SANTO AGOSTINHO: A RELAÇÃO MORAL COM O MUNDO NA ORDEM DO FRUI AUT UTI

Autores

  • Carlos Eduardo Bernardo Mestrando em Filosofia pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2013.v5n09.4496

Palavras-chave:

Amor, Fruição, Utilidade/Uso, Deus, O Próximo e Mundo.

Resumo

Tencionamos com este breve escrito abordar a questão acerca da relação do sujeito com o mundo no âmbito da ordem moral segundo a concepção que dela faz Santo Agostinho, o Mestre do Ocidente. Este tema esteve presente durante toda a carreira do bispo de Hipona assumindo formas diversas e adquirindo nuanças distintivas de acordo com as polêmicas em que se envolvia Agostinho na defesa da fé cristã; porém, acreditamos que a concepção de frui aut uti – segundo a formula latina: uso e fruição – perpassa basicamente toda a sua produção teóricoliterária, e, se inscreve na construção agostiniana de uma ordem moral, ética cristã, ordem que abarca todas as relações, transpessoais, interpessoais, e, por fim, subpessoais, noutras palavras, esta ordem envolve todas as relações possíveis ao homem, segundo o Bispo de Hipona, a relação entre o homem e Deus, entre homem e seus semelhantes e entre o homem e as demais criaturas. Para a consecução deste projeto efetuaremos uma análise exegética de De Doctrina Christiana (I. 20,22), buscando subsídios noutros escritos de Agostinho, sobretudo Confessione e De Civitate Dei através dos quais pretendemos legitimar através do itinerário deste escrito a atualidade da tese agostiniana tendo em vista os graves distúrbios na ordem das relações facilmente detectáveis na Modernidade. Embora saibamos a grandeza das dificuldades implícitas em semelhante  proposta e nas discussões dela decorrentes.

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Referências

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Publicado

2013-06-28

Edição

Seção

Artigos