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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
ALTMETRIA E REDES SOCIAIS DE COAUTORIA
NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA:
análise em periódicos nacionais da Ciência da
Informação
(1)
Altmetrics and co-authorship social networks in scientific production: analysis in national journals of
Information Science
Joana Ferreira de Araújo (1), Alzira Karla Araújo da Silva (2)
(1) Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Brasil, joanah028@gmail.com
(2) alzirakarlaufpb@gmail.com
Resumo
Analisa a rede social de coautoria da produção dos periódicos nacionais da Ciência da Informação na
temática altmetria. Caracteriza-se como pesquisa de natureza básica com abordagem quantitativa e
qualitativa; descritiva quanto aos objetivos; bibliográfica e de levantamento. O corpus compreendeu artigos
publicados entre 2010-2022 em periódicos científicos nacionais da área de Ciência da Informação com
Qualis CAPES (2017-2020) A1 e A2, a saber: Transinformação, Perspectivas em Ciência da Informação,
Informação & Sociedade: estudos, Informação & Informação, Encontros Bibli e Em Questão. Obtiveram-
se 30 artigos, a maioria publicada entre 2019 e 2021. Entre as palavras-chave, destacaram-se: altmetria,
bibliometria, métricas alternativas, atenção on-line, indicadores altmétricos, divulgação científica,
visibilidade e engajamento público. Na rede social de coautoria, identificaram-se 44 nós/atores, agrupados
em nove sub-redes, sendo cinco díades, uma tríade, uma rede com quatro atores e uma com cinco, além de
um cluster composto por 20 atores. ARAÚJO, R. F. e CAREGNATO, S. E. mostraram-se em grau de
centralidade. Os atores apresentaram vínculo com instituições nacionais e internacionais. Conclui-se que a
colaboração e os vínculos institucionais reiteram a riqueza dos elos construídos, principalmente quando
observada a troca de saberes e construção colaborativa de novos conhecimentos.
Palavras-chave: Altmetria; Métricas alternativas; Redes sociais de coautoria; Ciência da Informação
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Abstract
It analyzes the social network of co-authorship of the production of national journals of Information Science
in the altmetrics theme. It is characterized as research of a basic nature with a quantitative and qualitative
approach; descriptive as to the objectives; bibliography and survey. The corpus comprised articles
published between 2010-2022 in national scientific journals in the area of Information Science with Qualis
CAPES (2017-2020) A1 and A2, namely: Transinformação, Perspectivas em Ciência da Informação,
Informação & Sociedade: estudos, Informação & Informação, Encontros Bibli and Em Questão. 30 articles
were obtained, most published between 2019 and 2021. Among the most used keywords, the following
stand out: altmetrics, bibliometrics, alternative metrics, on-line attention, altmetric indicators, disclosure
science, visibility and public engagement. In the social network of co-authorship, 44 nodes/actors were
identified, grouped into nine sub-networks, five dyads, one triad, one network with four actors and one with
five, in addition to a cluster composed of 20 actors. ARAÚJO, R. F. and CAREGNATO, S. E. showed a
degree of centrality. The actors showed links with national and international institutions. It is concluded
that collaboration and institutional links reiterate the richness of the links built, especially when observing
the exchange of knowledge and the collaborative construction of new knowledge.
Keywords: Altmetrics; Alternative metrics; Co-authorship social networks; Information Science
1 Introdução
O ser humano constrói laços a partir de interações que, por sua vez, podem ser analisadas
sob a égide dos estudos de redes sociais. Marteleto (2001) entende que as redes sociais são
compostas por participantes/atores com interesses e objetivos compartilhados que, ao se
relacionarem, são conectados por arestas ou laços, formando um sistema de nós e elos em uma
estrutura que não apresenta fronteiras, principalmente quando observado o desenvolvimento de
Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC).
Essas tecnologias impactaram a formação das redes sociais, dirimindo distâncias e
amplificando a comunicação entre pessoas, organizações e países. Existem diversos tipos de redes
sociais, dentre as quais estão as de coautoria.
Esse tipo de rede busca, por exemplo, analisar os elos estabelecidos entre pesquisadores
que produzem em colaboração; permitindo descortinar quem são os indivíduos que se debruçam
sobre determinada temática e como têm desenvolvido seus estudos, se em colaboração científica
ou não (Silva, 2014).
No que concerne à comunicação científica, em especial, as TDIC podem aferir eficiência e
eficácia no processo de divulgação, tornando mais acessível à sociedade os conhecimentos
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produzidos por universidades. Nesse sentido, redes sociais on-line como o Facebook, Instagram e
Twitter têm sido bastante utilizadas (Dau, 2020).
Assim, a análise de indicadores de uso da produção no meio acadêmico-científico deve ser
desenvolvida paralelamente ao comportamento de uso. É nesta feita que se inserem os Estudos
Métricos da Informação (EMI), que contribuem para mensurar a disseminação e o uso da
informação.
Buscando integrar as novas formas de disseminação da produção científica, surgem os
primeiros estudos sobre altmetria, que se caracteriza em razão do uso de métricas alternativas para
obter dados a respeito da visibilidade e impacto da produção científica, que passa a ser
compartilhada de forma mais rápida, acompanhando a adoção de redes sociais on-line.
A altmetria parte de algumas considerações acerca dos métodos tradicionais de análise
quantitativa da produção científica, afirmando que estas, quando aplicadas sozinhas, não
conseguem contemplar a diversidade de indicadores que, com as redes sociais on-line, podem ser
coletados (Priem et al., 2010).
Diante do exposto, entendendo que o estudo da rede social de coautoria permite
compreender as relações entre autores e instituições e perceber a formação das interações na
produção científica em altmetria, apresenta-se a seguinte questão norteadora: Como se configura
a rede social de coautoria, em periódicos da área de Ciência da Informação, a respeito da
temática altmetria?
