ENTRE A TEORIZAÇÃO DA CULTURA NO CAPITALISMO AOS PADRÕES DE JUSTIÇA: AS LUTAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS NO VIÉS DO RECONHECIMENTO DE NANCY FRASER E AXEL HONNETH

Autores

  • Waléria Demoner Rossoni Mestranda no Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Segurança Pública pela Universidade Vila Velha - UVV

DOI:

https://doi.org/10.36311/1984-8900.2015.v7n15.5706

Palavras-chave:

Reconhecimento, Lutas Sociais, Contemporaneidade, Nancy Fraser, Axel Honneth

Resumo

Seguindo-se a perspectiva de que é imprescindível concepções sobre a teoria do reconhecimento como tema central na busca de uma formulação crítica da sociedade hodierna, busca-se discutir neste artigo o evidente debate entre Nancy Fraser e Axel Honneth. Nada mais peculiar do que a análise dedilhada destes autores com o escopo de alcançar tematizações filosóficas e políticas, de maneira a ser possível consagrar os pressupostos básicos da justiça, bem como a construção da tematização social. Diante dessa visão um tanto quanto especialíssima, depreende-se que a análise contemporânea permite uma conclusão crítica no que concerne às lutas sociais pelas mais variadas questões polêmicas. Isso é possível, em último entendimento, pela teorização da cultura no sistema capitalista, bem como os pensamentos paradigmáticos da concepção de justiça. Com imensas críticas recebidas, Fraser sustentava veementemente a conjunção da temática do reconhecimento às lutas culturais por intermédio da proteção à identidade grupal. Desta feita, pelo esquematismo argumentar, outros autores, entre eles Honneth, formularam a “teoria crítica do reconhecimento”. Assim sendo, nada mais visível e peculiar à afirmação de que a problematização simultânea das questões redistributivas, pensada em um viés extremamente material de Fraser foi um dos pontos de partida para estabelecer uma posição crítica em relação às tão tumultuadas lutas sociais na contemporaneidade, concepção esta estaque em Honneth.

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Publicado

2016-01-02

Edição

Seção

Artigos