MÉTODO NA FILOSOFIA

Autores

  • Eduardo Soares Ribeiro Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4501

Palavras-chave:

Bergson, Intuição, Duração e Metafísica.

Resumo

Neste artigo abordaremos o tema da intuição e o método intuitivo no pensamento de Henri Bergson, tendo por objetivo mostrar a partir de quais problemas tal método pôde surgir e quais dificuldades ele tenta solucionar em seu desenvolvimento no decorrer de determinados textos do filósofo francês. Para alcançar o problema da intuição em Bergson, teremos que tratar brevemente de temas fundamentais de sua filosofia, a saber, a duração e o tempo; a intuição interior e seu contato com o Eu profundo; o ser como mobilidade e a cisão de Bergson com a metafísica antiga, clássica, que vê o imóvel como essencial e a mudança como acidental. Discorreremos também acerca da metafísica bergsoniana e da ciência simbólica como formas de conhecimento do absoluto, seja ele intuitivo-espiritual ou analítico-material. Por fim, abordaremos o problema da expressão da intuição ou, em outras palavras, da comunicação da duração em termos espaciais; a dificuldade da linguagem e da inteligência de dizer o ser movente e a proposta bergsoniana de solução deste impasse através da introdução da metáfora, das imagens e dos conceitos flexíveis. Com o intuito de atender nossos objetivos principais e explicitar as dificuldades acima apontadas – mostrando de que forma Bergson as contorna –, além de esclarecer o funcionamento do método e do conhecimento intuitivo, iremos nos basear nos seguintes textos de Bergson: “A Introdução da Metafísica” (1903), a conferência intitulada “A Intuição Filosófica” (1911) e as duas introduções de “O Pensamento e o Movente” (1922), onde esses conceitos aparecem ou pela primeira vez, ou tomando desenvolvimentos decisivos.

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Publicado

2013-06-28

Edição

Seção

Artigos