PercePções de estudantes do ensino fundamental sem
deficiência sobre a deficiência auditiva
PercePtions of elementary school students without
disabilities about hearing imPairment
Aline de Novaes CONCEIÇÃO
Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Docente efetiva adjunta do curso
de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Campus do Pantanal.
https://orcid.org/0000-0002-6640-461X | alinenovaesc@gmail.com
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes. Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024.
Resumo: é necessário que haja a eliminação da exclusão e da segregação e que se busque a inclusão de todas as pessoas,
independente das suas diferenças, para que participem em todos os âmbitos da sociedade, sendo um desses âmbitos o
escolar. Assim, é importante incluir e não somente integrar estudantes com deficiências e/ou transtornos. Para que haja
a inclusão, é necessário trabalhar com as percepções sobre deficiências, pois essas influenciam nas atitudes sociais. A
partir disso, o objetivo da pesquisa, cujos resultados estão expostos neste artigo, consiste em no contexto de uma escola,
analisar percepções de estudantes sem deficiência sobre a deficiência auditiva. Para isso, participaram da pesquisa, 21
crianças matriculadas em um terceiro ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma cidade do interior de São
Paulo. As crianças responderam um questionário em que havia questões sobre a deficiência auditiva, posteriormente,
participaram de um programa informativo infantil sobre inclusão e diversidade e em seguida, registraram o aprendido.
A partir disso, foi realizada a análise qualitativa dos conteúdos contidos nos registros das crianças. Foi possível verificar
que, inicialmente, as crianças demonstraram mais respostas desfavoráveis, contudo, após a participação no encontro do
programa informativo infantil, houve um aumento significativo das respostas favoráveis, especificamente sobre respeito,
empatia, diferenças individuais e potencialidades das pessoas com deficiência auditiva. Portanto, é necessário buscar
possibilidades de momentos na escola para o diálogo relacionado com a inclusão e diversidade, pois esses momentos
poderão alterar as percepções das crianças e, em consequência, suas atitudes sociais.
Palavras-chave: Educação. Educação Especial. Educação inclusiva.
Abstract: it is necessary to eliminate exclusion and segregation and seek the inclusion of all people, regardless of their
differences, for them to participate in all areas of society, one of which is school. erefore, it is important to include
and not just integrate students with disabilities and/or disorders. For inclusion to occur, it is necessary to work with
perceptions about disabilities, since these influence social attitudes. Based on this, the objective of the research, the
results of which are presented in this article, is to, in the context of a school, analyze the perceptions of students without
disabilities regarding hearing impairment. To this end, 21 children enrolled in the third year of the first years of Primary
Education in a city in the interior of São Paulo participated in the research. e children answered a questionnaire
in which there were questions about hearing impairment, they subsequently participated in a childrens information
program on inclusion and diversity and then recorded what they learned. From this, a qualitative analysis of the content
contained in the childrens records was carried out. It was found that, initially, the children showed more unfavorable
responses, however, after participating in the childrens information program meeting, there was a significant increase
in favorable responses, specifically with regard to respect, empathy, individual differences. and the potential of people
with hearing disabilities. erefore, it is necessary to look for possibilities of moments in school for dialogue related to
inclusion and diversity, since these moments can change childrens perceptions and, consequently, their social attitudes.
Keywords: Education. Special education. Inclusive education
REVISTA DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2024.v11n1.e0240003
is is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024. 1-16
Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
Artigos
PercePções de estudantes do ensino
fundamental sem deficiência sobre a
deficiência auditiva
PERCEPTIONS OF ELEMENTARY SCHOOL STUDENTS
WITHOUT DISABILITIES ABOUT HEARING
IMPAIRMENT
Aline de Novaes CONCEIÇÃO
1
Resumo: é necessário que haja a eliminação da exclusão e da segregação e que se busque a inclusão de todas as pessoas,
independente das suas diferenças, para que participem em todos os âmbitos da sociedade, sendo um desses âmbitos o escolar.
