Pesquisas sobre o professor na temática das altas habilidades/superdotação Artigos
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 10, n. 1, p. 91-106, Jan.-Jun., 2023 91
https://doi.org/10.36311/2358-8845.2023.v10n1.p91-106
is is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License.
Pesquisas sobre o Professor na temática das altas habilidades/
suPerdotação: revisão sistemática
ReseaRch on the subject of giftedness among teacheRs: a systematic
Review
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Tatiana de Cassia NAKANO
1
Laís Rovina BATAGIN
2
Luana Hilary FUSARO
3
RESUMO: considerando a importância do professor na identicação e atendimento dos estudantes com altas habilidades/su-
perdotação (AH/SD), o presente estudo teve, como objetivo, revisar os estudos brasileiros que enfocam o papel do professor na
temática das AH/SD, buscando identicar tendências e lacunas no conhecimento cientíco. A busca em cinco bases de dados
eletrônicas indicou, após a aplicação de critérios de inclusão e exclusão, a existência de 40 artigos, os quais foram analisados. Os
resultados indicaram predominância de artigos publicados nos últimos anos, empíricos e voltados à investigação da formação do
professor e suas práticas pedagógicas, especialmente no ensino fundamental, usando-se questionários e entrevista. Os resultados
apontam para um número ainda reduzido de estudos, bem como lacunas relacionadas a estudos longitudinais, aplicação e avaliação
de programas de intervenção, bem como pesquisas voltadas à formação, inicial e continuada, desse prossional.
PALAVRASCHAVE: Educação Especial. Educação Inclusiva. Formação docente.
ABSTRACT: due to the importance of teachers in identifying and assisting students with giftedness, the current study reviewed
Brazilian studies which examine the role of teachers in the eld of giftedness, seeking to identify patterns and gaps in scientic
knowledge in this eld. After applying inclusion and exclusion criteria to ve electronic databases, 40 articles were identied, whi-
ch were analyzed. It was found that there has been a predominance of empirical articles published in recent years which examine
teacher training and pedagogical practices, particularly those in elementary schools, using questionnaires and interviews. Results
indicate that there are a limited number of studies, as well as gaps in longitudinal studies, application and evaluation of interven-
tion programs, and research aimed at providing initial and continuing education to this profession.
KEYWORDS: Teachers training program. Special education. Inclusive education.
Pós-doutorado em avaliação psicológica pela Universidade São Francisco. Docente do programa de pós-graduação em Psicologia
da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. E-mail: tatiananakano@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-
5720-8940
2
Graduanda em Psicologia. Bolsista Pibic CNPQ. Pontifícia Universidade Católica de Campinas. E-mail: laisrbrovina@hotmail.
com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8863-1194
Graduanda em Psicologia. Bolsista Fapic. Pontifícia Universidade Católica de Campinas. E-mail: luanahfusaro@gmail.com.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7656-6364
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NAKANO, T. C.; BATAGIN, L. R.; FUSARO, L. H.
RESUMEN: considerando la importancia del docente en la identicación y asistencia de alumnos con altas capacidades/superdo-
tación, el presente estudio tuvo como objetivo revisar estudios brasileños que se centran en el papel del docente en el tema de las
altas capacidades/superdotación, buscando identicar tendencias y lagunas en el conocimiento cientíco. La búsqueda en cinco
bases de datos electrónicas indicó, luego de aplicar criterios de inclusión y exclusión, la existencia de 40 artículos, los cuales fueron
analizados. Los resultados indicaron un predominio de artículos publicados en los últimos años, empíricos y dirigidos a investigar
la formación docente y las prácticas pedagógicas, especialmente en la escuela primaria, utilizando cuestionarios y entrevistas. Los
resultados apuntan para un número aún pequeño de estudios, así como vacíos relacionados con estudios longitudinales, aplicación
y evaluación de programas de intervención, así como investigaciones dirigidas a la formación inicial y continua de este profesional.
PALABRAS CLAVE: Formación docente. Educación especial. Educación inclusiva.
introdução
A constituição brasileira garante o direito à educação escolar de forma universal (BRASIL,
1988). No entanto, a educação básica no Brasil tem enfrentado diculdades históricas relacionadas
à inclusão dos estudantes que pertencem à chamada educação especial. Na prática cotidiana, relatos
acerca do quão desaador é a construção de um ambiente de ensino-aprendizagem pautado nos
princípios da inclusão (PEREIRA; GUIMARÃES, 2019) se fazem frequentes.
