FORMA(S) DE VIDA, UM CONTROVERSO CONCEITO WITTGENSTEINIANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2020.v12n31.p14-36

Palavras-chave:

Forma(s) de vida, Linguagem, Significado, Consenso, Fundamento sem fundamento

Resumo

O trabalho visa compreender o conceito de forma(s) de vida presente na filosofia do segundo Wittgenstein, reputado como de difícil entendimento por diversos fatores, o que margem ao surgimento de diferentes leituras quanto ao seu significado. Em que pese as dificuldades iniciais na aproximação do tema, forma(s) de vida revela-se um conceito nuclear do pensamento filosófico de Wittgenstein ao possibilitar compreender o fenômeno linguístico em sua integralidade e que, por isso, merece esclarecimento. Passando-se pelas diferentes vias de interpretações do conceito, apresenta-se o debate sobre conceito com o intuito de indicar uma outra possibilidade de compreendê-lo, sintetizada na grafia adotada como forma(s) de vida, que conjuga posições aparentemente antagônicas, fundadas nas flexões singular (forma de vida) e plural (formas de vida), a fim de denotar a complementaridade dessas acepções. Dessa forma, o conceito expressa o consenso subjacente à linguagem que desempenha o papel de ser o fundamento sem fundamento das práticas linguísticas, como uma instância que funciona como pano de fundo para o desenvolvimento dos jogos de linguagem das diferentes formas de vida que, por sua vez, são partes de uma mesma forma de vida, a humana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

DALL’AGNOL, D. Seguir Regras: Uma Introdução às Investigações Filosóficas de Wittgenstein. Pelotas: Editora da UPel, 2011, 190 p.

DONAT, M. Formas de Vida e Constituição de Sentido. In: SEMINÁRIO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS HUMANAS, 7., 2008, Londrina. Anais... Londrina: UEL, 2018. Não paginado. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/sepech/sepech08/anais_capa.htm. Acesso em 10 mar. 2020.

FANN, K. T. El Concepto de filosofia em Wittgenstein. Tradução Miguel Angel Beltran. Madrid: Tecnos, 2003. 140 p.

GIER, N. Wittgenstein and Forms of Life. Philosophy of the Social Sciences, [S.l.], v. 10, p. 241 – 258, set. 1980. Disponível em: http://journals.sagepub.com/toc/posa/10/3. Acesso em: 10 mar. 2020.

GLOCK, H.-J. Dicionário Wittgenstein. Tradução Helena Martins. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, 398 p.

GRAYLING, A. C. Wittgenstein. Tradução Milton Camargo Mota. São Paulo: Loyola, 2002, 157 p.

HACKER, P. M. S. Forms of Life. Nordic Wittgenstein Review, [S.l.], p. 1-20, 2015. Edição especial.
Disponível em: https://www.nordicwittgensteinreview.com/issue/view/
NWR%20Special%20Issue%202015. Acesso em: 10 mar. 2020.

HALLER, R. Wittgenstein e a Filosofia Austríaca: questões. Tradução Norberto Abreu e Silva Neto. São Paulo: EDUSP, 1990, 152 p. Forma(s) de vida, um controverso conceito wittgensteinian 36 Kínesis, Vol. XII, n° 31, julho 2020, p.14-36

HUNTER, J. F. M. “Forms of Life” in Wittgenstein’s Philosophical Investigations. American Philosophical Quarterly, Illinois, v. 5, n. 4, p. 233-234, out. 1968. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20009278seq=1#page_scan_tab_contents. Acesso em: 10 mar. 2020.

MARRADES, J. Sobre la Noción de ‘Forma de Vida’ en Wittgenstein. Agora: papeles de filosofia, Santiago de Compostela, v. 33, n. 1, p. 139-152, 2014. Disponível em: http://www.usc.es/revistas/index.php/agora/issue/view/228. Acesso em: 10 mar. 2018.

MACHADO, R. H. P. Nota 65. In: WITTGENSTEIN, L. Observações sobre a Filosofia da Psicologia. Tradução Ricardo Hermann Ploch Machado. Aparecida: Ideias e Letras, 2008, 407 p.

ROMANO, R. Wittgenstein por Rudolf Haller. Revista USP, São Paulo, n. 9, p. 199-202, mar.-abril-maio 1991. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/issue/view/1876/showToc. Acesso em: 10 mar. 2020.

VELLOSO, A. Forma de Vida ou Formas de Vida? Philósophos, Goiânia, v. 8, n. 2, p. 159-184, 2003. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/philosophos/issue/view/419/showToc. Acesso em: 10 mar. 2020.

WITTGENSTEIN, L. Da Certeza. Tradução Maria Elisa Costa. Lisboa: Edições 70, 2012, 363 p.

______. Investigações Filosóficas. Tradução José Carlos Bruni. São Paulo: Nova Cultural, 1999, 206 p.

______. Tradução Marcos G. Montagnoli. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2009, 350 p.

______. Observações sobre a Filosofia da Psicologia. Tradução Ricardo Hermann Ploch Machado. Aparecida: Ideias e Letras, 2008, 407 p.

Downloads

Publicado

2020-07-20

Edição

Seção

Artigos