IndIcadores de saúde de docentes de educação especIal em
uma regIão da BahIa
HealtH indicators of special education teacHers in a
region of BaHia
Osni Oliveira Noberto da SILVA
Doutor em Educação. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade do
Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB.
https://orcid.org/0000-0001-5028-0889 | osni_edfisica@yahoo.com.br
SILVA, Osni Oliveira Noberto da. Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia. Revista
Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
RESUMO: este artigo teve como objetivo apresentar indicadores de saúde dos professores de Educação Especial que
atuam nas escolas municipais da região do Piemonte da Diamantina, estado da Bahia. O estudo contou com trinta e
seis professores que responderam um questionário. O tema em questão trata sobre a saúde de professores de Educação
Especial. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os professores compõem a segunda categoria
profissional que mais apresenta sintomas de doenças relacionadas a sua ocupação. Os resultados indicaram que os
docentes em geral praticam exercícios físicos, principalmente a caminhada ou corrida ao ar livre; entretanto sentem
dores na coluna ou nas articulações, mas consideram sua alimentação muito saudável. Assim, é imprescindível que mais
estudos sejam produzidos acerca da temática das condições de saúde dos professores, principalmente aqueles que atuam
com Educação Especial, nas outras cidades da Bahia e até de outros estados do Brasil.
PALAVRAS - CHAVE: Educação Especial. Condição docente. Saúde docente.
ABSTRACT: this paper aimed to present health indicators for Special Education teachers who work in municipal
schools in the region of Piemonte da Diamantina, state of Bahia. e study included thirty-six teachers who answered a
questionnaire. e theme in question deals with the health of Special Education teachers. According to the International
Labor Organization (ILO), teachers make up the second professional category that most presents symptoms of illnesses
related to their occupation. e results indicated that teachers in general practice physical exercises, especially walking
or running outdoors; however, they feel pain in the spine or joints, but consider their diet to be very healthy. us, it
is essential that more studies are produced on the topic of teachers’ health conditions, especially those who work with
Special Education, in other cities in Bahia and even in other states in Brazil.
KEYWORDS: Special Education. Teaching condition. Teachers health.
REVISTA DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2024.v11n1.e0240001
is is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 1-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
IndIcadores de saúde de docentes de
educação especIal em uma regIão da BahIa
HEALTH INDICATORS OF SPECIAL EDUCATION
TEACHERS IN A REGION OF BAHIA
Osni Oliveira Noberto da SILVA
1
RESUMO: este artigo teve como objetivo apresentar indicadores de saúde dos professores de Educação Especial que atuam
nas escolas municipais da região do Piemonte da Diamantina, estado da Bahia. O estudo contou com trinta e seis professores
que responderam um questionário. O tema em questão trata sobre a saúde de professores de Educação Especial. De acordo
com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os professores compõem a segunda categoria profissional que mais
apresenta sintomas de doenças relacionadas a sua ocupação. Os resultados indicaram que os docentes em geral praticam
exercícios físicos, principalmente a caminhada ou corrida ao ar livre; entretanto sentem dores na coluna ou nas articulações,
mas consideram sua alimentação muito saudável. Assim, é imprescindível que mais estudos sejam produzidos acerca da
temática das condições de saúde dos professores, principalmente aqueles que atuam com Educação Especial, nas outras
cidades da Bahia e até de outros estados do Brasil.
PALAVRAS - CHAVE: Educação Especial. Condição docente. Saúde docente.
ABSTRACT: this paper aimed to present health indicators for Special Education teachers who work in municipal
schools in the region of Piemonte da Diamantina, state of Bahia. e study included thirty-six teachers who answered a
questionnaire. e theme in question deals with the health of Special Education teachers. According to the International
Labor Organization (ILO), teachers make up the second professional category that most presents symptoms of illnesses
related to their occupation. e results indicated that teachers in general practice physical exercises, especially walking
or running outdoors; however, they feel pain in the spine or joints, but consider their diet to be very healthy. us, it is
essential that more studies are produced on the topic of teachers’ health conditions, especially those who work with Special
Education, in other cities in Bahia and even in other states in Brazil.
KEYWORDS: Special Education. Teaching condition. Teachers health.