O objetivo do estudo é analisar a rede social de coautoria da temática altmetria nos
periódicos nacionais da Ciência da Informação, Qualis A1 e A2. Para tanto, levantam-se os artigos
publicados em periódicos nacionais da CI Qualis A1 e A2 sobre altmetria; representa-se a rede
social de coautoria e rede autor-instituição sobre a temática altmetria e; reflete-se sobre a
colaboração científica no desenvolvimento de pesquisas.
Sua relevância pauta-se na importância de desenvolver e disseminar estudos com a temática
métricas alternativas, uma vez que o cenário de produção dessa seara ainda se encontra em estado
incipiente. As redes sociais de coautoria contribuirão para a compreensão da interação existente
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entre os autores que produzem sobre altmetria, bem como suas características, subsidiando a
ampliação de parcerias e, consequentemente, o conhecimento e a análise da produção científica
sobre o tema.
2 Redes sociais na comunicação científica
A socialização é uma característica intrínseca aos indivíduos e, por esta razão, a
necessidade de estabelecer relações e conexões. Estes elos criados ao socializar com outras pessoas
constituem as redes sociais, entendidas como estruturas de uma sociedade, formadas pelos
indivíduos que a compõem e os relacionamentos que estabelecem entre si (Meira et al., 2011).
Na rede social, cada um dos indivíduos desempenha uma função específica e constrói sua
identidade cultural que, de forma coesa, contribui para a constituição da representação e identidade
da rede (Tomáel, Alcará e Chiara, 2005).
Dentre as características das redes sociais, destacam-se: participação voluntária dos
sujeitos e/ou organizações; presença de autonomia e diversidade, uma vez que as conexões
ocorrem de modo não-linear e imprevisível, com base nos desejos e decisões de cada integrante;
normas, aceitas e atendidas por todos que compõem a rede; respeito à diferença, entendendo que
existirão modos de agir e pensar distintos; isonomia, igualdade política regida pelas normas;
coordenação e democracia, com planejamento de execução conjunta de ações e; multiliderança,
desconcentrando o poder (Costa et al., 2003).
Ao tratar das redes sociais é preciso atentar-se, ainda, sobre os aspectos que envolvem os
atores que as compõem, bem como os laços que estabelecem entre si e seus atributos. Soma-se
uma série de categorizações, na qual é possível dividir os tipos de redes, entre as quais se
encontram, segundo Silva (2014): redes sociais formais, informais, naturais, artificiais e de
coautoria. Por coautoria entender-sea colaboração entre pesquisadores no desenvolvimento de
suas pesquisas (Alvarez, 2022).
As redes sociais formais ocorrem quando o elo entre os membros da rede é estimulado
institucional ou juridicamente; as redes sociais informais, por outro lado, são aquelas construídas
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a partir de encontros informais entre os indivíduos, que compartilham dos mesmos interesses,
formados sem quaisquer elos contratuais, baseados na cooperatividade e confiança. Os laços
estabelecidos naturalmente ao longo da vida, como aqueles com a família, permitem a criação das
redes naturais, ao passo em que as redes artificiais são criadas para fins específicos, como o alcance
de metas e objetivos (Silva, 2014).
Na produção científica, as colaborações podem ocorrer sob inúmeros vieses e
intencionalidades, quer seja através de parcerias, entre laboratórios de pesquisa, instituições,
organizações e empresas, ou por meio da produção conjunta de conhecimento científico, como na
coautoria de artigos científicos, a partir da criação de laços fracos (efêmeros) ou fortes
(duradouros) (Granovetter, 1973).
O trabalho em colaboração justifica-se pela diversidade de conhecimentos necessários,
aliado à complexidade da tarefa a ser executada. É a partir dessa concepção que surge o termo
“conhecimento coletivo”. Combinar diferentes perspectivas às habilidades, saberes e
competências singulares dos indivíduos que compõem uma rede torna a construção do
conhecimento mais significativa, rica e plural, como nas colaborações científicas (Borges, 2011).
As colaborações científicas têm sido cada vez mais prezadas não somente pelos
pesquisadores, mas, também, por ser considerada como aspecto importante a ser observado por
entidades avaliadoras e de fomento à pesquisa em ciência e tecnologia (Balancieri et al., 2005).
Dessa forma, [...] a atual configuração do setor acadêmico se pauta na utilização de práticas
colaborativas, que se materializam na interação entre os pesquisadores em suas atividades voltadas
ao progresso científico e tecnológico [...]” (Sobral, 2015, p. 41).
A representação e análise de interações e colaborações científicas dão-se por meio do
estudo de redes sociais de coautoria, percebidas
[...] nas relações entre pesquisadores de um mesmo grupo (endógenas) e de
grupos distintos (exógenas), [...] nas produções com mais de um autor,
expressando vínculos entre pesquisadores, configurando assim redes sociais de
colaboração científica (Sobral, 2015, p. 41).
As redes sociais de coautorias são representadas através de grafos, na qual é possível
identificar os atores, neste caso os pesquisadores que compõem a rede, bem como os nós, elos ou
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ligações que estabelecem entre si em participações de coautoria, representados por arestas (Mena-
Chalco, Digiampietri e Cesar Júnior, 2012).
3Métricas alternativas: altmetria
Dado o desenvolvimento tecnológico e o uso cada vez mais frequente das redes sociais on-
line, observa-se a preocupação em acompanhar a disseminação da informação, a visibilidade e os
canais pelos quais percorre para além dos canais formais. Como exemplo dessa realidade, alguns
pesquisadores já fazem uso de seus perfis na rede para compartilhar dados e produções de cunho
científico, de modo a trazer à população, que não se encontra na comunidade científica,
informações que possam ser úteis, além de aumentar o alcance e contribuir para o desenvolvimento
da ciência.
