1
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
SOBRE RISCOS DE CONHECIMENTO
Systematic literature review about knowledge risks
João Sérgio Lima (1), Lillian Alvares (2), Rodrigo Leonardi (3)
(1) Universidade de Brasília, Brasil, joaosergio.lima@outlook.com
(2) lillianalvares@unb.br
(3) rodrigo.leonardi@aeb.gov.br
Resumo
A gestão dos riscos de conhecimento vem se desenvolvendo como uma nova área de pesquisa relacionada
à gestão do conhecimento e ao capital intelectual. Apesar do interesse científico pelo tema ter crescido nos
últimos anos, ainda se faz necessário conhecer os riscos informacionais envolvidos nos processos de
produção, de modo que o objetivo deste artigo é apresentar uma Revisão Sistemática dos distintos tipos de
riscos de conhecimento encontrados na literatura. Como procedimento metodológico para conduzir a RSL,
foram seguidas as diretrizes propostas por Yu Xiao e Maria Watson, que estabelecem oito etapas para a
condução de uma revisão de literatura. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram
selecionados 24 documentos. Como resultado foi possível consolidar os principais riscos mencionados nos
documentos selecionados, quais sejam, perda de conhecimento; vazamento de conhecimento;
transbordamento de conhecimento; desgaste do conhecimento; ocultação do conhecimento; acúmulo de
conhecimento; terceirização do conhecimento e lacunas de conhecimento. Como conclusão é possível
afirmar que é necessário maior aprofundamento acerca dos riscos de conhecimento, idealmente por mais
pesquisadores que venham a se interessar pelo tema
Palavras-chave: Riscos de conhecimento; Gestão do conhecimento; Revisão Sistemática de Literatura.
Abstract
Knowledge risk management has been developing as a new area of research related to knowledge
management and intellectual capital. Although scientific interest in the topic has grown in recent years, it
is still necessary to know the informational risks involved in the production processes, in this sense, the
objective of this article is to present a Systematic Review of the different types of Knowledge Risks found
in the literature. As a methodological procedure to conduct SLR, the guidelines proposed by Yu Xiao and
Maria Watson were followed, which establish eight steps for conducting a literature review. After applying
the inclusion and exclusion criteria, 24 documents were selected. As a result, it was possible to consolidate
2
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
the main risks mentioned in the selected documents, namely, Knowledge Loss; Knowledge Leakage;
Knowledge Spillover; Knowledge Attrition; Knowledge Hiding; Knowledge Hoarding; Knowledge
Outsourcing and Knowledge Gaps. In conclusion, it is possible to affirm that it is necessary to go deeper
into Knowledge Risks, ideally by more researchers who may become interested in the topic.
Keywords: Knowledge Risks; Knowledge management; Systematic Literature Review.
1 Introdução
Na concepção de Alvarez e Caregnato (2017), com o fim da II Guerra Mundial observou-
se um relevante incremento da quantidade de informação científica e tecnológica, que, aliado ao
progresso das tecnologias da informão e comunicação causaram uma “explosão de informação”
que influenciou no aumento da produção do conhecimento.
Em decorrência desse aumento da disponibilidade das informações, diversas
transformações sociais, tecnológicas, econômicas e culturais se uniram e deram origem a uma nova
forma de sociedade, denominada Sociedade em Rede, onde conhecimento e informação tornaram-
se elementos fundamentais em todos os modos de desenvolvimento, de modo que o processo de
produção passou a ser sempre baseado em algum grau de conhecimento e no processamento da
informação (Castells 2019).
Nesse sentido, com a disseminação do acesso à informação, surgiram fontes ilimitadas de
informação e conhecimento disponíveis, caracterizando a transição para a Era do Conhecimento,
em detrimento da Era Industrial. Nesse novo contexto, uma organização é considerada como parte
da Era do Conhecimento quando é capaz de aprender, reter e atuar com base nas melhores
informações, conhecimentos e know-how disponíveis (Dalkir 2011).
Assim, de acordo com Dalkir (2011), a habilidade de gerenciar o conhecimento é crucial
na economia do conhecimento, de forma que sua criação e difusão se transformaram em fatores
importantes de competitividade, tornando o conhecimento uma commodity inserida nos produtos
das organizações.
Até recentemente, a maioria das teorias eram focadas em explicar o conhecimento como
algo positivo que as organizações precisam gerenciar para obter o máximo benefício, de modo que
3
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
as organizações se concentraram principalmente em encontrar e desenvolver o conhecimento certo
e usá-lo a seu favor (Durst e Zieba 2019).