Introdução
Os dados do presente texto são parte integrante de pesquisa de Doutorado
desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Educação na Faculdade de Educação da
Doutor em Educação. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade do Departamento
de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia - UNEB. E-mail: osni_edfisica@yahoo.
com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5028-0889.
2-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
Universidade Federal da Bahia (PPGE/FACED/UFBA) e financiado através de bolsa oferecida
pelo Programa de Apoio à Capacitação de Docentes (PAC-DT) da Universidade do Estado
da Bahia (UNEB).
O tema em questão trata sobre a saúde de professores de Educação Especial. De
acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) os professores compõem
a segunda categoria profissional que mais apresenta sintomas de doenças relacionadas a
sua ocupação (Tostes et al., 2018). De acordo com Trindade e seus colaboradores (2018)
a categoria dos professores também é considerada uma das mais susceptível a desenvolver
transtornos mentais, em comparação com outras profissões, muito por causa das dificuldades
inerentes ao trabalho docente.
Segundo Dohm et al. (2012) com o passar do tempo, o trabalho docente, que
tradicionalmente sempre foi tido como uma atividade exigente do ponto de vista da saúde,
passou a se tornar cada vez mais desgastante, muito por conta das alterações suas das condições
de trabalho e do acúmulo de afazeres que provocaram na contemporaneidade uma série de
transtornos físicos e mentais.
Estresse, ansiedade, fadiga, depressão, além de problemas de coluna e nas articulações
são alguns dos acometimentos mais comuns que estão selecionados com a profissão docente
na contemporaneidade e em vários países do mundo, empurrando também pelas alterações
econômicas e as políticas de cunho neoliberal que cada vez mais avançam nas políticas
educacionais dos países e tem no trabalho docente um de seus principais alvos (Tostes et al.,
2018).
De acordo com Sousa e Souza (2017), a precarização do trabalho docente e que
acarreta nessas doenças é nomeado pela literatura atual como “mal-estar docente”. Ainda
segundo os autores, a própria rotina de precarização a que os docentes são submetidos facilita
na criação desse quadro. E ainda segundo os mesmos autores:
Os hábitos relacionados ao exercício docente, o de passar muito tempo em pé, o de
falar muito e quase sempre forçando a voz, o de não descansar no entre-turnos, o de
não cuidar da postura do corpo ao ler e/ou escrever, dentre outros, influenciam suas
condições de saúde. Junte-se a isso a falta de exercícios físicos, alimentação inadequada
e outras faltas de cuidado, e mais uma série de aspectos das condições de trabalho,
como infraestrutura inadequada, escassez de recursos didáticos, baixos salários, pouco ou
nenhum reconhecimento do trabalho que realiza, preocupações com a família, indisciplina
dos alunos etc. Trata-se, portanto, de um conjunto, diversificado e amplo, de fatores
que geram os processos de adoecimento (Sousa; Souza, 2017, p. 19).
Desse modo, autores como Dejours (1986) argumentam que se conhece a saúde
tanto mental quanto física dos trabalhadores, a partir da análise de suas condições de
trabalho. Dessa maneira é possível inferir que o mal-estar docente está também intimamente
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Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
relacionado ao conjunto de condições postas no âmbito político, social, cultural e individual
que se inter-relacionam e influenciam diretamente na exposição aos reais riscos à saúde dos
professores (Silva; Guillo, p. 14).
Neste caso, os professores de escolas públicas no Brasil, autores como Assunção e
Oliveira (2009) argumentam que os comprometimentos na saúde dos professores impactam
diretamente na queda da qualidade da educação e consequentemente no desenvolvimento
humano e tecnológico do país.
Por se tratar de uma temática presente em diversos países, ainda que variando de
um lugar para o outro em relação a sua gravidade, cada vez mais a saúde docente vem sendo
pesquisado em diversas Universidades (Silva; Guillo, 2015; Eugênio et al., 2017; Mota Júnior
et al., 2017; Silva; Miranda; Bordas, 2017, Freitas; Castro, 2018; Tostes et al., 2018; Miranda;
Bordas, 2018; Silva; Miranda; Bordas, 2019a; 2019b; 2019c; Araújo; Ramos; Silva; Souza,
2020).