Apesar dos professores serem, cada vez mais, confrontados com a heterogeneidade dos
alunos em sala de aula e, consequentemente, a necessidade de uma prática que ofereça suporte as
necessidades diferenciadas, são comuns relatos de despreparo e dúvidas sobre sua habilidade para
atender adequadamente os estudantes da educação especial (CATE et al., 2018). De modo geral, “o
professor se vê temeroso diante da tarefa de ensinar estudantes que se afastam do perl tipicamente
idealizado” (MARTINS; CHACON, 2019, p. 3).
Some-se a essa situação o fato de que, no Brasil, a educação especial ainda se caracteriza
como uma modalidade voltada à parte do público-alvo, especialmente aqueles que apresentam
deciências e transtornos, não havendo, na maior parte das vezes, iniciativas voltadas ao aluno
superdotado (NAKANO, 2019). Tais desaos precisam ser superados a m de que a verdadeira
inclusão seja alcançada e oferecida de forma adequada e a todos os estudantes que a ela têm direito,
no caso, alunos com deciências, transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades/
superdotação (AH/SD). O presente estudo se foca nestes últimos.
Para se ter uma ideia da subnoticação dos casos, dos 46,7 milhões de estudantes
matriculados no ensino básico, 1,3 milhões encontram-se na educação especial, segundo dados
do Censo Escolar de 2021 (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS ANÍSIO
TEIXEIRA, 2021). Deste total, 64% apresentam deciência intelectual e somente 1,7% são
identicados com AH/SD. Situação mais grave é encontrada, por exemplo, no Estado de São Paulo,
onde, dos mais de 19 milhões de alunos matriculados na educação básica no ano de 2019, somente
51.652 encontram-se identicados com altas habilidades/superdotação. O conhecimento desses
dados tem importante papel na distribuição das verbas voltadas ao atendimento desse aluno bem
como na elaboração de políticas públicas (RANGNI; ROSSI; KOGA, 2021).
Dentre os motivos para a subnoticação dos casos, lacunas na formação docente podem
ser citadas. A ausência de formação adequada, juntamente com a presença de estigmas e preconceitos
que podem se fazer presentes no ambiente escolar, atua de modo a dicultar a preparação do
professor para lidar com eventuais falhas e diculdades desses alunos, respeitando a diversidade
e suas particularidades (KAUFMAN; PLUCKER; RUSSELL 2017). Isso porque muitos desses
prossionais acreditam que dicilmente encontrarão algum estudante superdotado em sua turma,
por desconhecimento do fato de que cerca de 3 a 5% dos estudantes podem apresentar tal condição
(PISKE, 2021), apesar da literatura indicar que tais indivíduos são encontrados em diferentes níveis
socioeconômicos e culturais (OZCAN; KOTEK, 2015). De acordo com os autores, quanto mais
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cedo suas habilidades forem percebidas, melhor será o desenvolvimento de seu potencial. Portanto,
não importa em qual nível educacional os professores atuam, os autores ressaltam que é essencial
que estes prossionais dominem informações básicas, teóricas e práticas sobre AH/SD, a m de que
possam oferecer atendimento educacional adequado a esses estudantes (NAKANO, 2022).
De um modo geral, os professores parecem se sentir inseguros em apontar a presença de
características que indiquem habilidades acima da média (ARANTES-BRERO; CUPERTINO,
2018). Muitas vezes, a presença de concepções equivocadas sobre superdotação, baseadas na
expectativa de um aluno que apresenta características, comportamentos e atitudes de um estudante
considerado “exemplo” e que, além disso, alcança altos níveis de desempenho escolar, pode
justicar a diculdade dos professores em identicar os alunos que apresentam indicadores de altas
habilidades/superdotação (MIRANDA; ARAUJO; ALMEIDA, 2013).
O trabalho do professor junto ao estudante superdotado começa na identicação e no
reconhecimento do potencial desse aluno (MILLER; COHEN, 2012), seguindo pela elaboração
e implantação de um atendimento educacional especializado (MACHADO; STOLTZ, 2018).
Com a devida formação, os professores podem atuar como primeiro responsável pela identicação
desses alunos, realizando seu encaminhamento para avaliação, bem como pela implantação de um
atendimento adequado nos casos em que o diagnóstico for conrmado (ALMEIDA et al., 2017).
