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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
A MEDIAÇÃO DOCUMENTÁRIA:
especificidade e atualidade
THE DOCUMENTARY MEDIATION: specificity and topicality
Matheus Aguiar de Carvalho (1), Cristina Dotta Ortega (2)
(1) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil,
maguiarcarvalho.bh@hotmail.com
(2) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil,
ortega@eci.ufmg.br
Resumo
A mediação documentária é um conjunto de ações de intervenção sobre objetos para transformá-los em
documentos. Essas ações implicam a elaboração de produtos documentários, bem como serviços e
atividades para potencializar o acesso e o uso desses produtos. A mediação documentária foi
tradicionalmente estudada nas disciplinas Arquivologia, Bibliografia-Biblioteconomia e Museologia. A
articulação entre elas produz o campo dos estudos documentários, também conhecido como
Documentação. Com a disseminação da Ciência da Informação nos Estados Unidos, a partir da década
de 1960, o estudo da mediação documentária foi acomodado como um dos seus temas, o que acarretou
o apagamento parcial de seus fundamentos. Sendo assim, o objetivo do trabalho é explorar o campo
científico dos estudos documentários, haja vista que ele permite fundamentar a mediação documentária.
O artigo é uma pesquisa básica e exploratória, desenvolvida a partir de revisão bibliográfica, segundo
a seguinte estrutura: na seção 2, analisamos o percurso constitutivo teórico-disciplinar dos estudos
documentários; na seção 3, discorremos sobre o conceito de mediação documentária; e, na seção 4,
abordamos as categorias explicativas do campo. O estudo permite identificar a instabilidade que marca
o percurso do campo e evidenciar a riqueza de conhecimentos elaborados ao longo do tempo que
precisam ser recuperados.
Palavras-chave: Mediação documentária; Mediação da informação; Documentação; Ciência da
Informação; Biblioteconomia; Bibliografia
Abstract
Documentary mediation is a set of intervention actions on objects to transform them into documents.
These actions involve the development of documentary products, as well as services and activities to
enhance access and use of these products. Documentary mediation has traditionally been studied in the
disciplines of Archival Science, Bibliography-Librarianship and Museology. The articulation between
them produces the field of documentary studies, also known as Documentation. With the dissemination
of Information Science in the United States, starting in the 1960s, the study of documentary mediation
was accommodated as one of its themes, which resulted in the partial erasure of its foundations.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
Therefore, the objective of the work is to explore the scientific field of documentary studies, given that
it allows the foundation of documentary mediation. The article is a basic and exploratory research,
developed from a bibliographical review, according to the following structure: in section 2, we analyze
the theoretical-disciplinary constitutive path of documentary studies; in section 3, we discuss the
concept of documentary mediation; and, in section 4, we address the explanatory categories of the field.
The study allows us to identify the instability that marks the course of the field and highlights the wealth
of knowledge developed over time that needs to be recovered.
Keywords: Documentary mediation; Information mediation; Documentation; Information Science;
Librarianship; Bibliography
1 Introdução
A mediação documentária é um conjunto de ões de intervenção sobre certos objetos
para transformá-los em documentos. Essas ões implicam a elaboração de produtos
documentários, bem como a proposição de serviços e atividades que possam potencializar o
acesso e o uso desses produtos. O objetivo da mediação documentária é fornecer os meios para
as pessoas responderem às suas necessidades de informação, as quais são decorrentes das
diversas atividades que desenvolvem.
O estudo da mediação documentária foi tradicionalmente realizado no âmbito das
disciplinas Arquivologia, Bibliografia-Biblioteconomia e Museologia, as quais configuram
abordagens específicas do trabalho documentário, respectivamente, as abordagens arquivística,
bibliográfica e museológica. A articulação entre as disciplinas documentárias produz o campo
dos estudos documentários, que ficou conhecido como Documentação, devido à proposta de
Paul Otlet, no início do século XX. A mediação documentária é o objeto dos estudos
documentários, logo, a elaboração desse conceito atravessa os percursos daquelas disciplinas.
Em pesquisa anterior (Carvalho 2020a, 2020b), a partir dos trabalhos de Miguel Ángel
Rendón Rojas (2012, 2013), José López Yepes (2015) e José Moreiro González (2005),
discutimos o campo adotando uma tradução aproximada do termo espanhol utilizado por esses
pesquisadores: Ciências Informativo-Documentárias. Essa designação foi adotada para
relacionar os estudos das tradições elaborados no idioma espanhol (-informativo) e francês (-
documentaire). Optamos agora pela designação do campo pelo termo ‘estudos documentários’
para evitar inadequações de tradução e, principalmente, para evidenciar um campo científico
de estudos a respeito do trabalho documentário constituído a partir daquelas tradições, mas não
exclusivamente por elas.
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Desde sua formulação inicial por Otlet, o campo dos estudos documentários foi
continuamente desenvolvido ao redor do mundo, configurando, em cada país e idioma,
vertentes com características próprias e modos particulares de concepção do objeto do campo
da mediação documentária.
No Brasil, o estudo da mediação documentária foi elaborado sob influência das
vertentes dos estudos documentários estabelecidas ao redor do mundo, em especial na
Europa e nos Estados Unidos. Desse modo, a vertente brasileira é resultante da apropriação dos
conhecimentos elaborados em todas essas vertentes. Se, por um lado, esse movimento trouxe
ao Brasil conhecimentos que estavam em um estágio de amadurecimento científico, por
outro lado, também foram incorporadas problemáticas presentes nesses estudos.
A proposição da Ciência da Informação nos Estados Unidos, na década de 1960, e sua
disseminação pelo mundo nas décadas seguintes, promoveu a prevalência de estudos em torno
do objeto informação, a despeito dos questionamentos sobre sua ambiguidade e a-historicidade.
Nesse novo cenário, os estudos sobre mediação documentária foram acomodados nessa área
como um de seus temas. Com o tempo, os estudos documentários passaram a ser observados
de forma fragmentada, dada a superestimação do objeto informação e do uso de tecnologias no
tratamento de documentos. O apagamento parcial dos estudos documentários em virtude da
promoção da Ciência da Informação não ocorreu exclusivamente no Brasil, mas também em
outras localidades, cada qual afetada à sua maneira.
Considerando o quadro disciplinar traçado e as tensões a partir das quais um campo
científico se constitui e se desenvolve, o objetivo do trabalho é explorar o campo científico dos
estudos documentários, haja vista que ele permite fundamentar a mediação documentária. Este
objetivo é desenvolvido a partir de três objetivos específicos: a) analisar o percurso constitutivo
teórico-disciplinar do campo dos estudos documentários, incluindo a vertente brasileira,
visando estabelecer seu escopo; b) identificar as implicações do avanço da Ciência da
Informação para os estudos documentários; c) discorrer sobre o conceito de mediação
documentária como objeto dos estudos documentários, por meio da articulação de suas
categorias explicativas.
Visando contemplar os objetivos acima mencionados, a estrutura do trabalho conta com
três tópicos: O campo dos estudos documentários: percurso constitutivo; Mediação
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documentária: origem e usos do termo; e Das categorias explicativas dos estudos
documentários à mediação.
No tocante aos aspectos metodológicos, o artigo é uma pesquisa básica (Volpato 2013),
marcadamente teórica (Bonin 2008), pois apresenta o conhecimento científico acumulado ao
longo do tempo, para submetê-lo à crítica e, a partir disso, alargá-lo. Além de básica, a pesquisa
é exploratória (Bonin 2010), destacando-se o seu caráter interpretativo (Domingues 2004 p.
120) e analítico (Lakatos e Marconi 1982 p. 32).
O método adotado para desenvolver a pesquisa foi a revisão bibliográfica (Bonin 2010),
tendo em vista a necessidade de verificar como o objeto da pesquisa foi investigado em estudos
anteriores, quais resultados foram obtidos com eles (Bonin 2010) e quais novos
desdobramentos podem ser delineados a partir de nossas reflexões.
A revisão bibliográfica foi realizada a partir das operações de seleção, análise e síntese.
A seleção foi constituída pela busca em fontes de pesquisas nacionais e estrangeiras do campo.