Assim, é importante incluir e não somente integrar estudantes com deficiências e/ou transtornos. Para que haja a inclusão,
é necessário trabalhar com as percepções sobre deficiências, pois essas influenciam nas atitudes sociais. A partir disso, o
objetivo da pesquisa, cujos resultados estão expostos neste artigo, consiste em no contexto de uma escola, analisar percepções
de estudantes sem deficiência sobre a deficiência auditiva. Para isso, participaram da pesquisa, 21 crianças matriculadas em
um terceiro ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma cidade do interior de São Paulo. As crianças responderam
um questionário em que havia questões sobre a deficiência auditiva, posteriormente, participaram de um programa
informativo infantil sobre inclusão e diversidade e em seguida, registraram o aprendido. A partir disso, foi realizada a
análise qualitativa dos conteúdos contidos nos registros das crianças. Foi possível verificar que, inicialmente, as crianças
demonstraram mais respostas desfavoráveis, contudo, após a participação no encontro do programa informativo infantil,
houve um aumento significativo das respostas favoráveis, especificamente sobre respeito, empatia, diferenças individuais e
potencialidades das pessoas com deficiência auditiva. Portanto, é necessário buscar possibilidades de momentos na escola
para o diálogo relacionado com a inclusão e diversidade, pois esses momentos poderão alterar as percepções das crianças e,
em consequência, suas atitudes sociais.
Palavras-chave: Educação. Educação Especial. Educação inclusiva.
Abstract: it is necessary to eliminate exclusion and segregation and seek the inclusion of all people, regardless of their
differences, for them to participate in all areas of society, one of which is school. erefore, it is important to include and
not just integrate students with disabilities and/or disorders. For inclusion to occur, it is necessary to work with perceptions
about disabilities, since these influence social attitudes. Based on this, the objective of the research, the results of which are
presented in this article, is to, in the context of a school, analyze the perceptions of students without disabilities regarding
hearing impairment. To this end, 21 children enrolled in the third year of the first years of Primary Education in a city in
the interior of São Paulo participated in the research. e children answered a questionnaire in which there were questions
Doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Docente efetiva adjunta do curso de Pedagogia da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Campus do Pantanal. E-mail: alinenovaesc@gmail.com. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-6640-461X
2-16 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024.
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
about hearing impairment, they subsequently participated in a childrens information program on inclusion and diversity
and then recorded what they learned. From this, a qualitative analysis of the content contained in the childrens records was
carried out. It was found that, initially, the children showed more unfavorable responses, however, after participating in the
childrens information program meeting, there was a significant increase in favorable responses, specifically with regard to
respect, empathy, individual differences. and the potential of people with hearing disabilities. erefore, it is necessary to
look for possibilities of moments in school for dialogue related to inclusion and diversity, since these moments can change
childrens perceptions and, consequently, their social attitudes.
Keywords: Education. Special education. Inclusive education
introduçÃo
A pessoa com deficiência é definida, segundo consta na Lei Brasileira de Inclusão
da Pessoa com Deficiência
2
(Brasil, 2015), como aquela que tem algum “impedimento” que
é de “longo prazo”, seja físico, mental ou também sensorial, que sem condições adequadas,
poderá dificultar a participação na sociedade. Dentre as deficiências há a: visual, auditiva,
surdocegueira, intelectual, física e múltipla.
Quando necessária, a avaliação da deficiência deverá ser biopsicossocial, feita por uma
equipe multiprofissional e também interdisciplinar que considerará: “[...] I - os impedimentos
nas funções e nas estruturas do corpo; / II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
/ III - a limitação no desempenho de atividades; e/ IV - a restrição de participação.” (Brasil,
2015, [p. 1]).
Nesse sentido, Castro e Reis (2020, p. 2956) advertem que:
[...] as escolas e o(a)s professore(a)s não têm a função e ou especificidades para
proceder aos diagnósticos. A ele(a)s é atribuído o papel de ofertas culturais, de
espaços, de tempos e de conhecimentos capazes de proporcionar condições para que
todo(a)s aprendam e, nesses processos, compreender os limites e alcances específicos
da docência. Nisso reside a essencialidade da escola e da ação-reflexão-ação docente.