De forma bastante frequente, tais prossionais têm sido solicitados a avaliarem a
presença de comportamentos que são “típicos” de estudantes que apresentam AH/SD, visto que
suas observações podem fornecer informações importantes sobre o nível de desenvolvimento
do estudante avaliado (HERTZOG et al., 2018). Também são requisitados a identicar aqueles
estudantes que se destacam na sala de aula, apresentando um nível elevado de desenvolvimento
em alguma área (ALMEIDA et al., 2016). Nesse sentido, a indicação de professores vem sendo
utilizada como um primeiro ltro daqueles alunos que, possivelmente apresentam potencial elevado
em alguma área.
Por esse motivo, indicações realizadas por professores têm se mostrado uma importante
ferramenta auxiliar na identicação dos estudantes superdotados (LEE; PFEIFFER, 2006) visto
que elas oferecem oportunidades de observar os estudantes em uma grande variedade de contextos
e domínios (KAUFMAN; PLUCKER; RUSSELL, 2012), dentro de um processo de baixo custo e
que possibilita a redução de tempo que normalmente é requerido durante um processo completo
de avaliação (KORNMANN et al., 2015). Outra vantagem se ampara no fato de que o julgamento
conduzido pelo professor pode ser realizado dentro de um processo longitudinal, baseando-se
na avaliação dos comportamentos apresentados pelo estudante, possível através da observação
contínua, direta e sistemática das diversas situações de ação, produção e desempenho em que o
aluno está envolvido (GUENTHER, 2012).
No entanto, para que isso aconteça, Sabatella (2012) ressalta ser essencial que os professores
tenham alguma preparação e capacitação sobre as características cognitivas, emocionais, sociais,
comportamentais e educacionais desses alunos, o que, infelizmente, não tem acontecido durante
a formação, tanto inicial quanto continuada. Nessa temática, o Brasil marca-se pela inexistência
de cursos de nível superior e pós-graduação especícos na área das AH/SD, reduzidos cursos de
especialização e limitadas disciplinas sobre desenvolvimento de potenciais e AH/SD oferecidas nos
cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia e Pedagogia (NAKANO, 2019). O conhecimento
cientíco tem sido basicamente desenvolvido sob a forma de teses e dissertações nas duas áreas de
conhecimento citadas (MIRANDA et al., 2012), marcando-se por evidentes diculdades.
De modo geral, a diculdade na compreensão das AH/SD tem sido observada entre os
professores, tanto em pesquisas nacionais quanto internacionais (WECHSLER; SUAREZ, 2016).
Na prática, três diferentes posturas são mais comumente apresentadas pelos professores diante de
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um caso de AH/SD: (1) os que sabem da existência desses alunos, reconhecem-nos como público
da educação especial, mas permanecem com seu conhecimento somente no âmbito do discurso;
(2) outros mostram-se desfavoráveis à área, baseando-se em mitos e concepções equivocadas, bem
como associando tais indivíduos a alunos problemáticos; e (3) um grupo, bastante reduzido, que
reconhece as características e comportamentos desses alunos, usando tal conhecimento de forma
a impactar, de forma positiva, sua prática docente (LIMA; MOREIRA, 2018). Tal constatação
reforça a importância de se investigar as crenças dos professores sobre o fenômeno, assim como a
possibilidade de existência de um viés negativo em suas percepções sobre esses estudantes, dado seu
papel fundamental no processo de identicação dos estudantes (SNYDER et al., 2021; WEYNS;
PRECKEL; VERSCHUEREN, 2021).
Relatos de pesquisa têm indicado que professores despreparados podem atuar de modo
a excluir alunos de programas de atendimento ou ainda rejeitá-los em sala de aula devido à falta de
preparação pedagógica (MAIA-PINTO; FLEITH, 2002). Consequentemente, a falha na identicação
de indicadores de AH/SD fará com que tal estudante seja privado do atendimento especializado
garantido por lei (OZCAN; KAYA, 2015). Sabe-se que, na prática, a maioria dos alunos que são
atendidos em programas especiais para superdotados, é admitido através de indicações feitas pelos
seus professores (ALENCAR; FLEITH; CARNEIRO, 2018). No entanto, segundo as autoras, uma
importante diculdade se ampara no fato de que a maioria dos professores não possui informações sobre
AH/SD e sobre os serviços disponíveis para esses alunos. Do mesmo modo, não estão familiarizados
com as necessidades desses estudantes e não conhecem a melhor forma de atendê-los dentro da sala
de aula (PISKE, 2021). Diante dessa constatação, a necessidade de que tal temática seja abordada nos
cursos de formação de professores se faz urgente e necessária para capacitar esse recurso humano que
irá lidar, diretamente, com essa demanda (BENITE; RABELO; BENITE, 2013).
