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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
DESCRIÇÃO E REPRESENTAÇÃO DE
INFORMAÇÃO SOBRE OBRAS DE ARTE DOS
ACERVOS DE MUSEUS
Description and information representation of works of art in museum collections
Beatriz Tarré Alonso (1), Camila Monteiro de Barros (2), Renata Cardozo Padilha (3)
(1) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil, bettytarrealonso@gmail.com
(2) camila.c.m.b@ufsc.br
(3) renata.padilha@ufsc.br
Resumo
A representação de informação no mundo da arte enfrenta o problema da ausência de profundidade nas
descrições. O presente estudo tem abordagem quantitativa, caráter descritivo, desenho experimental e corte
transversal. Seu objetivo é analisar o processo de descrição para a representação de informação sobre obras
de arte nos acervos dos museus. Entre seus procedimentos metodológicos estão à entrevista individual em
profundidade (in-depth interviews), como método para coleta de dados e as visitas técnicas guiadas. Para
alcançar seu propósito, caracterizam-se as coleções e analisam-se as práticas de descrição, por meio dos
sites e bases de dados do DOMUS ARTIUM; Museu de Salamanca; Museu Art Nouveau e Art co - Casa
Lis; Arquivo da Catedral de Salamanca; e do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba. O comportamento
da descrição não tem o nível de profundidade necessário. Portanto, as linguagens, normas e modelos
conceituais para a descrição devem ser utilizados coerentemente e evoluir ainda mais. A aplicação de
métodos semânticos e interdisciplinares resulta de extrema importância para alcançar um senso de
informação mais preciso e logicamente estruturado, revelar novos conhecimentos e oferecer dados
interoperáveis sobre os acervos museológicos, que possam ser recuperados de forma eficaz, obtendo assim
um maior aprofundamento no estudo das obras de arte.
Keywords: Descrição de obras de arte; Representação de informação em arte; Museologia; Objetos
museológicos.
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de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
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Abstract
Representation of information in art faces a problem, the lack of depth in descriptions. The present study
has a quantitative approach, descriptive character, experimental design and cross-sectional. Its objective is
to analyze the process of description for the representation of information about works of art in museum
collections. Among its methodological procedures are individual in-depth interviews, as a method for data
collection and guided technical visits. To achieve its purpose, the DOMUS ARTIUM; Museum of
Salamanca; Art Nouveau and Art Deco Museum - Casa Lis; Salamanca Cathedral Archive; and the National
Museum of Fine Arts of Cuba collections are characterized and description practices of the selected
institutions are analyzed, through the websites and databases. Description behavior lacks the required level
of depth. Therefore, languages, norms and conceptual models for description must be used coherently and
evolve even further. Application of semantic and interdisciplinary methods is extremely important to
achieve a more precise and logically structured sense of information, to reveal new knowledge and to offer
interoperable data on museological collections, which can be retrieved efficiently, thus for obtaining a
greater depth in the study of works of art.
Keywords: Art description; Representation of information in art; Museology; Museological objects.
1 Introdução
As características, as técnicas, os tipos de suportes das pinturas, das esculturas e das
instalações são diferentes. Uma pintura não pode ser representada da mesma forma que uma
fotografia, vídeo arte ou performance, além disso, o processo de musealização levanta outros
aspectos relacionados aos objetos. Segundo Padilha (2018), a musealização torna o objeto antes
utilitário em objeto de valor simbólico e histórico. “Muitas são as intenções que estimulam os
museus a adquirirem e salvaguardarem os objetos: pela raridade, pela sua produção, pelo valor
científico e cultural, pelo material que o constitui ou pela sua antiguidade” (Ibid. p. 42).
Uma vez no museu, segundo Ferrez (1994), é no processo de ressignificação de funções e
sentidos que este se torna um objeto museológico, a partir do qual são identificadas características
informacionais intrínsecas e extrínsecas. De acordo com o autor, as características intrínsecas são
aquelas identificadas por meio da análise do próprio objeto, ou seja, propriedades físicas como
cor, dimensão, material, estado de conservação, entre outras. Já as características extrínsecas são
as informações interpretadas e por meio de outras fontes que não o objeto, dessa forma, pode-se
compreender o contexto em que o objeto permaneceu, funcionou e adquiriu sentido histórico e
simbólico num determinado grupo e/ou sociedade. Essas fontes, no entanto, não são padronizadas
e exigem formas de acesso e análise específicas. Um dos inconvenientes encontrados para a
representação da memória contextual do objeto artístico é precisamente a variedade de tipologias,
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evolução constante e versatilidade da arte. Além de técnicas e suportes em evolução, a própria
natureza da arte também se modifica. Ao longo do tempo, a arte passou do status de um objeto
físico ligado ao seu autor para um objeto de múltiplas facetas, incluindo conceitos, ideias e
metáforas.
Entre os elementos importantes na configuração de uma área de conhecimento, como a
Museologia ou a Ciência da Informação encontram-se a precisão conceitual, a linguagem
específica da área e a forma de representação do campo, para fins de recuperação e preservação da
informação registrada. Sendo assim, uma questão a analisar seria como na definição das autoras
Medeiros e Café (2008) está presente o conceito de representação da informação, que pode ser
entendido como parte do processo da Organização de Informação ou como resultado do mesmo.
Outro aspecto seria a elaboração de instrumentos de descrição e linguagens específicas da
Museologia, como podem ser as classificações outorgadas aos acervos, tesauros de arte,
taxonomias e ontologias, que se produzem como produto da cadeia de processos informativos.
