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SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria José Vicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
A IMPORTÂNCIA DA FOLKSONOMIA PARA A
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
The importance of Folksonomy for Information Science
Gabriela de Oliveira Souza (1), Maria José Vicentini Jorente (2)
(1) Universidade Estadual Paulista (UNESP), Brasil, gabriela.oliveira@unesp.br
(2) mj.jorente@unesp.br
Resumo
As recentes transformações das Tecnologias de Informação e Comunicação suscitaram uma preocupação
com a representação e a apresentação da informação em seus diversos meios de criação, armazenamento e
compartilhamento, sobretudo após o surgimento da Web 2.0, em que as informações não se encontram
apenas em modalidades estáticas, mas dinâmicas e hipertextualizadas. Dentre os diversos recursos e formas
de interação presentes na Web 2.0, destaca-se a Folksonomia, uma forma de indexação ou categorização
de objetos informacionais realizada de maneira colaborativa em ambientes Web. O presente estudo tem
como objetivo geral analisar a importância da Folksonomia para a Ciência da Informação. Os objetivos
específicos são: construir um referencial teórico sobre Folksonomia e Web 2.0 no contexto da Ciência da
Informação; estudar o conceito da Folksonomia e suas tipologias; compreender a Folksonomia enquanto
prática advinda da Web 2.0. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, e do tipo teórico e exploratório. Foi
realizado um levantamento bibliográfico e uma revisão de literatura para constituir um referencial teórico
que respondesse aos objetivos do estudo. Com base na análise da literatura publicada sobre Folksonomia,
pode-se afirmar que ela proporciona uma maior participação das comunidades de interesse de modo geral,
e pode ser um relevante objeto de estudo para futuras pesquisas na área da Ciência da Informação.
Palavras-chave: Folksonomia; Web 2.0; Ciência da Informação; Informação e Tecnologia
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Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
Abstract
Recent transformations in Information and Communication Technologies have raised concerns about the
representation and presentation of information in its various means of creation, storage and sharing,
especially after the emergence of Web 2.0, in which information is not only found in static modalities, but
dynamic and hypertextualized. Among the various resources and forms of interaction present in Web 2.0,
Folksonomy stands out, a form of indexing or categorizing informational objects carried out collaboratively
in Web environments. The present study's general objective is to analyze the importance of Folksonomy
for Information Science. The specific objectives are: to build a theoretical framework on Folksonomy and
Web 2.0 in the context of Information Science; study the concept of Folksonomy and its typologies;
understand Folksonomy as a practice arising from Web 2.0. This is a qualitative, theoretical and exploratory
study. A bibliographical survey and a literature review were carried out to create a theoretical framework
that responded to the objectives of the study. Based on the analysis of published literature on Folksonomy,
it can be stated that it provides greater participation from communities of interest in general, and can be a
relevant object of study for future research in the area of Information Science.
Keywords: Folksonomy; Web 2.0; Information Science; Information and Technology
1 Introdução
As transformações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) durante o século
XX e início do século XXI suscitaram uma preocupação com a representação e a apresentação da
informação em seus diversos meios de criação, armazenamento e compartilhamento, sobretudo
após o surgimento da Web. Nela, as informações não se encontram apenas em modalidades
estáticas, mas dinâmicas e hipertextualizadas. Tais condições da Web implicam na emergência da
necessidade de diferentes formas de busca, compartilhamento e apresentação da informação, tendo
em vista que a Web se tornou um dos meios mais utilizados para busca de informações.
A Web 2.0 ou Web Social pode ser definida como uma transformação da Web enquanto
plataforma, que apresenta a oportunidade de criação de aplicativos e ferramentas que utilizam a
inteligência coletiva para aprimorar seus produtos e serviços. A Web 2.0 busca transformar a Web
em um ambiente acessível e colaborativo, no qual os internautas podem acessar, compartilhar e
produzir informações (Coutinho e Bottentuit Junior 2007).
Primo (2008) salientou que a Web 2.0 apresenta aspectos sociais relativos a processos de
trabalho coletivo, troca de conhecimento, produção e circulação de informações e de
conhecimentos. Segundo o autor, ao se tratar da Web 2.0 deve-se considerar não apenas a
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perspectiva tecnológica do conceito, mas também as interações que ocorrem na Web 2.0 enquanto
plataforma (Primo 2008).
Dentre os diversos recursos e formas de interação presentes na Web 2.0, destaca-se a
Folksonomia, uma forma de indexação ou categorização de objetos informacionais realizada de
maneira colaborativa em ambientes Web. Nela, os internautas adicionam etiquetas aos objetos
digitais que, posteriormente, podem ser recuperados por meio delas.
Compreende-se a Folksonomia enquanto uma forma de organização e recuperação da
informação, e sua aplicabilidade se estende a diversos ambientes informacionais digitais, por
proporcionar uma rápida recuperação da informação e permitir uma etiquetagem coletiva em
linguagem natural. Além disso, a Folksonomia pode ser considerada uma atividade social, uma
vez que os internautas classificam um objeto informacional e utilizam as etiquetas existentes,
para que outras pessoas também possam encontrar o objeto informacional.
O presente estudo tem como objetivo geral analisar a importância da Folksonomia para a
Ciência da Informação. Os objetivos específicos são: construir um referencial teórico sobre
Folksonomia e Web 2.0 no contexto da Ciência da Informação; estudar o conceito da Folksonomia
e suas tipologias; compreender a Folksonomia enquanto prática advinda da Web 2.0. Quanto à sua
metodologia, trata-se de estudo de natureza qualitativa, e do tipo teórico e exploratório. Foi
realizado um levantamento bibliográfico acerca das temáticas propostas e uma revisão de literatura
para constituir um referencial teórico que respondesse aos objetivos do estudo.