Atualmente, há uma necessidade da eliminação da exclusão e da segregação, a
fim de que haja a inclusão de todas as pessoas, independente das suas diferenças, quanto
à maneira de participação em todos os âmbitos da sociedade, sendo um desses âmbitos o
escolar. Assim, temos a modalidade da Educação Especial, mencionada na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), que consiste no oferecimento de educação
escolar “[...] preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento
3
e altas habilidades ou superdotação.” (Brasil,
1996, [p. 36]). Para que seja ofertada tal modalidade de ensino é necessária a presença em
todas as escolas do (a)
2
Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Atualmente denominado de Transtorno do Espectro do Autismo.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024. 3-16
Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
Artigos
[...] professor(a) de Educação Especial, cuja função profissional permite estabelecer
como meta a ampla compreensão dos processos do aprender humano que interagem
com outros processos de aprendizagem, dando suporte para o enfrentamento das
dificuldades pelos sujeitos envolvidos, já que, remover barreiras de aprendizagem
significa ofertar possibilidades para todas as crianças e adolescentes que necessitam de
apoio, tanto no âmbito escolar, como familiar (Castro; Reis, 2020, p. 2956).
Ainda, a fim de que ocorra a inclusão e não somente a integração de estudantes
com deficiências e/ou transtornos, é necessário possibilitar acessibilidade, ou seja, possibilitar
a utilização do espaço, informação e mobiliários do edifício escolar, a partir da busca do
desenho universal
4
de qualquer produto, sistema ou ambiente utilizado (Brasil, 2015).
Nesse sentido, é necessário eliminar as barreiras que impedem a inclusão, sejam
elas urbanísticas, arquitetônicas, de transportes, tecnológicas, atitudinais de comunicações
e informações. Ao encontro dessas necessidades, na escola, poderá ser utilizada a tecnologia
assistiva, também denominada de ajuda técnica, a qual consiste na utilização de
[...] produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade
e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social [...] (Brasil, 2015, [p. 2]).
Dessa forma, os recursos de tecnologia assistiva, auxiliam na autonomia da pessoa
a fim de que seja incluída nos âmbitos da sociedade, considerando que “[...] somente
podemos educar para a autonomia, para a liberdade, em processos participativos, interativos,
libertadores, que respeitem as diferenças, que incentivem, apoiem, orientem [...]” (Castro,
2017; Lanzi, 1909).
Além dos aspectos mencionados, para que haja a inclusão, é importante trabalhar
com as percepções sobre deficiências, pois essas influenciam nas atitudes sociais que são
sentimentos constituídos de componentes afetivos, cognitivos e comportamentais e podem
ser pró ou contra os aspectos sociais (Souza; Conceição; Pereira, 2018).
É importante mencionar que segundo
[...] Freinet (1976), sobretudo nos processos escolares de aprendizagem, há o
envolvimento emocional das crianças com as situações e com o ato de aprender.
Daí poder-se atribuir ao ingresso da criança na escola o aparecimento das chamadas
dificuldades de aprendizagem. (Castro; Reis, 2020, p. 2954).
4
Consiste na “[...] concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem
necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva.”. (BRASIL, 2015, [p. 1]).
4-16 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024.
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
Assim, é necessário compreender e alterar percepções negativas sobre inclusão. Essa
alteração poderá ocorrer “[...] a partir de intervenção realizada com um programa informativo
[...]” (Conceição, 2017, p. 455), visto que, a deficiência também está no âmbito da construção
social e com isso o conceito não está definido (Omote, 1994).
Desse modo, questiona-se: como estudantes sem deficiência compreendem as
pessoas com deficiência auditiva? Ao participarem de um programa informativo que trata
da diversidade e também da inclusão, esses estudantes se apropriaram de informações mais
favoráveis das pessoas com deficiência auditiva?
A partir disso, o objetivo da pesquisa, cujos resultados estão expostos neste texto,
consiste em no contexto de uma escola, analisar percepções de estudantes sem deficiência
sobre a deficiência auditiva.
Para isso, participaram da pesquisa, estudantes sem deficiência matriculados em uma
turma contendo 21 crianças de um terceiro ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental
(crianças 8 e 9 anos) de uma Escola Municipal localizada em uma cidade do interior de São
Paulo, cujos estudantes, na maioria são crianças em situação de vulnerabilidade social.