Dessa forma, ao elaborar classificações a indexação também estaria de alguma maneira, entrando
em contato com os conceitos presentes nas obras, atuando no campo da Organização do
Conhecimento. Segundo Medeiros e Ca (2008), esses processos atuam com os conceitos
contidos no objeto informacional, tendo uma noção restringida ou ampliada, segundo a visão
particular. Assim, para a representação da informação sobre as obras, intervêm técnicas formais
como a modelagem conceitual, que oferece a possibilidade de identificar entidades em inter-
relação com seu contexto, tendo em conta a atribuição de metadados. Da mesma forma, permitem
melhorar a gestão, acessibilidade e a precisão da recuperação da informação das obras.
Para todo processo de representação, ocorre então uma desconstrução da realidade, que é
traduzida levando em consideração padrões e tornando-a uma nova linguagem que constitui um
referente dela. Deste modo, podem ser delineados dos tipos de representações: a representação da
informação, produto do processo de Organização da Informação, que envolve atributos que
descrevem ao objeto, desde o ponto de vista físico e de conteúdo; mas também a representação do
conhecimento, que estrutura conceitualmente modelos do mundo. Acrescenta Campos (2004) que
os mecanismos de representação de conhecimento permitem que processos de formalização sobre
os objetos e suas relações, em contextos predefinidos, possam ser facilmente representados.
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No âmbito internacional, o Conselho Internacional de Museus (ICOM, 2019) como
organização global, oferece uma estrutura comum para museus, um fórum para discussão
profissional e constitui uma plataforma para questionar, além de celebrar o patrimônio e as
coleções de museus e instituições culturais. No contexto brasileiro especificamente, um intenso
trabalho está sendo realizado. Os museus cada vez mais integram-se ao fluxo das cidades,
evoluindo com os movimentos contemporâneos e atuando como polos de reflexão sobre temas
atuais. O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram, 2018) foi criado pela Lei nº. 11.906, de 20 de
janeiro de 2009, com a finalidade, dentre outras, de promover e assegurar a execução de políticas
públicas para o setor museológico, contribuindo para a organização, gestão e desenvolvimento de
instituições museológicas e seus acervos. Neste sentido, entre as iniciativas que têm sido
desenvolvidas encontra-se a Portaria Ibram 215, de 4 de março de 2021, que dispõe sobre a
instituição da plataforma Museusbr como sistema nacional de identificação de museus e
plataforma para mapeamento colaborativo, gestão e compartilhamento de informações sobre os
museus brasileiros. Além disso, pode ser mencionada a Resolução Normativa 2, de 29 de agosto
de 2014, atualizada e revogada pela Resolução Normativa Ibram 6, de 31 de agosto de 2021,
que normatiza o Inventário Nacional dos Bens Culturais Musealizados, em consonância com os
decretos e leis que institui o Estatuto de Museus no Brasil.
A presente pesquisa teve como objetivo geral: analisar o processo de descrição para a
representação de informação sobre obras de arte nos acervos dos museus DOMUS ARTIUM;
Museu de Salamanca; Museu Art Nouveau e Art Déco - Casa Lis; Arquivo da Catedral de
Salamanca; e do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba.
2 Procedimentos metodológicos
Esta pesquisa tem uma abordagem quantitativa, pois permite mensurar, relacionar, verificar
e prever a natureza da representação de obras de arte com elementos informativos. Tem caráter
exploratório e descritivo, pois busca especificar as propriedades, características e dimensões de
um fenômeno ou contexto que é objeto de análise. Tem um desenho não experimental, porque as
variáveis não são manipuladas deliberadamente. O corte transversal se dá pela coleta de dados em
um único período de tempo e por analisar sua incidência no momento estudado.
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O método utilizado na coleta de dados foi a entrevista individual em profundidade (in-
depth interviews) (Boyce e Neale 2006), semi-estruturada. O formulário da entrevista (Apêndice
A) foi composto por 8 questões sobre sistemas, instrumento e técnicas utilizados na descrição das
obras de arte e mais uma questão para informações gerais do museu. Para a transcrição das
entrevistas gravadas, com prévia autorização dos participantes, foi utilizada a ferramenta on-line
Transkriptor (https://transkriptor.com/es/).
As entrevistas foram conduzidas no idioma espanhol e ocorreram durante a estadia
realizada na Faculdade de Tradução e Documentação da Universidade de Salamanca (Espanha),
por meio da Secretaria Geral Ibero-Americana (SEGIB) - Fundação Carolina, durante os meses de
março a maio de 2021, presencialmente em cada um dos museus. No museu de Cuba, as entrevistas
foram realizadas em junho de 2021, juntamente com a realização de visita técnica. As entrevistas
ocorreram com diretivos e especialistas do DOMUS ARTIUM; Museu de Salamanca; Museu Art
Nouveau e Art Déco - Casa Lis; Arquivo da Catedral de Salamanca; e do Museu Nacional de Belas
Artes de Cuba. Antes de iniciar as entrevistas e visitas técnicas, estes deram consentimento para
sua realização.
3 Resultados e discussão
Os resultados apresentados a seguir cobrem três eixos: as características das coleções, o
sistema utilizado para registro das informações sobre as obras e a experiências dos profissionais
que realizam a atividade de representação da informação. Essas informações são uma combinação
das entrevistas e das visitas técnicas, com adição de informações oficiais dos websites, sendo
sinalizado com aspas quando se trata de trecho de entrevista transcrito literalmente.