O levantamento bibliográfico foi realizado por meio de busca nas bases de dados Brapci e
SciELO. Foram utilizados os seguintes termos de busca: “Ciência da Informação”; Information
Science”; Folksonomia; Folksonomy. Para a seleção do material bibliográfico foram utilizados
como critérios: análise do título, das palavras-chave e do resumo, escolhidos de acordo com as
temáticas mais relevantes para o estudo proposto. Após a seleção da bibliografia, o material foi
lido, fichado e analisado para formar um referencial teórico que permitiu discussões sobre a
temática proposta.
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2 Ciência da Informação no contexto das Tecnologias de Informação e
Comunicação
A Ciência da Informação (CI) é uma área do conhecimento interdisciplinar voltada às
questões científicas e profissionais relativas aos problemas de comunicação e registro do
conhecimento humano, dentro de um contexto social, institucional ou individual de uso da
informação (Saracevic 1996). A CI é interdisciplinar por natureza e está ligada à tecnologia da
informação, ainda que as relações da CI com outras disciplinas estejam em constante evolução
(Saracevic 1996).
Considera-se a CI uma área do conhecimento composta por outras três subáreas:
Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, denominadas ‘As Três Marias’ por Johanna Smit
(2000). A autora salientou que
Desenha-se, neste momento, uma acepção possível para a Ciência da Informação
enquanto disciplina científica, permitindo que sejam mapeadas as possibilidades
de gestão da memória, produção da informação documentária e mediação das
informações, em busca de teorias e princípios comuns às diferentes
implementações particulares das 3 Marias. (Smit 2000 p.34)
Ainda segundo a mesma autora, as três subáreas que compõem a CI são unidas,
principalmente, pelo objeto de estudo da CI a informação registrada (Smit 2000).
A origem da Ciência da Informação (CI) se deve às necessidades que surgiram com a
Revolução técnica e científica pós Segunda Guerra Mundial (Saracevic 1996). Segundo Ortega
(2009), a princípio, a CI compreendia práticas profissionais que, anos depois, se consolidaram
academicamente. Desse modo, a CI surgiu no século XIX, enquanto uma crítica aos profissionais
atuantes em arquivos, bibliotecas e museus na época, representados, muitas vezes, pelos
bibliófilos, bibliotecários eruditos e historiadores que trabalhavam em arquivos e museus. A crítica
se deve ao fato de que tais profissionais se preocupavam apenas com a organização e custódia dos
acervos, sem promover o acesso e a disseminação das informações contidas nas obras (Araújo
2014).
Com o uso dos microfilmes enquanto forma de armazenamento e acesso a documentos,
surgiram reflexões acerca da possibilidade de dissociação entre o documento físico e as
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informações nele contidas (Araújo 2014). Nesse contexto, com o desenvolvimento da computação,
as discussões referentes às tecnologias no âmbito da CI se intensificaram, uma vez que as
informações poderiam ser convertidas e representadas em dígitos binários, preservadas e acessadas
em um suporte eletrônico. Esse desenvolvimento fez emergir diferentes possibilidades de acesso,
preservação e disseminação da informação, além de possibilitar análises acerca do conceito de
informação sem a dependência dos conceitos de suporte e documento (Araújo 2014).
Ressalta-se, que as transformações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
contribuíram de forma significativa com as transformações da CI, uma vez que ocasionaram uma
maior preocupação com a representação e a organização do conhecimento. Com o surgimento da
Web as informações passaram a ser disponibilizadas de forma dinâmica e hipertextual, e não
somente de forma estática. Desse modo, os internautas foram transformados em produtores de
conteúdo, o que chama a atenção ao caráter de colaboração e compartilhamento, próprio da Web
2.0 (Jorente, Padua e Santarem Segundo 2017).
3 Web 2.0: principais conceitos e discussões
A Web 2.0 é uma segunda fase da Web, que apresenta a colaboração e o compartilhamento
como suas principais características. Ela se destaca no contexto da CI por representar uma das
transformações das TIC, além de contribuir com diferentes possibilidades em relação ao
tratamento e à disseminação da informação.
O conceito de Web 2.0 surgiu durante uma conferência entre as empresas O’Reilly e
MediaLive International, a Conferência Web 2.0. Nessa conferência, constatou-se que com o
estouro da bolha da internet (dot-com bubble)
(1)
em 2001 a Web sofreu diversas transformações,
uma vez que neste período houve grande investimento em empresas de tecnologia. A crise
acarretada pelo estouro da bolha permitiu a emergência de novos conceitos e tecnologias, dentre
eles a Web 2.0 (O’Reilly 2005).
A Web 2.0, também conhecida como Web Social ou Web Colaborativa, é uma segunda
fase da Web, que permite a participação dos internautas e apresenta o compartilhamento e a
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colaboração como suas principais características. Assim, a Web 2.0 não é um conceito rígido, mas
sim um conjunto de princípios e práticas que conectam um amplo sistema composto por sites
(O’Reilly 2005).
Pode-se afirmar que a Web transformou as formas de interação em ambientes digitais, e
apresentou dois momentos distintos: o primeiro, a Web 1.0, tinha como foco a transmissão da
informação de forma unilateral, de modo que os especialistas possuíam controle de toda a produção
de conteúdo, e o sujeito informacional era visto apenas como usuário ou consumidor de
informações; a segunda fase, a Web 2.0, apresentou uma perspectiva colaborativa, na qual o sujeito
informacional passa a ser, também, produtor de conteúdos.