Pensando nisso, tem-se as métricas alternativas, que passam a ser aplicadas no contexto da
web social, incluindo a análise em redes sociais on-line, a exemplo do Facebook, YouTube,
LinkedIn e Twitter. A utilização dessas redes para divulgação científica tem permitido o
compartilhamento da produção de pesquisadores do mundo todo, em tempo recorde e amplo
alcance. Isto, por sua vez, faz com que esses estudos ganhem visibilidade e engajamento público.
Oliveira e Grácio (2012) compreendem a visibilidade como algo intrínseco à comunicação
científica, observando a possibilidade de uma fonte de informação influenciar o público a que se
destina, assim como ser recuperada e acessada quando demandada por algum indivíduo.
Nesse contexto, as redes sociais on-line surgem como um espaço para ampliar a
visibilidade da produção científica, agregando o acesso de forma mais democrática. Isto porque,
um cidadão comum pode não conhecer periódicos para acessar seu conteúdo, mas boa parte
conhece e/ou utiliza esses canais.
Barcelos e Maricato (2021) complementam ao afirmar que o engajamento público,
adquirido pela visibilidade em redes sociais on-line, em conjunto com a possibilidade de diálogo
através destas, viabiliza outras maneiras de participação e colaboração da sociedade.
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Esses novos comportamentos fizeram com que um movimento surgisse para construção de
uma métrica da informação que considerasse as particularidades da produção científica
compartilhada em redes sociais on-line. É assim que despontam os estudos sobre altmetria.
Embora a discussão a respeito da temática prescinda anos atrás, o termo altmetria surge
somente em 2010, em um tweet do pesquisador Jason Priem. No tweet, o autor menciona que
apesar de gostar do termo articlelevelmetrics, até então utilizado pela comunidade acadêmica,
percebe que este não contempla a diversidade de medidas, demonstrando uma inclinação positiva
ao uso do termo altmetrics (Priem, 2010). A menção é relativamente recente, mas impulsionou a
criação de um movimento que traria contribuições significativas para dar visibilidade e otimizar o
desenvolvimento de estudos voltados para a temática da altmetria (Priem et al., 2010).
Entende-se que a altmetria é o estudo das métricas de impacto acadêmico-científico, com
base em atividades, ferramentas, recursos e ambientes on-line. Parte da coleta de dados,
observando as plataformas em que são disseminados seu conteúdo semântico, perfis dos usuários,
hashtags, datas de publicação, interações (curtidas, comentários, compartilhamentos, número de
downloads, arquivamentos, etc), coletados de forma rápida e prática por meio de Application
Programming Interface (API), ou interface de programação de aplicações (Maricato e Lima,
2017).
O manifesto de Priem et al. (2010) apresenta críticas ao modelo de revisão por pares, o
estudo de citações e o fator de impacto, ao afirmar que não bastam para verificar o uso da
informação, uma vez que, sozinhos, não acompanham o comportamento informacional que se
desenvolve paralelamente a adoção da web social para fins de comunicação.
Um exemplo disto é a avaliação de dados do índice h, a respeito da produtividade, que para
serem analisados levam algum tempo, por vezes um trabalho pode levar anos para receber a
primeira citação. Em contrapartida, considerando as redes sociais on-line, um artigo pode receber
menção na web poucos segundos ou minutos após sua publicação (Reis, 2016).
É nessa perspectiva que as métricas alternativas oferecem contribuições, viabilizando a
análise da presença de pesquisadores e instituições em redes sociais on-line, ações, interatividade
e informações compartilhadas.
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Cabe salientar que essa métrica não tem por objetivo substituir as métricas tradicionais,
mas funcionar como uma ferramenta auxiliar, capaz de contribuir para aumentar o escopo da
pesquisa, fornecendo análise complementar às métricas já consolidadas (Nascimento, 2016).
A respeito dos indicadores altmétricos, estes vão divergir quanto à plataforma que está
sendo utilizada, de modo que cada uma gera métricas e dados diferentes, a exemplo do Facebook
em que é possível coletar os indicadores segundo a quantidade de curtidas, compartilhamentos e
interações por comentários; enquanto no Research Gate rede social on-line voltada para a
comunidade acadêmica , é possível observar os arquivos baixados (Haustein, 2016).
4 Procedimentos metodológicos
Em relação à natureza, trata-se de pesquisa básica com o intuito de “[...] gerar
conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista [...](Silva e
Menezes, 2005, p. 20).
Compreende uma pesquisa descritiva, uma vez que propõe investigar as características de
um fenômeno (Richardson, 2012), em específico, a rede social de coautoria relativa à produção
dos periódicos da área de CI, Qualis A1 e A2, sobre a temática altmetria.
Quanto aos procedimentos técnicos, caracteriza-se como bibliográfica, uma vez que é
elaborada com base nas teorias e conceitos disponibilizados em materiais publicados, e de
levantamento, pois parte da coleta de dados de citações e menções dos artigos publicados nos
periódicos científicos da CI. Quanto à forma de abordagem, tem cunho quantitativo e qualitativo,
partindo da aplicação da Análise de Redes Sociais (ARS), para melhor visualizar a completude
dos dados obtidos.
A ARS busca revelar a rede de coautoria por meio de grafos, que constituem uma forma de
representação baseada em princípios matemáticos a partir de indicadores numéricos que permitem
mensurar diferentes aspectos das redes (Oliveira, 2011). Preocupa-se, sobremaneira, com as
relações identificadas nas interações entre atores (nós) de modo que mantenham ligações fortes
(frequentes e duradouras) ou fracas (menos frequentes e efêmeras) (Silva et al., 2020).
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Os grafos ilustram os nós, ou seja, os atores envolvidos na rede, ligados/conectados por
arestas, assim como “[...] o peso (valoração) nessas redes representa a quantidade de artigos em
colaboração, a força que liga dois nós” (Oliveira, 2017, p. 20).