As fontes nacionais consultadas foram os anais do Encontro Nacional de Pesquisa em
Ciência da Informação (ENANCIB) e do Seminário Internacional A Arte da Bibliografia, a
Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), a Base de Dados Referenciais de
Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI), o Portal de Busca Integrada da
Universidade de São Paulo (USP) e o Repositório Institucional da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG).
As fontes estrangeiras consultadas foram os repositórios DialNet, e-Prints in Library
and Information Science (E-LIS), Repositório Institucional do Instituto de Investigaciones
Bibliotecológicas y de la Información (IIBI), da Universidad Nacional Autónoma de México
(UNAM), a Bibliografía Latinoamericana en revistas de investigación científica y social
(BIBLAT), as plataformas Google Scholar e, especificamente voltada à produção em francês,
a Cairn.info e a Open Edition.
As fontes de pesquisa foram escolhidas em razão de reunirem produção científica
qualificada e diversificada do campo, de origem tanto nacional quanto estrangeira, para apoiar
o desenvolvimento do objeto e objetivos em questão.
Não foi estabelecido recorte temporal nas buscas nas fontes de pesquisa, tendo em vista
o propósito do artigo ser antes a elaboração dos conceitos implicados na explicação da
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mediação documentária que um acompanhamento temporal da produção sobre este tema. Por
essa razão, também não são indicados dados quantitativos da produção recuperada e analisada
para desenvolver o artigo.
A busca foi delimitada ao campo resumo a partir dos termos mediação documentária,
mediação da informação, biblioteconomia, bibliografia, documentação e ciência da
informação, bem como suas respectivas traduções em idioma inglês documentary
mediation, information mediation, librarianship, library science, bibliography,
documentation, information science e em idioma francês diation documentaire,
médiation de l'information, médiation informationnelle, bibliothéconomie, bibliographie,
documentation, science(s) de l'information.
A análise da produção científica foi realizada nas duas primeiras seções após a
Introdução, em que abordamos o percurso constitutivo teórico-disciplinar do estudo da
mediação documentária e o conceito de mediação documentária, respectivamente. Na quarta
seção, elaboramos a síntese da análise realizada nas seções anteriores, explorando categorias
para a mediação documentária. As categorias sistematizadas foram as seguintes: o contexto
documentário; o público e suas necessidades e informação; o documento na perspectiva
documentária; o profissional da mediação documentária; a atividade (de mediação)
documentária; e, os sistemas documentários. As etapas da pesquisa foram assim desenvolvidas
na perspectiva de que a articulação dessas categorias permite explicar a mediação na condição
de objeto de estudos do campo.
2 O campo dos estudos documentários: percurso constitutivo
2.1 A proposta conceitual otletiana e seu modo de apreensão atual
A sistematização dos estudos documentários pode ser creditada à Paul Otlet (1868-
1944). Otlet tomou como referência o campo da Bibliografia e, gradualmente, adotou o termo
Documentação para desenvolver seus estudos.
Marie-France Blanquet (2018), em texto original de 1993, sintetiza o percurso dos
termos Bibliografia e Documentação na obra de Otlet a partir de três períodos: a partir de 1890
quando se discute somente a bibliografia; a partir de 1910 ocorrem as primeiras aparições
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do termo documentação acompanhado do termo bibliografia; e, a partir de 1930 momento
em que o termo bibliografia desaparece da obra de Otlet, cedendo lugar para o termo
documentação.
Na fase inicial, a compreensão do campo por Otlet foi resultante principalmente da
apropriação da definição do termo ‘ciência do bibliógrafo’, conforme elaborada pelo
historiador e paleógrafo francês Charles V. Langlois: “[A ciência do bibliógrafo é] a parte da
ciência dos livros que lida com repertórios e fornece os meios para obter informações sobre as
fontes” (Blanquet 2018 p. 224). Essa definição é a base de Otlet para a criação do Office
international de bibliographie (OIB), em 1895, denominado posteriormente de lnstitut
International de Bibliographie (IIB). A fase inicial do Instituto foi caracterizada pelo trabalho
de organização da informação realizado por bibliógrafos e bibliotecários, sendo secundárias as
funções de difusão e de promoção do acesso à informação (Blanquet 2018).
A partir de 1910, o uso simultâneo dos termos bibliografia e documentação na obra de
Otlet marca tanto uma continuidade entre eles quanto a indicação da novidade apresentada pela
documentação (Blanquet 2018). Nesse sentido, a autora aponta a ampliação das tipologias
documentais adotadas no trabalho documentário, a mudança de foco da preservação para a
comunicação da informação e a ampliação da noção de público, agregando grupos sociais
distintos, sem restringir esta noção a pesquisadores e eruditos, os quais eram os únicos públicos
tradicionalmente reconhecidos.
No início do século XX, a Bibliografia é marcada por apagamentos que resultam em
sua simplificação. Segundo Andrea Capaccioni (2006 p. 16), o bibliógrafo Walter Wilson Greg
notou com impaciência que a maior parte dos estudiosos do período considerava a bibliografia
apenas como uma atividade de elaboração de listas de livros: “[...] o estudioso insistiu durante
toda a vida que a disciplina deveria se ocupar do livro como objeto, da análise de seus processos
de produção e da descrição analítica do exemplar” (Capaccioni 2006 p. 16 tradução nossa).
A compreensão da Bibliografia restrita à produção de listas de livros acompanhou o
desenvolvimento da disciplina no século XX, alcançando o século XXI. No Brasil, por
exemplo, o trabalho bibliográfico remete principalmente à elaboração e normalização de
referências bibliográficas presentes em trabalhos acadêmicos, como trataremos mais adiante.
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Na terceira fase dos estudos de Otlet, a Documentação se torna central e a Bibliografia
é tomada apenas como um eixo da primeira. Segundo Blanquet (2018), essa fase é marcada
pela ênfase de Otlet à autonomia da Documentação e à sua função de comunicação.
Otlet (1937) elabora o objeto da Documentação no estudo das operações documentárias,
o que abarca desde a produção do documento até a sua apropriação pelo usuário. No Tratado
de Documentação (Traité de Documentation, no original), de 1934 (Otlet 1934), Otlet (2018)
contempla as abordagens arquivística, bibliográfica e museológica do trabalho documentário.
Quanto aos órgãos da documentação, como trata o autor, na abordagem arquivística, são
mencionados os arquivos históricos e a documentação arquivística, na abordagem
bibliográfica, são mencionados os centros e serviços de bibliografia e documentação e as
bibliotecas e coleções de livros, e na abordagem museológica, os museus. Desse modo, vale
destacar a amplitude do objeto da Documentação em relação ao modo como ela ficou
reconhecida posteriormente a partir do trabalho em contextos industriais e científicos.
Quando a Documentação otletiana foi disseminada pelo mundo, os pesquisadores e
profissionais de cada região se apropriaram da disciplina a partir das características específicas
da produção estabelecida em seus respectivos contextos. Nesse sentido, a produção científica
do campo de meados do século XX é marcada por publicações, cujo objetivo era explicar as
distinções entre a Documentação e a Biblioteconomia (Lasso de la Vega 1954; Shera e Egan
1961; Meyriat 1996).
Nathalia Quintero Castro (2013) sistematiza dois discursos produzidos no século XX a
respeito da Documentação e suas relações com as disciplinas documentárias: o integracionista,
em que a Documentação assimila a Biblioteconomia, a Arquivística e a Museologia; e o
especializado, em que a Documentação é compreendida como uma especialização da
Biblioteconomia, responsável por promover o acesso e o uso da informação para pesquisadores
em centros científicos e em setores industriais.
Enquanto eram estabelecidas as relações entre Biblioteconomia e Documentação,
alguns grupos iniciavam estudos sob a proposta de um novo campo denominado Ciência da
Informação (Information Science, em inglês).
O termo Information Science foi utilizado pela primeira vez na Inglaterra, na
denominação do Institute of Information Scientists, fundado em 1958. Contudo, a origem do
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termo é comumente associada aos encontros intitulados Conferences on training science
information specialists, realizados em 1961 e 1962, nos Estados Unidos (Dias 2000).
