O CUIDADO COM O MUNDO OU AMOR MUNDI E SUA RELAÇÃO COM A AÇÃO POLÍTICA EM HANNAH ARENDT

Autores

  • Kamila Fernanda Barbosa Sampaio Mestra em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Professora Substituta de Filosofia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) https://orcid.org/0000-0002-3709-4480
  • Zilmara de Jesus Viana de Carvalho Professora do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade da UFMA https://orcid.org/0000-0003-1991-0250

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2021.v13n34.p142-161

Palavras-chave:

Cuidado, Amor, Mundo, Ação, Política, Homens

Resumo

Este artigo tem como objetivo, refletir sobre a concepção de Amor Mundi apresentada pela filósofa alemã Hannah Arendt (1906-1975) e suas imbricações com a ação política, evidenciando como os homens devem agir conjuntamente por amor ao mundo visando conservá-lo e preservá-lo da ruína. Arendt argumenta que os homens, ao habitarem o mundo, são capazes de deixar seus registros a partir de suas diversas atividades realizadas, especialmente a ação, atividade política por excelência. Isto é possível porque os seres humanos partilham daquilo que a autora define como mundo comum, caracterizado pelo seu aspecto de publicidade. Nesse sentido, isso nos leva a pensar na relação que Arendt estabelece entre amor, mundo e política para desenvolver o seu pensamento. Para o desenvolvimento desta análise, partiremos de alguns questionamentos, tais como: sua concepção acerca de Mundo; o tipo de amor de que fala a autora ao se referir a esse mundo; e o significado dos homens agirem conjuntamente numa atitude de amor pelo mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARENDT, H. A Condição Humana. Tradução de Roberto Raposo, revisão técnica: Adriano Correia. Rio de Janeiro. Forense Universitária, 2014.

______. A dignidade da política: ensaios e conferências. Tradução de Helena Martins e outros. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993.

______. O que é política? Hannah Arendt. Tradução de Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

______. A promessa da política. Tradução de Pedro Jorgensen Jr. Rio de Janeiro, DIFEL, 2010.

______. O Conceito de Amor em Santo Agostinho. Tradução de Alberto Pereira Dinis. Lisboa: Instituto Piaget, 1997.

______. Origens do totalitarismo. Tradução Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

ABREU, M. A. Hannah Arendt e os limites do novo. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2004.

ADLER, L. Nos passos de Hannah Arendt. Tradução de Tatiana Salem Levy e Marcelo Jacques. Rio de Janeiro: Record, 2014.

CORREIA, A. Natalidade e amor mundi: sobre a relação entre educação e política em Hannah Arendt. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.36, n.3, p. 811-822, set./dez. 2010.

COURTINE-DENAMY, S. O cuidado com o mundo: Diálogo entre Hannah Arendt e alguns de seus contemporâneos. Tradução de Maria Juliana Gambogi Teixeira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.

DUARTE, A. Hannah Arendt e o pensamento político sob o signo do amor mundi. In:Mulheres de Palavra. Maria Clara Lucchetti Bingemer e Eliana Yunes (Orgs.). São Paulo, Edições Loyola, 2003)

FRY, K. A. Compreender Hannah Arendt. Tradução de Paulo Ferreira Valério. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

HEIDEGGER, M. Construir, Habitar, Pensar. In: Ensaios e conferências. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão, Gilvan Fogel, Marcia Sá Cavalcante Schuback. Petrópolis:

Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2012.

PASSOS, F. A. O conceito de mundo em Hannah Arendt: uma nova filosofia política. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2014.

TELES, E. Ação política em Hannah Arendt. São Paulo: Editora Barcarolla: Discurso Editorial, 2013.

WUENSCH, A. M. Sentidos da “Natalidade” em Hannah Arendt. In: Filosofia ou política? Diálogos com Hannah Arendt. Gerson Brea & Paulo Nascimento, Miroslav Milovic, (Orgs.). São Paulo, Annablume Editora, 2010, p. 21-33.

YOUNG-Bruehl, E. Por Amor ao Mundo: A Vida e Obra de Hannah Arendt. Tradução de Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.

Downloads

Publicado

2021-07-08

Edição

Seção

Artigos