Dessa forma, buscou-se apresentar a rede social de coautoria em altmetria, autor-vínculo
institucional; percentual de publicação por periódico/ano e representação das temáticas
trabalhadas, por meio de nuvem de tag das palavras-chave.
Para definir o corpus da pesquisa, a priori, realizou-se um levantamento dos periódicos
nacionais da área de Comunicação e Informação e cujo foco estivesse relacionado com a CI. Esta
pesquisa considerou a consulta ao quadriênio 2017-2020 de avaliação do Qualis CAPES na
Plataforma Sucupira. O critério de Qualis A1 e A2 fora atribuído com base nas categorias de
avaliação do Qualis CAPES, considerando-se que os estratos A1 e A2 passaram a representar o
estrato A1, nível mais elevado, utilizado anteriormente (Brasil, 2023a, 2023b).
Em relação aos periódicos com estrato A1 e A2, foco desta pesquisa, se registrou seis
periódicos, sendo eles: Transinformação (A1); Informação & Sociedade: estudos (A2); Encontros
Bibli (A2); Informação & Informação (A2); Perspectivas em Ciência da Informação (A2) e Em
Questão (A2). Para a etapa da busca dos artigos sobre altmetria, definiram-se os seguintes critérios:
periódicos, tipo de produção científica, delimitação temporal, descritores para busca, indicador e
categorias de análise.
Para a rede autor-instituição, os vínculos institucionais que não estavam nas produções,
foram consultados na Plataforma Lattes, a partir do Currículo Lattes, que agrega as informações
sobre perfil, publicações e atuação de profissionais e pesquisadores, comumente utilizados no
Brasil. O Currículo tornou-se um padrão no Brasil ao ganhar notoriedade na integração de uma
base de dados de currículos de Grupos de Pesquisa, estudiosos e instituições (Plataforma Lattes,
2021).
Para os autores internacionais e/ou aqueles que não possuíam perfil no Currículo Lattes,
fez-se uma pesquisa em outras produções, no Google Scholar e, quando necessário, em redes
sociais on-line. Foram adotados os softwares Ucinet e NetDraw para representação gráfica das
redes (grafos).
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As matrizes organizadas no Excel, quando submetidas no Ucinet, programa para criação
de matriz para representação e análise de dados, podem ser convertidas em arquivo Ucinet, formato
legível pelo NetDraw, programa usado para desenho e ilustração de matrizes (Alejandro e Norman,
2005).
A escolha desses softwares/programas deu-se em razão da familiaridade no uso, além de
melhorar a organização e representação dos grafos das redes de coautoria e ator-vínculo
institucional. O Quadro 1 sintetiza os procedimentos metodológicos adotados nesta investigação.
Quadro 1 Síntese dos procedimentos metodológicos
Periódicos
Transinformação; Informação & Sociedade: estudos;
Encontros Bibli; Informação & Informação; Perspectivas em
Ciência da Informação e Em Questão
Tipo de produção científica
Artigos científicos
Delimitação temporal
2010- 2022
Descritores para busca
Altmetria, métricas alternativas, atenção on-line, indicadores
altmétricos
Indicador
Rede de coautoria
Categorias de análise
Ano de publicação, periódico, autoria, coautoria, palavras-
chave, autor-instituição
Softwares/Programas
Excel, Ucinet e Netdraw
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
Com os procedimentos definidos, deu-se a coleta em janeiro de 2023, adotando-se a
pesquisa por cada um dos termos entre aspas duplas, inseridos no mecanismo de busca dos
periódicos. Em sequência, foram representados e analisados os dados, conforme explanado na
seção a seguir.
5 Resultados e discussões
Com o levantamento e a aplicação das estratégias e descritores de busca, identificaram-se
30 artigos científicos publicados em periódicos nacionais de Qualis A, nos estratos A1 e A2,
conforme descreve o Quadro 2.
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Quadro 2 Artigos científicos sobre altmetria publicados em periódicos de CI Qualis A1 e A2
PERIÓDICO “TRANSINFORMAÇÃO”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
1
Altmetria: a métrica social a serviço de uma
ciência mais democrática
VANTI, N.; SANZ-CASADO,
E.
2016
2
Estudos altmétricos no Brasil: uma análise a partir
dos currículos da Plataforma Lattes-CNPq
GOUVEIA, F. C.
2019
3
Por métricas alternativas mais relevantes para a
América Latina
BARATA, G.
2019
4
Visibilidad e impacto altmétrico de los
investigadores de laUniversidad de Antioquia:
metodologíaaplicable a universidades
URIBE-TIRADO, A.;
OCHOA-GUTIÉRREZ, J.;
RUIZ-NUÑEZ, K.;
FAJARDO-BERMÚDEZ, M.
2019
PERIÓDICO “INFORMAÇÃO & SOCIEDADE: ESTUDOS”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
5
Impactos da altmetria: aspectos observados com
análises de perfis no Facebook e Twitter
MARICATO, J. M.; LIMA, E.
L. M.
2017
6
Citações e indicadores de impacto na avaliação de
revistas
CAREGNATO, S. E.; VANZ,
S. A. S.
2020
7
Impacto e visibilidade de publicações sobre Web
Semântica: dados de citação e de atenção on-line
ARAÚJO, R. F.; SANTAREM
SEGUNDO, J. F.; TRAVIESO-
RODRÍGUES, C.; CARAN, G.
M.
2021
PERIÓDICO “ENCONTROS BIBLI”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
8
Análise Altmétrica da Produção Científica das
Revistas brasileiras em Ciência da Informação
Qualis A1 (2011-2017) no Mendeley
BORBA, V. R.; ALVAREZ,
G. R.; CAREGNATO, S. E.
2019
9
Mega-Periódicos e altmetria: aproximações entre
novas formas de publicação e de avaliação de
impacto de resultados de pesquisa
SHINTAKU, M.;
BARCELOS, J.; ARAÚJO, R.