3.1 DOMUS ARTIUM 2002
O DA2 (DOMUS ARTIUM 2002) é um centro de arte contemporânea, integrado à
Fundação Cidade da Cultura e Conhecimento de Salamanca. De acordo com informações extraídas
do seu website, o DA2 foi inaugurado em 2002 como um espaço especializado aliando o
patrimônio histórico à programação contemporânea na área das artes visuais, artes cênicas e
música. São realizados projetos multiculturais de grande escala, como o Festival Internacional de
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Artes de Castilla y León ou Salamanca Plaza Mayor de Europa (DOMUS ARTIUM 2002 2021).
Geralmente reúne exposições individuais de artistas de referência nacional e internacional que
trabalham com todos os tipos de mídias e linguagens.
O DOMUS ARTIUM é composto por três coleções principais, duas das quais são
exposições permanentes: DA2 e Fundação Coca-Cola (arte espanhola e portuguesa), mais uma
temporária denominada A Round Trip (arte contemporânea cubana), pertencente ao artista de
Salamanca, Luciano Méndez Sánchez. A primeira mencionada acumula um total entre 200 e 300
obras, enquanto a de Luciano Méndez, aproximadamente 1000 obras de arte cubana (Ballate e
Armas 2019). “Para o registro das suas obras, o DA2 dispõe de uma base de dados no sistema
Access, como mostra o Anexo A, e outras em formato PDF e um website, desenvolvido por
ALTER BI, SL, empresa de publicidade e relações públicas” (informação verbal)
(1)
.
A base de dados no Access inclui imagens, embora não de todas as coleções. Dentro das
entradas gerais estão os campos: título, artista, ano, data de compra, data de criação, número de
inventário, tipo (classificação por coleção), localização no DA2. Outra seção é a das medidas
(interior, exterior, embalagem), alcance (por escalas), estado (por avaliação) e embalagem (por
formato de armazenamento). Dentro da técnica, é permitido indicar uma geral com sua descrição
e outras específicas enquadradas na anterior, como a fotografia (em cores, acrílico sobre tela,
algodão, madeira, tecido, colagem sobre tela). Por sua vez, é permitido anexar uma imagem do
trabalho com o apoio de um hiperlink. Existe uma área de séries que permite atribuir o título de
cada peça da série, bem como algum outro detalhe a destacar no campo de notas. O campo caixa
inclui o número de itens contidos em cada caixa, identificando-a com um número. Também existe
um campo de notas gerais para qualquer outra informação que precise ser adicionada. Respeito às
buscas, podem ser feitas através dos nomes dos artistas, de filtros ou do número de registro.
3.2 Museu de Salamanca
O Museu de Salamanca, localizado no Pátio de Escuelas da Universidade de Salamanca,
de acordo com dados consultados em seu website, o foi inaugurado em 1848, com os objetos
artísticos dos conventos suprimidos pela legislação de confisco do Presidente do Conselho de
Ministros (1836-1837) Juan Álvarez Mendibal, recolhidos pela Comissão Provincial de
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Monumentos. Depois de passar por vários locais, desde 1948 está instalado em um edifício do
final do século XV, conhecido como Palácio de Álvarez Abarca. A ornamentação da sua fachada
faz com que seja um dos monumentos mais representativos da arquitetura civil dos Reis Católicos
de Salamanca, em que se combinam os estilos gótico e renascentista. Na década de 1980, o edifício
foi ampliado, incorporando espaço adicional e dotando o Museu com sala de estudos, oficina de
restauro e pequenos armazéns. A exposição permanente está instalada no interior do edifício
histórico, distribuída pelas diferentes salas que circundam o pátio de dois pisos. Os espaços
resultantes da ampliação são reservados para exposições temporárias, uma vez que o novo edifício
tem um layout moderno e versátil (Junta de Castilla... 2021).
Suas coleções estão organizadas em três seções: arqueologia, belas artes e etnologia. Na
seção de arqueologia, além dos depósitos e doações de particulares, a legislação prevê que nele
sejam depositados os vestígios arqueológicos das intervenções previstas. A seção de belas artes é
a mais extensa, pois abrange desde o século XIV até o presente. O núcleo inicial são as obras do
confisco do século XIX. Posteriormente, aumentou com depósitos do Museu do Prado e do Museu
do Centro Nacional de Arte Reina Sofía, além de obras de um período mais recente, realizadas por
artistas destacados de Salamanca. A seção etnográfica é sustentada e enriquecida com compras e
doações de peças representativas da vida tradicional de Salamanca (Ibid.).
Constitui um museu público, cuja coleção pertence ao Estado e à Junta de Castilla y León.
Para controlar suas obras (atualmente 1.242), utiliza o sistema informatizado de documentação e
gestão museológica, denominado DOMUS, conforme apresentado no Anexo B, derivado do
projeto de Normalização Documental de Museus e realizado pela Subdiretoria Geral de Museus
do Estado (SGME).
As principais desvantagens do DOMUS são “a incapacidade do sistema de descobrir peças
arqueológicas e, a ausência de tesauros gerais como instrumentos de controle terminológico”
(informação verbal)
(2)
, para neutralizar a sinonímia e polissemia, o que dificulta a indexação e a
recuperação de informação.
A grande maioria das obras está incluída no CER.es (Coleções em Rede) que, de acordo
com o website do Ministério, Cultura e Esporte da Espanha, é um catálogo coletivo online que
reúne informações e imagens das coleções dos mais de 120 museus que fazem parte da Rede
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Digital de Coleções de Museus na Espanha. Os museus têm em comum o fato de serem usuários
do Sistema Integrado de Documentação e Gestão de Museus Domus, desenvolvido pelo Ministério
da Cultura e atualmente utilizado por mais de 120 museus (CER.ES 2021).