Porém ainda é perceptível que a quantidade de estudos produzidos sobre a saúde
docente é pequena em comparação com diversas pesquisas referentes a saúde de profissionais
de outras áreas (Reis et al, 2006). Essa preocupação com a saúde dos professores está registrada
inclusive em documento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (UNESCO):
En el campo de la educación estos estudios son recientes y escasos, entre otras razones
porque históricamente la docencia se ha configurado como um apostolado, como un
servicio social” más que como un trabajo para el cual se requería de calificaciones,
estándares de desempeño y procesos de evaluación. El concepto de profesionalidad
del trabajo docente surge, relativamente, hace poco tiempo, en medio de los debates
acerca de la calidad de la educación y su relación con el desarrollo
2
(UNESCO, 2005,
p. 15).
Além disso ainda são escassos estudos que analisem a saúde dos professores que atuam
na Educação Especial, com alunos com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais
(Casagrande, Cruz, 2016; Santos, Wechsler, 2018), o que justifica a importância da presente
pesquisa aqui apresentada. Diante disso, o presente artigo teve como objetivo apresentar
alguns indicadores referentes as condições de saúde dos professores de Educação Especial que
atuam nas escolas municipais da região do Piemonte da Diamantina, estado da Bahia.
Tradução nossa: No campo da educação destes estudos são recentes e escasos, entre outras razões porque, historicamente, o
ensino é definido como um apostolado, como um “serviço social” em vez de um trabalho para o qual foi exigido qualificações,
padrões de desempenho e processos de avaliação. O conceito de profissionalismo no ensino emerge relativamente há pouco
tempo, em meio a discussões sobre a qualidade da educação e sua relação com o desenvolvimento.
4-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
metodologIa
O presente estudo foi desenvolvido tendo como lócus os nove municípios
3
que
compõem o território de identidade regional conhecido como Piemonte da Diamantina,
estado da Bahia, tendo como sujeitos os docentes que no ano de 2017 tenham atuado nas
salas de recursos multifuncionais com alunos com deficiência em escolas municipais tanto
urbanas quanto rurais.
No que diz respeito ao tipo, a pesquisa pode ser compreendida como exploratória,
já que ela tem como foco buscar uma maior proximidade com um problema visando assim
torná-lo mais claro e/ou a partir dos dados levantados poder levantar hipóteses para novas
investigações (Gil, 2010).
Deste modo, a coleta dos dados foi feita através de um questionário dotado de
perguntas majoritariamente fechadas e com múltiplas alternativas para cada uma das questões,
podendo assim favorecer a apreensão de dados dos sujeitos participantes, nesse caso, sobre a
saúde dos professores e sua relação com as condições de trabalho.
O levantamento dos números de professores que se encaixavam nos critérios já
apresentado foi feito juntamente com as secretarias de educação dos respectivos municípios.
Assim, foi possível descobrir que quarenta e cinco docentes atendiam ao critério, sendo que
trinta e seis aceitaram participar da pesquisa.
No intuito de seguir as normas éticas relacionadas a pesquisa com seres humanos,
este estudo contou com a apresentação do termo de consentimento livre e esclarecido, além
da submissão e consequente aprovação de projeto ao comitê de ética de Universidade do
Estado da Bahia (CEP/UNEB), através do parecer nº 2532.689.
análIse e dIscussão dos dados
Antes de apresentar os dados coletados pelo questionário sobre a saúde docente,
acreditamos ser necessário traçar um rápido perfil dos docentes. Dos 36 sujeitos participantes
apenas um é do sexo masculino, com idades variando entre 26 a 57 anos e 62% deles tem
acima de 15 anos de carreira como professor.
Deste modo, iniciando a análise dos dados coletados pelo questionário acerca da
saúde dos professores, a primeira questão foi referente a prática de exercícios físicos. As opções
marcadas ficaram entre: a) Sim, acima de três vezes por semana; b) Sim, até três vezes por
semana; c) Não. Os dados foram compilados e estão apresentados no gráfico da figura 1 a
seguir.
Os municípios são: Caém, Jacobina, Miguel Calmon, Mirangaba, Ourolândia, Saúde, Serrolândia, Umburanas
e Várzea Nova.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 5-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
Figura 1 – Porcentagem dos professores de Educação Especial que praticam exercício físico
Fonte: Elaboração própria, 2020.