Consequentemente, um bom preparo dos professores na temática se mostra essencial e
tem sido valorizado devido aos ganhos provenientes desse tipo de conhecimento, os quais envolvem:
maior facilidade na identicação dos alunos, melhor qualidade no atendimento às necessidades
especícas dessa população, reconhecimento, respeito e otimização das demandas educacionais
(SAKAGUTI; BOLSANELLO, 2012), ampliação do conhecimento interdisciplinar da educação
especial e o aprendizado de metodologias e estratégias didáticas mais adequadas (FREITAS et
al., 2012). Somente assim os indivíduos com AH/SD poderão ter, identicadas, suas áreas mais
desenvolvidas e de interesse e, consequentemente, um melhor aproveitamento de seu potencial.
Considerando-se que o conhecimento das produções desenvolvidas na área contribui
para que respostas aos problemas ainda não resolvidos possam ser encontradas (MARTINS et al.,
2016) e que as publicações sobre AH/SD nos últimos anos têm sido centradas, especialmente
na conceituação, discussões teóricas e enquadramento legal (MIRANDA et al., 2012), pode-se
conrmar que a produção cientíca na temática ainda apresenta muitas lacunas (PÉREZ; FREITAS,
2014). Nesse contexto, os estudos voltados à investigação do papel do professor na educação de
superdotados são ainda esparsos. Diante dessa constatação, o presente estudo teve, como objetivo,
revisar os estudos brasileiros que enfocam o papel do professor na temática das AH/SD, buscando
identicar tendências e lacunas no conhecimento cientíco.
mÉtodo
Para atingir os objetivos propostos neste estudo foi realizada uma busca nas bases de
dados eletrônicas Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), Scientic Eletronic Library Online
(SciELO), Scientic Eletronic Library Online Brasil (SciELO.br), Periódicos Capes e Google
Acadêmico. O estudo seguiu as recomendações propostas pelo método PRISMA-P (MOHER et
al., 2015). Após tal procedimento, 40 artigos foram selecionados.
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estratÉgia de busca
As bases de dados eletrônicas foram consultadas em junho de 2022, buscando-se por
trabalhos que tivessem, como tema principal, o professor dentro da temática das altas habilidades/
superdotação no contexto brasileiro. Foram utilizados, como descritores, as palavras “superdotação
e “professor” combinadas, em português, inglês e espanhol, além dos termos isolados “superdotado
e “gifted”. Não houve limitação de ano de publicação.
critÉrios de elegibilidade
Foram aplicados os seguintes critérios de elegibilidade: (1) trabalhos que se referiam à
temática das AH/SD e que tivessem, no título, assunto ou como participantes, professores; (2)
somente estudos revisados por pares; (3) indiferente ao idioma em que o texto foi publicado, para
ele ser inserido bastava que tomasse como base o contexto brasileiro.
Foram excluídos aqueles que, após a leitura dos títulos ou resumos, (1) encontravam-se
duplicados; (2) não abordavam a temática pesquisada; (3) tivessem sido realizados em população
estrangeira; (4) resenhas, dissertações e teses sobre a temática; (5) aqueles que se referiam a educação
especial ou processo de inclusão de forma geral; (6) aqueles que enfocavam as modalidades de
atendimento aos estudantes não sendo especíco no enfoque do professor. Os resumos foram
avaliados por dois revisores, de forma independente.
Na base de dados Google Acadêmico um procedimento diferente foi adotado, devido ao
grande número de retornos obtidos com os descritores selecionados. Nesse caso optou-se por realizar
a busca a partir da combinação “superdotação and professor”. Mesmo assim, a busca resultou em
17.800 trabalhos, nos quais foi aplicado o ltro de ordenação por relevância. As pesquisadoras
leram os títulos e resumos dos artigos até que, repetidamente, os trabalhos não mais estivessem
relacionados ao tema investigado. Essa situação pode ser vericada a partir do momento em que
os resultados da busca passam a incluir somente um dos dois termos combinados. Desse modo, tal
marco foi alcançado a partir do resultado 670, de modo que todos os anteriores foram considerados
na busca. Considerando-se os critérios de elegibilidade citados anteriormente, 18 destes foram
selecionados e incluídos na análise aqui apresentada.
registro de estudos
Os registros foram feitos em uma planilha no programa Excel. A partir da leitura dos
resumos dos artigos, por dois revisores independentes, uma triagem dos trabalhos foi realizada.