Nessa instituição, há estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental que
abrangem crianças de 6 a 10 anos. Essas crianças permanecem na escola em período integral,
ou seja, das 7h às 16h e estão organizadas nas seguintes turmas: três quintos anos (crianças
com 9 e 10 anos), três quartos anos, três terceiros anos (crianças com 8 e 9 anos), dois
segundos anos (crianças com 7 e 8 anos) e dois primeiros anos (crianças com 6 e 7 anos).
Em um primeiro momento, os estudantes selecionados para a pesquisa responderam
a uma adaptação de um questionário que foi formulado por Souza (2014), em que constava
16 questões relacionadas com deficiências. Destaca-se que neste texto, foram enfocadas as
respostas relacionadas à deficiência auditiva.
Depois disso, os estudantes da turma em que foi realizada a pesquisa participaram
de um programa informativo, elaborado por Vieira (2014) sobre inclusão e diversidade.
Composto de 10 encontros ocorridos uma vez na semana que visavam a informação para as
crianças sobre diversidade, deficiências (auditivas visual, física, múltipla, intelectual), Síndrome
de Down e inclusão. Foram utilizados, principalmente, diálogos, imagens, fantoches, jogos e
livros sobre as temáticas, a partir da ludicidade, ou seja, de momentos que proporcionassem
diversão às crianças.
No encontro relacionado com a deficiência auditiva, as orientações foram as
seguintes:
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Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
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Quadro 1- Terceiro encontro: orientações do programa
informativo sobre deficiência auditiva
Tema: a deficiência auditiva
Objetivos: propiciar informações básicas sobre a deficiência auditiva, definições,
nomenclaturas, causas, formas de comunicação e recursos para adaptação. Buscar
elucidar concepções inadequadas e generalizações, valorizando as diferenças individuais e
potencialidades. Debater sentimentos e inserir formas adequadas de se relacionar com pessoas
com essas deficiências, incentivando amizades e comunicação.
Materiais: vídeo disponível no Youtube: 1. Os três porquinhos em Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS).
Atividades:
Retomar a introdução feita sobre a temática das deficiências.
Vídeo do Youtube “Os três porquinhos em Libras”: assistir ao vídeo e depois realizar
um debate com as crianças, que deve iniciar-se questionando o que acharam do vídeo,
solicitando comentários livres das mesmas, que podem passar pela história contada,
impressões pessoais e devem abordar a LIBRAS. Nesse debate, incluir informações sobre
a deficiência auditiva, definições, nomenclatura adequada, necessidades especiais, recursos
utilizados/formas de comunicação (aparelhos auditivos, leitura labial, LIBRAS). Incentivar
iniciativas de comunicação e amizade com pessoas com deficiência auditiva. Apresentar
orientações sobre como se relacionar com pessoas com deficiência auditiva.
Ensinar às crianças palavras/expressões simples em LIBRAS, como saudações. Fazer, pedir
que tentem também, repitam os movimentos.
Tarefa: as crianças devem ensinar para 2 pessoas de seu convívio os cumprimentos aprendidos
em LIBRAS, bem como comentar sobre o conteúdo deste encontro.
Fonte: Vieira (2014, p. 165).
Em seguida, após a participação das crianças no encontro em questão sobre
deficiência auditiva, elas puderam desenhar ou escrever sobre as apropriações que tiveram
a respeito da temática. Nessa atividade, três estudantes optaram por somente escrever, os
demais desenharam ou desenharam e também escreveram pequenas frases.
Posteriormente, foi realizada a análise qualitativa dos conteúdos contidos nos
desenhos e nas mensagens, relacionados à deficiência auditiva.
Ressalta-se que os resultados apresentados neste texto são decorrentes de uma
pesquisa que respeitou os aspectos éticos estabelecidos pela Resolução nº 466/2012 (Brasil,
2012) e foi realizada após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos
(CEP). Assim, para a participação na pesquisa, os responsáveis pelos estudantes receberam e,
voluntariamente, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
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CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
resultados
A partir da análise do questionário utilizado para obtenção de dados para a pesquisa,
foi possível verificar um aumento significativo da percepção favorável dos estudantes sobre a
deficiência auditiva, pois, inicialmente demonstraram mais respostas desfavoráveis, contudo,
após a participação ao encontro do programa informativo infantil, as respostas favoráveis foram
aumentadas, especificamente sobre respeito, empatia, diferenças individuais e potencialidades
das pessoas com deficiência auditiva, ou seja, de 57% iniciais, a turma passou a ter 78% dessas
respostas favoráveis.