Nesse sentido, a Web 2.0 é uma segunda fase da Web que compreende novos serviços,
aplicativos, recursos, tecnologias e conceitos que proporcionam aos internautas um nível mais
elevado de interação e colaboração (Bressan 2009). A Web 2.0, assim como diversos conceitos
significativos e complexos, não possui limites rígidos, mas sim o que O’Reilly (2005) chama de
“núcleo gravitacional”. Segundo o autor, a Web 2.0 pode ser compreendida enquanto um conjunto
de princípios e práticas que conectam um “verdadeiro sistema solar de sites” que possuem todos
ou alguns desses princípios (O’Reilly 2005), conforme explicitado na figura a seguir (Figura 1).
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Figura 1- mapa da Web 2.0
Fonte: Elaborada pela autora com base em O’Reilly (2005) e Primo (2008). Disponível em:
http://hdl.handle.net/11449/239725.
A Figura 1 foi elaborada com base na figura Web 2.0 Meme Mapcriada por O’Reilly e
nas características da Web 2.0 destacadas por Primo (2008). A figura apresenta as principais
características, princípios e exemplos práticos da Web 2.0, segundo os autores citados
anteriormente. Dentre os princípios apontados na figura, o principal, segundo O’Reilly (2005), é a
Web enquanto plataforma (O’Reilly 2005).
O hiperlink é a base da web. À medida que os usuários adicionam novo conteúdo
e novos sites, ele é vinculado à estrutura da web por outros usuários que
descobrem o conteúdo e criam links para ele. Assim como as sinapses se formam
no cérebro, com associações se tornando mais fortes por repetição ou intensidade,
a teia de conexões cresce organicamente como uma saída da atividade coletiva de
todos os usuários da web. (O’Reilly 2005, não paginado, tradução nossa)
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No contexto da Web 2.0 enquanto plataforma, O’Reilly (2005) ressaltou a importância da
inteligência coletiva, uma vez que, segundo o autor, ela é uma parte essencial da Web 2.0. As
novas perspectivas apresentadas pela Web 2.0 permitiram uma comunicação horizontalizada, em
que a informação é produzida e compartilhada pelos próprios internautas.
A Web 2.0 apresentou a oportunidade de criação de aplicativos e ferramentas que utilizam
a inteligência coletiva para aprimorar seus produtos e serviços. Além disso, buscou transformar a
Web em um ambiente colaborativo, no qual os internautas podem acessar, compartilhar e produzir
informações (COUTINHO; BOTTENTUIT JUNIOR, 2007).
4 Conceito de Folksonomia e suas tipologias
Com a popularização de plataformas Web que permitiam aos internautas adicionar
etiquetas aos objetos digitais, alguns profissionais passaram a questionar qual seria o termo mais
adequado para definir esse tipo de indexação, categorização ou classificação colaborativa. Dentre
estes profissionais, destaca-se Thomas Vander Wal, arquiteto da informação responsável pela
criação do termo Folksonomia.
Diante de tal cenário, em 24 de julho de 2004, o autor apontou: “Então, o desenvolvimento
de estrutura categórica de baixo para cima criada pelo usuário com um tesauro emergente se
tornaria uma Folksonomia?” (Wal 2007, não paginado, tradução nossa). O termo Folksonomy é
um neologismo criado por Wal, a partir da junção das palavras folk (povo, pessoas) e taxonomy
(taxonomia) (Wal 2007).
A Folksonomia é o resultado da etiquetagem (tagging) pessoal de informações e objetos
digitais para sua própria recuperação (Wal 2007). Segundo Wal (2007), o valor da etiquetagem se
refere ao uso do vocabulário próprio dos sujeitos informacionais, que imprimem um significado
ao objeto que provém de sua própria compreensão.
Assim, além de categorizar ou classificar um objeto digital, os indivíduos estabelecem
conexões entre diversos objetos e fornecem novos significados a eles. Wal (2007) ainda afirmou
que a Folksonomia apresenta três elementos principais: a etiqueta, o objeto marcado por uma
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etiqueta, e a identidade. Esses princípios são fundamentais para a compreensão do objeto
etiquetado e do processo como um todo.
Wal (2005) dividiu a Folksonomia em duas tipologias: a Folksonomia ampla (broad
Folksonomy) e a Folksonomia restrita (narrow Folksonomy) (WAL, 2005). Na Folksonomia
ampla, muitos internautas adicionam etiquetas a um mesmo objeto informacional, com seus
próprios termos em linguagem natural (WAL, 2005), conforme é demonstrado na figura a seguir
(Figura 2).
Figura 2 - Folksonomia ampla
Fonte: Wal (2005).
A Figura 2 apresenta o funcionamento da Folksonomia ampla. Segundo Wal (2005), uma
pessoa (content creator) cria um objeto informacional (object) e o disponibiliza na Web. Os
internautas - representados por grupos e identificados na imagem pelas letras A, B, C, D, E, F -
etiquetam o objeto (processo representado pelas setas em direção oposta aos internautas) com seus
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próprios termos ou conjuntos de termos (representados pelos números de 1 a 5). A figura também
representa os processos de busca e recuperação da informação resultantes da etiquetagem, por
meio das setas que apontam para os internautas (Wal 2005).
Segundo Rafferty (2017), na Folksonomia ampla, o criador disponibiliza o objeto
informacional para que diferentes internautas adicionem suas próprias etiquetas. A Folksonomia
ampla permite que o profissional da informação analise como os sujeitos informacionais estão
interagindo com determinado objeto ou conteúdo. A figura a seguir (figura 3) apresenta a interação
dos internautas com o objeto informacional do exemplo da Figura 2, de acordo com Wal (2005):
Figura 3 - Análise da interação na Folksonomia ampla
Fonte: Wal (2005).