Nos Estados Unidos, a Documentação compartilhou espaço com a Biblioteconomia
especializada, quando a primeira foi trazida da Europa na década de 1930. Posteriormente, a
Documentação passou a ser representada pela Information Retrieval ou Information Storage
and Retrieval, área voltada aos estudos e atividades de armazenamento e recuperação da
informação por meio de computadores. Essa área foi uma das bases para a constituição
posterior da Ciência da Informação (Salvador Oliván e Arquero Avilés 2006).
Fondin (2005 grifos nossos) descreve ter ocorrido nos Estados Unidos uma oposição
entre os conceitos de documento e informação: o documento remeteria ao suporte, enquanto a
informação seria relativa ao conteúdo. Por consequência, termos como ‘documentação’ e
‘biblioteconomia’, que remetiam ao trabalho sobre os documentos (portanto, entendidos como
relativos a operações sobre os suportes), não eram compatíveis com a realidade de um campo
em que os profissionais e pesquisadores tinham como foco a informação.
Na década de 1960, a Ciência da Informação ganha maior espaço nos Estados Unidos,
acomodando os estudos elaborados até então sob a denominação Information Retrieval.
Enquanto a Information Retrieval foi mais reconhecida na Ciência da Informação
quanto aos avanços que apresentava para o tratamento automatizado da informação, a
Documentação não foi grandemente apropriada na nova área.
A disseminação do discurso a respeito da insuficiência da Documentação para
responder às novas demandas da sociedade trouxe o pressuposto de sua inadequação ou
desatualização frente à explosão tecnológica e ao dinamismo das novas demandas de
informação. Esse discurso foi elaborado mais fortemente nos Estados Unidos, mas logo se
expandiu para outros lugares do mundo.
Fondin (2005) identifica três problemas principais a respeito da Ciência da Informação,
como segue:
Os sistemas documentários podem ser distinguidos entre primários e secundários.
Os sistemas primários atuam na produção e difusão do documento, relacionados
principalmente com os autores. Os sistemas secundários atuam na conservação e na
promoção dos documentos para os leitores ou usuários em potencial. Dada essa
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distinção, a Ciência da Informação não pode pretender ter como objeto de estudo
tanto os fenômenos primários quanto os fenômenos secundários.
O segundo problema é relativo ao que se considera como objeto da Ciência da
Informação, a informação. A informação é compreendida classicamente como o
conteúdo de uma mensagem. Várias ciências integram a palavra informação em
seus vocabulários. Desta forma, sendo a informação um objeto de várias ciências,
ela não pode pertencer exclusivamente a nenhuma delas: Portanto, qual
especificidade a Ciência da Informação pode reivindicar em torno do objeto
informação? Pode ela pretender estudar todo o conteúdo de todas as mensagens,
independentemente das entidades envolvidas?” (Fondin 2005 p. 11 tradução nossa).
O terceiro problema também está associado ao objeto da Ciência da Informação.
Fondin (2005) aponta a ambiguidade e indefinição geradas sobre a Ciência da
Informação quando o interesse dos pesquisadores em técnicas de tratamento,
armazenamento, busca e difusão de documentos e de seus conteúdos segundo a
perspectiva documentária (a de fornecer informação a...), considerando
restritamente a informação técnica e científica, partiu para uma abordagem mais
global sobre a informação.
Mesmo com os problemas elencados a partir de Fondin (2005), a Ciência da Informação
foi amplamente disseminada pelo mundo desde meados do culo XX até as décadas iniciais
do século XXI. Gradualmente, os estudos da informação ou do uso da informação foram
priorizados em detrimento dos estudos documentários. Isso acarretou apagamentos sobre os
estudos documentários, no tocante aos seus percursos histórico, teórico e disciplinar,
acomodando-os como um tema de menor importância no âmbito da Ciência da Informação.
2.2 A vertente brasileira dos estudos documentários
As práticas documentárias foram desenvolvidas no Brasil desde o período colonial. No
início do século XVI, o país vivenciou a criação dos primeiros arquivos ligados à administração
pública e das primeiras bibliotecas atreladas aos conventos. os primeiros museus foram
criados no século XVII. A seu turno, a produção de bibliografias se deu no país a partir do final
do século XIX, associada às ações da Biblioteca Nacional.
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No entanto, o estudo da mediação documentária em abordagem bibliográfica pode ser
identificado mais tarde com os primeiros cursos de formação de bibliotecários.
De acordo com Santos (2010), a história das bibliotecas no Brasil até o início do século
XIX pode ser compreendida a partir de três fases: a primeira fase é iniciada com as bibliotecas
dos conventos e as bibliotecas particulares; a segunda fase é iniciada com a fundação da
Biblioteca Nacional, em 1810; e a terceira fase se com a criação da primeira biblioteca
verdadeiramente pública do país, na Bahia, em 1811.
Nas décadas iniciais do século XX, extensa criação de bibliotecas no país, com apoio
principalmente da Biblioteca Nacional e do Instituto Nacional do Livro (Fonseca 1957). Esse
período também é marcado pela criação dos primeiros cursos de Biblioteconomia no país. O
primeiro curso de formação de bibliotecários foi criado em 1911, na Biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro (Fonseca 1957; Mueller 1985).
A existência de um curso pressupõe um corpo sistematizado de conteúdos, o que nos
permite dizer que o início do século XX imprime as primeiras reflexões sobre os estudos
documentários.
Concomitantemente ao desenvolvimento da Biblioteconomia, a Bibliografia era
abordada no país principalmente a partir de seu produto, as bibliografias, e seus usos no
trabalho bibliotecário (Fonseca 1957). Esta abordagem foi iniciada com os trabalhos na
Biblioteca Nacional, mas logo apropriada em cursos de formação. Quanto à Bibliografia na
atualidade, destacamos o Seminário Internacional A Arte da Bibliografia, realizado anualmente
desde 2014 (Araújo, Crippa e Saldanha 2015). O evento caracterizou um dos primeiros esforços
no país de resgate do estudo bibliográfico, considerando o desenvolvimento epistemológico e
histórico da Bibliografia e não apenas o seu produto (Araújo, Crippa e Saldanha 2015).
Os estudos documentários no Brasil no início doculo XX também são marcados pela
apropriação da Documentação europeia, em grande medida em razão do trabalho de Manoel
Cícero Peregrino da Silva durante sua gestão na Biblioteca Nacional iniciada em 13 de julho
de 1900.
Segundo Carlos Henrique Juvêncio (2014), Manoel Cícero colocou a Biblioteca
Nacional em contato com o restante do Brasil e com o mundo. Nesse sentido, Juvêncio e
Rodrigues (2015) mencionam o Serviço de Bibliografia e Documentação, criado em 1911, que
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foi resultado de conversas e negociações iniciadas em 1907, quando Manoel Cícero visitou o
Instituto Internacional de Bibliografia (IIB), em Bruxelas. O Serviço de Bibliografia e
Documentação foi elaborado sob as mesmas premissas do IIB, como consta no regulamento da
Biblioteca Nacional aprovado em 1911 (Juvêncio e Rodrigues 2015).
Uma segunda frente de promoção da Documentação no país foi construída a partir do
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação (CBBD). Na primeira edição,
realizada em 1954, o evento foi denominado Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, mas a
partir da segunda edição, realizada em 1959, o termo Documentação foi incorporado em sua
denominação.
Em trabalho apresentado na segunda edição do CBBD, Abner Lellis Corrêa Vicentini
(1959), presidente da Associação Paulista de Bibliotecários entre 1958 e 1961, abordou as
contribuições da Documentação para a Biblioteconomia no tocante às técnicas necessárias para
lidar com os novos tipos de documentos produzidos no século XX e à elaboração de serviços
especializados de acesso à informação.
Por fim, as contribuições da Documentação otletiana são identificadas em publicações
da Revista do Serviço blico (RSP), como reflete o estudo realizado por Silva, Lima e Silveira
(2023). Esses autores analisaram dez artigos do período de 1951 a 1975, a partir do que,
afirmam o reconhecimento da historicidade da Documentação e, em muitos deles, do papel da
Bibliografia na constituição do campo.