Dessa forma, com a participação no terceiro encontro do programa informativo
elaborado por Vieira (2014), o qual teve a duração de 1 hora (com dois estudantes que não
participaram, pois estavam ausentes no dia), observou-se uma quantidade maior de respostas
favoráveis em relação à deficiência auditiva.
Foi selecionada uma amostra com cinco desenhos e três textos, produzidos pelos
estudantes, após participarem do encontro informativo sobre deficiência auditiva. Desse
modo, a seguir, na Figura 1, há um desenho:
Figura 1 – Desenho elaborado pelo participante 7 (P7)
Legenda
5
: “e usa parelho sodo
Fonte: recuperado pela autora.
Todas as transcrições foram realizadas na íntegra, a fim de respeitar a representação textual da criança, pois também são
produtoras de cultura e a maneira que representam um texto é, também, objeto de reflexão.
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Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
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No desenho selecionado, são registrados dois meninos que possivelmente apresentam
deficiência auditiva, pois está escrito acima de um menino que ele usa aparelho e do outro que
ele é surdo. Eles estão com os braços abertos que é um aspecto comum dos desenhos dessa
turma.
Dos desenhos apresentados, há uma porcentagem de 42% de crianças que desenharam
a pessoa com deficiência auditiva sorrindo, com alguém e de braços abertos. O desenho da
pessoa com deficiência auditiva em situação de grupo possibilita a compreensão de que as
demais crianças do grupo apresentam percepções de que as crianças com tais deficiências se
socializam e precisam serem incluídas nos âmbitos da sociedade.
Santos (2013) menciona que o desenho verbaliza o pensamento e possibilita a
comunicação e a expressão. Desse modo, com o desenho, é possível compreender percepções
das crianças sobre determinados aspectos e, no caso específico dessa pesquisa, sobre a
deficiência auditiva.
Além desses, 26% dos estudantes, desenharam as pessoas com deficiência auditiva,
sozinhas. Todavia, mesmo nesses desenhos, todas as pessoas desenhadas estavam sorrindo,
como na Figura 2:
Figura 2 – Desenho elaborado pelo participante 8 (P8)
Fonte: recuperado pela autora.
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CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
O sorriso e as cores, possibilitam a compreensão de representação de um ambiente
alegre.
Na Figura 3, a seguir, também há a pessoa com deficiência desenhada sozinha e
como na Figura 1, também está escrito que usa aparelho:
Figura 3 – Desenho elaborado pelo participante 6 (P6)
Legenda: “surdo e ela usa abarelo
Fonte: recuperado pela autora.
O fato de as crianças da pesquisa mencionarem que a pessoa com deficiência auditiva
usa o aparelho é resultado da participação no encontro informativo em que foi mencionado
sobre tal aspecto e os estudantes fizeram muitas perguntas relacionadas. Inclusive, durante
o encontro em questão, uma estudante mencionou que conhecia um homem que usava
aparelho para ouvir.
É necessário que o desenho sempre seja analisado no contexto de sua elaboração,
como afirmam Goldberg, Yunes e Freitas (2005). Dessa forma, contata-se que o fato de terem
vivenciado, problematizado e discutido essa questão do aparelho usado pelas pessoas com
deficiência auditiva, fez com que esse aspecto fosse significativo e trazido nos desenhos das
crianças.
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Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
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Além desses aspectos, o desenho da Figura 3, é repleto de cores variadas, o que
indicia a característica de expressão de vida e alegria.
Ainda sobre o aparelho, na Figura 4, a seguir, há o desenho de um aparelho auditivo:
Figura 4 – Desenho elaborado pelo participante 13 (P3)
Fonte: recuperado pela autora.
Em suma, a maioria das crianças apresentaram nos seus registros, a percepção de que
as pessoas com deficiência auditiva, podem ter acesso a recursos que auxiliam nas limitações
causadas pela deficiência em questão.
As crianças mencionavam, após a participação no terceiro encontro do programa
informativo, que não precisava ter “da da pessoa com deficiência”, mas “podíamos ajudá-las”.
