Editorial
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 9, n. 1, p. 07-10, Jan.-Jun., 2022 9
vivida no colégio, por meio da narrativa do cuidador, foi utilizado um diário de campo. Como
resultado dessa ação foi possível constatar o processo gradual que ocorre na instituição para
promover a inclusão, tanto de forma arquitetônica quanto pedagogicamente. Contudo, foi
possível constatar a diculdade dos professores em lidar com os educandos com deciência,
enfatizando a falta de formação continuada para a Educação Inclusiva.
No relato de pesquisa “Maternidade e religiosidade nas representações sociais da infância
por mães de crianças com deciência” de Fernando Antônio da Silva, Fátima Maria Leite
Cruz e Wilma Pastor de Andrade Sousa foi promovida a reexão sobre as atitudes e crenças
preconceituosas sobre a deciência na infância. Com o objetivo de identicar as representações
sociais da infância por mães de crianças com deciência,foi desenvolvida uma pesquisa
qualitativa, com 60 mães. Os resultados obtidos demonstraram a representação social da
infância de crianças com deciência com a objetivação da dor pela perda do lho idealizado,
o adiamento de projetos de vida, bem como a aceitação da diferença pautada na religiosidade.
No relato de pesquisa “Síndrome de Down e entendimento da funcionalidade nos dias
atuais”, de autoria de Daine Rodrigues de Almeida, Lisiane Machado de Oliveira Menegotto
e Rosemari Lorenz Martins, objetivou-se apresentar as características da Síndrome de Down,
relacionando-as com as possibilidades de construção da autonomia e funcionalidade. Tratou-se
de um estudo de caso, no qual uma jovem com Síndrome de Down, sua mãe, avó e avô foram
os participantes. Por meio da entrevista semiestruturada e de questionário, os dados foram
coletados em cinco encontros. Os resultados obtidos foram organizado em três categorias,
sendo essas: letramento e família; autonomia como produto do letramento; letramento e
entendimento dos instrumentos sociais. Nesse sentido, foi possível considerar que a autonomia
confere possibilidade de construção de uma vida diária com melhor qualidade de vida.
Na Revisão bibliográca “ Acesso e permanência do aluno surdo no Ensino Superior”
de Crislaine Vereta e Eliziane Manosso Streiechen foi apresentada a busca em analisar o
acesso e a permanência do aluno surdo no Ensino Superior. Para isso, as autoras realizaram um
levantamento de dados no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal Superior - CAPES, no período de 2017 a 2020. Por meio do procedimento foi
possível analisar que: há um longo caminho para que o candidato surdo consiga ingressar no
Ensino Superior e após conquistar condições para permanecer na graduação, embora tenha o
direito garantido desde o processo seletivo, de atendimento as suas necessidades. No entanto, a
comunicação continua a ser a maior barreira a transpor.
No relato de pesquisa “ A promoção de formação continuada sobre inclusão na
percepção de educadores do sistema público no Distrito Federal/Brasil: avanços e desaos” das
autoras Aline Oliveira e Sonia Carvalho Leme Moura Véras abordou-se a análise de um
programa de formação continuada, realizado com professores especialistas de sala de recursos
da rede pública de ensino do Distrito Federal. Foi aplicado aos professor do curso um
questionário baseado no levantamento bibliográco sobre formação continuada, inclusão e
deciência. Os resultados apontaram que metade dos professores participantes, equivalente
a 14 professores, consideraram a formação continuada recebida como mediana, pontuando a
falta de recursos de Tecnologia Assistiva e apoio do professor titular de sala, o que diculta o