Ao contrário dos grandes museus, como o Reina Sofía ou o Museu do Prado, que o
utilizam a Domus, senão um sistema próprio de gestão de suas obras; o Museu de Salamanca
utiliza o CER.es para complementar as descrições das obras em sua base de dados, realizando o
procedimento de cópia automatizada, também conhecido como catalogação por cópias. No
entanto, dadas as suas características de museu e a peculiaridade de algumas das suas peças, como
as pizarras escritas do período visigótico, a maioria e particularmente as encontradas nas
províncias de Salamanca e Ávila, precisa ter seu próprio tesauro ou dicionário de sinônimos
especializado. Além de conter dados mais gerais, como a classificação genérica, e técnicos, como
as dimensões e números de inventário, o sistema Domus também inclui um campo para relatórios
sobre o estado de conservação das obras. Além disso, contém duas seções: Coleções
Documentárias e Coleções do Museu, sendo a primeira menos utilizada, pois contém referências
às fotografias em preto e branco das coleções e inclui parte do arquivo de negativos do Museu.
A catalogação dos fundos museográficos inclui dados de identificação,
descrição/classificação e administrativos. Dentro da identificação aparece o número do inventário
(tipo alfanumérico), localização, departamento, classe genérica, objeto, número específico,
tipologia, conjunto, número de objetos (componentes, numeração própria, visível na web), título,
autor/oficina, emissor, material (por cor, por partes do objeto), técnicas, dimensões. A
descrição/classificação inclui a caracterização da obra, a iconografia (com apoio do próprio
tesauro), inscrições, assinaturas/marcas, contexto cultural, datação, data textual, onomástica, dados
geográficos, proveniência, local específico, classificação fundamentada, local de produção,
uso/função e uma imagem da obra.
Outra das seções é a de conservação, que contém: número de inventário, arquivo de
conservação, arquivo de movimentação, peças descritas, dimensões, material, técnica, relatórios
sobre o estado de conservação, tipo de análise e resultados, tipo de tratamentos, descrição,
condições, observações, completado por. A seção de documentação gráfica inclui: o tipo de
documentação gráfica, o número de inventário, arquivo, tipo de documento, número de controle,
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visível na web, data na web, data, suporte, formato, fotógrafo, descrição, assinatura topográfica,
disposição, observações, completadas por. As pesquisas geralmente são fáceis de usar e permitem
a seleção de diferentes filtros para que os resultados sejam refinados.
3.3 Museu Art Nouveau e Art Déco - Casa Lis
O Museu Art Nouveau e Art Déco, conforme descrito em uma apresentação em seu
website, é essencialmente um museu de artes decorativas que oferece um passeio temporário que
abrange desde as últimas décadas do século XIX até a Segunda Guerra Mundial. Este período de
cerca de sessenta anos constitui um dos mais frutíferos das artes aplicadas. A maior parte das obras
que podem ser vistas no Museu são objetos utilitários concebidos com critérios estéticos
delineados (Museu Art Nouveau... 2021).
Quanto à divisão e tipologia das peças, trata-se de um museu de artes decorativas,
segmentado por coleções e que alberga também um conjunto de pinturas. “Devido às
particularidades do Museu, a base de dados está desenhada de forma eficiente, para poder pesquisar
rapidamente as informações desejadas e mais utilizadas, inserindo os dados que são necessários”
(informação verbal)
(3)
. Por exemplo, se é necessário pesquisar um autor e todas as suas obras, se
deve inserir o nome dele nos filtros de busca e assim encontrar correspondências com todas as
obras desse autor; ou por técnica, para saber quantas peças de marfim estão alojadas, então a
palavra marfim é colocada nos filtros e todos os resultados são recuperados.
Trata-se de uma base de dados aberta e modificável, feita em Access, conforme apresentado
no Anexo C, que permite adicionar campos com base nas necessidades existentes. Ao nível do
inventário geral, é atribuído um número às peças e, por sua vez, cada coleção tem uma designação
própria. O número de catálogo também é um código alfanumérico que cada uma das peças possui.
Por outro lado, existem os campos: autor/escola, título, cronologia, dimensões, valor, localização,
técnica, descrição, aquisição e histórico de empréstimos. É permitida a realização de pesquisas por
meio de filtros para cada um dos campos mencionados acima, facilitando assim a recuperação das
informações.
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3.4 Arquivo da Catedral de Salamanca
A Catedral de Salamanca é formada pela Velha, dedicada a Santa Maria da Sé,
construída ao longo dos séculos XII e XIII, e pela Nova, anexa à Velha, cuja construção
iniciou em 1513 e foi inaugurada em agosto de 1733. Dentro de cada uma delas, integram-se
diferentes obras de arte, retábulos, esculturas e pinturas murais, de grande valor artístico e
patrimonial, além de objetos litúrgicos, urnas eucarísticas, conjunto de relicários de cronologias
que partem do século XV (Catedral de Salamanca 2019a).
Pertence ao património da Diocese que, que recebe o apoio de As Idades do Homem, uma
fundação religiosa espanhola, cujo objetivo é a divulgação e promoção da arte sacra de Castilla y
León, bem como a conservação e preservação do patrimônio histórico-eclesiástico patrimônio. Em
1998 foi criado o atual inventário de obras (Idem 2019b).