Destaca-se que a ajuda pode ser com recursos e com ações, considerando que todo e qualquer
ser humano apresenta limitações e potencialidades.
Nas Figura 5, a seguir, há uma situação comum da vida diária de participação da
pessoa com deficiência:
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CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
Figura 5 – Desenho elaborado pelo participante 16 (P16)
Fonte: recuperado pela autora.
Na Figura 5, uma criança sentada em uma cadeira está à espera do adulto apagar a
luz, ambos estão felizes. A luz pode ser a representação de um alerta luminoso, ou seja, um
recurso para sinalizar algo para a pessoa com deficiência auditiva, como exemplo: quando a
campainha da casa, pousada ou hotel é acionada e emite uma luz juntamente com o som.
Santos (2013, p. 75) menciona que a criança “[...] desenha o que lhe interessa, o que
tem mais importância para si, representando o que sabe e o que sente do objeto. O desenho é
uma forma de pensamento [...]”. No desenho há aspectos emocionais e cognitivos.
Ainda, na Figura 5, os aspectos emocionais podem estar relacionados com a ideia
de um adulto que cuida, que ajusta o ambiente para torná-lo o mais adequado e confortável
possível.
Na Figura 6, a seguir, há uma produção escrita e novamente surgem os aparelhos
auditivos:
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Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
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Figura 6 - Produção textual elaborada pelo participante 8 (P8)
Legenda: “Hoje eu aprendi que as pessoas que é deficiente autitiva tem algemas
pessoas usam augus aparelhos para escutar melhor.”
Fonte: recuperada pela autora.
A criança registra que aprendeu que há pessoas com deficiência auditiva e dentre
essas, algumas utilizam o aparelho auditivo. O fato de destacar esse aspecto, possibilita a
seguinte indagação: será que todas as crianças sabem que existem pessoas com deficiências?
Será que o professor no âmbito escolar tem a compreensão desse aspecto?
São indagações necessárias para a busca de uma real inclusão, pois, é essencial
que o professor reflita sobre esses aspectos e também seja “[...] mediador no processo de
aprendizagem, de forma a promover ao aluno a oportunidade de vivenciar experiências que o
permitam refletir sobre os conteúdos ministrados” (Rodrigues, 2017, p. 332).
Na Figura 7, há outra produção escrita com menções aos aparelhos auditivos:
Figura 7 - Produção textual elaborada pelo participante 12 (P12)
Legenda: “O que aprendi hoje eu aprendi que muitas pessoas tenoefisinesias usaoaparelho e tenpesouacefalecoamão.”
Fonte: recuperada pela autora.
Na percepção trazida com a Figura 7, a criança compreendeu que muitas pessoas
têm deficiência auditiva, podem usar aparelho para auxiliá-las na comunicação e que têm
pessoas que falam com a mão ou por meio de sinais, ou seja, são falantes da Libras.
12-16 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024.
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
A comunicação aqui é compreendida para além da fala ao encontro das teorizações de
base da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015), em que é mencionado
que a pessoa com deficiência também se comunica e, dentre as opções para isso, há
[...] (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de
comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a
linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados
e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo
as tecnologias da informação e das comunicações [...] (Brasil, 2015, [p. 1]).
De acordo com a lei em questão, a deficiência é compreendida como uma das
limitações que podem ser amenizadas com auxílios diversos, dentre esses, há os recursos de
tecnologia assistiva, que podem ser utilizados a fim de que as habilidades dos estudantes
possam ter a possibilidade de serem ampliadas, para que haja uma melhor participação e
também autonomia (Brasil, 2015). Nesse âmbito da Educação Básica, os estudantes têm
direito à tradutores e/ou intérpretes da Libras que deverão, no mínimo, ter concluído o
Ensino Médio e proficiência em Libras (Brasil, 2015).
Vale destacar que a Libras é uma língua, cuja apropriação é muito importante para
além das pessoas com deficiência auditiva, a fim de que haja uma comunicação efetiva com a
sociedade. O reconhecimento da Libras enquanto língua, ocorreu com a Lei 10.436 (Brasil,
2002), antes disso, “[...] muitos surdos acabaram alijados do processo educativo pautado
exclusivamente em uma educação monolíngue em língua portuguesa” (Vieira; Kumada;
Martins, 2018, p. 13).