Nessa etapa, três pesquisadores participaram, sendo um doutor em Psicologia e dois orientandos
de iniciação cientíca (IC). O processo foi realizado em dupla, sendo o doutor e um aluno de
IC. Foram selecionados aqueles que atendiam ao foco da revisão sistemática. Posteriormente, os
mesmos revisores atuaram nas demais fases, de elegibilidade, inclusão e análise.
extração dos dados
Posteriormente, após a seleção dos trabalhos, optou-se pela análise das seguintes
categorias: ano de publicação, tipo de trabalho (empírico, teórico, estudo de caso, revisão de
literatura), foco principal do texto (agrupados posteriormente em práticas pedagógicas, formação
prossional, percepções) e, nos estudos empíricos: número de professores participantes, assim como
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nível escolar em que atuavam. Os dados foram analisados estimando-se a frequência e porcentagem
de ocorrência de cada categoria de resposta.
avaliação do risco de viÉs
A seleção das bases de dados pode ter atuado de modo a impedir que outros artigos
na mesma temática não tenham sido localizados na busca realizada. Do mesmo modo, a seleção
dos descritores utilizados na busca também deve ser citada como possível viés na revisão. No caso
especíco da base de dados Google Acadêmico, apesar dos cuidados na organização dos trabalhos
de acordo com o ltro de relevância, outros podem não ter sido corretamente classicados por esse
ltro, não sendo, portanto, visualizados pelas pesquisadoras.
resultados e discussão
Os dados analisados, quanto ao ano de publicação, indicaram que a primeiro artigo na
temática foi publicado em 2002 e, o último localizado, em 2022. Se considerarmos esse período de
21 anos, veremos que a média é de 1,9 artigos por ano focando o professor na temática das AH/SD,
um valor considerado baixo perante a importância desse prossional nessa área da educação especial.
Figura 1 - Fluxograma de Busca e Seleção dos Artigos
Identicação
1647 identicados
Scielo (n=315); Scielo.br (n=96); Pepsic (n=73);
Periódicos Capes (n=493); Google Acadêmico
(n=670)
Triagem 223 Duplicados e removidos
Elegibilidade
1424 títulos e resumos lidos
1360 removidos
Temas não relacionados à
temática da revisão
64 estudos lidos na íntegra
24 removidos
Aplicação dos critérios de
inclusão e exclusão
Inclusão 40 estudos incluídos na análise
Fonte: Elaboração própria.
Analisando-se a Figura 2, é possível vericar que os anos de 2011 e 2020 foram os que
mais apresentaram publicações, sendo possível notar um interesse mais constante a partir de 2016.
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Na pesquisa de revisão conduzida por Martins et al. (2016), apesar do primeiro estudo acadêmico
ter sido encontrado em 1987, os autores ressaltam que, somente a partir dos anos 2000 que um
aumento na produção cientica na área pode ser notado. Também Pereira, Koga e Rangni (2020),
ao revisarem pesquisas sobre AH/SD vericaram aumento no número de publicações a partir do
ano de 2008. Tendência similar foi percebida na presente revisão, notando-se, de modo geral, um
aumento no número de estudos ao longo do período avaliado, especialmente nos últimos anos.
Figura 2 - Artigos por ano de publicação
Fonte: Elaboração própria.
Interessantemente, chama a atenção o fato das pesquisas sobre professores no contexto
das AH/SD se mostrarem, em sua maior parte, recentes, apesar do fato da primeira legislação que
faz referência ao superdotado ter sido publicada em 1971 - Lei 5.692/71 - Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (BRASIL, 1971), tornando obrigatório o atendimento desses estudantes
(METTRAU; REIS, 2007). É importante ressaltar que, apesar desse interesse marcante nos últimos
anos, uma série de outros documentos e leis foram promulgados nas últimas décadas, enfocando
tanto a educação especial quanto esse público especíco (FAVERI; HEINZLE, 2019; PÉREZ;
FREITAS, 2014; RONDINI, MARTINS; MEDEIROS, 2021).
A diversidade de normativas reforça a percepção de que, apesar do Brasil ter investido
em leis, um descompasso entre os marcos legais e a prática das escolas e professores se faz presente,
resultado, em partes, da falta de formação especíca e continuada (SANTOS; GUENTHER;
ZANIOLO, 2016) como pelo reduzido número de estudos que tenham, como foco, a investigação
do papel do professor na temática das AH/SD. Resultados similares foram relatados por Martins
et al. (2016), os quais, ao analisarem 126 teses e dissertações na temática das AH/SD encontraram
somente oito que abordavam a formação docente (6,3%). Tal situação pode ser compreendida,
segundo pelo fato de que, apesar de não serem recentes, as políticas públicas para as AH/SD no
Brasil ainda serem pouco difundidas e conhecidas, inclusive no contexto educacional (FAVERI;
HEINZLE, 2019).