Na década de 1970, os estudos documentários brasileiros passam por dois movimentos
concomitantes: no primeiro, eles são confrontados com os estudos em informação, decorrentes
da apropriação da Ciência da Informação da vertente estadunidense; e, no segundo, a
apropriação da Documentação pelo Grupo Temma, grupo de pesquisa iniciado na Universidade
de São Paulo (USP), com ênfase nos estudos da linguagem aplicada à análise documentária.
O Grupo Temma foi impulsionado pelos estudos e pela atuação de Johanna Smit. Em
consulta ao Currículo Lattes de Smit, foram identificados trabalhos de sua autoria publicados
na década de 1970, relativos à análise de textos com fins documentários (Smit 1974, 1977,
1978; Natali e Smit 1976). Nesse período, Smit desenvolveu seu mestrado e seu doutorado na
França, respectivamente sob orientação de Jean Meyriat e de Jean-Claude Gardin, ambos os
trabalhos relativos à análise documentária.
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Segundo Lara (2011), o Grupo Temma expandiu os estudos de Gardin, pois eles eram
restritos às análises de textos técnico-científicos. O objetivo era generalizar as propostas
teórico-metodológicas de Gardin, para incluir a análise de outros textos, como o imagético e
os dados estatísticos (Lara 2011).
Embora o Grupo tenha encerrado suas atividades, Mendes (2021 p. 6, tradução nossa)
atribui à pesquisa realizada na USP a aplicação da Documentação francesa no Brasil, ao afirmar
que se trata de “[...] uma vertente brasileira específica na Biblioteconomia e Ciência da
Informação que tem um forte componente de Documentação”.
Na década de 1970, a denominação Ciência da Informação foi promovida no Brasil a
partir do Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), criado em 1954 e
renomeado para Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) em 1976
(Pinheiro e Loureiro 1995).
Lydia de Queiroz Sambaquy foi a responsável pela criação do IBBD. Uma das
principais preocupações com o Instituto era a formação dos bibliotecários, o que motivou a
criação do Curso de Pesquisas Bibliográficas no IBBD, posteriormente denominado Curso de
Documentação Científica (CDC) (Gomes 1974). O objetivo do Curso era formar pessoal para
a elaboração de serviços especializados, sem restringir o corpo discente do curso à classe
bibliotecária (Gomes 1974).
O primeiro curso de mestrado em Ciência da Informação no país foi ofertado no IBBD.
O curso foi criado em 1970 a partir do CDC, cuja responsabilidade é creditada à Hagar Espanha
Gomes e Celia Zaher (Pinheiro 2020). Além do curso de mestrado, e da mudança de
denominação de IBBD para IBICT, o Instituto protagonizou a criação do primeiro periódico
da área denominado Ciência da Informação, publicado a partir de 1972 (Pinheiro e Loureiro
1995).
Segundo Freitas (2001), a influência do IBICT na promoção da Ciência da Informação
estadunidense reverberou em muitos dos cursos de graduação e de pós-graduação pelo Brasil,
pois muitos dos professores destes cursos foram formados no IBICT.
No âmbito da pós-graduação, os programas de Biblioteconomia foram gradualmente
renomeados para Ciência da Informação, ou mesmo criados com esta denominação. Na
graduação, os cursos de Biblioteconomia foram mantidos com esta denominação, mas seus
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
conteúdos foram modificados, reduzindo os conteúdos específicos de Biblioteconomia para
agregar conteúdos de outras áreas.
Suzana Mueller (1985) descreve que, na década de 1970, os cursos de Biblioteconomia
sofreram pressões para renovarem os seus currículos, até então constituídos por disciplinas
específicas da área e disciplinas culturais, as últimas tidas muitas vezes como superficiais por
sua abrangência enciclopédica. Mueller (1985) menciona a recomendação elaborada no 69º
CBBD, em 1971, dirigida à Associação Brasileira de Escolas de Biblioteconomia e
Documentação (ABEBD), para a inclusão de matérias no currículo mínimo como: Metodologia
do Trabalho Intelectual, Linguística, Fundamentos de Matemática, Estatística e Introdução aos
Computadores (Mueller 1985).
A apresentação do campo sob uma nova denominação Ciência da Informação e sob
conteúdos distintos ao do âmbito documentário trouxe a ele uma clientela com desinteresse em
conteúdos relativos à Biblioteconomia: “O que se tem notado é uma insatisfação dessa clientela
nova com aquela parte desses programas que poderiam ser classificados de biblioteconomia,
ou seja, qualquer coisa que diga respeito a bibliotecas, por mais elaborada ou teórica que seja”
(Dias 2000 p. 75).
Desse modo, não havia propriamente um entendimento a respeito da Ciência da
Informação, mas, contraditoriamente, havia a compreensão de que ela era distinta da
Biblioteconomia, bem como da Documentação e da Bibliografia.
Além da dificuldade de entendimento da identidade disciplinar da Ciência da
Informação, o termo informação foi e ainda é acompanhado de sua indefinição, como
problematizada por Fondin (2005).
A busca pela conceituação do termo informação se dá em grande medida pelo fato de o
campo ser tratado como uma Ciência ‘da informação’, fazendo pressupor a validade de estudos
diversos sobre este termo. ‘Informação’ passou a ser usado amplamente, seja como designação
do objeto central de estudo dessa ciência, seja como qualificador de grupos de pesquisa e
eventos acadêmicos e profissionais, além de qualificador de termos caros e tidos como centrais
no campo, como mediação, práticas, fluxos, gestão, acesso, uso, apropriação etc.
Dado o cenário de imprecisão terminológica, o termo informação se tornou um coringa,
com significados adaptados segundo a identidade de cada pesquisador. Essa situação acentuou
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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a dificuldade de constatação de algum tipo de identidade à Ciência da Informação e de
explicação minimamente consensual acerca de seu objeto, o que tem contribuído para o
surgimento de vários problemas teóricos na vertente brasileira.
Em alguns estudos sobre a produção científica da Ciência da Informação brasileira, os
seguintes problemas são relatados: fragilidade terminológica decorrente da ausência de um
corpo conceitual próprio e de uma linguagem de especialidade consistente (Smit, Tálamo e
Kobashi 2003); atribuição de uma multiplicidade de origens e de disciplinas constituintes, a
depender de como são estabelecidas práticas, teorias e escolas (Abdalla e Kobashi 2012; Souza
2008); desenvolvimento de abordagens metodológicas pouco explicativas, interpretativas e
propositivas sobre o objeto do campo (Souza 2008; Frota 2007); presença de abordagens
estritamente contemplativas dos fenômenos informacionais que levam a extensas descrições
de suas dinâmicas, constituindo “meras narrativas” daquilo que é observado (Souza 2008 p.
17); e, atribuição de marcadores para o campo que não o caracterizam de maneira suficiente
para especificá-lo como ciência, como: ciência interdisciplinar, conduzindo a mais ocultamento
que à explicação de sua cientificidade (Smit e Tálamo 2007); ciência pós-moderna, na ausência
de uma definição consensual e consistente para identificar sua existência ou condição em uma
pós-modernidade (Siqueira 2012); e ciência social e humana, classificação usada como
justificativa para considerar que “tudo vale” em Ciência da Informação (Rendón Rojas 2008 p.
7 grifo do autor).
Em síntese ao percurso apresentado, identificamos dois enfoques principais de pesquisa
realizados hoje no Brasil sob o nome Ciência da Informação: o primeiro tem como objeto
central a mediação documentária, e é fundamentado no percurso constitutivo do campo a partir
da Bibliografia, Biblioteconomia e Documentação, e da Arquivologia e Museologia, ainda que
por vezes esse objeto seja estudado de forma parcial ou fragmentada; o segundo tem como
objeto central a informação, no entanto, seu estudo é realizado a partir de concepções diversas.
Esse segundo enfoque remonta à Information Science, originada nos Estados Unidos, em
meados do século XX. Comumente, as explicações adotadas para esse segundo enfoque são
amparadas em características ditas como inerentes à Ciência da Informação, como a natureza
social, ou social aplicada, e a interdisciplinaridade. As pesquisas realizadas nos dois enfoques
apresentam características próprias, mas, por vezes elas se entrelaçam, influenciando-se entre
si.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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3 Mediação documentária: origem e usos do termo
3.1 A origem do termo mediação documentária na França
O conceito de mediação documentária foi elaborado na França pelo termo médiation
documentaire.