Com a Lei em questão, foi possível que as pessoas surdas pudessem ter direito “[...]
a uma educação bilíngue, não abolindo o ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa,
mas dando à comunidade surda a possibilidade da Libras como língua de instrução” (Vieira;
Kumada; Martins, 2018, p. 14).
Segundo Vieira; Kumada e Martins (2018, p. 14):
[...] a partir do reconhecimento da Libras como sistema linguístico e do surdo como
sujeito bilíngue, inaugura-se na área uma visão socioantropológica do surdo e da
surdez, distanciando o olhar do deficiente e da deficiência para em seu lugar propor,
respectivamente, uma análise sob o viés do diferente e da diferença linguística.
Desse modo, a Libras é muito importante para o surdo na busca de uma sociedade
que seja inclusiva e valorize as diferenças.
Na Figura 8, a seguir, novamente apresentamos outro relato escrito sobre a deficiência
auditiva:
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024. 13-16
Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
auditiva
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Figura 8 - Produção textual elaborada pelo participante 11 (P11)
Legenda: “Presisa centido deficensia al oitiva eu vou ispricar você [...] sordo
com pomtadelapes et amem febre alta tomapremédio.”.
Fonte: recuperada pela autora.
A criança cujo relato é apresentado na Figura 8, sente-se segura para explicar sobre
a deficiência auditiva, certamente porque tinha sido proporcionado o momento de diálogo
sobre a temática.
A criança participante 11, cujo o registro dela está na Figura 11, menciona que
pode se tornar surdo com a ponta do lápis, pois, provavelmente, algum professor ou familiar
pode ter comentando isso em algum momento de uma aula em que alguma criança estava
inserindo lápis no ouvido, visto que esse aspecto não foi tratado no encontro sobre o tema.
Apesar da criança ter explicado à sua maneira, vale destacar que utilizar objetos no
ouvido, como lápis, cotonetes, grampos, entre outros, não é indicado. Esses objetos, ao serem
inseridos no ouvido, podem perfurar o tímpano e com isso, haverá a necessidade de remédios,
podendo ter febre, como mencionado pela criança. O tratamento incorreto ou a falta de
tratamento do tímpano perfurado poderá causar diversas complicações e, dentre essas, a perda
de audição.
Vieira (2006) trabalhou, também, com um programa informativo sobre deficiência
intelectual e inclusão com 20 crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental e teve resultados
semelhantes. Desse modo, concluiu que houveram mudanças positivas nas percepções das
crianças, relacionadas com a forma de compreensão da inclusão após participação em um
programa informativo sobre a temática.
14-16 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240003, 2024.
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes
considerações finais
Os resultados apresentados neste artigo, possibilitam analisar percepções de
estudantes sem deficiência sobre a deficiência auditiva, a partir de um programa informativo
infantil centrado nas necessidades de alterações das percepções de crianças sem deficiências
sobre a deficiência auditiva, mediante o diálogo e atividades lúdicas sobre a temática.
No geral, os desenhos elaborados pelas crianças, após participação ao encontro do
programa informativo mencionado, apresentam pessoas com deficiência auditiva, sorrindo,
em grupo e em situações cotidianas, o que possibilita a percepção quanto à necessidade de
compreensão e inclusão das diferenças. Além disso, foi apresentada, também. a possibilidade
de recursos para auxiliar na plena participação das pessoas com deficiência auditiva, nos
diversos âmbitos da sociedade.
Com isso, constata-se a importância do trabalho com a temática a fim de que as
percepções sobre deficiências possam ser alteradas positivamente.
Portanto, é necessário se pensar em possibilidades de momentos na escola para
o diálogo sobre as deficiências, diversidade, diferença, transtornos, altas habilidades e
superdotação, pois esses momentos poderão alterar as percepções das crianças e, em
consequência, suas atitudes sociais, que favorecerá um ambiente mais colaborativo em
que, juntas, as crianças percebam as diferenças e as entendam como parte das limitações e
possibilidade de todo e qualquer ser humano, sendo sujeito ativo na possibilidade de ajudar
os seus pares.
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Percepções de estudantes do ensino fundamental sem deficiência sobre a deficiência
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