Ocorre que desenvolvimentos teóricos recentes revelaram que essa abordagem não é mais
suficiente:
As organizações precisam reconsiderar suas abordagens de GC para incluir os
riscos do conhecimento em potencial que eles também podem enfrentar. De fato,
uma gestão eficaz dos riscos de conhecimento é necessária para fazer uma possível
mudança estratégica rápida para abordar as suposições sobre o que é necessário
para ter sucesso (Durst e Zieba 2019 p. 1).
Durst e Zieba (2019 p. 2) definem Riscos de Conhecimento como uma medida da
probabilidade e da gravidade de efeitos adversos de quaisquer atividades relacionadas de alguma
forma ao conhecimento que possam afetar o funcionamento de uma organização em qualquer
nível.
Nessa perspectiva, dada a importância que a informação e o conhecimento passaram a ter
nos processos de produção, se faz necessário conhecer os riscos informacionais envolvidos nesses
processos, bem como buscar meios para identificá-los e eventualmente mitigá-los. Neste sentido,
o objetivo deste artigo é apresentar uma revisão sistemática dos distintos tipos de Riscos de
Conhecimento encontrados na literatura.
A relevância do presente artigo para a Ciência da Informação, além de apresentar um estudo
sobre Riscos de Conhecimento, reside no método proposto para apresentação do tema, de uma
Revisão Sistemática da Literatura. Conforme observado por Cerrao et al. (2018 p. 113), a adoção
do método de Revisão Sistemática pelos pesquisadores da Ciência da Informação no Brasil ainda
é pequena e pouco retratada nas pesquisas científicas indexadas nas principais bases de dados
científicos da área, em comparação com a quantidade total de pesquisas das referidas bases.
O texto está dividido em quatro seções, incluindo esta introdução, onde são apresentadas a
definição e importância dos Riscos de Conhecimento, a relevância do estudo para a Ciência da
Informação, bem como o objetivo do artigo. Na segunda seção são explicitados, de forma
detalhada, os procedimentos metodológicos utilizados para a elaboração de uma Revisão
Sistemática de Literatura. A terceira seção apresenta os resultados da RSL, seus achados, com
subdivisões que detalham cada um dos Riscos de Conhecimento que foram identificados nos
4
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
documentos selecionados. Na quarta e última seção, encontram-se as conclusões do artigo, nas
quais as informações apresentadas são revisitadas e consolidadas com o intuito de fornecer
uma consolidação de conceitos das categorias dos riscos que foram identificados, bem como quais
dos documentos selecionados os explicitaram.
2 Procedimentos metodológicos
Realizou-se uma revisão sistemática acerca dos diferentes tipos de riscos de conhecimento
que podem ser identificados na literatura científica.
Com o intuito de melhor elucidar a relevância das revisões sistemáticas, será utilizada a
definição a seguir:
As revisões sistemáticas podem ser amplamente definidas como um tipo de síntese
de pesquisa conduzida por grupos de revisão com habilidades especializadas, que
se propõem a identificar e recuperar evidências internacionais relevantes para uma
ou mais perguntas em particular e avaliar e sintetizar os resultados dessa pesquisa
para informar a prática, a política e, em alguns casos, pesquisas adicionais [...]
seguindo um processo estruturado e pré-definido que requer métodos rigorosos
para garantir que os resultados sejam confiáveis e significativos para os usuários
finais (Munn et al. 2018 p. 2).
Para sua elaboração foram seguidas as diretrizes de Xiao e Watson (2017), que estabelecem
as oito etapas para a condução de uma revisão de literatura, conforme Figura 1, a seguir:
5
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Figura 1 Processo de Revisão Sistemática da Literatura
Fonte: Adaptado de Xiao e Watson (2017)
2.1 Planejando a RSL
A fase de planejamento da revisão é composta de duas etapas, 1 Formulação do problema;
e 2 Desenvolvimento e validação do protocolo de revisão, que serão detalhadas a seguir:
2.1.1 Formulação do problema
A importância da pesquisa sobre os Riscos de Conhecimento fora apresentada na seção de
introdução deste artigo. Ocorre que, apesar de se reconhecer a necessidade de se aprofundar nos
estudos sobre o tema, de acordo com Durst e Zieba (2019), a literatura sobre os Riscos de
Conhecimento é bastante escassa e fragmentada, pois apesar de existirem alguns estudos
disponíveis, apresentam apenas riscos selecionados e, portanto, métodos desiguais, gerando
eventualmente nomenclaturas distintas para o mesmo tipo de risco.
Assim, por meio desta Revisão de Literatura pretende-se responder a seguinte questão:
Quais são os Riscos de Conhecimento identificados na literatura referente à gestão do
conhecimento ou ao conhecimento organizacional?