F.; BRITO, R. F.
2019
10
Uso de Identificadores Persistentes e Research
Blogging por Blogues Científicos em Língua
Portuguesa e sua cobertura pela Altmetric
SILVA, J. A. D.; GOUVEIA,
F. C.
2020
11
As diferentes metrias dos estudos métricos da
informação: evolução epistemológica, inter-
relações e representações
CURTY, R. G.; DELBIANCO,
N. R.
2020
12
Impacto acadêmico e atenção on-line de pesquisas
sobre inteligência artificial na área da saúde:
análise de dados bibliométricos e altmétricos
GONTIJO, M. A. C.;
ARAÚJO, R. F.
2021
13
Questões étnico-raciais na base Dimensions: dados
SANTOS, S. R. O.; ARAÚJO,
2021
12
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Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
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de produção, uso e atenção on-line
R. F.
PERIÓDICO “INFORMAÇÃO & INFORMAÇÃO”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
14
Comunicação científica e atenção on-line: em
busca de colégios virtuais que sustentam métricas
alternativas
ARAÚJO, R.F.; FURNIVAL,
A. C.
2016
15
Vantagens de citação do acesso aberto em
periódicos selecionados da Ciência da Informação:
uma análise ampliada aos indicadores altmétricos
CINTRA, P.R.; FURNIVAL,
A. C.; MILANEZ, D. H.
2017
16
Altmetria: questionamentos ao paradigma vigente
para avaliação da produção científica
CINTRA, P.R.; COSTA,
J.O.P.
2018
PERIÓDICO “INFORMAÇÃO & INFORMAÇÃO”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
17
Métricas alternativas para avaliação da produção
científica Latino-Americana: um estudo da rede
SciElo
SPATTI, A.C.; CINTRA, P.R.;
BIN, A.; ARAÚJO, R.F.
2021
PERIÓDICO “PERSPECTIVAS EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO”
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
18
Marketing científico digital e métricas alternativas
para periódicos: da visibilidade ao engajamento
ARAÚJO, R. F.
2015
19
Altmetrics: métricas alternativas de impacto
científico com base em redes sociais
BARROS, M.
2015
20
Métricas alternativas de periódicos da Ciência da
Informação
ROCHA, E. S. S.; SILVA, M.
R.
2020
21
A contribuição das métricas para o campo da
ciência da informação
OLIVEIRA, D. A.; ARAÚJO,
R. F.
2020
PERIÓDICO “EM QUESTÃO
ID
TÍTULO
AUTORIA
ANO
22
Mídias sociais e comunicação científica: análise
altmétrica em artigos de periódicos da ciência da
informação
ARAÚJO, R. F.
2015
23
Orientação temática e coeficiente de correlação
para análise comparativa entre dados altmétricos e
citações: uma análise da revista DataGramaZero
ARAÚJO, R. F.; CARAN, G.
M.; SOUZA, I. V. P.
2016
24
Análise do termo “Repositório Institucional” no
Twitter: um estudo altmétrico
BORBA, V. R.; MARINHO,
A. C. M., CAREGNATO, S.
E.
2017
25
Incipiência da visualização de indicadores
bibliométricos e altmétricos nos Repositórios
Institucionais brasileiros
REIS, J. E.; SPINOLA, A. T.
P.; AMARAL, R. M.
2017
13
ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
26
A altmetria na prática e o papel dos bibliotecários
no seu uso e aplicação
ARAÚJO, R. F.
2018
27
Visibilidade e engajamento público na web 2.0: um
estudo altmétrico a partir dos artigos publicados na
Scientific Data
BARCELOS, J.; MARICATO,
J. M.
2021
28
Indicadores altmétricos nos periódicos brasileiros
em Ciência da Informação: um panorama de
pesquisa
BORBA, V. R.;
CAREGNATO, S. E.
2021
29
Ações e estratégias voltadas para a ciência aberta
em universidades estaduais paulistas: um estudo
multicaso
RIBEIRO, N. C.; OLIVEIRA,
D. A.; SANTOS, S. R. O.
2021
30
Música e emoções: um estudo altmétrico da
produção científica de 1970 a 2019
MOREIRA, P. S. C.;
TSUNODA, D. F.
2022
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
Recuperar 30 artigos sobre altmetria em periódicos nacionais Qualis A1 e A2 na área de
Comunicação e Informação, especialmente em periódicos de CI, permite inferir os esforços a fim
de chamar atenção para o tema e contribuir para que as discussões avancem. Reis (2016) já
destacava a importância de discutir a altmetria sob diversas perspectivas, tendo em vista que é um
subcampo dos EMI que ainda está se consolidando e, portanto, é preciso ser analisado de forma
cuidadosa e ampla.
Em relação ao quantitativo de publicações por ano, constatou-se maior produção entre 2019
e 2021, com 17, dos 30 artigos, somando um percentual de 56,7%, representados no Gráfico 1.
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Gráfico 1 Quantidade de publicações sobre altmetria por ano
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
De forma geral, verificou-se uma linearidade na quantidade de produção nos anos 2015
(10,0%) e 2016 (10,0%). No ano seguinte, 2017, observou-se o primeiro aumento no número de
artigos (13,3%). Considerando o ano em que surgiu o termo (2010), mesmo após sete anos a
quantidade de publicações sobre altmetria em periódicos Qualis A1 e A2 na CI ainda era baixo.
Esse quantitativo caiu em 2018 (6,7%), abaixo, inclusive dos anos 2015 e 2016 de que datam as
primeiras publicações desse corpus.
Contudo, é em 2022 o registro de menor quantidade de artigos publicados, apenas um
(3,3%), uma linha em queda acentuada, quando comparada às demais. Isso sucedeu,
provavelmente, devido à coleta ter sido realizada ao fim do primeiro semestre de 2022, período
em que artigos podem estar em fase de elaboração, submissão, avaliação e/ou editoração pelos
periódicos.