De acordo com informações contidas em seu website, o sistema de informação e acesso aos
instrumentos de descrição pela Internet, foi criado poucos anos um sistema que permitiria
centralizar a descrição documental e o armazenamento de dados de todo o arquivo para referência
posterior. Este sistema foi projetado de acordo com as normas internacionais para ser compatível
com os sistemas de outros centros e permitir a troca de dados. Para promover um maior acesso dos
usuários às informações, foi incluído um link para o sistema no website da Catedral para permitir
que os pesquisadores realizem buscas. A próxima fase que o centro está a desenvolver procura
aperfeiçoar o sistema permitindo integrar as bases de dados da biblioteca e da biblioteca de jornais;
da mesma forma, estabelecer pontos de acesso, ampliar mais opções de busca e garantir sua
inclusão em bases de dados de sistemas coletivos (Ibid.).
Respeito aos instrumentos de padronização que utiliza para as tarefas de catalogação é
necessário criar e aprimorar uma série deles, que proporcionem uniformidade às descrições e
otimizem a gestão de buscas. “No caso do Arquivo, funcionam há anos os seguintes instrumentos:
diário histórico, controle das autoridades eclesiásticas e tesauros temáticos” (informação
verbal)
(4)
.
Os arquivos em formato físico que o utilizados para o controle dos trabalhos são
compostos por 6 campos e subcampos, conforme consta no Anexo D. A primeira parte pertence à
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identificação informativa e inclui: número de referência, número de identificação, data
significativa e outros (da Comunidade Autónoma). A área do título ou denominação contém: a
denominação principal (título), denominação acessória (título) e objetos. Segue-se então a área de
descrição com a técnica, material, medidas e tipologia. Posteriormente, a localização, que é
composta por: comunidade autónoma, província, município, entidade local menor e ilha. Também
indica que se refere dentro do local, o edifício, entidade, endereço e localização. Outra seção é a
dos dados histórico-artísticos, que contém: autor(es) da obra, reproduzida, época, escola e
bibliografia. Por fim, o estado de conservação com: condições, deterioração, peças faltantes e
restaurações realizadas; além da propriedade com: nome, endereço, província e outras
observações.
3.5 Museu Nacional de Belas Artes de Cuba (MNBA)
O Museu Nacional da República nasceu oficialmente em fevereiro de 1913, em uma parte
do antigo "Frontón". Permaneceu fechado entre 1915 e 1917 por falta de edificação. Entre 1917 e
1924, instalou-se na Quinta de Toca no Paseo de Carlos III. Depois de passar por outros dois
endereços, em 1951 é que o Conselho de Curadores decidiu apoiar o projeto do arquiteto Alfonso
Rodríguez Pichardo sendo o novo edifício, o Palácio de Belas Artes, inaugurado em 1954, ainda
sem ter uma adequada organização. Em 1996, o Comandante-em-Chefe Fidel Castro Ruz decidiu
integrar este projeto num grupo de trabalho especializado que o estudaria numa perspectiva global,
atribuindo a sua direção ao Conselho de Estado. As obras da sede começaram em abril de 1999 e
sua inauguração ocorreu em 18 e 19 de julho de 2001. A partir de então, o Museu Nacional tornou-
se um importante complexo museológico (Museo Nacional de… 2016-2018).
As coleções conforme detalhadas nos Catálogos de Arte Cubano (Tonel et al. 2001) e Arte
Universal (Larrazábal et al. 2013) do MNBA são divididas da seguinte forma em três edifícios: 1)
Palácio de Belas Artes para a Coleção de Arte Cubana do séc. XVI ao séc. XX, 2) Edifício
da Coleção de Arte Universal (antigo Centro Asturiano), 3) Antigo Quartel das Milícias, edifício
Antonio Rodríguez Morey, para atividades administrativas e logísticas em geral. Atualmente, o
MNBA é uma entidade orçamentária independente, com subordinação ao Ministério da Cultura
(MINCULT) (Museo Nacional de… 2016-2018).
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A base de dados utilizada no Museu passou por várias etapas de acordo com a evolução
dos sistemas de informática. “Até meados da década de 1990, a Direção de Patrimônio, ligado ao
Ministério da Cultura, realizava a descrição das obras de forma muito sucinta em fichas, incluindo
o número de inventariação dado pelo próprio Patrimônio” (informação verbal)
(5)
, e registrado no
verso das obras. Quando o Museu ficou com total responsabilidade pelo processo de registro,
“houve uma expansão dos campos pensando especialmente na unificação do registro das diversas
atividades que envolvem as obras” (informação verbal)
(5)
, como representação, restauração,
exposição, bibliografia presente na biblioteca do Museu e bibliografias relativas à obra. O objetivo
era que a base de dados servisse também como suporte documental dos acervos.
Uma particularidade a destacar é que o campo Bibliografia não se encontra frequentemente
completado na base de dados, pois “pretendia-se que fosse preenchido em conjunto com a
Biblioteca do MNBA” (informação verbal)
(5)
, mas esta ligação não se concretizou, mantendo as
bases de dados de ambos departamentos separadas. Além disso, as informações sobre as
exposições pelas quais cada obra passou é outro campo que não está totalmente atualizado. Para
isso, são concebidos os campos topográficos, que registram o movimento das obras de forma
transitória, seja para sua restauração ou para sua participação em uma exposição fora ou dentro do
Museu.
Na época em que foram integradas ao acervo, muitas obras estavam em disputa, como por
exemplo, “o acervo de Buffardi que esteve em litígio judicial de aproximadamente 1921 a 1925,
até finalmente entrar no acervo do Museu Nacional” (informação verbal)
(5)
. Portanto, há muitos
detalhes por trás das peças e em seus antecedentes que podem fazer parte de dados de interesse,
por isso, optou-se por incluir aspectos como as proveniências das obras.