Etapa 1: Formular o problema
Etapa 2: Desenvolver e validar o protocolo de revisão
Planejando
a Revisão
Etapa 3: Pesquisar a literatura
Etapa 4: Fazer triagem para inclusão
Etapa 5: Avaliar a qualidade
Etapa 6: Extrair dados
Etapa 7: Analisar e sintetizar dados
Conduzindo
a Revisão
Etapa 8: Relatar as descobertas
Relatando a
Revisão
Revisar título
Revisar resumo
Revisar texto completo
6
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
2.1.2 Desenvolvimento e validação do Protocolo de Revisão
De acordo com Klein et al. (2001), transdisciplinaridade distingue-se de
interdisciplinaridade e multidisciplinaridade por tratar-se de uma forma de aprendizado e resolução
de problemas que envolve a cooperação entre diferentes partes da sociedade e da academia para
enfrentar desafios complexos da sociedade, partindo de problemas tangíveis e reais, de modo que
as soluções são elaboradas em colaboração com múltiplos interessados.
Assim, devido à transdisciplinaridade que envolve o tema Riscos de Conhecimento, que
também é relacionado à gestão do conhecimento, bem como o conhecimento organizacional, na
busca pela literatura foram utilizados os descritores a seguir, com eventuais variações entre as
bases: "knowledge risk*" AND ("knowledge management" OR "organi*ational knowledge").
A busca por meio desses descritores ocorreu nos títulos, palavras-chaves e resumo dos
artigos, escritos em português ou inglês. O Quadro 1 explicita os critérios de inclusão ou exclusão
que foram utilizados.
Quadro 1 Critérios de inclusão e exclusão
Tipo de Critério
Detalhamento
Inclusão
Tipos de documentos: artigos publicados em periódicos, anais e capítulos
de livros.
Revisados por pares;
Publicados nos últimos dez anos (entre 2002 e 2022);
Publicações em português ou inglês.
Exclusão
Publicações repetidas;
Publicações em idioma diferente ao português ou inglês;
Artigos publicados antes de 2002;
Não respondem ao problema de pesquisa.
Fonte: Os autores (2022)
2.2 Conduzindo a RSL
A fase de condução da revisão foi composta de cinco etapas: 1. Pesquisa na Literatura; 2.
Triagem para Inclusão; 3. Avaliação da Qualidade; 4. Extração de Dados; e 5. Análise e Síntese
dos Dados.
7
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
2.2.1 Pesquisa na Literatura
As bases de dados utilizadas e a quantidade de resultados em cada uma dela estão elencadas
a seguir, na Tabela 1.
Tabela 1- Resultado de busca inicial nas bases de dados selecionadas
Base de dados
Scopus
Web of Science
BASE
Total
Fonte: Os autores (2022)
Escolheu-se a Scopus por ser a maior base de resumos e citações da literatura revisada por
pares; a Web of Science por ter sido projetada para apoiar pesquisas científicas e acadêmicas com
cobertura nas áreas de ciências, ciências sociais, artes e humanidades e a plataforma BASE por ser
um dos mecanismos de busca mais volumosos, com mais de 8.000 provedores de conteúdo de
acesso aberto.
Para tratamento dos dados, utilizou-se a ferramenta Rayyan. Trata-se de aplicativo
desenvolvido para agilizar a triagem inicial de resumos e títulos, por meio de um processo de semi-
automação, com o intuito de facilitar a triagem. (Ouzzani et al. 2016).
Inicialmente, foram excluídos 28 documentos repetidos, restando 55, conforme demonstra
a Figura 2.
Figura 2 Quantidade de documentos restante após exclusão dos repetidos
Fonte: Extraído do Rayyan pelos autores (2022)
8
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
2.2.2 Triagem para inclusão
Para triagem de inclusão e exclusão, foram utilizados os critérios já explicitados no Quadro
1. Para a triagem inicial, foram lidos os resumos de cada um dos documentos restante, passíveis
de responder ao problema de pesquisa.
Utilizando-se desses critérios, foram selecionados 29 documentos, conforme Figura 3.
Figura 3 Quantidade de documentos restante após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão
Fonte: Extraído do Rayyan pelos autores (2022)
2.2.3 Avaliação da Qualidade
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão explicitados no Quadro 1, cada um
dos documentos teve seu inteiro teor avaliado, restando 24 documentos. Ao conferir se os critérios
de inclusão e exclusão foram atendidos, buscou-se incluir todos os estudos importantes e
relevantes para o atendimento do problema de pesquisa.
2.2.4 Extração de Dados
Para triagem de inclusão e exclusão, foram utilizados os critérios já explicitados no Quadro
1. Para a triagem inicial, foram lidos os resumos de cada um dos documentos restante, passíveis
de responder ao problema de pesquisa.