Segundo Wal (2005), o gráfico representado na Figura 5 demonstra a possibilidade de
análise das etiquetas mais utilizadas pelos internautas e como essas etiquetas são utilizadas, o que
permite a construção de tesauros e vocabulários controlados baseados nas atividades dos próprios
internautas. A construção de tais instrumentos depende da atuação do profissional da informação
na filtragem e organização das etiquetas, de acordo com os objetivos e necessidades do
equipamento cultural em que atua. Além disso, a Folksonomia ampla permite o surgimento de uma
Cauda Longa (Rafferty 2017), o que pode ser visualizado na curva formada pelo gráfico anterior
(Figura 3).
A Folksonomia restrita (narrow Folksonomy) beneficia a etiquetagem de objetos digitais
não textuais (como imagens, por exemplo) ou que sejam difíceis de recuperar. Nela, cada
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internauta fornece uma etiqueta - composta por um único termo - que possa representar o objeto
digital e ser utilizada para encontrá-lo (Wal 2005).
Segundo Wal (2005), nessa tipologia é mais difícil analisar como as etiquetas são
utilizadas, no entanto, as etiquetas, além de utilizadas para descrever os objetos informacionais,
também são utilizadas para agrupar os objetos semelhantes. A Folksonomia restrita foi
exemplificada pelo autor na figura a seguir (Figura 4).
Figura 4 - Folksonomia restrita
Fonte: Wal (2005).
A figura anterior (Figura 4) demonstra o funcionamento da Folksonomia restrita. De acordo
com Wal (2005), uma pessoa (content creator) cria um objeto informacional (object) e o representa
com uma etiqueta (representada na figura pelo número 1). Na Folksonomia restrita, as etiquetas
são registradas apenas uma vez, de modo que não é possível saber a frequência de uso das palavras-
chave. Em sistemas que utilizam esse tipo de Folksonomia, geralmente a etiquetagem é limitada
ao criador do objeto informacional, embora não seja uma regra (Rafferty 2017).
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Segundo Rafferty (2017), na Folksonomia restrita a popularidade de um objeto pode ser
verificada pelo número de etiquetas que se referem a ele. No entanto, a autora salientou que a
distribuição de etiquetas em uma Folksonomia restrita pode ser considerada “plana”, pois cada
etiqueta é atribuída apenas uma vez. A Folksonomia restrita pode ser compreendida enquanto uma
forma de categorização, uma vez que apenas um termo pode ser utilizado para identificar - ou
categorizar - o objeto informacional em questão.
A diferença deste processo de Folksonomia restrita para a Folksonomia ampla se
principalmente no número de etiquetas empregadas pelos internautas. Na Folksonomia restrita, o
número de etiquetas adicionadas é menor, e ainda que diversos internautas utilizem a mesma
etiqueta, apenas uma é aplicada ao objeto, como pode ser observado na figura anterior, em que as
setas que representam o processo de etiquetagem apresentam menos ligações entre as etiquetas e
os grupos de internautas. Na Folksonomia ampla, por sua vez, não há um limite para a quantidade
de etiquetas que cada internauta pode adicionar a um objeto informacional, o que possibilita uma
melhor análise das interações.
5 Reflexões acerca da Folksonomia enquanto prática
Sundström e Moraes (2019) apontaram que a Folksonomia pode ser compreendida de duas
formas: como um processo, ou como o resultado de um processo. Enquanto processo, a
Folksonomia representa a ação de etiquetar, em linguagem natural e de forma livre, objetos digitais
disponíveis na Web. Tal processo é realizado pelos internautas em determinado ambiente
informacional digital (Sundström e Moraes 2019), e é identificado por Rafferty (2017) enquanto
tagging (tagueamento).
Enquanto resultado de um processo, a Folksonomia corresponde ao resultado da
etiquetagem livre realizada pelos internautas. Nesse caso, ela representa o produto dessa atividade,
o conjunto de etiquetas adicionadas pelos internautas (Sundström e Moraes 2019). Em ambas as
perspectivas, a Folksonomia ocorre no contexto da Web 2.0, e conta com os termos em
linguagem natural inseridos pelos internautas, o que contribui com a organização e a recuperação
da informação (Sundström e Moraes 2019).
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Os ambientes informacionais que utilizam a Folksonomia permitem que o internauta crie e
compartilhe informações, tornando dinâmicos os fluxos informacionais na Web. Alguns autores
consideram a etiquetagem enquanto um processo subjetivo, associado ao que os internautas
desejam informar, preservar e compartilhar (Gonçalves e Assis 2016).
Embora a princípio, a etiquetagem represente uma “ação cognitiva única”, uma vez que
inicialmente ocorre de forma subjetiva na mente de cada internauta, a Folksonomia se torna social
quando o sujeito compartilha suas etiquetas em um ambiente colaborativo com outros internautas
(Vignoli, Almeida e Catarino 2014). Tal sujeito informacional, como pressuposto na Web 2.0,
torna-se ativo e “manifesta a sua subjetividade através do estabelecimento de identidades e
percursos informacionais na web” (Assis e Moura 2013 p.86), além disso, por meio do
compartilhamento constrói novas relações entre os objetos informacionais e os outros sujeitos que
também interagem na Web.
Com a emergência da Web 2.0, a Folksonomia se popularizou em resposta à crescente
interação dos internautas nos ambientes digitais (Yu e Chen 2020). Yu e Chen (2020) afirmaram
que a Folksonomia pode refletir o vocabulário das comunidades de interesse, por ser uma forma
de indexação simples que pode agregar valor à navegação em ambientes web. Segundo os autores,
a colaboração dos internautas pode enriquecer os instrumentos tradicionais como cabeçalhos de
assunto, catálogos, tesauros e vocabulários controlados.
Ainda que possa haver críticas sobre a validade de uma indexação realizada de forma livre
pelos internautas, experiências com tal prática em diferentes ambientes Web demonstram que a
Folksonomia pode contribuir de forma significativa com a qualidade dos metadados de objetos
informacionais digitais e, consequentemente, com a recuperação da informação (Yu e Chen 2020).
