Kant, Arendt e o caso Eichmann:
a incompreensão do imperativo categórico kantiano
DOI:
https://doi.org/10.36311/2318-0501.2022.v10n2.p97Palavras-chave:
Immanuel Kant, Imperativo Categórico, Hannah Arendt, Adolf Eichmann, ausência de pensamentoResumo
No presente artigo, defendo que o pensamento de Kant é decisivo para a construção filosófica do relato de Hannah Arendt do julgamento de Adolf Eichmann. Na primeira seção, embasada na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e em Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, mostro como, a partir da obra de Kant, Arendt analisa três equívocos de Eichmann em relação à moral kantiana, são eles: a confusão entre legalidade e moralidade, a ausência de autonomia da vontade e a indistinção entre ações conformes ao dever e por dever. Na segunda seção, mostro como Arendt constrói a tese de que Eichmann é incapaz de exercer sua faculdade de pensamento (thoughtlessness), ou seja, incapaz de se colocar no lugar do outro, de alcançar um ponto de vista alargado, apoiando-se na filosofia moral e na estética de Kant.
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