O fato de não terem sido identificadas produções nos anos iniciais da década de 2010, pode
ser justificado pelo surgimento ainda recente do termo altmetria (Priem, 2010; Priem et al., 2010).
Além disso, a demora do processo de avaliação por pares, compreendendo desde a submissão do
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
trabalho até o aceite; e o tempo requerido para editoração em periódicos científicos, possivelmente,
pode se configurar como uma razão para a baixa quantidade de publicações no ano de 2022.
A respeito das publicações por periódico, destacou-se Em Questão, com nove artigos,
representando 30,0% do resultado recuperado, conforme ilustra o Gráfico 2.
Gráfico 2 Quantidade de publicações sobre altmetria por periódico
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
O periódico Em Questão tem demonstrado maior quantidade de produções sobre a temática
altmetria (30,0%); bem como Encontros Bibli, representando (20,0%) do corpus da pesquisa.
Juntos, reuniram 50,0% das pesquisas.
Em sequência, estão também os periódicos Informação & Informação (13,3%),
Transinformação (13,3%) e Perspectivas em Ciência da Informação (13,3%), que somam 40,0%
dos artigos recuperados. E, por fim, Informação & Sociedade: estudos, com 10,0%.
A respeito das palavras-chave, identificaram-se 71, retiradas das produções que compõem
o corpus da pesquisa, conforme nuvem de tag na Figura 1.
9
6
4 4 4
3
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Em questão Encontros Bibli Perspectivas em
Ciência da
Informação
Transinformação Informação &
Informação
Informação &
Sociedade:
Estudos
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Figura 1 Nuvem de tag das palavras-chave de artigos sobre altmetria
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
O termo “altmetria” foi o mais utilizado para representar o conteúdo das pesquisas,
aparecendo 22 vezes. Isso se dá, sobretudo, por se tratar da temática de interesse identificada no
mecanismo de busca do periódico.
Além deste, percebeu-se o uso do termo “comunicação científica” (oito), por ser um campo
de discussão intrínseco ao estudo desenvolvido, uma vez que trata dos aspectos relacionados à
“produção científica” (quatro), disseminada em periódicos científicos e compartilhada em redes
sociais on-line.
A associação de métricas tradicionais, como a “bibliometria” (seis) também foi frequente
nos estudos. Isso reitera o que Curty e Delbianco (2020) destacavam, para resultados mais
completos é interessante que seja utilizada mais de uma métrica, tendo em vista que estas não se
anulam, mas complementam o quadro de análise da produção científica.
De modo geral, as pesquisas recuperadas destacaram as “métricas alternativas” (quatro)
como estratégia eficaz para averiguar a “atenção on-line(quatro) recebida em redes sociais on-
line, como o Facebook (um) e Twitter (dois).
“Mídias sociais”, “redes sociais”, “Ciência da Informação” (três cada termo); “indicadores
altmétricos”, “divulgação científica”, “avaliação”, “periódicos científicos”, “citações” e “estudos
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
métricos da informação" (uma ocorrência cada), entre outros, foram alguns dos termos aplicados
para representação do conteúdo abordado nos artigos científicos e, comumente, estão ligados às
pesquisas sobre os EMI.
A adoção desses descritores para representar os artigos desenvolvidos sobre a temática
altmetria indica a forte relação com outras métricas e reforça um conjunto de termos característicos
dos EMI. Esse resultado torna visível uma construção coesa das discussões, a partir de um
vocabulário consistente.
A fim de verificar a rede de coautoria existente nas publicações recuperadas sobre
altmetria, elaborou-se o Grafo 1 no Ucinet e Netdraw. Perceberam-se as colaborações entre os
pesquisadores a partir das relações que estabeleceram no processo de desenvolvimento da pesquisa
científica.
Grafo 1 Rede de coautoria no domínio da altmetria em periódicos da CI, Qualis A1 e A2
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
Identificaram-se 44 nós/atores que compõem a rede de coautoria sobre altmetria;
apresentados em nove sub-redes, derivada das 30 produções inclusas na pesquisa e
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
disponibilizadas nos periódicos Transinformação, Informação & Sociedade: estudos, Perspectivas
em Ciência da Informação, Informação & Informação, Encontros Bibli e Em Questão.
Conforme o Grafo 1, identificaram-se cinco díades entre os atores Gouveia e Silva; Curty
e Delbianco; Tsunoda e Moreira; Vanti e Sanz-Casado; Rocha e Silva. Uma tríade formada pelos
atores Amaral, Reis e Spinola também foi identificada.
Destacaram-se, ainda, uma rede de quatro atores (Uribe-Tirado, Ochoa-Gutiérrez, Ruiz-
Nuñez e Fajardo-Bermúdez) e uma com cinco atores (Marinho, Caregnato, Vanz, Alvarez e
Borba). Este último grupo tendo Caregnato como central na rede construída.
Por fim, um cluster se formou entre 20 atores, tendo Araújo, de forma geral, se destacado
por seu grau de centralidade na rede de coautoria sobre altmetria em periódicos Qualis A1 e A2
em Ciência da Informação, conforme destacado no Grafo 1.
A relação entre os atores da rede explicou-se, sobremaneira, na relação entre pesquisadores
da mesma instituição e/ou departamento e na relação entre orientador-orientando. Esse resultado
ressalta o interesse dos atores em construírem pesquisas em colaboração científica, principalmente,
com pesquisadores mais próximos. Por outro lado, menos frequente, deu-se a colaboração entre
pesquisadores de instituições diferentes, inclusive de outros países.
A colaboração científica revelou-se como relevante no desenvolvimento de pesquisas sobre
a temática no recorte utilizado, com vistas a unir esforços, habilidades e competências em prol da
evolução da ciência e avanço em debates acerca da altmetria, conforme asseveram Balancieri et
al. (2005).