A despeito de usos anteriores do conceito no contexto francês, localizamos as primeiras
menções ao termo médiation documentaire na produção francesa da década de 1990 (Alava
1993, 1999; Alava e Étéve 1999). Nesses estudos, a mediação documentária é abordada no
tocante à formação de estudantes para a pesquisa, articulando para isso o ensino em sala de
aula e as bibliotecas.
Mais recentemente, o conceito de mediação documentária passou a ser utilizado para
identificar os processos documentários necessários à criação de dispositivos documentários
com ênfase na promoção do acesso a documentos. Como trata Béguin-Verbrugge (2002), a
mediação documentária passou a ser caracterizada em certas produções da vertente francesa
por não implicar a relação pessoal direta entre o profissional e o usuário. Nesse sentido, Fabre
(2013) identifica a mediação documentária a partir dos processos de tratamento documentário,
reforçando a ideia em artigo com Couzinet (Fabre e Couzinet 2021), no qual as autoras
associam a mediação documentária à produção dos documentos secundários, como as sínteses,
os catálogos e aos arranjos de coleções.
O dispositivo documentário constitui uma interface elaborada para apoiar o usuário nos
processos de significação necessários para a produção de conhecimento. No dispositivo
documentário, o mediador é o terceiro elemento responsável por conciliar dois elementos ou
instâncias: os usuários e suas necessidades de informação, e os saberes representados na forma
de documentos (Fabre e Gardiès 2010). Os sentidos atribuídos às interfaces documentárias
pelos profissionais e os sentidos elaborados sobre essas interfaces pelo público são sempre
elaborações situacionais e não estáveis ou únicas (Fabre e Gardiès 2010; Liquète, Fabre e
Gardiès 2010).
Régimbeau (2011), por sua vez, ressalta a amplitude procedimental da mediação
documentária. Como atividade, o autor menciona sua constituição pelos processos iniciais de
coleta ou aquisição, os processos intermediários pelo tratamento documentário, e a etapa final
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
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em que a difusão ou disseminação da informação. Nesta última etapa, os documentos e os
demais produtos documentários são disponibilizados aos usuários, obtendo deles uma
avaliação ou feedback.
Além da abordagem da mediação documentária segundo os seus processos
constituintes, o autor orienta sua discussão a objetos do campo, ao discorrer que, associada à
atividade documentária, estão elementos como o usuário, as ideias, o contexto técnico, os
conteúdos e a prática (social, econômica, política, ...), privilegiando certo(s) objetivo(s)
(Régimbeau 2011).
Fabre (2013) discute o paradoxo da mediação documentária quando as pessoas, em suas
práticas cotidianas de busca por informação, são confrontadas com interfaces diversas e
desarticuladas entre si. Desta forma, as interfaces documentárias podem funcionar como
obstáculos ou como suporte a essas práticas. Em outras palavras, as interfaces podem afastar o
usuário da informação, mas também podem auxiliá-lo, orientando-o em seu processo de busca.
Desse modo, as interfaces na perspectiva da mediação documentária devem ser constituídas
para funcionarem como ponto de referência para a orientação do usuário (Fabre 2013).
3.2 A mediação documentária no Brasil e a mediação da informação
Entre os primeiros textos em que consta o termo mediação na produção científica
brasileira dos estudos documentários, estão os artigos de Victor Flusser (1980) e de Leila
Mercadante (1995).
Flusser (1980) aborda as ações culturais em bibliotecas públicas como práticas de
mediação cultural. O objetivo das ações culturais é promover o acesso e uso da herança cultural
de forma crítica especialmente ao não-público termo utilizado pelo autor para indicar grupos
sociais historicamente excluídos das dinâmicas do sistema cultural. Sendo assim, Flusser
(1980) destaca o caráter interventor do bibliotecário ao atuar como um mediador de cultura,
porque ele cria formas de o não-público participar ativamente do sistema cultural.
Mercadante (1995) discute as relações entre as tecnologias de informação e
comunicação e o trabalho documentário, destacando como o avanço das primeiras exige dos
profissionais que trabalham com a informação novas formas de desenvolver a mediação em
bibliotecas e centros de documentação. Nesse sentido, a autora ressalta a importância de os
profissionais se apropriarem das novas tecnologias da informação para potencializarem os
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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processos de mediação e, desta forma, o acesso do público aos documentos disponíveis em
diferentes suportes e contextos.
Tratamos em publicação anterior que a adoção do termo mediação na produção
brasileira ocorreu sem que se observasse as implicações do conceito de mediação para a
compreensão das atividades documentárias (Ortega 2015).
Smit (2009) critica a ausência de um questionamento mais detalhado a respeito do
processo de mediação, pois ele é tido muitas vezes como uma consequência automática ou
mágica da posição ocupada pelo profissional. Em outras palavras, é como se a mediação se
concretizasse apenas pelo fato de o profissional estar fisicamente entre os documentos e os
usuários. Sendo assim, continua a autora, devemos discutir com maior profundidade como se
o exercício da mediação, quais variáveis intervêm no processo, distribuindo “[...] estas
variáveis entre aquelas que estão fora de nossa esfera de ação e quais outras constituem nosso
lócus particular de atuação profissional e investigação científica” (Smit 2009 p. 60).
Nos estudos brasileiros, a mediação é discutida principalmente pelo termo mediação da
informação. Dada a carência de uma definição consensual para o termo informação,
diferentes acepções acerca da mediação da informação e de como ela é desenvolvida nas
práticas profissionais.
Desse modo, a mediação da informação é tanto explorada como sinônimo de mediação
documentária, quanto designando outros tipos de mediações, os quais aproximam-se de uma
mediação pedagógica, de caráter docente, e/ou de uma mediação cultural, em que são
observadas principalmente as relações interpessoais voltadas à promoção de bens culturais
imateriais.
Oswaldo Francisco de Almeida Júnior é um dos pesquisadores de destaque no Brasil
no estudo da mediação da informação. O autor aponta a mediação da informação como objeto
do campo, porque ela é explicativa do fazer do profissional da informação arquivistas,
bibliotecários e museólogos (Almeida Júnior 2009).
A primeira publicação em que Almeida Júnior define mediação da informação é de
2006, mas, segundo Santos Neto (2019), ela não obteve tanta visibilidade quanto os trabalhos
apresentados em 2008 no ENANCIB e publicados em 2009 no periódico Tendências da
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação. Mais recentemente, Almeida Júnior (2015)
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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apresentou sua reformulação do conceito de mediação da informação, definindo-o como uma
ação de interferência realizada por um profissional da informação na ambiência dos
equipamentos informacionais. Segundo o autor, o objetivo da mediação da informação é a
apropriação da informação para satisfazer parcialmente e de maneira momentânea uma
necessidade de informação.
Almeida Júnior (2007, 2009) desenvolve a ideia, afirmando que a mediação da
informação é desenvolvida sobre os documentos, para produzir a partir deles uma possível
informação, que é latente ou potencial, denominada de protoinformação. A protoinformação é
um conteúdo com potencial de se tornar informação, caso seja lido e apropriado pelos usuários.
Almeida Júnior (2009) distingue as ações de mediação da informação como aquelas
que apresentam caráter explícito ou caráter implícito. As ações de mediação implícita são
desenvolvidas sem a presença física e imediata dos usuários, como os processos relativos à
seleção, ao armazenamento e ao processamento da informação. As ações de mediação explícita
implicam a presença imediata do usuário, ainda que seja à distância, como o serviço de
referência.
Henriette Ferreira Gomes (2019) aponta ter ganhado relevo na Ciência da Informação
o entendimento de o objetivo da mediação da informação ser a promoção do protagonismo
social. Segundo Gomes (2020), o protagonismo social é desenvolvido e fortalecido se o
mediador da informação está consciente do seu próprio protagonismo na realização da ação. A
mediação consciente da informação implica articular as dimensões dialógica, estética,
formativa, ética e política dessa ação (Gomes 2020). Podemos dizer que, segundo a autora, as
dimensões da mediação da informação são relativas à promoção da autonomia dos sujeitos em
suas ações com e a partir da informação.
