SORTE MORAL: EXPONDO OBJEÇÕES AOS CONTRAFACTUAIS DE ZIMMERMAN

Autores

  • João Victor Rosauro Doutorando em Filosofia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2022.v14n36.p241-262

Palavras-chave:

Sorte Moral, Zimmerman, Juízos Morais, Contrafactuais

Resumo

Nós geralmente defendemos a intuição de que a moralidade é uma questão de mérito, ou seja, nós não deveríamos considerar a sorte (fatores que os agentes não controlam) na hora de atribuirmos responsabilidade, censura ou elogio. Entretanto, um fenômeno chamado “sorte moral” nos mostra que a sorte pode ser praticamente onipresente em nossos assuntos morais, ameaçando o mérito e apresentando um problema em nossas intuições. Todavia, Zimermman procurou argumentar, partindo de uma estratégia contrafactual, contra a relevância da participação da sorte na moralidade. Dito isso, os objetivos do trabalho são: expor os argumentos de Zimmerman e apresentar algumas objeções de Robert Hartman ao autor. Para atingir meus objetivos o trabalho será dividido em três partes: na primeira, juntamente a introdução, buscarei familiarizar o leitor com o fenômeno da sorte moral. Na segunda, irei apresentar os argumentos de Zimmerman, com intenção de esclarecer sua estratégia contrafactual e seus conceitos morais. E na terceira, irei apresentar algumas objeções que partem principalmente de Hartman a respeito da qualidade e quantidade de censura e elogio, sobre a motivação moral, bem como a respeito da
falta da função comunicativa da censura no modelo contrafactual visto.

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Referências

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Publicado

2022-08-02

Edição

Seção

Artigos