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O segundo dado analisado referiu-se ao tipo de artigo. Os resultados indicaram a
predominância de estudos do tipo empírico (n=24; 61,5%) mas estudos teóricos (n=6; 15,5%),
revisão de literatura (n=5; 12,8%), estudo de caso (n=3; 7,7%) e pesquisa documental (n=1; 2,5%)
também foram encontrados. A predominância de estudos empíricos sobre AH/SD de modo geral
também foi relatada por Barbosa (2014), apesar de diferenças se fazerem presentes, dependendo
do foco da revisão realizada. No estudo de Pereira, Koga e Rangni (2020), voltado à identicação,
a maior parte dos estudos é de natureza teórica (45,3%), seguida pelos estudos empíricos (34%).
Em seguida, a identicação da temática principal dos artigos foi investigada no presente
estudo. Os temas foram agrupados por semelhança, de modo que um total de 14 diferentes
categorias foram identicadas, as quais encontram-se apresentadas na Tabela a seguir.
Tabela 1 - Temáticas investigadas nos estudos analisados
Temática Frequência Porcentagem
Formação do professor 22 20,0
Práticas pedagógicas 21 19,0
Concepções de professores sobre AH/SD 18 16,4
Papel do professor nas AH/SD 16 14,5
Mitos e estereótipos 13 11,9
Dilemas 9 8,2
Instrumentos de identicação para professores 3 2,7
Relação professor-aluno com AH/SD 2 1,8
Atitudes do professor 2 1,8
Autoecácia de professores 1 0,9
Subjetividade docente 1 0,9
Percepção sobre o aluno com AH/SD 1 0,9
Perl do professor 1 0,9
Fonte: Elaboração própria.
É importante destacar que um número maior de classicações foi realizado (n=110)
devido ao fato de que muitos artigos avaliados enfocavam mais de uma temática (M=2,82 temáticas
por artigo). Diante dessa situação, as pesquisadoras optaram por contabilizar a ocorrência de cada
temática. Dentre as temáticas identicadas, destaque pode ser dado a quatro interesses, sendo a
formação do professor, suas práticas pedagógicas, concepções sobre o fenômeno e o papel desse
prossional, os quais encontram-se, diretamente relacionados, amparando-se na necessidade de
subsídios teóricos e metodológicos como base para a elaboração de estratégias de atendimento a
esses alunos.
A preocupação dos pesquisadores em relação a esses temas priorizados nos estudos
analisados se justica perante a constatação de que a educação especial tem sido marcada por
uma série de diculdades relacionadas, principalmente, à formação do professor e suas práticas
pedagógicas (ALMEIDA; MIGUEL, 2020; GIROTO; SABELLA; LIMA, 2019; WECHSLER;
SUÁREZ, 2016). Outros fatores importantes se referem a escassos investimentos, defasagem no
acesso a informações atualizadas associada à falta de aprofundamento continuado, a presença de mitos
(PÉREZ; FREITAS, 2014), ausência de consenso acerca das terminologias utilizadas (ANTIPOFF;
CAMPOS, 2010), bem como referencias históricas que associam as AH/SD somente a um alto
Pesquisas sobre o professor na temática das altas habilidades/superdotação Artigos
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desempenho em testes de inteligência (ROBINSON; CLINKENBEARD, 2008). Esses aspectos
têm atuado de forma a dicultar a identicação, registro no censo escolar e, consequentemente, a
elaboração de políticas públicas ecientes para essa população (PÉREZ, 2012).
Os resultados encontrados conrmam a percepção de Russell (2018), segundo o qual,
a produção cientíca voltada à investigação do papel do professor na temática marca-se por três
principais categorias: crenças (referindo-se a compreensões e mitos relacionados ao papel do
professor), atitudes (referindo-se aos pensamentos e concepções implícitas sobre a temática) e
práticas (englobando as ferramentas e procedimentos para atendimento desses alunos).
