O MODELO EXPRESSIVO-COLABORATIVO: UMA ALTERNATIVA FEMINISTA À ÉTICA TRADICIONAL

Autores

  • Lurian Possebon Mestranda em Filosofia pelo Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2015.v7n15.5711

Palavras-chave:

Ética feminista, Ética do cuidado, Responsabilidade, Narrativa, Epistemologia moral

Resumo

Neste artigo, apresentaremos o chamado modelo expressivo-colaborativo, elaborado por Margaret Urban Walker. Esse modelo concebe a ética em contraste com o modelo teóricojurídico, do qual fazem parte as teorias morais tradicionalmente estudadas na filosofia, tais como as neo-kantianas, utilitaristas e contratualistas. Walker, apoiada em outras autoras feministas, analisa essas teorias morais a fim de mostrar sob que aspecto elas se enquadram neste último modelo. Brevemente, daremos enfoque a algumas abordagens da discussão feminista em torno da ética, a qual servirá como pano de fundo para as propostas de Walker, que pretendem dar conta das demandas e questões levantadas por essas autoras. A partir dessa discussão, elucidaremos os principais elementos que compõem o modelo expressivocolaborativo, bem como a epistemologia que o suporta. Walker vê a moralidade como “um meio socialmente incorporado de entendimentos mútuos e negociações entre pessoas sobre suas responsabilidades em relação a coisas abertas ao cuidado e responsabilização humana”.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANSCOMBE, G. E. M. Modern moral philosophy. In Philosophy. V. 33, n 124, p. 1 –19, 1958.

BAIER, A. C. What do women want in moral theory?. In Noûs. V. 19, n. 1, p. 53 – 63, 1985.

BARTKY, S. L. Femininity and domination: Studies in the Phenomenology of Oppression. New York: Routlege, 1990

CARD, C. Responsibility Ethics, Shared Understandings, and Moral Communities. In Hypatia. Indiana: Indiana University Press, 2002.

CODE, L. Narratives of Responsibility and Agency: Reading Margaret Walker's Moral Understandings. In Hypatia. Indiana: Indiana University Press, 2002.

GILLIGAN, C. In a different voice. Cambridge: Harvard University Press, 1982.

______. Joining the Resistance. Cambridge: Polity Press, 2011.

HARDING, S. Rethinking Standpoint Epistemology: What is Strong Objectivity?. In Feminist Epistemologies. New York: Routledge, 1993.

KITTAY, E. F; MEYERS, Diana T (eds.). Women and moral theory. Totowa N. J.: Rowman and Littlefield, 1987.

LUGONES, M; SPELMAN, E. Have we got a theory for you! Feminist theory, cultural imperialism, and the demand for “the woman’s voice”. In Hypatia: A Special Issue of Women's Studies International Forum. Indiana: v. 6, n. 6, p. 573 – 581, 1983.

MACKINNON, C. Feminism Unmodified: discourses on life and law. Cambridge: Harvard University Press, 1987.

NODDINGS, N. Caring: A Feminine Approach to Ethics and Moral Education. Berkeley: University of CA Press, 1982.

RAWLS, J. A theory of justice. Cambridge: Harvard University Press, 1971.

RUDDICK, S. Maternal Thinking: Toward a Politics of Peace. New York, NY: Ballentine Books, 1989.

SATTLER, J. Alternativas à “Filosofia Moral Moderna”: considerações wittgensteinianas, estoicas e literárias. In Ética, linguagem e antropologia: perspectivas modernas e contemporâneas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

SIDGWICK, H. The methods of ethics. Indianapolis: Hackett Publishing: 1981

WALKER, M. U. Feminism, Ethics, and the Question of Theory. In Hypatia. Indiana: v. 7, n. 3, p. 23 – 38, 1992.

______. Moral Understandings: Alternative “Epistemology” for a Feminist Ethics. In Hypatia. Indiana: v. 4, n. 2, p. 15 – 28, 1989.

______. Moral Understandings: a feminist study in ethics. New York: Oxford University Press, 2007.

______. Morality in practice: A Response to Claudia Card and Lorraine Code. In Hypatia. Indiana: v. 17, n. 1, p. 174 – 182, 2002.

Downloads

Publicado

2016-01-02

Edição

Seção

Artigos