Após a definição da quantidade de artigos a ser utilizada, foi elaborado um quadro resumo,
listando cada um dos selecionados, conforme Quadro 2.
Quadro 2 Relação dos documentos selecionados
#
Autor/Data
Título
01
(Nakash e Bouhnik 2022)
Risks in the absence of optimal knowledge management in knowledge-
intensive organizations
9
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
02
(Hammoda e Durst 2022)
A taxonomy of knowledge risks for healthcare organizations
03
(Foli 2022)
Total interpretive structural modelling (TISM) and MICMAC approach
in analysing knowledge risks in ICT-supported collaborative project
04
(Durst 2022)
Knowledge Risk Management in Organizations: Findings from Latin
America
05
(Zieba et al. 2022)
The impact of knowledge risk management on sustainability
06
(Temel e Durst 2021)
Knowledge risk prevention strategies for handling new technological
innovations in small businesses
07
(Ayinde et al. 2021)
Knowledge audit as an important tool in organizational management: A
review of literature
08
(Thalmann e Ilvonen 2020)
Why Should We Investigate Knowledge Risks Incidents? - Lessons from
Four Cases.
09
(Cavaco e Muniz Junior
2020)
Knowledge-Based Risk Management Model: Application in Energy
Infrastructure Projects
10
(Bratianu et al. 2020)
The Impact of Knowledge Risk on Sustainability of Firms
11
(Durst et al. 2020)
Knowledge risk management in the public sector: insights into a Swedish
municipality
12
(Durst e Zieba 2020)
Knowledge risks inherent in business sustainability
13
(Durst et al. 2019)
The linkage between knowledge risk management and organizational
performance
14
(Akhavan et al. 2019)
Extracting and prioritizing knowledge risk components by considering
the knowledge map
15
(Durst e Zieba 2019)
Mapping knowledge risks: towards a better understanding of knowledge
management
16
(Durst 2019)
How far have we come with the study of knowledge risks?
17
(Müller e Mueller 2019)
Knowledge Risk Manangement How to Manage Future Knowledge
Loss
18
(Zieba e Durst 2018)
Knowledge Risks in the Sharing Economy
19
(Durst e Zieba 2017)
Knowledge risks - towards a taxonomy
20
(Durst e Ferenhof 2016)
Knowledge Risk Management in Turbulent Times
21
(Durst et al. 2015)
Understanding knowledge leakage: a review of previous studies
22
(Durst e Ferenhof 2014)
Knowledge Leakages and Ways to Reduce Them in Small and Medium-
Sized Enterprises (SMEs)
23
(Bratianu 2018)
A Holistic Approach to Knowledge Risk
24
(Trkman e Desouza 2012)
Knowledge risks in organizational networks: An exploratory framework
Fonte: Os autores (2022)
2.2.5 Análise e Síntese dos Dados
Os documentos selecionados foram analisados de forma a buscar identificar os Riscos de
Conhecimento existentes, respondendo, assim, ao problema de pesquisa e atingindo,
consequentemente, o intuito desta RSL.
10
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
2.3 Relatando a RSL
A terceira e última fase, a de relatoria da RSL, é composta apenas de uma etapa, que é a de
relatar as descobertas da pesquisa.
2.3.1 Relato das descobertas
Por meio da análise dos dados, identificaram-se os Riscos de Conhecimento explicitados
na Tabela 2, a seguir:
Tabela 2- Riscos de Conhecimento identificados
Risco identificado
Quantidade dos artigos selecionados que
mencionaram o termo
Perda de conhecimento
17
Vazamento de conhceimento
16
Transbordamento de conhecimento
11
Desgaste do conhecimento
12
Ocultação do conhecimento
12
Acúmulo de conhecimento
11
Terceirização do conhecimento
19
Lacunas de conhecimento
14
Fonte: Os autores (2022)
A análise desses riscos e a consolidação dos resultados identificados nos documentos
selecionados serão apresentados na seção 03, a seguir.
3 Resultados
A gestão dos riscos de conhecimento vem se desenvolvendo como uma nova área de
pesquisa relacionada à gestão do conhecimento e ao capital intelectual. Não obstante, apesar do
interesse científico pelo tema ter crescido nos últimos anos, ainda não é possível afirmar que
existam definições e estudos consolidados, de modo que se faz necessário pesquisá-la com mais
rigor (Bratianu 2018; Durst 2019; Durst e Henschel 2020; Massingham 2010).
Nesta seção serão demonstrados os resultados da RSL, explicitando como os Riscos de
Conhecimento foram identificados nos documentos selecionados, que foram consolidados na
11
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Figura 4, elaborada pela ferramenta Litmaps, que permite navegar pela literatura selecionada com
visualizações interativas de redes de citação.
