O Espírito da época e a necessidade da razão nas Cartas sobre a filosofia kantiana
DOI:
https://doi.org/10.36311/2318-0501.2022.v10n2.p51Palavras-chave:
Kant, Reinhold, história, sujeito, doutrina da almaResumo
Este artigo examina, na obra de Karl Leonhard Reinhold (1757-1823), o papel que o sujeito assume na gênese do princípio da consciência, o qual parece se iniciar já nas Cartas sobre a filosofia kantiana, uma vez que Reinhold estudava os escritos de Kant desde 1785. Essas Cartas já anunciavam uma resposta compatível à pergunta sobre como adequar o conceito de Deus ao conceito de liberdade, pois só através da convicção moral é que se pode resistir às forças externas do medo e da esperança, ou seja, quando a própria razão une essas forças externas com as internas da lei moral, ou quando o fundamento para a cognição de uma vida futura é construído diretamente na moralidade. Assim, para tratar da unidade entre religião e moralidade, Reinhold não parte unicamente de fundamentos metafísicos, mas também do uso teórico da noção de alma. No entanto, é difícil afirmar exatamente o que pode ser dito teoricamente sobre a alma, mas é importante registrar, e essas Cartas endossam a hipótese, que para essa tarefa Reinhold se apoia também na discussão de Kant contida nos paralogismos da razão pura, especialmente no primeiro, o da substancialidade, para a reconstrução da gênese do primeiro princípio, uma vez que o caminho pode ser também o da integração da doutrina da alma do capítulo dos paralogismos com o debate do “eu penso” na dedução transcendental kantiana.
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