De acordo com Rendón Rojas (2018), a intencionalidade suporta e orienta a mediação
dando-lhe sentido, pois todo o fazer documentário implica intencionalidades dos sujeitos que
participam do processo, como o usuário e os autores que produzem os documentos. De maneira
semelhante, Almeida nior (2015 p. 140) explica a informação como um elemento em
contínua elaboração em todo o seu ciclo de vida, “[...] incorporando a cada momento novos
significados que podem ser observáveis ou estarem camuflados, escondidos nas dobras de
vários interesses”.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
Portanto, tendo em vista a mediação documentária como uma ação humana
intencionalmente realizada, objetiva-se a apropriação da informação pelo sujeito, o que pode
contribuir para a promoção do protagonismo social. Dito de outra maneira, as ações do campo
podem promover o protagonismo dos sujeitos, mas isso dependerá, em primeiro lugar, de como
ele interpreta e se apropria da informação a partir dos sistemas e, em segundo lugar, de fatores
sociais que interferem em como se a efetiva participação dos sujeitos na sociedade. Esses
fatores podem chegar inclusive inviabilizar o pleno exercício do protagonismo social, ainda
que os mediadores estejam conscientes do seu papel mediador, nos termos de Gomes (2020),
e que o público desenvolva os conhecimentos necessários para um uso crítico da informação.
A produção brasileira elaborada sobre o termo mediação documentária é menor,
comparativamente ao uso do termo mediação da informação, que é predominante. Em razão
disso, foram recuperados poucos trabalhos a partir da busca daquele termo nas fontes com
produção nacional do campo.
Além dos textos produzidos pelos autores do presente artigo (Carvalho 2020a, 2020b;
Ortega e Saldanha, 2017, 2019; Ortega e Tolentino 2020; Ortega 2015, 2016a, 2016b, 2018,
2021, 2023), os demais textos são: Menezes y Ojeda (2016), Silva (2016, 2022), Martins
(2021), Bastos (2019; Bastos e Sales 2021), Cavalcante (2014), Nunes e Cavalcante (2017),
Grigoleto (2019), Lara e Tálamo (2007), Lara (2009, 2011), Nunes e Carvalho (2017), Oliveira
e Rocha (2020), Rocha (2018, 2020), Siqueira (2015) e Silva (2020), a partir do qual
recuperamos o texto de Cayo Honorato e Viviane Pinto (Mediação 2021). Em sequência, são
apresentadas as sínteses dos conteúdos de cada um desses textos.
Em relação à Bastos (2019; Bastos e Sales 2021), Nunes e Cavalcante (2017) e Martins
(2021), os(as) autores(as) mencionam a noção de mediação documentária fundamentando-se
em explicações que elaboramos em textos anteriores (Ortega 2015, 2016a), os quais
exploraremos adiante.
Cavalcante (2014) se apoia na produção francesa (Fabre e Gardiès 2010),
caracterizando a mediação documentária como uma mediação de saberes. Desta forma, a
mediação documentária ultrapassa a transmissão de informações para construir elos entre
necessidade e uso que permitam ao indivíduo transformar informação em conhecimento.
Siqueira (2015) menciona Michel (2000), para quem a mediação documentária tem a
função de transformar a informação em um objeto tangível, objetivo, manipulável e
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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perceptível. Desta forma, a mediação documentária permite que a informação seja difundida e
modificada (Michel 2000 apud Siqueira 2015).
Em relação à Nunes e Carvalho (2017), quando discorrem sobre a etapa empírica de
seu trabalho, as autoras relacionam as práticas de mediação documentária em bibliotecas
universitárias à produção de manuais de normas técnicas e de repositórios institucionais e ao
desenvolvimento de atividades de catalogação, classificação e indexação. As atividades de
capacitação/treinamento e de promoção e animação cultural são categorizadas pelas autoras,
respectivamente, como práticas de mediação educacional e de mediação cultural.
Grigoleto (2019) aborda a mediação documentária como um gesto documentário a
partir do qual são desenvolvidos processos e produtos, observando seus desdobramentos no
meio institucional e social. A partir de Pianezza (2018), Grigoleto (2019) caracteriza o gesto
documentário como um processo de produção documental de registrar e preservar o valor
identificado/atribuído aos objetos, construindo conhecimento para arquivamento e circulação.
Segundo Rocha (2020), na mediação documentária, o documento é o produto de
mediações institucionais marcadas pelo processo de documentação, o qual é constituído pelas
etapas de produção, organização e disseminação, cujo desenvolvimento apresenta
especificidades a depender do equipamento em que elas são realizadas.
Oliveira e Rocha (2020) debatem o tema da mediação na Arquivologia e destacam a
mediação documentária e a mediação cultural como tipos de práticas de mediação realizadas
em instituições arquivísticas. A mediação documentária é explicada pelos processos de
mediação implícita e explícita, como trata Almeida Júnior (2009). Embora não discutam ou
exemplifiquem os processos característicos da mediação cultural, Oliveira e Rocha (2020) a
explicam pelo trabalho de produzir cultura mediante o diálogo entre a instituição e o público,
não apenas por meio de ações educativas de difusão cultural.
Oliveira e Rocha (2020) descrevem a escassez de relatos de experiência de mediação
cultural ou documentária em instituições arquivísticas brasileiras. Os autores objetivam
verificar se o mesmo ocorre na produção estrangeira. Além de confirmarem esse pressuposto,
ao categorizarem a produção analisada, os autores relacionam a função social das instituições
arquivísticas à mediação cultural. A produção desta categoria diz respeito ao trabalho
arquivístico sobre as memórias de grupos sociais, com destaque para as minorias étnicas.
Quanto aos textos relacionados pelos autores à mediação documentária, eles abordam
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principalmente os processos de mediação implícita, mas não indicam o papel desses processos
na promoção da função social das instituições arquivísticas. Desse modo, questionamos qual
seria o entendimento dos autores quanto à função dos processos de mediação documentária nas
instituições arquivísticas.
No âmbito museal, Silva (2020) aborda a mediação como prática documentária,
fundamentando sua discussão no trabalho de Cayo Honorato (2013). Uma definição de
mediação documentária é apresentada em outro texto, em um livro organizado pelo autor
juntamente com Viviane Pinto (Mediação” 2021). Neste livro, os autores associam a mediação
documentária aos processos de registro, sistematização e organização das informações e dos
conhecimentos, com vista a possibilitar a comunicação pública e material de distintos
trabalhos. De acordo com os autores, nos museus, a mediação documentária subsidia a
realização de atividades de exposição (“Mediação” 2021).
Os próximos textos mencionados são os produzidos pelos autores desse artigo e por
outros autores que, de alguma maneira, trabalham ou trabalharam sob a mesma abordagem.
Esses autores diferentemente dos anteriores não só enfatizam, como centram-se nas ações
sobre documentos. Além disso, apresentam a apropriação da informação como algo a atingir,
mas a que não se pode responder diretamente pelas ações de mediação documentária.
Janine Menezes y Ojeda (2016 p. 61), apoiando-se na produção de Isabelle Fabre e
Cecile Gardiès, define a mediação documentária como o “conjunto de ações realizadas sobre
os documentos com o objetivo de se atingir uma estrutura organizacional passível de
apropriação da informação”.
Também recorrendo à literatura francesa (Fabre 2013; Fabre e Veyrac 2013), Camila
Silva (2016, 2022) caracteriza a ordenação de documentos como processo de mediação
documentária, que é proposto entre os documentos e o público, estabelecendo “padrões que
atuarão como ponto de referência e errância em um percurso de busca” (Fabre 2013 p. 4 apud
Silva 2016 p. 179). Os dispositivos de comunicação documentária, ou sistemas de informação
documentária, são desenvolvidos a partir da mediação documentária, mobilizando “processos
baseados concomitantemente em uma racionalidade teórico-prática e uma tradição cultural que
podem estar mais ou menos explicitadas, mas que são intrínsecas aos sistemas elaborados”
(Silva 2022 p. 39).