Os dados demonstram que 44% dos docentes que participaram do estudo assinalaram
que não praticam nenhum tipo de exercício físico. Já 39% praticam algum tipo de exercício
com uma frequência de até três vezes por semana. 17% dos sujeitos fazem exercício físico
acima de três vezes por semana. De uma forma sintética é possível afirmar que 56% dos
professores participantes do estudo praticam algum tipo de exercício físico regular.
A próxima questão visou identificar, dentre os docentes que praticam algum
exercício físico, qual o tipo de atividades que eles praticam com frequência. De acordo com os
dados 51% dos professores praticam caminhada ou corrida ao ar livre. Já 23% dos docentes
fazem Pilates e 11% frequentam academias de ginástica para a prática da musculação. Outas
atividades foram indicadas por 3% dos professores: Ioga, Dança, ginástica ou algum esporte
coletivo.
Não foram encontrados estudos acerca da análise do exercício físico de professores
que atuam com Educação Especial. Por isso, foi necessário fazer alguns paralelos com
outros estudos, que tiveram como objeto de investigação, a prática de exercícios físicos dos
professores que atuam nas salas regulares da Educação básica, afim de balizar a análise dos
dados coletados.
6-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
Figura 2 – Distribuição dos tipos de exercício físico praticados pelos professores
Fonte: Elaboração própria, 2020.
O primeiro estudo foi o de Brito et al. (2012) que avaliaram o nível de atividade física
de 1.681 professores da rede pública de ensino do estado de São Paulo – SP. O coeficiente de
atividade física dos docentes investigados foi categorizado em baixo, moderado ou alto. Os
resultados confirmam que a prevalência de atividade física dos professores no nível baixo foi
de 46,3%, já o nível moderado foi de 42,7% e o nível alto foi de 11%.
Situação semelhante ocorreu no estudo de Santos (2014), que qualificou o nível
de atividade física de trinta professores de uma escola estadual no município de Itaituba,
no Pará. Os resultados indicaram uma preponderância de 66% de inatividade física entre
os docentes, sendo que 23% foram classificados como “inativos”, 43% ficaram como
“insuficientemente ativos”, 20% entraram na faixa daqueles considerados “ativos” e apenas
14% foram considerados como “muito ativos”.
Os resultados desses dois estudos, apesar de produzidos dentro de metodologias
diferentes, contem aproximações que podem ser analisadas em paralelo aos achados de nosso
estudo, no que diz respeito principalmente a pequena adesão dos professores a prática de
exercícios físicos.
Em contraponto, existe a pesquisa de Santos e Marques (2013) que analisaram a
condição de saúde de 414 docentes do município de Bagé, no estado do Rio Grande do Sul.
Os resultados do estudo indicaram que a percepção de saúde dos professores foi considerada
boa para 38,5% deles. Já 62,5% dos professores foram considerados “fisicamente ativos”,
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 7-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
32,3% estavam “acima do peso” e 14,4% já entravam na faixa daqueles considerados “obesos”.
Os autores também observaram na dieta de 79,6% dos professores um baixo consumo de
frutas e verduras.
Conclusões parecidas foram encontradas por Sousa (2016), em seu estudo que
investigou a prática de atividade física de quarenta e nove docentes de uma escola municipal
na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os resultados indicaram que vinte
e sete professores estavam na faixa daqueles considerados “ativos” ou “muito ativos”, onze
estavam na faixa dos considerados como “sedentários” e onze foram classificados como
“irregularmente ativos”.
Os estudos, analisados em paralelo com os dados observados em nossa pesquisa, foi
possível inferir que a prática regular de atividade física ainda não é tida como um elemento
importante para a vida de boa parte dos professores brasileiros. Essa é uma informação
preocupante, pois de acordo com Faleiro et al. (2017 uma vida sedentária é um dos principais
fatores de risco para o aparecimento de várias doenças crônico degenerativas. E ainda segundo
o mesmo autor:
Na sociedade contemporânea, o estilo de vida comumente adotado tem sido cada
vez mais associado ao consumo de alimentos ricos em colesterol e outros lipídios.