Figura 4 Rede de citações sobre o tema Riscos do Conhecimento nos documentos selecionados
Fonte: Extraído do Litmaps pelos autores (2022)
Na Figura 5 é possível identificar, no eixo horizontal, a produção acadêmica acerca do tema
no decorrer dos últimos dez anos. De fato, nos últimos quatro anos é possível observar um aumento
na quantidade de citações sobre os Riscos de Conhecimento, conforme verificado a seguir:
12
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Figura 5 Evolução das citações sobre Riscos de Conhecimento
Fonte: Extraído da Web of Science pelos autores (2022)
Dos artigos selecionados, destaca-se a produção de Susanne Durst, da Tallinn University
of Technology, Estônia. Ela consta como ao menos um dos autores de 14 dos 24 documentos. É
possível perceber em toda sua produção científica sua contribuição para a pesquisa sobre os Riscos
do Conhecimento.
A Figura 6, a seguir, deixa clara a rede de produção e citações construída a partir da
produção de Susanne Durst.
13
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Figura 6 Visualização de Rede de Relações de Citações da autora com mais produção sobre o tema
Fonte: Extraído do VOSviewer pelos autores (2022)
Dentre os pesquisadores brasileiros, três dos documentos selecionados foram elaborados
em coautoria com Helio Ferenhof, da Universidade Federal de Santa Catarina, quais sejam: Durst
e Ferenhof (2014); Durst et al. (2015) e Durst e Ferenhof (2016).
A seguir serão relatados cada um dos Riscos identificados.
3.1 Perda de conhecimento (Knowledge Loss)
Dentre os riscos identificados, a perda de conhecimento foi verificada em 17 dos
documentos selecionados. Apesar de não ser o risco explicitado na maior quantidade dos
documentos (ver Tabela 2), foi o mais detalhado pelas pesquisas selecionadas.
De acordo com Müller e Mueller (2019), o risco de perda de conhecimento deve ser o
primeiro a ser controlado, pois a despeito da importância dos demais Riscos de Conhecimento, os
Riscos do Conhecimento do pessoal são de particular importância no contexto da gestão do capital
humano.
14
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
No mesmo sentido, Zieba e Durst (2018), esclarecem que perda de conhecimento é uma
das razões potenciais para a perda de vantagem competitiva pelas organizações, tornando-se um
fator crítico que não pode ser ignorado.
A perda de conhecimento pode ser definida como uma situação em que uma organização
perde parte ou todo o seu conhecimento crítico como resultado, por exemplo, da saída de um
funcionário de uma empresa, da cooptação de funcionários ou de algumas falhas técnicas (Zieba e
Durst 2018).
Ocorre quando um indivíduo com conhecimento valioso sai de uma organização. O
problema é crescente devido à mobilidade da força de trabalho e ao envelhecimento natural dos
empregados e influencia diretamente na dinâmica do conhecimento organizacional (Bratianu
2018; Massingham 2018).
3.2 Vazamento de conhecimento (Knowledge leakage)
Apesar de alguns autores considerarem o vazamento como uma espécie de perda de
conhecimento (Durst 2015), ele pode ser definido como um risco próprio.
Na concepção de Bratianu (2018 p. 598) a perda de conhecimento ocorre como resultado
da saída de funcionários, de modo que o risco é gerado por não ter mais aquele conhecimento
crítico necessário no processo produtivo. O vazamento de conhecimento, por sua vez, seria uma
metáfora para o conhecimento que escapa de um determinado confinamento ou fronteira e é
utilizado por outros, com possíveis efeitos negativos para os detentores originais desse
conhecimento, principalmente quando se trata de vantagem competitiva.
Pode ser definido como a perda, deliberada ou acidental, de conhecimento para algum ator
não autorizado dentro ou fora de um limite organizacional, resultando na transferência de
conhecimento organizacional sensível para pessoas não autorizadas (Zieba e Durst 2018)
3.3 Transbordamento de conhecimento (Knowledge Spillover)
O Transbordamento de conhecimento, de acordo com Bratianu (2018 p. 598) é uma
metáfora para o conhecimento que extrapola a fronteira de uma empresa para outras empresas
15
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
como usuárias desse conhecimento, o que pode levar ao risco de redução ou perda da vantagem
competitiva.
Pode ser definido como uma situação em que o conhecimento crítico é transbordado da
organização para os concorrentes que usam esse conhecimento para obter vantagem competitiva
(Durst e Zieba 2017).
3.4 Desgaste do conhecimento (Knowledge Attrition)
É decorrente da alta rotatividade de pessoal ou ausência de longo prazo, e pode ser
influenciado por uma situação financeira precária nas atividades relacionadas à gestão do
conhecimento e planejamento sucessório (Durst e Ferenhof 2016).