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
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Lara (2009, 2011) e Lara e Tálamo (2007) abordam a mediação documentária, que
também discutida pela primeira autora pelo termo mediação documentário-informacional (Lara
2009 p. 16), com ênfase no estudo dos aspectos linguísticos implicados na prática
documentária. A autora enfatiza a elaboração de metodologias para a construção de
instrumentos documentários, como os sistemas de classificação bibliográfica e os tesauros, que
apoiem o tratamento da informação para disponibilizá-la para acesso, uso e apropriação (Lara
2009, 2011).
Em relação aos trabalhos dos autores deste artigo, as ações de mediação documentária
[...] são realizadas concretamente por meio de procedimentos específicos, na forma de
proposição de mensagens, entre objetos e pessoas no contexto das atividades em que estas estão
envolvidas (Ortega 2016b p. 42). Os objetos são tomados como documentos e as pessoas
como públicos (Ortega 2016b).
Em outro texto, a função social da mediação documentária é identificada a partir da
apropriação da informação (Ortega 2023). Essa função é desenvolvida mediante a
transformação de objetos em documentos, quando da realização de processos de seleção,
descrição, indexação e ordenação, incluindo a exposição. Desse modo, o caráter intencional e
propositivo da atividade documentária é expresso na produção de informação. Os sistemas e
serviços elaborados a partir desse processo configuram os dispositivos documentários, que
funcionam como proposta de percurso dos sujeitos no mundo da informação (Ortega e
Saldanha 2017).
Em perspectiva semelhante, a mediação documentária é considerada um modo de
produção cujo produto é o sistema documentário. Esta produção envolve a transformação de
objetos em documentos com potencial de serem úteis para a satisfação das necessidades de
informação das pessoas abordadas em um dado contexto na condição de público daquele
sistema (Carvalho 2020a, 2020b).
A mediação é abordada de diversas maneiras na literatura, muitas delas distantes das
especificidades propriamente documentárias, embora considerando suas possíveis implicações,
como aquelas do âmbito da educação e da cultura. Frente ao interesse em contemplar esses
sentidos mais diversos, o termo mediação da informação parece uma escolha adequada. A
despeito disso, faltaria trabalhar os conceitos envolvidos, indicando aqueles que singularizam
o campo, e os termos que permitem representá-los.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
4 Das categorias explicativas dos estudos documentários à mediação
A partir da análise da produção dos estudos documentários, realizamos o exercício de
elaborar categorias que possam ser explicativas do campo, explorando os objetos empíricos
básicos cuja relação permite explicar o objeto do campo a mediação documentária. Esse
exercício dialoga com um exercício semelhante realizado em trabalho anterior (Ortega 2010),
a partir de Rendón Rojas (2005), que propôs o esquema documento-biblioteca-usuário, para
discorrer sobre o objeto da Bibliotecología (termo adotado na América espanhola).
As categorias elaboradas neste artigo foram as seguintes: o contexto documentário; o
público e suas necessidades e informação; o documento na perspectiva documentária; o
profissional da mediação documentária; a atividade (de mediação) documentária; e, os sistemas
documentários.
O que motiva a elaboração de sistemas documentários, bem como o estudo da mediação
documentária como campo científico, são as pessoas cujas necessidades de informação podem
ser satisfeitas mediante o acesso e uso de certos objetos exercendo função informativa. No
campo, as pessoas são abordadas na condição de público, enquanto os objetos constituem os
documentos. Essa delimitação sobre pessoas e objetos se no âmbito do contexto
documentário, como espaço em que o acesso e o uso dos documentos por públicos são
continuamente promovidos a partir de ações de mediação documentária.
De acordo com Cohen (1995), o público é constituído por pessoas inseridas em
processos anteriores de consumo e/ou de produção de informação. A partir desses processos, o
público percebe suas necessidades de informação, ainda que não as elabore explicitamente em
um primeiro momento (Cohen 1995). Desta forma, o trabalho documentário envolve apoiar o
público na explicitação de suas necessidades de informação, para identificar assim se, e como,
o sistema pode apoiá-lo para satisfazê-las.
Meyriat (2016, publicação original de 1981) distingue as informações que as pessoas
necessitam como informações perecíveis, cuja utilidade é momentânea, e as informações
duráveis ou especializadas, que são a base para o desenvolvimento dos saberes, por isso,
permanecendo válidas para outros em casos semelhantes em momentos diferentes.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
Portando, o objetivo do campo com a produção e gestão de sistemas documentários é
promover os meios para a satisfação das necessidades de informação do público, mediante as
ações realizadas sobre documentos.
O conceito de documento pode ser empregado para designar uma infinidade de objetos
e formas de registros do pensamento, de forma que ele não é identificado apenas a partir de
registros textuais escritos. A diversidade de objetos que podem funcionar como documentos
foi inicialmente apontada nos estudos documentários por Otlet (2018) e corroborada por
Suzanne Briet (1951, 2016), respectivamente, em publicações de 1934 e 1951. Briet (2016)
enfatizou o documento como o resultado de uma elaboração contextualizada com o objetivo de
que ele funcione para representar, reconstituir ou provar um fenômeno físico ou intelectual.
Meyriat (2016) desenvolve o conceito de documento explicando que sua produção
decorre de duas vontades humanas: a vontade de informar e a vontade de se informar, sendo a
segunda fundamental para confirmar a função de documento de um objeto. Enquanto o
documento não é utilizado como tal, ele permanece na virtualidade, sendo ativado quando é
acionado pelo usuário. Meyriat propõe distinguir o documento em duas categorias, cada qual
relativa ao modo como a função informativa é elaborada sobre o objeto. Essa distinção pode
ser identificada nos textos do autor a partir das categorias documento por intenção e documento
por atribuição (Ortega 2016a).
O documento por intenção é elaborado com o propósito de informar sobre algo, por
exemplo, um artigo científico produzido para comunicar uma investigação para a comunidade
científica (Meyriat 2016). Quanto ao documento por atribuição, a sua função informativa é
elaborada após a produção material do objeto, abrangendo assim tanto documentos por
intenção quanto outros objetos com outras funções previamente definidas (Meyriat 2016).
O trabalho do profissional da mediação documentária se faz em torno da atribuição da
função informativa aos objetos, considerando os objetivos do sistema documentário em que ele
atua. Portanto, a perspectiva documentária do conceito de documento perpassa por discutir o
modo de elaborar a atribuição informativa ao objeto em relação às especificidades do contexto
documentário.
O trabalho sobre o documento é realizado pelo profissional da mediação documentária
como os arquivistas, bibliógrafos, bibliotecários e museólogos. O profissional da mediação
documentária exerce uma atividade de intervenção quando realiza o processo documentário.
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atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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O processo de produção que qualifica o campo e a ação do profissional da mediação
documentária é a atividade (de mediação) documentária. Nesse sentido, o estudo da atividade
documentária fortalece a autonomia e a identidade disciplinar que permitem o desenvolvimento
e o reconhecimento social e acadêmico do campo (Ortega 2018 p. 2).
A concretização da atividade documentária pode ser mais bem compreendida a partir
da noção de cadeia documentária. Segundo Madjid Dahmane (1991), pela noção de cadeia
documentária podem ser evidenciados os processos e seus subsistemas, e as interações entre
eles, para promover a efetividade do sistema documentário.
A cadeia documentária é constituída pelos seguintes processos: Seleção (fase inicial),
Organização da Informação abarcando os processos de produção de bases de dados
(Catalogação ou Representação) e de elaboração de arranjos (Ordenação) e Conservação
(fase intermediária), e a disponibilização de Produtos Documentários, o Serviço de Referência
e as atividades de Educação de usuários (fase de saída).
A produção de bases de dados é abordada a partir de termos que identificam o processo
integral (Catalogação, Representação), mas também apenas os aspectos descritivos
(Catalogação descritiva, Representação descritiva) ou os aspectos temáticos (Catalogação de
assunto, Representação temática) do(s) documento(s).
Quanto à ordenação, ela pode ser distinguida em dois tipos: a ordenação de metadados
de documentos e a ordenação de documentos (Ortega, Silva e Santos 2016). Os arranjos de
metadados são elaborados sobre os registros documentários para constituir bases de dados, ou
para constituir arranjos autônomos em ambientes digitais. Quanto aos arranjos de documentos,
eles são elaborados quando os documentos de uma coleção são coletados e não apenas
referenciados em registros documentários. Desta forma, de se planejar o armazenamento e
as formas de acesso aos documentos em espaços não digitais.