Associados ao sedentarismo, ao tabagismo e ao etilismo este estilo de vida determina
prejuízos à saúde humana. Diversas doenças, tais como as dislipidemias, obesidade,
diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS) estão intimamente
associadas ao estilo de vida adotado pelo indivíduo. Estas doenças podem, em conjunto
ou isoladamente, contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
(DCV). Dentre as DCV, os agravos que mais acometem a população são as doenças
coronarianas, os acidentes vasculares encefálicos (AVE), a insuficiência cardíaca e
doença reumática cardíaca (Faleiro et al., 2017, p. 140).
Em seguida foi indagado aos professores, participantes do estudo, se sentiram
algum sintoma físico ou mental decorrente do seu trabalho como professor de Educação
Especial, especificamente nos últimos vinte e quatro meses. O questionário possuía algumas
alternativas, mas foi dada a oportunidade dos docentes de falarem outros sintomas que não
estavam inicialmente previstos. As respostas dos sujeitos foram agrupadas e apresentadas no
gráfico da figura 3.
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SILVA, Osni Oliveira Noberto da
Figura 3 – Sintomas sentidos pelos docentes de Educação Especial por conta do trabalho
Fonte: Elaboração própria, 2020.
O sintoma mais citado pelos professores foram as dores na coluna ou nas articulações,
com 35% das respostas. Em seguida ficaram o estresse com 21%. A ansiedade aparece com
13% das respostas dos professores. Dor de cabeça e nervosismos vêm em seguida, empatadas
com 12% cada. Por fim 7% dos sujeitos indicaram possuir problemas de voz. Apesar dessas
condições, somente dois docentes se afastaram por problemas de saúde nos últimos vinte e
quatro meses, e ainda assim, somente um deles deixou claro que o afastamento foi relacionado
com a sua atuação na Educação Especial.
Não foram encontrados estudos que tratam especificamente dos sintomas referentes
as doenças que acometem os professores de Educação Especial. Entretanto, é possível fazer
uma análise paralelamente com alguns outros estudos que se referem a sintomas e doenças em
docentes que atuam na educação básica, demonstrando uma certa convergência no que diz
respeito aos tipos e frequência dos diversos problemas de saúde que acometem essa categoria
profissional.
Uma pesquisa realizada por Bastos (2009) que teve como objetivo investigar o
mal-estar e adoecimento docente, através de uma entrevista semiestruturada aplicada a dez
professores dos primeiros anos do ensino fundamental de algumas escolas publicadas do
município de Betim, no estado de Minas Gerais. Os resultados do estudo demonstraram
a existência de uma diversidade de sintomas e enfermidades como: estresse, quadros de
depressão, choro compulsivo, cansaço extremo, dor de garganta e perda temporária da voz,
entre outros quadros patológicos.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 9-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
De acordo com o autor, a sobrecarga de trabalho decorrente da dupla jornada, grande
quantidade de alunos por turma, baixo salário, pouca participação da família e problemas de
relacionamento com a gestão, são alguns dos fatores que influenciam negativamente para este
quadro de mal-estar docente.
No estudo de Pereira (2010), que analisou a saúde dos professores e a influência que
essa situação exerce na piora das condições de trabalho. Ao aplicar um questionário a dezesseis
docentes do ensino fundamental I da rede municipal de João Pessoal, estado do Piauí, foi
possível observar que as queixas mais frequentes dos professores, acerca de sua saúde, foram
referentes as dores de pescoço e parte superior das costas, com 38% dos professores, alergias
com 30%, enfisema também com 30%, problemas auditivos com 28% e dores na lombar
com 24%.
Já a pesquisa de Ferreira (2011) investigou as causas mais recorrentes do adoecimento
mental dos professores, a partir de uma entrevista aplicada a vinte e seis docentes e quatro
diretores de escolas de um município do interior de Minas Gerais, que não teve seu nome
citado no estudo. Os resultados indicaram que uma boa parte dos professores adoeceram por
conta das condições de trabalho. Porém alguns afirmaram que não pediam afastamento para
cuidar da saúde, optando por continuar trabalhando apesar de já possuírem sintomas de mal-
estar.
Os principais sintomas citados foram a depressão, o estresse, a fadiga e a síndrome
de pânico. Entretanto ainda foram registrados também acometimento referentes a debilidades
físicas, problemas posturais e de voz. As condições de trabalho ao qual os docentes estavam
expostos foram identificados como os principais causadores de tais sintomas, especificamente
no que diz respeito a excessiva carga horária, da violência física e psicológica sofrida pelos
docentes e que ocorrem no ambiente escolar e a falta de envolvimento dos familiares com a
educação dos seus filhos.
