A CONCEPÇÃO SCHOPENHAUERIANA ACERCA DA LIBERDADE TRANSCENDENTAL DO INDIVÍDUO

Autores

  • Amanda Oshiro Costa Mestranda em Filosofia Contemporânea pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2017.v9n21.03.p6

Palavras-chave:

Schopenhauer, Liberdade transcendental, Determinismo, Indivíduo, Vontade

Resumo

Pretende-se investigar aqui a concepção schopenhaueriana acerca da liberdade transcendental do indivíduo. Tal concepção emerge da compreensão que Schopenhauer tem do mundo, a saber: 1) o mundo como representação – a relação entre sujeito e objeto determinada pelo princípio de razão; e 2) o mundo como Vontade – a essência irracional de tudo o que existe. Nestes termos, Schopenhauer considera o indivíduo, ao mesmo tempo, dotado de uma consciência que o faz se perceber como algo que quer – isto é, como uma manifestação individual da Vontade –, que lida com os objetos deste querer, as coisas externas do mundo – por intermédio da representação que tem delas. Além disso, o indivíduo é portador de um caráter inato e imutável (caráter inteligível), observável através das manifestações empíricas de sua vontade (caráter empírico). O que nos interessa é, principalmente, a relação entre determinismo e liberdade levantada pelo autor. /Por um lado, o caráter do homem é uma contingência da natureza – por isso, determinado. Por outro, ainda assim, para o filósofo, o homem pode ser considerado livre ao vislumbrar ser o que é. Nosso propósito é examinar a solução de Schopenhauer para estas duas oposições conceituais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARBOZA, J. Schopenhauer. A decifração do enigma do mundo. São Paulo: Paulus, 2015.

BRANDÃO, E. O conceito de matéria na obra de Schopenhauer. São Paulo: Humanitas, 2008.

DEBONA, V. Caráter adquirido, sociabilidade e a moral do “como se” (Als-Ob) em Schopenhauer. Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência. Rio de Janeiro, volume 9, número 1, p. 84-102, 2016.

JANAWAY, C. Schopenhauer. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Loyola, 2003.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como Vontade e como representação. Tomo I. Trad. Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2005.

______. Essay on the freedom of the will. Trad. Konstantin Kolenda. New York: Dover, 2005.

______. Sobre o fundamento da moral. Trad. Maria Lúcia Cacciola. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

SILVA, H. A Liberdade de Escolha em Bergson e Schopenhauer. Trans/Form/Ação. Marília, volume 40, número 1, p. 25-50, 2017.

Downloads

Publicado

2018-03-15

Edição

Seção

Artigos