Nesse sentido, a revisão de literatura da área apontou uma série de diculdades que ainda
são enfrentadas (VIRGOLIM; KONKIEWITZ, 2014), as quais envolvem a falta de treinamento
especializado dos prossionais, material adequado, currículos e programas para essa população,
cursos de graduação e pós-graduação especícos para a área, recursos governamentais e programas
voltados ao desenvolvimento das AH/SD em todo o país, técnicas mais modernas de identicação,
maior número de pesquisas e literatura especializada, sendo notória a necessidade de avanços na
formação docente inicial e continuada (CHACON et al., 2017; KAMAZAKI et al., 2017). Dentre
as mudanças almejadas, torna-se fundamental, reexões acerca do processo formativo docente para
atuação na Educação Especial, de forma que os direitos que já estão, há muito tempo, previstos nas
Leis brasileiras, possam ser colocados em prática, beneciando seu público nal.
Nesse contexto, o conhecimento docente sobre a temática permite a elaboração de práticas
educacionais adequadas e que possibilitam o desenvolvimento das potencialidades desses alunos, de
modo a minimizar a propagação de concepções equivocadas sobre o assunto, as quais prejudicam
a identicação dos estudantes com AH/SD (MARTINS; CHACON; ALMEIDA, 2018). Nesse
sentido, um bom preparo dos professores na temática tem sido valorizado devido aos ganhos
provenientes desse tipo de medida, os quais envolvem: maior facilidade na identicação dos alunos,
melhor qualidade no atendimento às necessidades especícas dessa população, reconhecimento,
respeito e otimização das demandas educacionais (SAKAGUTI; BOLSANELLO, 2012).
Existem evidências mostrando de que a participação dos professores em cursos e
treinamentos constitui-se em uma ferramenta ecaz para aumentar a compreensão sobre o aluno,
as opções educacionais disponíveis, aumentando a autoconança desses prossionais em atender
às necessidades diferenciadas e ainda alterando as crenças negativas sobre esses alunos (VREYS et
al., 2018). Sendo assim, diversos pesquisadores apontam para a necessidade de que mais estudos
sejam conduzidos, voltados à formação do professor (KAMAZAKI et al., 2017), sobre a ecácia e
aplicação prática das políticas públicas (GIL et al., 2010), assim como uma atuação efetiva cobrando
o cumprimento das normas legais que possibilitem uma educação inclusiva e de qualidade para
todos. Faz-se urgente, o aprimoramento da atuação docente a m de que se possa promover a
adequada qualicação dos recursos humanos (METTRAU; REIS, 2007), bem como a revisão das
diretrizes curriculares dos cursos de licenciaturas (NAKANO, 2019).
Para as análises seguintes foram considerados somente os artigos do tipo empírico e
estudo de caso. Ao identicar a amostra envolvida, os resultados indicaram que, para além do
professor (n=27), os estudos também contaram com a participação de estudantes (n=15), pais (n=4),
psicólogos (n=2) e coordenação pedagógica (n=1). Essa tentativa mais ampla de situar a atuação do
professor se faz essencial visto que o trabalho junto ao estudante identicado com AH/SD não deve
ser centralizado somente no papel desse prossional, sendo importante o envolvimento também
100 Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 10, n. 1, p. 91-106, Jan.-Jun., 2023
NAKANO, T. C.; BATAGIN, L. R.; FUSARO, L. H.
da família e outros prossionais que podem atuar no atendimento às suas necessidades especícas,
dentro de uma rede multiprossional.
Em seguida, o nível educacional enfocado nos estudos também foi identicado,
indicando uma predominância de estudos voltados ao ensino fundamental (n=19), seguido do
ensino superior (n=8), ensino médio (n=2) e educação infantil (n=2). Tais dados conrmam a
percepção da literatura cientíca acerca da maior frequência de estudos sobre AH/SD na infância
e adolescência do que na vida adulta (ANGELA; CATERINA, 2022; FREITAS; PÉREZ, 2010),
apesar do reconhecimento da possibilidade de que o estudante universitário que não foi identicado
anteriormente, seja durante o curso superior (OLIVEIRA; RODRIGUES; CAPELLINI, 2020).
Ao vericarmos que ensino superior foi o segundo nível mais investigado aponta para
uma mudança importante de paradigma visto que, de modo geral, a AH/SD na idade adulta foi,
durante muito tempo, pouco discutida e investigada (BASSO et al., 2020), permanecendo, tal
grupo, pouco enfocado na literatura cientíca sobre AH/SD (BROWN et al., 2020). Convém
destacar que o Censo Escolar realizado INEP (2021) considera, de forma geral, a educação especial,
sem considerar, separadamente, os alunos com deciência, transtornos globais do desenvolvimento
ou altas habilidades/superdotação. Ainda assim, é possível vericar que o maior número de alunos
incluídos na educação especial está no ensino fundamental, o qual concentra 68,7% dos estudantes
segundo o censo 2021 (INEP, 2021), sendo, por tal motivo, esperada a mesma predominância
nos estudos investigados. Por m, a metodologia utilizada nos estudos empíricos foi investigada.