Segundo o Object ID (Thornes, Dorell e Lie 1999), que é um sistema utilizado pela Interpol
e foi promovido pelo instituto Getty, existem 11 campos que são indispensáveis, um deles inclui a
fotografia da peça sem moldura, que permite elucidar entre uma cópia e um original. Indica
também que deve haver um campo de descrição, que ofereça detalhes e dados precisos. Por tudo
o que foi exposto, foi decidido que “a descrição das peças não seria feita no MNBA como era feita
pelo Patrimônio. Anteriormente, em Cuba havia um sistema gratuito da UNESCO” (informação
verbal)
(5)
e quase todas as bases de dados de museus eram implementados com ele. A Direção de
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Patrimônio de Cuba determinou que a descrição das peças passasse a ser feita por palavras-chave.
No entanto, tinha desvantagens técnicas, como campos limitados. “No MNBA decidiu-se que esta
não seria a metodologia, pois a descrição da peça deveria ser a melhor e mais exaustiva possível,
para facilitar as buscas” (informação verbal)
(5)
.
Atualmente, as obras que entesoura são registradas em um sistema denominado SIRIOA
(Sistema de Registro e Inventario de Obras de Arte), que garante o controle, gestão e inventário
dos acervos. No entanto, a área de elementos descritivos não se baseia em regulamentações que
permitam a interoperabilidade com outros sistemas.
O SIRIOA surgiu na década de 1990 e atualmente é implementado como um website em
formato HTML, “com o objetivo de permitir no futuro o acesso múltiplo e simultâneo de vários
usuários, identificando previamente campos públicos ou confidenciais” (informação verbal)
(5)
. O
sistema é de acesso restrito aos funcionários do Museu. Mesmo com a perda dos inventários com
os números de registro definidos pelo Patrimônio, o MNBA optou por manter o registro desses
números constantes nas obras juntamente com a nova numeração de registro outorgada pelo
Museu.
Um problema existente são os registros duplicados, pois a base de dados do Museu passou
por vários sistemas de registro e inventário. Como resultado, quanto mais antiga uma peça na
coleção, mais vezes ela foi inventariada em diferentes sistemas. “Existem obras de 1913 que
possuem até 6 sistemas de inventário aplicados” (informação verbal)
(5)
. Durante o processo de
mudança do Museu de um local para outro, “muitas peças que foram inventariadas com o sistema
antigo foram introduzidas com outra nova numeração na base, uma vez que as numerações antigas
não foram conferidas” (informação verbal)
(5)
. Isso, somado ao inventário físico desatualizado
(fichas catalográficas), contribuiu para a geração de duplicidade, que ainda está presente na base
de dados.
Uma das melhorias introduzidas é que no início da base mostrava apenas a última das
localizações, no entanto “foi possível programar um histórico da peça, deixando um registro de
cada um dos movimentos anteriores, e mostrando o trajeto percorrido” (informação verbal)
(5)
. A
atualização deste campo é diretamente influenciada pelo fator humano e pela capacidade de
registrar pontualmente cada uma das entradas e saídas da obra do MNBA.
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
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De modo geral, a descrição dos acervos do MNBA é cadastrada em diferentes formatos e
sistemas (base de dados SIRIOA, fichas de inventário físico e catalogação, com campos distintos
para cada acervo, arquivos de obras do Departamento de Restauração, arquivos do Departamento
de Curadoria e Coleções, e site do MNBA). Em seguida, após uma revisão detalhada da estrutura
de cada um dos formatos destacados, foi realizado um levantamento dos campos incluídos e
utilizados para o processo de descrição das obras na base de dados.
Respeito ao processamento dos dados no SIRIOA, “os campos são preenchidos por
funcionários do Departamento de Registro e Inventário, e posteriormente supervisionados pelos
curadores responsáveis de cada um dos acervos” (informação verbal)
(5)
. Os diretores e vice-
diretores do centro também têm acesso à base. O vocabulário que utiliza SIRIOA está baseado no
sugerido pela Direção de Patrimônio de Cuba, mas com alguns ajustes específicos para o Museu.
No entanto, “devido à falta de experiência dos antigos técnicos que faziam a descrição das obras
do MNBA, este campo começou a ser preenchido, mas com um carácter demasiado generalista”
(informação verbal)
(5)
, e sem atender à caracterização de elementos chave para identificar à obra
e facilitar assim sua posterior recuperação, passando de uma gestão a outra, sem quedar um registro
físico ou digital das mudanças na descrição a gerenciamento das obras. Em uma instituição com
poucas peças em estoque, uma descrição por palavras-chave seria favorável, mas “como se trata
de um acervo tão grande quanto o do MNBA (aproximadamente 40.000 obras), mais detalhes
devem ser incluídos na descrição” (informação verbal)
(5)
. A base é preenchida e também gera
registros em formato PDF, conforme mostra o Anexo E; que embora não sejam fichas impressas,
é importante ressaltar que tem esta funcionalidade permitida. A base também inclui diferentes
opções no seu painel de navegação. Todas elas permitem uma busca detalhada da obra, utilizando-
os filtros para melhorar a recuperação, embora isso dependa diretamente do nível de completude
e pertinência na descrição dos campos de cada uma das obras incluídas.
Entre as dificuldades encontradas nos campos de indexação encontra-se a sinonímia, dada
à atribuição de termos compostos introduzidos repetidamente, mas com separadores diferentes
como vírgulas, hífens, barras, parênteses, espaços ou simplesmente variando sua ordem de
aparecimento. Alguns termos aparecem juntos, mas em menor proporção, além disso, existe um
uso indistinto e descontrolado de plurais/gêneros em alguns termos. Alguns assuntos como
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Materiais Diversos, devem evitar ser muito gerais, pois dificultam a recuperação relevante. Todos
esses problemas poderiam ser resolvidos usando algum vocabulário controlado.