Os termos adotados para denominar cada processo podem variar a depender da
produção analisada e do tipo de abordagem documentária em questão arquivística,
bibliográfica ou museológica. Em todo caso, conceitualmente, permanece o entendimento de
fases iniciais, em que o documento é inserido e processado no sistema documentário, e a fase
final, em que o resultado desse trabalho é proposto para o público.
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A base da cadeia documentária é a técnica documentária. De acordo com Ortega y
Gasset (1991), a técnica é o conhecimento elaborado para a produção de produtos úteis para a
satisfação das necessidades humanas. A partir dessa breve definição, e considerando a
finalidade comunicativa da atividade documentária, a técnica documentária pode ser explicada
como o conhecimento elaborado para a produção dos sistemas documentários pertinentes ao
público.
As técnicas documentárias se diversificam em razão das funções específicas de cada
processo documentário. No percurso constitutivo do campo, as técnicas documentárias foram
desenvolvidas sob formas e ênfases diferentes, considerando as condições contextuais de cada
local e tempo e os processos documentários observados como mais pertinentes para o estudo
ou para o trabalho documentário.
Os estudos linguísticos realizados no campo devem apoiar o desenvolvimento de
metodologias de estudo do público, uma vez que ele é o sujeito cuja recepção é visada com a
atividade documentária. Esses estudos foram desenvolvidos de forma significativa no âmbito
da organização da informação, de modo que foi desenvolvida a linha de pesquisa Análise
Documentária, posteriormente compondo o subcampo da Linguística Documentária (Lara
2011). A Análise Documentária/Linguística Documentária é desenvolvida pela apropriação de
conceitos e metodologias propostos a partir da Linguística, Análise de Discurso, Linguística
Textual, Terminologia, Lógica, Semiótica e Semântica (Kobashi 2008; Lara 2009).
A aplicação das técnicas documentárias ocorre mediante o emprego de tecnologias. As
tecnologias adotadas no campo podem ser distinguidas a partir de duas categorias de artefatos:
os instrumentos documentários e os aparatos tecnológicos utilitários. Os segundos
compreendem equipamentos como computadores, softwares, impressoras, entre outros
recursos, usualmente elaborados e aperfeiçoados a partir de outros campos do conhecimento
relacionados com as tecnologias de informação e comunicação.
Quanto aos instrumentos documentários, eles são elaborados a partir de técnicas
documentárias. Como toda a atividade documentária, os instrumentos também apresentam
natureza contextual, o que torna sua utilidade fortemente atrelada ao contexto documentário
para o qual eles foram criados. Essa utilidade também está atrelada à vocação do instrumento
quanto ao processo de mediação para o qual ele foi elaborado.
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e024001. DOI: 10.36311/1981-1640.2024.v18.e024001.
Dentre os instrumentos documentários de organização da informação, estão as
linguagens documentárias e os instrumentos de representação descritiva utilizados na
elaboração dos registros documentários de bases de dados.
desafios a enfrentar em relação ao desenvolvimento da atividade documentária,
tanto em termos da reflexão quanto da prática profissional, como segue:
O controle da técnica documentária é exercido principalmente por grupos hegemônicos
em termos ideológicos e econômicos. Nesse sentido, os grupos hegemônicos promovem o uso
de normas e de tecnologias que as implementam, disseminando um certo modo de produzir e
gerir os sistemas documentários que, consequentemente, limita a possibilidade criativa dos
profissionais. Por sua vez, é recorrente que esses profissionais exerçam as atividades de
maneira acrítica e passiva, em função de uma cultura educacional e profissional instaurada,
legitimando a ação dos grupos hegemônicos.
Desse modo, é necessário recuperar e desenvolver continuamente os fundamentos
técnicos da atividade documentária, bem como a defesa de sua ampla disseminação, para
potencializar a capacidade criativa dos profissionais da mediação documentária.
De forma relacionada ao ponto anterior, é necessário revisar as concepções
universalistas e normalizadoras, e pretensamente neutras, implicadas na produção e
disseminação dos instrumentos documentários. Como exemplo, mencionamos a tendência de
a representação descritiva ser explicada antes pelo Anglo-American Cataloguing Rules,
segunda edição (AACR), e pelo Machine Readable Cataloging (MARC), que por seus
respectivos princípios, em uma abordagem empírica que secundariza uma abstração sobre a
estrutura geral do registro (Ortega 2009).
Outro desafio, relacionado ao primeiro, é o de avaliar a pertinência dos instrumentos
documentários em relação ao contexto documentário em que eles são utilizados. Um exemplo
relevante é o dos sistemas de classificação bibliográfica adotados para o desenvolvimento do
processo de ordenação de documentos, cujo uso é amplamente disseminado, como é o caso da
Classificação Decimal de Dewey (CDD). Neste caso, o uso tende a aumentar, por ser bastante
amplo, e por haver pouco conhecimento sobre as formas de produzir esses instrumentos
localmente ou de adaptá-los. Dessa maneira, um instrumento como a CDD é comumente usada
sem adaptações, e por se entender que não cabe produzir esquemas locais para ordenação de
documentos, haja vista a concepção universal mencionada.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
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A mediação documentária como objeto dos estudos documentários ocorre
concretamente pela ação de pessoas (profissionais, auxiliares, entre outros, e públicos), em
espaços virtuais ou não, com uso de técnicas e instrumentos sobre objetos selecionados, tendo
em conta contextos que são construídos segundo as atividades desenvolvidas pelos públicos.
Todos esses elementos envolvem questões diversas que vão do modo hegemônico de se
trabalhar até as possibilidades individuais de apropriação.
5 Conclusões
O estudo da mediação documentária aqui realizado colocou em destaque: a
especificidade da abordagem sobre o documento; o caráter comunicativo da mediação
documentária; e a abordagem da apropriação da informação no campo na condição de objetivo
de suas ações.
O conceito de documento não é exclusivo dos estudos documentários, logo, o seu
sentido específico precisa ser elaborado no quadro conceitual do campo. O documento, no
sentido documentário, diz respeito ao objeto cuja função informativa é elaborada no contexto
de um sistema documentário. A função informativa é expressa mediante a produção de
mensagens, como os registros documentários nas bases de dados e os documentos (e suas
representações) que compõem um determinado arranjo.
A mediação documentária é fundamentalmente comunicativa, caráter este que é
manifestado nos produtos, serviços e atividades elaborados no sistema documentário. Para
tanto, a atividade documentária envolve a manipulação de linguagens, mais propriamente as
linguagens dos documentos, do público e do profissional que irá manipulá-las. Cada um desses
sujeitos apresenta intencionalidades em relação ao sistema documentário, que são manifestadas
em formas linguísticas.
a apropriação da informação realizada pelo público não constitui o objeto dos estudos
documentários, mas uma finalidade a ser alcançada. Nesse sentido, os estudos documentários
e suas aplicações a partir de ações de mediação documentária são fundamentais.
O estudo nos permite identificar a instabilidade que marca o percurso dos estudos
documentários e, ao mesmo tempo, evidenciar a riqueza de conhecimentos elaborados ao longo
do tempo que podem e precisam ser recuperados.
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CARVALHO, Matheus Aguiar de; ORTEGA, Cristina Dotta. A Mediação Documentária: especificidade e
atualidade. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 18, publicação contínua, 2024,
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Se o trabalho de fundamentação não é continuamente realizado, a resposta às novas
demandas de informação, atreladas às novas características da sociedade, podem exigir um
esforço maior do campo para ser elaborada. Ou seja, um quadro teórico de conhecimentos que
não seja suficientemente amplo para subsidiar a atuação do campo tende a limitá-la.
Se há um quadro teórico devidamente elaborado, e em contínua discussão, as pesquisas
e as práticas documentárias não ficam limitadas ao conhecimento produzido e disseminado em
um dado período. Um dos problemas de grande parte das pesquisas atualmente é a prioridade
atribuída à literatura recente, o que leva ao desconhecimento de conhecimento fundamental
produzido em períodos anteriores.
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Received: 17/11/2023 Accepted: 25/01/2024