Kant, Arendt e o caso Eichmann:

a incompreensão do imperativo categórico kantiano

Autores

  • Nathalia Rodrigues da Costa

DOI:

https://doi.org/10.36311/2318-0501.2022.v10n2.p97

Palavras-chave:

Immanuel Kant, Imperativo Categórico, Hannah Arendt, Adolf Eichmann, ausência de pensamento

Resumo

No presente artigo, defendo que o pensamento de Kant é decisivo para a construção filosófica do relato de Hannah Arendt do julgamento de Adolf Eichmann. Na primeira seção, embasada na Fundamentação da Metafísica dos Costumes e em Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, mostro como, a partir da obra de Kant, Arendt analisa três equívocos de Eichmann em relação à moral kantiana, são eles: a confusão entre legalidade e moralidade, a ausência de autonomia da vontade e a indistinção entre ações conformes ao dever e por dever. Na segunda seção, mostro como Arendt constrói a tese de que Eichmann é incapaz de exercer sua faculdade de pensamento (thoughtlessness), ou seja, incapaz de se colocar no lugar do outro, de alcançar um ponto de vista alargado, apoiando-se na filosofia moral e na estética de Kant.

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Biografia do Autor

Nathalia Rodrigues da Costa

Doutora em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (2022), com estágio de pesquisa na Columbia University, NY (2020), com bolsa FAPESP. Fez graduação (2015) e mestrado (2018) na mesma instituição. É pesquisadora em filosofia política e especializou-se no pensamento político de Hannah Arendt, sobretudo no tema sociedade de massas. 

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Publicado

2023-01-24

Como Citar

Costa, N. R. da. (2023). Kant, Arendt e o caso Eichmann:: a incompreensão do imperativo categórico kantiano. Estudos Kantianos [EK], 10(2), 97. https://doi.org/10.36311/2318-0501.2022.v10n2.p97

Edição

Seção

Artigos / Articles