Outro estudo é o de Silva e Silva (2013), que investigou as condições de trabalho e
saúde dos docentes que atuam na pré-escola, através de um questionário aplicado a centro e
onze docente do sexo feminino de sessenta e duas escolas públicas do município de Pelotas,
no Rio Grande do Sul.
Os resultados indicaram que 55% dos professores estão acima do peso, 12,6% deles
fumam e 73% praticam pouco exercício físico. Em relação a sintomas, as maiores queixas
foram direcionadas a dores na lombar, tórax, ombro e pescoço. Além disso, alguns professores
apresentaram traços de transtorno mental.
A pesquisa de Silva e Grandi (2015) investigou os fatores de risco que influenciam
no aparecimento de transtorno mental em professores, através de um questionário aplicado
a 196 docentes de escolas municipais e 272 docentes de escolas estaduais, todos do ensino
10-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
fundamental I e II de, perfazendo um total de 468 sujeitos participantes. Os resultados
indicaram uma alta prevalência de professores em risco de desenvolver um transtorno mental
por conta de desgaste emocional e físico a que são continuamente submetidos em sua rotina
de trabalho na escola.
Silva e Guillo (2015) realizaram um estudo com vinte professores, que atuam nas
escolas da rede estadual de um município da região Sudoeste do estado de Goiás. Foi aplicado
aos sujeitos participantes um formulário que continha uma listagem com as doenças mais
comuns referentes ao trabalho docente, de modo que eles deveriam assinalar aquela(s) que já
tinha(m) sido acometida(s).
Os resultados evidenciaram que o estresse foi a patologia mais assinala pelos docentes,
com 70%, seguido dos problemas de voz com 55%. As doenças musculoesqueléticas, como
a dor nas costas, pernas e braços foram citadas por 30% dos professores e também uma série
de doenças de caráter emocional, como ansiedade e depressão e crises de pânico que foram
indicados por 25% dos sujeitos.
A pesquisa ainda evidenciou que 55% dos professores não têm tempo para
praticar algum tipo de exercício físico. Dos que afirmaram realizar, 40% falaram realizar
raramente, 45% realizam frequentemente e apenas 15% afirmaram realizar atividade
física de forma diária.
Ainda de acordo com os mesmos autores, foi possível observar que “as doenças
citadas revelam uma estreita relação com a sobrecarga ocupacional de trabalho dos indivíduos,
ou seja, com a condição de realização de seu trabalho” (Silva; Guillo, 2015, p. 11). Essa é uma
ideia que também é compartilhada por outros autores, com Cruz et al (2010, p. 151) que
explicam que:
As mudanças no mundo do trabalho provocadas pelo processo de globalização da
economia, a sofisticação tecnológica, a decadência das relações humanas cooperativas
que são substituídas por aspectos competitivos e de busca de recompensas extrínsecas
ao próprio trabalho fazem surgir no trabalhador sentimento de insegurança, ansiedade
e diminuição da auto-estima do indivíduo e de grupos sociais. Quando esses
sentimentos são intensos e permanentes, e as características da função no trabalho
também contribuem para a manutenção destas condições, o indivíduo apesar de
tentar repetidamente soluções para essas questões, somado ao desgaste dos constantes
fracassos, está vulnerável ao surgimento da síndrome de burnout. Esta síndrome é um
agravo à saúde predominantemente relacionado ao desgaste profissional na relação
com o trabalho. (Cruz et al., 2010, p. 155).
A pesquisa de Eugênio e seus colaboradores (2017), analisou a saúde e o adoecimento
dos professores de um município do interior da Bahia, através da aplicação de um questionário
a 53 docentes, sendo que 5 desses sujeitos também foram entrevistados. Foi observado que
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 11-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
existe uma série de comprometimentos na saúde dos docentes, materializado por alguns
sintomas, como problemas relacionados a voz, tendinite, bursite, estresse, angústia, desânimo
entre outros.