Trata-se de processo por meio do qual o conhecimento torna-se obsoleto devido a novas
invenções, progresso no estado da arte, etc., ou corrompido, em decorrência de uso inadequado ou
por longa espera até sua utilização (Durst e Zieba 2019).
3.5 Ocultação do conhecimento (Knowledge Hiding)
Trata-se de risco relacionado à dimensão humana dos Riscos de Conhecimento onde
percebe-se a tentativa intencional de reter ou ocultar o conhecimento que foi solicitado por outra
pessoa (Durst Zieba 2019; Temel e Durst 2021).
Como contra argumento, Bratianu (2018) argumenta que a ocultação do conhecimento
pode ser interpretada como um risco somente quando há uma cultura organizacional que estimula
seu compartilhamento, pois em caso contrário essa ocultação faz parte da vida organizacional
normal, uma vez que o compartilhamento de conhecimento não é um fenômeno generalizado.
3.6 Acúmulo de conhecimento (Knowledge Hoarding)
O acúmulo de conhecimento é um problema potencial em muitas organizações, pois
diminui o compartilhamento de conhecimento e influencia a cultura organizacional (Durst e Zieba
2019).
16
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Ocorre quando o conhecimento é retido, pois não foi solicitado por qualquer pessoa, de
modo que ele é acumulado e pode ou não ser utilizado posteriormente (Durst e Zieba 2017; Temel
e Durst 2021)
Há uma certa similaridade entre Ocultação e Acumulação do Conhecimento, uma vez que
ambos podem ser classificados como retenção de conhecimento. No entanto, de acordo com Durst
e Zieba (2017 p. 56), a ocultação de conhecimento, ocorre por exemplo quando um funcionário é
solicitado a fornecer conhecimento específico, mas não o revela, enquanto no caso de acumulação
de conhecimento, o conhecimento não fora revelado, pois não foi diretamente solicitado.
3.7 Terceirização do conhecimento (Knowledge Outsourcing)
A terceirização pode ser definida como a transferência de uma atividade ou função
comercial de uma empresa para um contratado externo que assume o controle dos insumos da
atividade e, em seguida, executa essa função, vendendo-a de volta para a instituição (Durst e Zieba
2019 p. 5).
De acordo com Durst (2022 p. 13), os riscos de terceirização do conhecimento estão
relacionados a uma situação em que, como resultado da transferência de uma atividade de negócios
para um contratado externo, a organização pode perder suas habilidades e capacidades para
desempenhar funções válidas por conta própria.
A opção por terceirizar as atividades deve ser sucedida de uma intensiva análise de custos-
benefícios, pois pode haver o risco de perder habilidades e capacidades necessárias para realizar
processos de conhecimento central, além de uma degradação da expertise, e, finalmente, o risco
de renunciar ao desenvolvimento da base de conhecimento (Durst e Zieba 2017).
3.8 Lacunas de conhecimento (Knowledge Gap)
Trata-se de uma incompatibilidade entre o que uma empresa sabe e o que ela realmente
deveria saber, o que pode levar a uma superestimação de suas próprias capacidades (Durst e Zieba
2017; Temel e Durst 2021).
As organizações devem avaliar cuidadosamente suas políticas de contratação e
terceirização para preencher possíveis lacunas de conhecimento, pois por meio de uma análise do
17
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
conhecimento possuído e o necessário para as operações da empresa (presentes e futuras), é
possível estabelecer medidas para se obter o conhecimento ausente, seja ele de fontes internas ou
externas, de modo que esse conhecimento recém-absorvido pode constituir a base para inovações
futuras (Zieba et al. 2022).
Com base nas descrições de cada um dos Riscos de Conhecimento identificados nesta RSL,
foi elaborado o Quadro 3, a seguir.
Quadro 3 Definição dos Riscos de Conhecimento encontrados.
Risco identificado
Definição
Encontrado em
Perda de conhecimento
Ocorre quando um indivíduo com
conhecimento valioso sai de uma
organização, que perde parte ou todo
o seu conhecimento.
(Durst 2022);
(Zieba 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Bratianu et al. 2020);
(Durst et al. 2020);
(Durst e Zieba 2020);
(Thalmann e Ilvonen 2020);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Durst 2019);
(Müller e Mueller 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst e Ferenhof 2016);
(Durst et al. 2015);
(Durst e Ferenhof 2014); e
(Bratianu 2018).
Vazamento de
conhceimento
Conhecimento que escapa, de forma
deliberada ou acidental, de um
determinado confinamento ou
fronteira e é utilizado por outros, com
possíveis efeitos negativos para os
detentores desse conhecimento,
principalmente quando se trata de
vantagem competitiva.
