A Racionalidade Subjacente em Processos de Implantações Curriculares: um Olhar Habermasiano sobre Relatos de Professores de Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36311/2236-5192.2018.v19n1.03.p33

Palavras-chave:

Currículo, Teoria da Ação Comunicativa, Professores de Matemática

Resumo

Este estudo analisa, segundo os princípios habermasianos da Teoria da Ação Comunicativa (TAC), a forma como professores de Matemática se veem/viram envolvidos em implantações curriculares de 1930 a 2013. Os dados foram constituídos, perseguindo os pressupostos da História Oral, a partir de relatos de 09 professores que vivenciaram processos de formação inicial ou continuada em contextos de implantações curriculares. Os resultados mostram como a racionalidade técnica, fundada na razão instrumental, tem fundamentado as ações governamentais em contexto de implantação curriculares. Há evidências ainda de que orientações didáticas sempre foram impostas aos professores sem, entretanto, a devida preocupação com a efetividade na comunicação.

Recebido em: 02/03/2017.
Aprovado em: 01/03/2018.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Deise Aparecida PERALTA, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Professora doutora na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Departamento de Matemática, Faculdade de Engenharia, Ilha Solteira. Endereço eletrônico: deise@mat.feis.unesp.br.

João Ricardo Neves da SILVA, Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI)

Professor doutor na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Instituto de Física e Química, Itajubá. Endereço eletrônico: jricardo.fisica@gmail.com.

José Augusto Brito PACHECO, Universidade do Minho (UMinho)

Professor catedrático na Universidade do Minho (UMinho), Instituto de Educação, Braga – Portugal. Endereço eletrônico: jpacheco@ie.uminho.pt.

Referências

ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. A dialética do Esclarecimento. São Paulo: Zahar, 1985.
BRASIL. Congresso Nacional. Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. PCN+ Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2002.
BÜRIGO, E. Z. Movimento da Matemática Moderna no Brasil: estudo da ação e do pensamento de educadores matemáticos nos anos 80. 1989. Dissertação (Mestrado em Educação: Ensino) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Educação, Porto Alegre.
GARNICA, A.V.M. História Oral e Educação Matemática. In: BORBA, M.de C.; ARAÚJO, J. de L. Pesquisa Qualitativa em Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2004a. p. 77-98.
GARNICA, A.V.M. Retraçando trajetórias, Recoletando influências e perspectivas: uma proposta em História Oral e Educação Matemática. In: BICUDO, M.A.V.; BORBA, M. de C. Educação Matemática: Pesquisa em Movimento. São Paulo: Cortez, 2004b. p. 151-163.
HABERMAS, J. Teoría de laacción comunicativa II: crítica de larazón funcionalista. 4ª ed.Madri: Taurus, 2003.
HABERMAS, J. Teoría de la Acción Comunicativa I: Racionalidad de la acción y racionalización social. 2ª ed. Madrid: Taurus, 1987.
LONGHI, A. J. A ação educativa na perspectiva da teoria do agir comunicativo de Jürgen Habermas: uma abordagem reflexiva. Tese (doutorado em Educação). Universidade Estadual de Campinas. Campinas: UNICAMP, 2005.
MIORIM, M. A. Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998.
PERALTA, D. A. O histórico de implantação curricular no estado de São Paulo: uma análise habermasiana dos últimos vinte anos. Mesa Redonda “Revisitando o currículo da matemática escolar a partir das dimensões cultural, política e social”. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 12, 2016, São Paulo. Anais... São Paulo: SBEM, 2016. p. 1-12.
PIETROPAOLO, R. C. Parâmetros Curriculares Nacionais: um estudo dos pareceres. 1999. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
ROMANELLI, O. História da educação no Brasil: 1930-1973. São Paulo: Vozes, 1986.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Subsídios para a implementação da proposta curricular de Matemática para o 2.º grau. Coord. Almerindo Marques Bastos. São Paulo: SE/CENP/CECISP, 1980.
SÃO PAULO. Secretaria da Educação. Proposta curricular do Estado de São Paulo: Matemática. Coord. Maria Inês Fini. São Paulo: SEE, 2008.

Downloads

Publicado

2018-05-25

Como Citar

PERALTA, D. A., SILVA, J. R. N. da, & PACHECO, J. A. B. (2018). A Racionalidade Subjacente em Processos de Implantações Curriculares: um Olhar Habermasiano sobre Relatos de Professores de Matemática. Educação Em Revista, 19(1), 33–52. https://doi.org/10.36311/2236-5192.2018.v19n1.03.p33

Edição

Seção

Artigos