As péssimas condições de trabalho observadas no referido, como a grande
quantidade de alunos na mesma sala, além de barulho e poeira excessivos foram, segundo
os autores, os principais causadores de muitos dos problemas de saúde dos docentes. Além
disso, uma grande parcela dos professores, ainda que doentes, permanecem realizando seu
trabalho, porém anseiam trocar de profissão por conta do ambiente pouco saudável em que
seu trabalho é desenvolvido.
Outro estudo foi de Santos e Wanzinack (2017) que investigaram as condições de
trabalho e saúde de 50 professores da rede pública do município de Matinhos, no estado do
Paraná. O foco desse estudo ficou na análise da violência que os docentes enfrentam na sala
de aula e a sua consequente influência nos problemas de saúde dos mesmos. No estudo foi
observado um percentual de 62% de adoecimento e de 30% referente ao afastamento do
trabalho decorrente de problemas de saúde.
Ainda no que se refere a saúde dos professores de Educação Especial do Piemonte da
Diamantina, foi lhes solicitado uma avaliação acerca da sua própria alimentação. Os resultados
indicam que 50% dos docentes consideram sua alimentação como “muito saudável”. Para 47%
a própria alimentação pode ser considerada com “pouco saudável”. Apenas 3% dos sujeitos
consideraram sua própria alimentação como sendo “ruim”. Os dados estão compilados e
apresentados no gráfico da figura 4.
Figura 4 – Avaliação dos professores acerca de sua própria alimentação
Fonte: Elaboração própria, 2020.
12-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
Não foram encontrados estudos sobre a alimentação de professores de Educação
Especial. Até no que se refere a docentes da educação básica os estudos são escassos. Apesar
disso, os dados puderam ser analisados de forma paralela com a pesquisa de Gallina e seus
colaboradores (2013) que buscaram identificar o hábito alimentar de 79 professores que
atuavam em 27 escolas do município de Chapecó, no estado de Santa Catarina.
Os resultados demostraram que os professores apresentam um baixo consumo de
água, frutas, legumes e derivados do leite. Além disso, também foi possível observar a pouca
frequência no consumo de alimentos pouco saudáveis, como doces, refrigerantes, biscoitos
entre outros.
Outro estudo foi o de Braga e Paternez (2011), referente ao consumo alimentar
de 57 docentes de uma instituição de ensino superior particular da cidade de São Paulo, foi
observado que os professores avaliados tem dificuldade em manter uma alimentação saudável
por conta do pouco tempo que tem à disposição para as refeições, haja vista que precisam
se deslocar rapidamente para mais de um local de trabalho, o que faz com que eles prefiram
comidas do tipo fastfood.
O estudo também detectou um excessivo consumo de carne vermelha pelos
professores do sexo masculino, além de açúcares e gordura. Esse resultado indica que “o que se
constitui motivo de preocupação, tendo em vista que a gordura eleva a densidade energética
da dieta predispondo, assim, ao aparecimento da obesidade e de outras doenças associadas
(Braga; Paternez, 2011, p. 94).
Segundo Dias et al. (2020) a obesidade é um problema que vem atingindo níveis
de epidemia ao redor do mundo, sendo atrelada a outras comorbidades, como as doenças
crônico-degenerativas, além de atuar negativamente no psicológico das pessoas, tornando-se
assim uma doença complexa (DIAS et al., 2020).
De acordo com Reis et al. (2019) é possível observar que a maior quantidade de
pessoas fora do considerado peso ideal, seja na magreza excessiva, quanto na obesidade,
se relacionam tanto com a ingestão de alimentos não saudáveis quanto pela falta de
atividade física.
Fazendo uma síntese dos dados emanados referentes a categoria da saúde docente,
de forma geral, um pouco mais da metade dos docentes afirmam que praticam exercícios
físicos regularmente, principalmente a caminhada ou corrida ao ar livre. Se por um lado a
de se comemorar o fato de que 56% mantem uma vida ativa, é importante ter um alerta em
relação aos outros 44% dos docentes que são sedentários, haja vista os problemas de saúde
decorrente da falta de exercícios físicos.
No que diz respeito aos sintomas sentidos por causa do trabalho a maioria afirmou
sentir dores na coluna ou nas articulações, seguido de estresse. Porém, dois professores apenas
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024. 13-17
Indicadores de saúde de docentes de educação especial em uma região da Bahia Artigos
solicitaram afastamento do trabalho para cuidar da saúde nos últimos 24 meses, sendo que
somente uma delas afirmou que essa decisão foi pra tratar de problemas referente ao trabalho
docente na Educação Especial.