(Durst 2022);
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Durst e Zieba 2020);
(Bratianu et al. 2020);
(Thalmann e Ilvonen 2020);
(Durst 2019);
(Durst et al. 2019);
(Durst e Zieba 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst e Ferenhof 2016);
(Durst et al. 2015);
(Durst e Ferenhof 2014);
(Bratianu 2018); e
(Trkman e Desouza 2012).
18
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Transbordamento de
conhecimento
Ocorre quando o conhecimento
crítico é transbordado da organização
para os concorrentes que o utilizam
para obter vantagem competitiva
(Durst 2022);
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Durst e Zieba 2020);
(Thalmann e Ilvonen 2020);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst et al. 2015); e
(Bratianu 2018).
Desgaste do
conhecimento
Conhecimento desgastado,
considerado obsoleto ou corrompido.
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Durst et al. 2020);
(Durst 2019);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst e Ferenhof 2016);
(Durst et al. 2015);
(Durst e Ferenhof 2014); e
(Bratianu 2018).
Ocultação do
conhecimento
Tentativa intencional de reter ou
ocultar o conhecimento que foi
solicitado por outra pessoa
(Durst 2022);
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Temel e Durst 2021);
(Durst e Zieba 2020);
(Bratianu et al. 2020);
(Durst et al. 2020);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017); e
(Bratianu 2018).
Acúmulo de
conhecimento
Ocorre quando o conhecimento é
retido, pois não foi solicitado por
qualquer pessoa, de modo que ele é
acumulado e pode ou não ser
utilizado posteriormente
(Durst 2022);
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Temel e Durst 2021);
(Durst e Zieba 2020);
(Durst et al. 2020);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017); e
(Bratianu 2018).
19
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Terceirização do
conhecimento
Situação em que, como resultado da
transferência de uma atividade de
negócios para um contratado externo,
a organização pode perder suas
habilidades e capacidades para
desempenhar funções válidas por
conta própria.
(Durst 2022);
(Durst et al. 2020);
(Zieba et al. 2022);
(Ayinde et al. 2021);
(Durst e Zieba 2020);
(Temel e Durst 2021);
(Bratianu et al. 2020);
(Durst et al. 2019);
(Müller e Mueller 2019) ;
(Akhavan et al. 2019);
(Durst 2019);
(Durst e Zieba 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst e Ferenhof 2016);
(Durst et al. 2015);
(Durst e Ferenhof 2014);
(Bratianu 2018); e
(Trkman e Desouza 2012).
Lacunas de
conhecimento
(Durst 2022);
(Zieba et al. 2022);
(Temel e Durst 2021);
(Ayinde et al. 2021);
(Durst et al. 2020);
(Durst e Zieba 2020);
(Durst e Zieba 2019);
(Durst et al. 2019);
(Akhavan et al. 2019);
(Zieba e Durst 2018);
(Durst e Zieba 2017);
(Durst e Ferenhof 2016);
(Bratianu 2018); e
(Trkman e Desouza 2012).
Fonte: Os autores (2022)
4 Conclusões
Após a análise de todos os documentos selecionados, ratifica-se o entendimento
incialmente explicitado de que a investigação acerca dos diversos tipos de Riscos de Conhecimento
ainda é um campo de estudo pouco desenvolvido, o qual é explorado apenas por um número
limitado de pesquisadores.
Assim, se faz necessário que mais pesquisadores escrevam sobre o tema, haja vista que a
maioria da literatura encontrada se concentra em dois autores, que em grande parte publicam em
20
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
conjunto. Neste sentido, é possível afirmar que é necessário maior aprofundamento acerca dos
Riscos de Conhecimento, idealmente por mais pesquisadores que venham a se interessar pelo tema.
Além disso, como sugestão de pesquisas futuras, sugere-se o aprofundamento individual
de cada um dos riscos aqui identificados, o que poderá otimizar e tornar mis robusta a consolidação
de entendimento deles em conjunto.
No que concerne à importância do presente estudo para a Ciência da Informação,
corrobora-se a informação apresentada na introdução, sobre a importância de se apresentar um
estudo sobre Riscos de Conhecimento por meio de uma Revisão Sistemática de Literatura.
Referências
Akhavan, Peyman, et al., “Extracting and Prioritizing Knowledge Risk Components by Considering the
Knowledge Map”. VINE Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 49, no.
2, Emerald, may 2019, pp. 20012, doi:10.1108/VJIKMS-10-2018-0088. Acessado 29 jul. 2022.