Uma variedade de recursos foi encontrada, em um total de 12 diferentes ferramentas. Os dados são
apresentados na Tabela 2.
Tabela 2 - Metodologia e ferramentas utilizadas nos estudos empíricos
Recurso Frequência Porcentagem
Questionário 14 32,5
Entrevista 13 30,3
Instrumentos 4 9,3
Observação 2 4,7
Análise de documentos 2 4,7
Análise da grade curricular 2 4,7
Pesquisa-ação 1 2,3
Oferecimento de cursos de formação 1 2,3
Análise de produção acadêmica 1 2,3
Análise de narrativas 1 2,3
Formulários não especicados 1 2,3
Encontros com professores 1 2,3
Fonte: Elaboração própria.
Os resultados indicaram que a maior parte dos estudos fez uso de questionários e
entrevistas como ferramenta para coleta de dados. Diferentes instrumentos também foram
utilizados, sendo dois especícos para professores: Triagem de Indicadores de Altas Habilidades/
Superdotação – versão professor (NAKANO, 2021) e a Escala de Identicação de Talentos pelo
Professor (SUÁREZ; WECHSLER, 2019), os quais apresentam estudos voltados à investigação
das suas qualidades psicométricas, sendo que o primeiro já se encontra disponibilizado para uso
Pesquisas sobre o professor na temática das altas habilidades/superdotação Artigos
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, v. 10, n. 1, p. 91-106, Jan.-Jun., 2023 101
prossional, não tendo seu uso restrito ao psicólogo. O Inventário de habilidades sociais, problemas
de comportamento e competência acadêmica para crianças – versão para pais, professores e alunos
também foi utilizado (GRESHAM; ELLIOT, 2016). Outros três instrumentos foram aplicados
para avaliar os alunos: Teste não verbal de raciocínio infantil (PASQUALI, 2005), Teste das Matrizes
progressivas coloridas de Raven (RAVEN; RAVEN; COURT, 2018) e Teste de Desempenho
Escolar (MILNITSKY; GIACOMONI; FONSECA, 2019). Diversas outras ferramentas foram
encontradas nas pesquisas, de modo a apontar para a amplitude de possibilidades de investigação
dessa temática.
consideraçÕes finais
A revisão das pesquisas brasileiras que buscaram investigar o papel do professor na
temática das altas habilidades/superdotação apontou para um número ainda reduzido de estudos
frente a relevância da atuação desse prossional junto ao estudante identicado. A importância
de que o professor receba formação inicial e continuada se justica perante a constatação de que
é ele que, mais comumente, irá perceber os sinais indicativos das AH/SD podendo encaminhar
o aluno para uma avaliação mais completa. Além disso, caso o diagnóstico seja conrmado, os
potenciais poderão ser mais bem explorados e desenvolvidos por meio do atendimento educacional
especializado a ser desenvolvido por esse mesmo prossional, na prática diária com o estudante.
Os estudos analisados mostraram que, apesar da existência de diversas leis que
garantem a identicação e atendimento desses alunos, público da educação especial, somente mais
recentemente o interesse dos pesquisadores brasileiros na temática começou a se fazer presente,
especialmente nos últimos anos. Dentre os focos principais, a formação do professor e suas práticas
pedagógicas têm recebido maior destaque, sendo ponto crucial para que a melhoria da área possa ser
alcançada, beneciando seu público nal. Mostra-se necessário maior investimento na qualicação
dos prossionais que atuam na área, a m de que eles possam se sentir aptos e preparados para
realizar processos de triagem, encaminhamento e atendimento adequados.
Apesar da importância dos achados aqui relatados, algumas limitações do estudo merecem
ser citadas, tais como a seleção das bases de dados e descritores, de modo que alguns trabalhos
na temática podem não ter sido localizados. Do mesmo modo, a subjetividade dos avaliadores,
apesar do cuidado na vericação dupla das classicações ter sido feita, pode ter exercido alguma
inuência nos resultados, de modo que se recomenda cautela na generalização das informações
aqui apresentadas. Lacunas relacionadas à ausência de estudos longitudinais, aplicação e avaliação
de programas de intervenção, bem como pesquisas voltadas à formação, inicial e continuada, desse
prossional puderam ser notadas na revisão, de modo que tais pontos se constituem em aspectos
que podem ser sugeridos para serem investigados, em estudos futuros, pelos pesquisadores que
atuam na temática.
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