Barros (2011) apresentou as vantagens e desvantagens da Folksonomia, conforme
explicitado no quadro a seguir (Quadro 1).
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Quadro 1 - Vantagens e desvantagens da Folksonomia
VANTAGENS
DESVANTAGENS
independência para classificar
reflete o vocabulário do próprio usuário
baixo custo
não é necessário aprender um vocabulário
controlado
permite encontrar conteúdos inesperados
devido a conexão das etiquetas
diminui as barreiras para cooperação
cunho colaborativo / social
formação de comunidades em torno de
interesses comuns
conteúdos disponíveis na web, acesso de
qualquer lugar
potencializa o compartilhamento de
conhecimento entre usuários
pessoas e a relação termo/ significado
inconsistências e ambiguidades nos termos
polissemia: mesma palavra com muitos significados
sinonímia: palavras diferentes com o mesmo
significado
erros de ortografia e digitação
termos imprecisos ou irrelevantes
personalização de termos
termos no singular, plural, simples ou compostos
termos sem associações hierárquicas
termos permanecem ou são retirados das páginas
dos sites conforme a vontade dos usuários
Fonte: Barros (2011)
Sundström e Moraes (2019) também apontaram pontos positivos e negativos da
Folksonomia, sob a mesma perspectiva de Barros (2011). Os pontos positivos correspondem à
exaustividade na indexação dos objetos informacionais, à facilidade na recuperação da informação
e à participação do sujeito informacional no tratamento técnico da informação. No entanto,
segundo Sundström e Moraes (2019), os pontos negativos seriam a ausência no controle do
vocabulário e a repetição de termos (Sundström e Moraes 2019).
Como qualquer processo ou atividade, a Folksonomia pode apresentar pontos negativos,
conforme demonstrado pelos autores anteriormente citados. No entanto, ressalta-se que tais
aspectos negativos podem ser solucionados por meio da atuação dos profissionais da informação
nos ambientes informacionais digitais, com o intuito de filtrar possíveis ambiguidades, termos
inadequados e repetições de termos. Além disso, é importante destacar que a Folksonomia não
exclui a atuação do profissional da informação, mas abre novas possibilidades de atuação e
proporciona sua aproximação com a comunidade em que atua.
Segundo Barros (2011), a Folksonomia pode ser considerada como uma alternativa para a
organização e indexação do grande volume de objetos informacionais presentes na Web, além de
15
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
possibilitar novas perspectivas e possibilidades acerca de processos técnicos consolidados na
CI.
6 Resultados
Os resultados foram obtidos por meio do levantamento bibliográfico realizado em março
de 2024 nas bases de dados Brapci e SciELO. Foram recuperados artigos publicados em periódicos
entre 2013 e 2024.
Na Brapci, a busca consistiu nos seguintes termos: Folksonomia e Folksonomia AND
“Ciência da Informação”. A busca pelo termo Folksonomia retornou 46 publicações, com 6 artigos
duplicados, 1 editorial que não se encaixa na temática buscada e 3 artigos que apenas citam a
Folksonomia, de modo que ela não é analisada. Os resultados podem ser verificados no quadro a
seguir (Quadro 2).
Quadro 2 Artigos recuperados na Brapci com o termo de busca Folksonomia
Título
Autoria
Palavras-chave
Ano
Aplicações folksonômicas em
plataformas colaborativas de patrimônio
cultural: análise comparativa de projetos
CrowdHeritage e Arquigrafia
Triques; Santos;
Albuquerque
Folksonomia, Folksonomia assistida,
Modelos colaborativos de representação da
informação, Arquigrafia.
2023
Folksonomias: estrutura e aplicações
Barros; Sales;
Rosa
Folksonomia (estrutura). Folksonomia
(aplicação). Sistemas de Organização do
Conhecimento. Representação da
Informação
2022
#VidasNegrasImportam como
dispositivo de mediação implícita da
informação
Fideles; Gomes
Mediação implícita da informação;
Folksonomia; #VidasNegrasImportam.
2022
Folksonomia no contexto LGBTQIA+:
discriminação e preconceito das
informações de gênero e sexualidade em
ambientes digitais
Santana; Santos;
Melo; Girard
Folksonomia. Informação Gênero-
sexualidade. Epistemologia. LGBTQIA+.
2022
Mediação da informação em
folksonomia: um estudo de caso nas
postagens imagéticas do Museu de Arte
de São Paulo no Instagram
Meyer; Santos;
Machado;
Albuquerque
Modelos colaborativos; Museu de artes;
Recurso informacional; Mídia social,
Instagram.
2022
Folksonomias e pós-verdade: desafios
para a organização do conhecimento
Assis
Folksonomia; Pós-verdade; Organização
do Conhecimento; Ontologia;
Desinformação.
2021
16
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
Aya biblioteca: investigação para a
encontrabilidade da informação étnico-
racial
Campos;
Valério
Relações raciais. Encontrabilidade da
Informação. Encontrabilidade da
Informação étnico-racial. Informação
étnico-racial.
2021
Análise da folksonomia em grupos
colaborativos do Passei Direto
Oliveira; Pinho
Folksonomia. Indexação Social.
Organização do Conhecimento. Grupos
Colaborativos.
2021
Folksonomia em repositórios digitais:
análise da produção científica nacional e
internacional
Santos;
Carvalho;
Rodrigues
folksonomia; representação colaborativa
da informação; folksonomia assistida;
repositórios digitais.
2021
A importância da Folksonomia e do
Design da Informação para a
Competência em Informação
Souza; Jorente
Competência em Informação;
Folksonomia; Design da Informação;
Informação e Tecnologia.