Observou-se o trabalho em conjunto dos pesquisadores que publicaram sobre altmetria em
periódicos nacionais voltados para a área da CI, nos estratos A1 e A2. Isso faz perceber a
preferência dos estudiosos em desenvolver pesquisas em colaboração, enriquecendo a troca de
informações e multiplicando saberes.
Sobral (2015) acrescenta que, na configuração atual, essas práticas colaborativas são bem-
vindas e até estimuladas, fazendo com que haja interação entre pesquisadores de diferentes
instituições e países, aproximando discussões e ampliando ao máximo as possibilidades de
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
interpretação e aprimoramento da teoria e metodologias, em especial, no subcampo dos estudos
altmétricos.
Três atores publicaram sozinhos, foram eles: Barros, Barata e Araújo. Este último, ator
central do maior cluster da rede, publicou dois artigos sozinho. Mas, de modo geral, demonstrou
maior frequência em desenvolver pesquisas em coautoria e se sobressaiu como pesquisador com
mais produções sobre a temática.
A rede de coautoria, anteriormente representada, descortina os nomes responsáveis por
parte da produção sobre altmetria no Brasil. Isso contribui para que outros pesquisadores
conheçam quem tem se dedicado a esses estudos e de que forma vêm contribuindo ao verificar
suas produções nos periódicos científicos.
Além da rede de coautoria, buscou-se retratar os elos entre pesquisadores e instituição a
que se vinculam, construindo uma rede ator-instituição, conforme Grafo 2.
Grafo 2 Rede ator-vínculo institucional no donio da altmetria em periódicos da CI, Qualis A1 e A2
Fonte: Dados da pesquisa (2023)
20
ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Percebeu-se, por meio da vinculação acadêmica/institucional dos autores, a rede ator-
vinculação institucional que pode despontar para reflexões acerca das colaborações
interinstitucionais. Identificaram-se 23 instituições, sendo 18 no Brasil, a saber:
a) Região Nordeste (três): Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN);
b) Região Sul (duas): Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Universidade Federal do Rio
grande do Sul (UFRGS);
c) Região Sudeste (onze): Centro Universitário Central Paulista (Unicep), Fundação de Apoio
à Escola Técnica (Faetec), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Lavras
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade de São Paulo
(USP);
d) Região Centro-Oeste (duas): Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal de
Goiás (UFG).
A maior parte dos vínculos institucionais dos atores da rede de coautoria esteve ligada às
instituições da Região Sudeste (61,1%), seguido pelas regiões Nordeste (16,7%), Sul (11,1%) e
Centro-Oeste (11,1%), consecutivamente. Por outro lado, nenhuma instituição da Região Norte foi
identificada. Isto pode ser justificado em razão da falta de Programas de Pós-graduação em Ciência
da Informação na Região Norte do país (Araújo e Valentim, 2019).
É importante destacar, ademais, a vinculação dos atores em cinco instituições
internacionais: Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB), Universidad Carlos III
(Madrid), Universidad de Salamanca (Espanha), Universidad de Antioquia (Colômbia) e Simon
Fraser University (Canadá).
Observou-se, ainda, a vinculação acadêmica dupla em alguns atores, como Araújo (UFMG,
UFAL), isto porque uma de suas publicações ocorreu quando doutorando na UFMG, e outra como
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
docente da UFAL. O mesmo aconteceu nos casos de Borba, Ribeiro, Barata, Barcelos e Reis, que
mostraram dois vínculos, quando associados à instituição em que atuam e nas ocasiões em que se
encontravam vinculados à instituição como discentes.
Reunir o nome dos pesquisadores que têm voltado suas pesquisas para o tema da altmetria
permite agregar um conjunto de referências que podem ser usadas para se aprofundar nas métricas
alternativas e visualizar a quantidade de pesquisas desenvolvidas. Esses resultados destacam uma
parte da rede de coautoria no domínio da altmetria, considerando o recorte da pesquisa e traz
indícios do cenário no qual se encontra. Isto, quem sabe, incentive mais investigações.
6 Conclusões
A Internet, bem como as TDIC, modificou diversas esferas do cotidiano e, inegavelmente,
também trouxe impactos na comunicação científica que se de forma mais rápida e ampla. Na
perspectiva dos periódicos científicos, fontes formais de informação privilegiada, tem-se a
avaliação de sua produção, através do Qualis Periódico, que os categoriza em estratos segundo a
qualidade da informação que veiculam, considerando aspectos como colaboradores/pesquisadores,
periodicidade, pesquisa de impacto e uso das publicações, dentre outros.
Esta é uma das formas de avaliar a produção científica, qualitativamente, assim como a
avaliação por pares feita entre os pesquisadores durante a submissão de uma pesquisa para análise
e posterior publicação em periódicos científicos.
Há, por outro lado, outras formas de avaliar essa produção, como por exemplo através dos
Estudos Métricos da Informação, disciplina que encontra campo fértil na Ciência da Informação.
Desde as métricas mais tradicionais como a bibliometria e cientometria, até as mais atuais,
webometria e arquivometria, constituem uma estratégia eficaz para análise quantitativa.
Mais recentemente, tem-se discutido sobre um conjunto de métricas alternativas que, como
o nome indica, vem como opção além das métricas existentes. A altmetria surge para
complementar as métricas tradicionais e acompanhar as novas formas de acessar e disseminar
conteúdo.
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Nesse ínterim, a avaliação da produção científica passaria a assumir outras características
que, com a altmetria, seria possível mensurar, a exemplo da visibilidade das produções científicas
em redes sociais on-line, engajamento do público através da verificação de curtidas,
compartilhamentos, comentários, entre outros. A participação ativa da comunicação em discussões
acerca do conhecimento científico beneficia a todos, no sentido de enriquecer a troca de ideias.