Os restantes campos são de tipologia livre, embora devam seguir alguns padrões como é o
caso da descrição, que deve obedecer a determinados parâmetros para a sua normalização. Um
aspecto a destacar é que apenas o No. de Inventário se encontra como campo obrigatório, pois para
o título, ou autor, que costumam sê-los, no caso especificamente das obras de arte, alguns não o(s)
têm atribuído(s), ou ainda não foram determinados. Os campos mais preenchidos são: Data,
Inventário Anterior, Inventário, Autor, Título, Data de Realização, Nacionalidade, Século, dentro
das Medidas, Comprimento e Largura, principalmente; além disso, Técnica, Material, Valor
Museológico, Localização, Modo de Aquisição, História e Observações, e Descrição, embora
bastante breve. Os campos não preenchidos aparecem na base com o termo Não Atribuído e em
letras vermelhas para serem destacados. Por outro lado, apesar de o processo de fotografar as obras
em alta definição ser bastante avançado, por questões de tempo e tamanho do acervo, algumas
delas ainda não foram digitalizadas e, portanto, as imagens não estão incluídas na base de dados,
o que somado à pouca profundidade e nível de detalhamento de sua descrição física, dificulta a
recuperação que, exceto pelo número de inventário atribuído, permaneceria sem a devida
identificação.
De modo geral, a base de dados SIRIOA, apresentada em formato de website, é amigável
para fácil utilização por meio de sua arquitetura e esquemas de navegação, que permitem passar
de uma seção para outra sem a necessidade de recorrer aos botões do navegador Web. Todos os
resultados da pesquisa são exibidos em uma primeira página com um total bastante padrão de 100
registros, e ao final mostra as páginas com sua respectiva numeração, além das opções Primeira e
Última, como outra sugestão adicional de deslocamento.
Apesar de necessitar da padronização das matérias e de algum vocabulário controlado para
isso, conforme dito anteriormente, cada uma das opções e menus que disponibiliza funcionam de
forma rápida para navegar e realizar as buscas pertinentes, além de possibilitar uma edição e
atualização dos conteúdos na base de dados. A identificação prévia das funções de acesso à base
de dados permite adicionalmente o controle das alterações produzidas para garantir a qualidade,
através do registro dos usuários (técnicos/ especialistas) que nela introduzem, acrescentam,
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
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trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
substituem ou apagam conteúdos, juntamente com a sua data de realização. Durante todo o
processo de navegação, aparece no canto superior esquerdo a identificação com o nome e
sobrenome do usuário/especialista que acessou o sistema. Da mesma forma, ao aceder a qualquer
uma das obras, a rubrica No. de Inventário, apesar de mudar de seção, aparece permanentemente
no canto superior esquerdo, além do cabeçalho Visualizar Ficha, para facilitar a sua identificação
durante a navegação. Outro dos elementos da base, no que diz respeito à sua caracterização, é que
no final do seu rodapé inclui os Direitos Reservados ao Museu Nacional de Belas Artes.
3 Conclusões
O estudo sobre os elementos descritivos incluídos na amostra das instituições analisadas
permite afirmar que apesar de que os campos mais utilizados na amostra de museus estudada são:
Título, Autor, Data de Criação, No. de Inventário, Medidas, Formato, Técnica, Suporte, Material,
Valor Museológico, Localização, Modo de Aquisição, Observações e Descrição, pode ser
destacado que às vezes não são suficientes para uma identificação completa das obras. Apesar de
o ICOM oferecer uma estrutura comum para museus, destaca a falta de harmonização das fontes
para a descrição de objetos museológicos. Não é possível estabelecer argumentos conclusivos, já
que a amostra é relativamente pequena, no entanto, é possível tecer algumas observações e
sugestões.
Especificamente no contexto das Belas Artes, a maioria dos museus articulam seus próprios
métodos individualistas para a descrição e representação de suas obras. Com a chegada das novas
tecnologias semânticas, uma série de facilidades é implantada para a integração na Web de cada
um dos recursos e disponibilização de informações sobre objetos museológicos, que são
valorizados tanto por galerias quanto por museus.
No caso das obras de arte de caráter pictórico, sua representação varia conforme a
regulamentação e os critérios seguidos pela instituição ou entidade responvel pela sua guarda.
Para a recuperação de informações na Web sobre essas obras, são utilizados esquemas de
metadados. Seu uso contribui para uma maior precisão nas buscas, pois são baseados em
descrições padronizadas.
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
A variedade na tipologia das bases de dados e nos formatos descritivos utilizados indica a
falta de padronização no campo da Museologia, o que dificulta tanto a interoperabilidade entre os
registros de acervos afins, quanto a Recuperação de Informação de obras que são declaradas
patrimônio. No que diz respeito à descrição, esta continua sendo uma mera identificação de
elementos dentro da obra, sem ser analisado o seu contexto de criação, e em alguns casos é um
campo que não se completa. Por outro lado, os campos de Bibliografia, Inscrições, História e
Observações, ou outros relacionados com dados histórico-artísticos, poderiam ser interligados, de
forma a que o cruzamento da informação que oferecem contribua para o desenvolvimento e estudo
das coleções. Ao não explorar as vantagens oferecidas pela sinergia destes metadados, dificulta-se
a gestão dos acervos destas instituições, cuja missão, além de registar, preservar e divulgar o
património cultural que entesouram, acrescenta-se com garantir a qualidade e alcance das opções
culturais, através do desenvolvimento de atividades como as exposições temporárias. Para isso, e
como início dos processos curatoriais, o conhecimento das coleções deve ser essencial. O trabalho
investigativo como processo contínuo deve ser sistematizado nas bases de dados, cuja gestão
dependerá não apenas dos benefícios oferecidos pelas tecnologias semânticas, mas também dos
esforços e recursos humanos que promovam sua atualização, permitindo assim o registro da
memória do patrimônio cultural das nações e garantir sua recuperação para fins investigativos,
históricos ou de qualquer outra natureza.