2021
Folksonomia: a tagzação da informação
na era digital
Moraes; Lobo
Folksonomia. Indexação Virtual.
Representação da informação. Redes
sociais.
2020
Aplicação da folksonomia auxiliada na
construção de corpus de referência em
Ciência da Informação
Silva; Correa
Indexação social. Folksonomia assistida.
Indexação Automática. Avaliação de
sistemas de indexação automática. Corpus
de Referência.
2020
Manaus representada em tags: análise de
imagens no flickr
Siqueira;
Trindade
Folksonomia. Representação da
Informação. Etiquetagem de imagens.
Cidades. Flickr.
2020
Curadoria digital: novos modelos de
participação pública na descrição de
conteúdos em instituições culturais
Brayner
Folksonomia. Indexação. Instituições de
memória. Metadados. Objetos digitais.
2019
Bookshelf tour: categorização do
conhecimento a partir do discurso
coletivo dos booktubers
Sundström;
Moraes
Booktubers. Colecionismo bibliográfico.
Memória coletiva. Folksonomia.
Organização do conhecimento.
2019
A Folksonomia e o seu impacto na
comunicação científica
Santos
Editorial do periódico Conhecimento em
Ação, sem palavras-chave
2019
O processo de construção do corpus de
referência em Ciência da Informação
Silva; Correa
Folksonomia assistida. Indexação social.
Modelo colaborativo de indexação social.
Política de indexação social. Ciência da
Informação.
2019
Etiquetagem colaborativa nas
bibliotecas: o caso da Literatura.
Almeida
Folksonomia. Etiquetagem colaborativa.
Bibliotecas. Literatura.
2018
Folksonomia segmentada em sites de
redes sociais: uma pesquisa exploratória
a partir da interface goodreads
Amaral;
Salvador
Folksonomia. Sites de Redes Sociais
Segmentadas (SRSS). Livro.
Etiquetamento. Goodreads.
2018
Arquivos pessoais e Alfresco:
representação da informação com Dublin
Core e folksonomia.
Coneglian;
Arakaki;
Gonçalez;
Simionato;
Santos;
Santarem
Segundo
Arquivo Pessoal, Representação da
Informação, Software Alfresco, Dublin
Core, Folksonomia
2018
17
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
O uso da folksonomia na atualização de
vocabulários controlados da área da
Pediatria
Krebs; Laipelt;
Rosa
Representação da informação.
Organização do conhecimento.
Vocabulários controlados. Folksonomia.
2018
Folksonomia híbrida como ferramenta de
organização na web: um estudo de caso
sobre o site archive of our own
Medeiros
Folksonomia Híbrida. Archive of Our
Own. Fanfiction.
2018
A Folksonomia das hashtags como
instrumento de militância contra o
assédio sexual no Facebook: Avaliação
da hashtag
#mexeucomumamexeucomtodas
Romeiro; Silva
Folksonomia. Mídias Sociais. Militância
social. Assédio Sexual. Facebook.
2018
Análise das definições de folksonomia:
em busca de uma síntese
Santos; Corrêa
Organização da informação.
Representação da Informação.
Folksonomia. Indexação social.
Etiquetagem.
2018
Uma taxonomia e a folksonomia na
representação da informação de
fotografias
Santos
Representação da Informação; Fotografias;
Taxonomia; Folksonomia
2018
Uma cidade representada em tags:
explorando a folksonomia no flickr
Massoni; Flores
Folksonomia. Representação da
Informação. Fotografia. Tags. Flickr.
2017
Encontrabilidade da informação e
videoativismo: uma análise do atributo
folksonomia no YouTube
Nascimento;
Carvalho
Encontrabilidade da Informação.
Folksonomia. Videoativismo.
2017
Folksonomia: representação da
informação na web
Santos;
Oliveira; Lima
Folksonomia. Linguagem documentária.
Representação da informação.
Organização da informação.
2017
A indexação social enquanto prática de
representação colaborativa da
informação imagética: a construção da
memória na plataforma Flickr
Gonçalves;
Assis
Memória, Indexação social, Folksonomia,
Preservação da informação imagética,
Web 2.0
2016
#impeachment ou #naovaitergolpe: uma
análise sobre a folksonomia na
indexação de imagens fotográficas em
redes sociais da Web 2.0
Nóbrega;
Manini
Etiquetagem. Indexação de imagens.
Redes sociais. Memória coletiva.
Impeachment.
2016
A folksonomia e a representação
colaborativa da informação em
ambientes digitais
Santos; Corrêa
Folksonomia, Representação colaborativa
da informação, Folksonomia Assistida
2015
Modelos colaborativos de indexação
social e sua aplicabilidade em bibliotecas
digitais
Santos; Corrêa
Modelos Colaborativos; Indexação social;
Folksonomia; Bibliotecas Digitais
2015
Folksonomias como ferramenta de
organização e representação da
informação
Vignoli;
Almeida;
Catarino
Folksonomia. Organização da informação.
Representação da informação.
Folksonomia na organização e
representação da informação.
2014
Folksonomia: a linguagem das tags.
Assis; Moura
Linguagem. Folksonomia. Redes Sociais.
Organização da Informação.
2013
18
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
A folksonomia como modelo emergente
da Representação e Organização da
Informação
Santana
Linguagens de indexação. Representação
da Informação.
2013
Etiquetagem e folksonomia: o usuário e
sua motivação para organizar e
compartilhar informações na Web 2.0
Santos
Organização da informação; Web 2.0;
Usuários; Folksonomias.
2013
Fonte: Elaborado pelas autoras.
A busca pelos termos Folksonomia AND “Ciência da Informação” retornou 31
publicações, com 3 artigos duplicados. Os resultados foram apresentados no quadro a seguir
(Quadro 3).