Os estudos de redes sociais, ao contrário da altmetria, não são tão recentes e têm sido
aplicados juntos aos EMI como forma de obter e analisar informações complementares. É nessa
perspectiva que este estudo foi desenvolvido, com o objetivo de analisar a rede de coautoria da
temática altmetria em periódicos nacionais da Ciência da Informação.
Os resultados apontaram que, obteve-se um quantitativo maior de publicações no período
entre 2019 e 2021 e, mesmo observada a queda em alguns anos, a produção manteve-se de forma
linear em sua maioria. Isso destaca os esforços de pesquisadores em manterem-se estudando a
temática e contribuir para avanços nas discussões.
Quanto aos periódicos, Em Questão e Encontros Bibli reuniram 50,0% das pesquisas que
compuseram o corpus da pesquisa. Apesar de terem sido criadas em anos distintos, 2003 e 1996,
respectivamente, é neles que a temática tem ganhado palco com mais frequência. O fato de
possuírem perfis em redes sociais on-line, como é o caso de Em Questão (Facebook, Instagram e
Twitter) pode ter colaborado para o interesse na temática. Encontros Bibli, por sua vez, informa
indicadores de impacto da sua produção na interface do site.
Para ilustrar os termos que foram utilizados com vistas a representar o conteúdo dos artigos,
a nuvem de tag das palavras-chave foi elaborada e reforçou as palavras mais frequentes quando
discutida a temática altmetria, cabendo destacar os termos com maior número de ocorrências,
como: Altmetria (22), Comunicação científica (oito), Bibliometria (seis), Produção científica
(quatro), Métricas alternativas (quatro) e Atenção on-line (quatro). Além desses, também surgiram
termos comumente associados aos estudos altmétricos: visibilidade, engajamento, divulgação
científica, avaliação, periódicos científicos, citações, estudos métricos da informação, impacto e
marketing científico digital, entre outros.
23
ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Identificaram-se 44 nós/atores que compuseram a rede de coautoria sobre altmetria;
apresentados em nove sub-redes, derivadas dos 30 artigos publicados nos periódicos
Transinformação, Informação & Sociedade: estudos, Perspectivas em Ciência da Informação,
Informação & Informação, Encontros Bibli e Em Questão.
Visualizaram-se cinco díades, uma tríade, uma rede com quatro e outra com cinco atores,
além de um cluster com 20 atores. Em especial, destacaram-se Araújo, R. F. e Caregnato, S. E. O
primeiro deles, com o maior número de publicações, mostrou-se inserido em grau de centralidade
na rede, tendo produzido quase que a totalidade dos artigos em colaboração com outros
pesquisadores.
Esse resultado denotou o desenvolvimento conjunto de pesquisas sobre altmetria. Fato
importante que reitera os benefícios de fazer ciência de forma colaborativa, como a troca de saberes
e experiências, a divisão de tarefas e a otimização do tempo.
Considerando os vínculos institucionais dos atores da rede de coautoria, a maioria estão
situados na Região Sudeste (13), seguido pelas regiões Nordeste (três), Sul (dois) e Centro-Oeste
(dois), consecutivamente. Até mesmo instituições estrangeiras figuraram vinculadas aos
pesquisadores, como Universidad Carlos III (Madrid), Simon Fraser University (Canadá) e
Universidad de Antioquia (Colômbia). Por outro lado, nenhuma instituição da Região Norte foi
identificada.
Os dados obtidos levaram a inferir sobre a rede de pesquisadores que estudam o tema da
altmetria, os periódicos mais bem avaliados pelo Qualis que têm publicado estas pesquisas, a
visibilidade de suas produções nas redes sociais on-line no Twitter e Facebook, além de verificar
a possibilidade das variáveis menções e citações estarem, ou não, de alguma forma,
correlacionadas.
Essas informações fazem refletir sobre parte do panorama das produções sobre altmetria
na Ciência da Informação brasileira. Instiga, assim, quanto à relevância da altmetria e como ela
pode popularizar o conhecimento científico na sociedade em geral, engajando discussões nas
redes, e na comunidade científica que pode debruçar-se sobre o tema e contribuir com avanços
teóricos e metodológicos.
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ARAÚJO, Joana Ferreira de; SILVA, Alzira Karla Araújo da. Altmetria e Redes Sociais de Coautoria na Produção
Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
Science: research trends, vol.17, publicação contínua, 2023, e023040. DOI: 10.36311/1981-
1640.2023.v17.e023040.
Notas
(1) O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).
Referências
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centralidade. 2005.
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SciELO. “Em Questão”, Porto Alegre, vol. 28, no. 4, 2022, p. 1-26,
https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/119493/86129. Acessado 24 set. 2023.
Araújo, C. A. Á., e Valentim, M. L. P. “A Ciência da Informação no Brasil: mapeamento da pesquisa e
cenário institucional”. Bibliotecas: Anales de Investigación, vol. 15, no. 2, 2019, p. 1-18,
https://brapci.inf.br/index.php/res/v/112206. Acessado 24 set. 2023.
Balancieri, R.,et al. A análise de redes de colaboração científica sob as novas tecnologias de informação
e comunicação: um estudo na plataforma lattes. Ciência da Informação, vol. 34, no. 1, 2005, p.
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Barcelos, J., e Maricato, J. M. Visibilidade e engajamento público na web 2.0: um estudo altmétrico a
partir dos artigos publicados na Scientific Data. Em Questão, vol. 27, no. 1, jan./mar. 2021, p.
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Brasil. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Documento técnico do Qualis Periódico, 2023a, https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-
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2017/DocumentotcnicoQualisPeridicosfinal.pdf. Acessado 27 jan. 2023.
Costa, L. et al. Uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. World Wide Fund
For Nature, 2003.
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Científica: análise em periódicos nacionais da Ciência da Informação. Brazilian Journal of Information
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Received: 19/04/2023 Accepted: 29/09/2023