Além de tudo isso, os metadados atribuídos nas bases de dados dos museus precisam
atender a estudos baseados em análises semióticas e iconográficas, que permitam obter um
conhecimento profundo sobre a visão da época e dos fenômenos representados. Da análise das
características do objeto dependerá a sua representação e posterior precisão no processo de
recuperação. As linguagens, normas e modelos conceituais para a descrição devem ser utilizados
de forma coerente e evoluir ainda mais desde o ponto de vista interdisciplinar. Devem ser
aprofundadas as interpretações das mensagens implícitas nas obras de arte, que apresentam
múltiplas leituras e adicionam cada vez mais complexidade, através da diversidade de formatos,
técnicas modernizadas ou modos de apresentação dos artistas, que constantemente através de suas
obras conduzem ao espectador a ilimitadas percepções, provocações e questionamentos, tanto para
quem quer estudá-las como apenas para apreciá-las.
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Notas
(1) Informação obtida na entrevista feita a especialista do DA2, em 19 mar. 2021.
(2) Informação obtida na entrevista feita a diretivo do Museu de Salamanca, em 20 abr. 2021.
(3) Informação obtida na entrevista feita à conservadora do Museu-Casa Lis, em 4 maio 2021.
(4) Informação obtida na entrevista feita a técnico do Arquivo da Catedral de Salamanca, em 7 maio 2021.
(5) Informação obtida na entrevista feita à curadora do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba, em 3 set. 2021.
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Apêndice A - Entrevista dirigida a especialistas de museus
La presente entrevista tiene como objetivo fundamental conocer sobre los procesos de descripción
de las colecciones que atesora el museo donde labora, para contribuir al desarrollo de una propuesta de
requisitos de modelado conceptual a través de la identificación de metadatos para la representación de obras
de arte, teniendo en cuenta, las particularidades de la unidad de análisis, y sus características distintivas
dentro de la comunidad museológica. Por tal motivo se requiere de total sinceridad, profesionalidad y
responsabilidad en sus respuestas. Los datos extraídos servirán de sustento para la realización de la
investigación de la doctoranda sobre dicha temática y a la proyección del desarrollo institucional. Muchas
gracias por su contribución.
1. Mencione:
Nombre y apellidos: ________________________________________________________
Museo donde trabaja: _______________________________________________________
Cargo que ocupa: __________________________________________________________
2. ¿Qué tipología de piezas tiene el Museo donde trabaja?
2.1. ¿Cómo las dividen o segmentan?
__ Por períodos __ Por colecciones
__ Por artistas __ Por manifestaciones artísticas
3. Ofrezca una breve caracterización de la base de datos de las colecciones del Museo.
3.1. ¿Sobre qué tipo de sistema está desarrollada?
__ Access __ Winisis
__ Domus __ Otro ¿Cuál? ________________
4. ¿Utiliza algún esquema de metadatos para la descripción de las obras? En caso de que su respuesta sea
afirmativa mencione, ¿cuál?
5. ¿Emplea alguna normativa para la descripción y representación de las colecciones? En caso de ser
afirmativa su respuesta mencione si es alguna norma específica y/o extensiva a todo tipo de piezas
6. ¿Se basa en algún tesauro o vocabulario controlado propio de la institución para la descripción realizada?
7. ¿Cómo se caracterizan las diferentes tipologías de colecciones del Museo?
___Autor
___Fecha
___Técnicas
___Título
___Procedencia
___Soportes
___Manifestación artística
___Dimensiones
___Ubicación
___No. de control o inventario
___ Otros ¿Cuáles?
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo A - Base de dados do Domus Artium 2002
Copyright: © Base de dados do Domus Artium 2002
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo B - Base de dados do Museu de Salamanca
Copyright: © Base de dados do Museu de Salamanca
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo C - Base de dados do Museo Art Nouveau e Art Déco - Casa Lis
Copyright: © Base de dados do Museo Art Nouveau e Art Déco - Casa Lis
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo D - Ficha técnica do Arquivo da Catedral de Salamanca
Copyright: © Ficha técnica do Arquivo da Catedral de Salamanca
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo E - Ficha gerada pela base de dados SIRIOA do Museu Nacional de
Belas Artes de Cuba (continua)
Copyright: © Ficha gerada pela base de dados SIRIOA do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba
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ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. Descrição e Representação
de Informação sobre Obras de Arte dos Acervos de Museus. Brazilian Journal of Information Science: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023054. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023054.
Anexo E - Ficha gerada pela base de dados SIRIOA do Museu Nacional de
Belas Artes de Cuba (conclusão)
Copyright: © Ficha gerada pela base de dados SIRIOA do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba
Copyright: © 2023 ALONSO, Beatriz Tarré; BARROS, Camila Monteiro de; PADILHA, Renata Cardozo. This
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Received: 11/10/2023 Accepted: 20/11/2023