Quadro 3 Artigos recuperados na Brapci com os termos de busca Folksonomia AND “Ciência da
Informação”
Título
Palavras-chave
Ano
Hashtag #VidasNegrasImportam como
dispositivo de mediação implícita da
informação
Mediação implícita da informação;
Folksonomia; #VidasNegrasImportam.
2022
Folksonomias na organização e
representação do conhecimento: um estudo
na literatura da área
Folksonomia. Organização do
Conhecimento. Organização da
Informação. Representação do
Conhecimento. Vocabulário Controlado.
2022
Uma análise das tags utilizadas na
indexação de imagens no Pixabay
Representação imagética. Indexação de
imagens. Folksonomia. Pixabay.
2022
Hibridização da folksonomia com
instrumentos de controle terminológico em
sistemas colaborativos: enfoques e
perspectivas de estudos nacionais
Folksonomia. Representação
colaborativa da informação. Sistemas de
Organização do Conhecimento.
2021
Aplicação da folksonomia auxiliada na
construção de corpus de referência em
Ciência da Informação
Indexação social. Folksonomia assistida.
Indexação Automática. Avaliação de
sistemas de indexação automática.
Corpus de Referência.
2020
O processo de construção do corpus de
referência em Ciência da Informação
Folksonomia assistida. Indexação social.
Modelo colaborativo de indexação
social. Política de indexação social.
Ciência da Informação.
2019
A Folksonomia das hashtags como
instrumento de militância contra o assédio
sexual no Facebook: Avaliação da hashtag
#mexeucomumamexeucomtodas
Folksonomia. Mídias Sociais. Militância
social. Assédio Sexual. Facebook.
2018
Análise das definições de folksonomia: em
busca de uma síntese.
Organização da informação;
Representação da Informação;
2018
19
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
Folksonomia; Indexação social;
Etiquetagem.
Uma taxonomia e a folksonomia na
representação da informação de fotografias
Representação da Informação;
Fotografias; Taxonomia; Folksonomia
2018
Folksonomia: representação da informação
na web
Folksonomia. Linguagem documentária.
Representação da informação.
Organização da informação.
2017
Elos interdisciplinares para estruturação
semântica com vistas à organização da
informação
Folksonomia; Organização da
Informação; Relações semânticas
2017
Modelos colaborativos de indexação social
e sua aplicabilidade em bibliotecas digitais
Modelos Colaborativos, Indexação
social, Folksonomia, Bibliotecas
Digitais.
2015
Engenharia do Conhecimento e Ciência da
Informação
Ciência da informação; Engenharia do
Conhecimento; Ontologias;
Folksonomia
2014
Indexação de imagens no Flickr: uma
análise da folksonomia na Biblioteca de
Arte da Fundação Calouste Gulbenkian
Folksonomia; Fotografia; Flickr;
Biblioteca de Arte da Fundação
Calouste Gulbenkian
2014
Descrição da experiência de estruturação do
componente lista terminologia no sistema
infosic do setor de couro e calçados
Sistema de Organização de Informação.
Lista Terminológica. Sistema de
Inteligência Competitiva.
2014
Folksonomias como ferramenta de
organização e representação da informação
Folksonomia. Organização da
informação. Representação da
informação. Folksonomia na
organização e representação da
informação.
2014
A folksonomia como modelo emergente da
Representação e Organização da
Informação
Linguagens de indexação.
Representação da Informação.
2013
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Na base de dados SciELO, a busca consistiu nos seguintes termos: Folksonomy e
Folksonomy AND “Information Science”. A busca pelo termo Folksonomy retornou 11 artigos
publicados em periódicos, entre 2013 e 2024, conforme apresentado no quadro a seguir (Quadro
4).
Quadro 4 Artigos recuperados no SciELO com o termo de busca Folksonomy
Título
Autoria
Palavras-chave
Ano
Aplicações folksonômicas em
plataformas colaborativas do patrimônio
cultural: análise comparativa dos
projetos CrowdHeritage e Arquigrafia
Triques; Santos;
Albuquerque
Folksonomia; Folksonomia assistida;
Modelos colaborativos de representação
da informação; Arquigrafia
2023
20
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
Intertwined in a living world: The
conversation about Ingrid Jonker on
Instagram
Senekal
social media; Instagram; Afrikaans
literature; folksonomy; hashtags; Ingrid
Jonker; Afrikaans poetry.
2022
Un modelo híbrido de recomendación de
etiquetas para sistemas de anotación
social
Portilla; Godoy
Folcsonomía; Tagging Social; Historial
de etiquetado del usuario
2020
Archivos del común: la catalogación
colectiva en los museos de arte
Rodríguez
catalogación; comunidades de sentido;
programas públicos; folksonomía; arte
conceptual
2020
A representação temática de imagens
digitais da NASA no Flickr as
contribuições dos sistemas de
organização do conhecimento
Dias; Moreira;
Alves
Sistemas de organização do
conhecimento; Imagens digitais;
Folksonomia; Recuperação da
informação
2020
Análise das definições de folksonomia:
em busca de uma síntese
Corrêa; Santos
Organização da informação;
Representação da Informação;
Folksonomia; Indexação social;
Etiquetagem.
2018
Etiquetagem colaborativa nas
bibliotecas: o caso da Literatura
Almeida
Folksonomia; Etiquetagem colaborativa;
Bibliotecas; Literatura.