Em relação a alimentação, exatamente a metade dos sujeitos participantes considerou
que mantem uma alimentação saudável. Esse também pode ser considerado outro dado
preocupante, já que atualmente a vida corrida dos grandes centros urbanos, que forçam os
trabalhadores a comerem alimentos pouco saudáveis (porém rápidos), acabou por também
chegar as cidades menores do interior.
Assim, é importante levar em consideração que a docência na inclusão de alunos
com deficiência é uma tarefa complexa e essencial para garantir a igualdade de oportunidades
educacionais a todos os estudantes, independentemente de suas necessidades, como explicado
por Silva e Silva (2021):
(...) o termo inclusão, conceitualmente, vem assumindo uma função política mundial,
cuja proposta social se constitui por um paradigma ético e estético que traduz a
reivindicação histórica de anseios de movimentos sociais voltados aos direitos das
pessoas com deficiência, movimentos estes que ganharam força na década de 1980,
produzindo ressonâncias nos contextos acadêmicos, orientando políticas afirmativas
que, por sua vez, forçaram o surgimento de legislações comprometidas com os direitos
de cidadania das pessoas com deficiência. O paradigma de Inclusão, portanto, é o
reconhecimento de que a deficiência não está centralizada na pessoa, mas sim, em
uma sociedade que não consegue criar as condições necessárias para que seus cidadãos
tenham o direito humano de acesso a todos os espaços em que a vida social acontece
(Silva; Silva, 2021, p. 2).
Deste modo, a relação entre a especificidade dessa docência inclusiva e os dados
apresentados sobre a saúde dos professores que atuam na Educação Especial nas escolas
municipais da região do Piemonte da Diamantina revela um conjunto de desafios que afetam
diretamente o bem-estar dos educadores. O estresse, a carga de trabalho intensa e os desafios
emocionais podem levar a hábitos de vida menos saudáveis, como a falta de atividade física
regular, uma alimentação inadequada e a necessidade de afastamentos devido ao esgotamento
físico e emocional.
Diante dos desafios inerentes à docência na Educação Especial, é fundamental
que os professores recebam suporte adequado por parte das instituições educacionais e
das autoridades competentes. Isso inclui acesso a programas de formação contínua, apoio
psicológico, estratégias de gerenciamento do estresse e reconhecimento pelo trabalho árduo e
essencial que realizam.
Em resumo, a especificidade da docência na Educação Especial está profundamente
relacionada às complexidades de atender às necessidades educacionais e emocionais diversas
14-17 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 11, n. 1, e0240001, 2024.
SILVA, Osni Oliveira Noberto da
de alunos com deficiências e dificuldades de aprendizagem. A saúde dos professores nesse
contexto é impactada pelos desafios únicos que enfrentam, destacando a importância de
estudos dessa natureza.
consIderaçÕes FInaIs
Retomamos aqui o objetivo do artigo que foi apresentar os indicadores referente as
condições de saúde dos professores de Educação Especial que atuam nas escolas municipais
da região do Piemonte da Diamantina, estado da Bahia.
Desta maneira, os dados deixam claro que a saúde dos professores que atuam
Educação Especiais nas escolas municipais da região do Piemonte da Diamantina, precisam
de atenção, principalmente no que diz respeito aos aspectos referentes a atividade física,
afastamentos e alimentação.
O principal limitador da presente pesquisa diz respeito a escassez de outros estudos
sobre saúde de professores de Educação Especial, especificamente aqueles que atuam com
Atendimento Educacional Especializado, não permitindo assim que uma análise mais
aprofundada pudesse ser feita, de maneira que foi necessário traçar um comparativo com
outros estudos que se debruçaram sobre a saúde dos professores, ainda que aqueles das salas
de aula regular.
Assim, é imprescindível que mais pesquisas sejam produzidas acerca da temática das
condições de trabalho e sua influência na saúde dos professores, principalmente aqueles que
atuam com a Educação Especial, tanto nas outras cidades da Bahia quanto de outros estados
do Brasil.
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