2018
A taxonomia e a folksonomia na
representação da informação de
fotografias
Santos
Representação da Informação;
Fotografias; Taxonomia; Folksonomia
2018
Análisis práctico de folksonomías: el
caso de los gestores bibliográficos
sociales
Yedid
Folksonomías; Indización; Etiquetas;
Gestores bibliográficos; CiteULike;
Mendeley; Bibsonomy
2016
An ontology evolution method based on
folksonomy
Wang; Wang;
Zhuang; Fei
Ontology; Folksonomy; Semantic web;
Folksonomized ontology; Ontology
revolution
2015
Fonte: Elaborado pelas autoras.
Por fim, a busca pelos termos Folksonomy AND “Information Science” retornou 2
publicações, conforme apresentado no Quadro 5.
Quadro 5 Artigos recuperados no SciELO com os termos de busca Folksonomy AND “Information
Science”
Título
Autoria
Palavras-chave
Ano
A representação temática de imagens
digitais da NASA no Flickr as
contribuições dos sistemas de
organização do conhecimento
Dias; Moreira;
Alves
Sistemas de organização do
conhecimento; Imagens digitais;
Folksonomia; Recuperação da
informação
2020
Análise das definições de folksonomia:
em busca de uma síntese
Corrêa; Santos
Organização da informação;
Representação da Informação;
Folksonomia; Indexação social;
Etiquetagem.
2018
Fonte: Elaborado pelas autoras.
21
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
A partir da análise das publicações recuperadas nas bases de dados escolhidas para o
levantamento bibliográfico, pode-se afirmar que a produção bibliográfica acerca da Folksonomia
foi mais significativa em 2018, 2020 e 2021. No entanto, as publicações recuperadas na Brapci
mantêm uma constância ao longo dos anos, cenário que não se repete no SciELO em relação aos
termos de busca Folksonomy AND Information Sicence”. Além disso, as palavras-chave mais
recorrentes envolvem o processo de etiquetagem de modo geral, os sistemas de organização do
conhecimento e as mídias sociais. Nota-se que estudos sobre a aplicação da Folksonomia em
diferentes contextos e sob diversas perspectivas.
7 Considerações Finais
As transformações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) contribuíram de
forma significativa ao longo do percurso histórico da Ciência da Informação (CI), que
ocasionaram uma maior preocupação com a representação e a organização do conhecimento,
sobretudo após o surgimento da Web. Nela, as informações passaram a ser disponibilizadas de
forma dinâmica e hipertextual, e não somente de forma estática.
Essas mudanças nas formas de tratamento, preservação e compartilhamento de informação,
advindas, sobretudo, da Web 2.0, transformaram, também, a atuação dos internautas. Se antes os
sujeitos informacionais eram apenas consumidores de conteúdos estáticos, com a Web 2.0, eles
passam a ser, também, produtores de conteúdos, agora dinâmicos, hipertextuais e compartilhados
com outros indivíduos.
Nesse contexto, a Web 2.0 apresenta como principais características a interação e o
compartilhamento, o que permite a uma comunicação horizontal entre as comunidades de interesse
e os equipamentos culturais, e os profissionais da informação atuantes nessas instituições.
Desse modo, a Folksonomia é uma forma de indexação colaborativa na Web, ou o resultado
da categorização colaborativa em ambientes Web 2.0. Na Folksonomia, além de categorizar ou
classificar um objeto digital, os indivíduos estabelecem conexões entre diversos objetos e
fornecem novos significados a eles. Dentre as duas tipologias, a Folksonomia ampla apresenta
22
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023064.
mais possibilidades para a CI, pois nela o profissional da informação pode analisar como as
comunidades de interesse interagem com determinado objeto informacional, conteúdo ou acervo.
Diante de tais possibilidades a Folksonomia pode ser um importante recurso para a CI: ela
pode tornar os processos técnicos mais colaborativos e participativos, além de possibilitar novas
formas de análise das interações entre as comunidades de interesse e os acervos de equipamentos
culturais. Ressalta-se que a Folksonomia depende da atuação de indivíduos não especializados.
Assim, faz-se necessário que o profissional da informação integre essas práticas colaborativas nas
unidades de informação.
Com base na análise da literatura publicada sobre Folksonomia, bem como de iniciativas
práticas em unidades de informação, pode-se afirmar que ela proporciona uma maior participação
das comunidades de interesse de modo geral. Tal participação, compreendida enquanto a principal
motivação para o uso da Folksonomia, faz-se essencial diante da necessidade de aproximação entre
os sujeitos informacionais e os profissionais da informação, além de contribuir para a recuperação,
o compartilhamento e a criação de novos conhecimentos.
Em contrapartida, é necessário que os profissionais da informação adquiram novas
competências para lidar com tais práticas colaborativas e atuar nos novos espaços que se abrem
nesse contexto. Como consequência, surgem também novas possibilidades para estudos no âmbito
da CI que contemplem a Folksonomia, compreendida enquanto um recurso complexo que ainda
apresenta diversas facetas a serem estudadas.
Notas
(1) Bolha da Internet, dot-com bubble, ou bolha das empresas “ponto com”: bolha especulativa (bolha
econômica) que ocorreu entre 1994 e 2000, caracterizada pela alta das ações em empresas de tecnologia da
informação e comunicação (TIC) presentes na Internet. O auge da bolha ocorreu em março de 2000, no entanto,
ao longo do mesmo ano, a bolha ‘se esvaziou’, e no início de 2001, diversas empresas ‘ponto com’ foram
reduzidas, vendidas, ou então faliram e desapareceram (Wikipedia 2022).
23
SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria JoVicentini. A importância da Folksonomia para a Ciência da
Informação. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol.17, Dossiê: Transversalidade e
Verticalidade na Ciência da Informação, publicação contínua, 2023, e023064. DOI: 10.36311/1981-
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Copyright: © 2023 SOUZA, Gabriela de Oliveira; JORENTE, Maria José Vicentini. This is an open-access
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Received: 29/11/2023 Accepted: 02/04/2024