Alvarez, Gonzalo Rubén, e Caregnato, Sônia Elisa. “A Ciência Da Informação e Sua Contribuição Para a
Avaliação Do Conhecimento Científico”. BIBLOS, vol. 31, no. 1, Aug. 2017, pp. 0926,
doi:10.14295/biblos.v31i1.5987. Acessado 28 maio 2022.
Ayinde, Lateef, et al., “Knowledge Audit as an Important Tool in Organizational Management: A Review
of Literature”. Business Information Review, vol. 38, no. 2, June 2021, pp. 89102,
doi:10.1177/0266382120986034. Acessado 29 jul. 2022.
Bratianu, Constantin. “A Holistic Approach to Knowledge Risk”. Management Dynamics in the
Knowledge Economy, vol. 6, no. 4, 2018, pp. 593607, doi:10.25019/MDKE/6.4.06. Acessado 29
jul. 2022.
Bratianu, Constantin, et al.,“The Impact of Knowledge Risk on Sustainability of Firms”. Amfiteatru
Economic, vol. 22, no. 55, Aug. 2020, pp. 63952, doi:10.24818/EA/2020/55/639. Acessado 29 jul.
2022.
Castells, Manuel. A Era Da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. 20. ed. Paz e Terra, 2019.
Cavaco, Ednilson, and Muniz Junior, Jorge. “Knowledge-Based Risk Management Model: Application in
Energy Infrastructure Projects”. Brazilian Journal of Operations & Production Management, vol.
17, no. 4, Oct. 2020, pp. 116, doi:10.14488/BJOPM.2020.046. Acessado 29 jul. 2022.
21
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Cerrao, Natalia Gallo, et al., “O Método de Revisão Sistemática Da Literatura (RS) Na Área Da Ciência
Da Informação No Brasil: Análise de Dados de Pesquisa”. Informação & Tecnologia, vol. 5, no. 1,
Feb. 2018, pp. 10516, doi:10.22478/ufpb.2358-3908.2018v5n1.38083. Acessado 15 maio 2022.
Dalkir, Kimiz. Knowledge Management in Theory and Practice. MIT Press, 2011.
Durst, Susanne. “How Far Have We Come with the Study of Knowledge Risks?”. VINE Journal of
Information and Knowledge Management Systems, vol. 49, no. 1, Mar. 2019, pp. 2134,
doi:10.1108/VJIKMS-10-2018-0087. Acessado 15 maio 2022.
Durst, Susanne. “Knowledge Risk Management in Organizations: Findings from Latin America”.
Multidisciplinary Business Review, vol. 15, no. 1, June 2022, pp. 1119,
doi:10.35692/07183992.15.1.3. Acessado 29 jul. 2022.
Durst, Susanne, and Ferenhof, Helio. “Knowledge Leakages and Ways to Reduce Them in Small and
Medium-Sized Enterprises (SMEs)”. Information, vol. 5, no. 3, Sept. 2014, pp. 440450,
doi:10.3390/info5030440. Acessado 29 jul. 2022.
Durst, Susanne, and Ferenhof, Helio. “Knowledge Risk Management in Turbulent Times”. Competitive
Strategies for Small and Medium Enterprises. Edited by Klaus North, and Gregorio Varvakis.
Springer International Publishing, 2016. pp. 195209, doi:10.1007/978-3-319-27303-7_13.
Acessado 29 jul. 2022.
Durst, Susanne, and Henschel, Thomas. Knowledge Risk Management: From Theory to Praxis. Springer
Cham, 2020, doi:10.1007/978-3-030-35121-2. Acessado 17 fev. 2022.
Durst, Susanne, and Zieba, Malgorzata. “Knowledge Risks: Towards a Taxonomy”. International Journal
of Business Environment, vol. 9, no. 1, 2017, p. 5163 , doi:10.1504/IJBE.2017.084705. Acessado
15 maio 2022.
Durst, Susanne, and Zieba, Malgorzata. “Mapping Knowledge Risks: Towards a Better Understanding of
Knowledge Management”. Knowledge Management Research and Practice, vol. 17, no. 1, Jan.
2019, pp. 113, doi:10.1080/14778238.2018.1538603. Acessado 15 maio 2022.
Durst, Susanne, and Zieba, Malgorzata. “Knowledge Risks Inherent in Business Sustainability”. Journal
of Cleaner Production, vol. 251, Apr. 2020, p. 119670, doi:10.1016/j.jclepro.2019.119670.
Acessado 29 jul. 2022.
Durst, Susanne, et al., “Understanding Knowledge Leakage: A Review of Previous Studies”. VINE
Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 45, no. 4, Nov. 2015, pp. 568
586, doi:10.1108/VINE-01-2015-0009. Acessado 29 jul. 2022.
22
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Durst, Susanne, et al., “The Linkage between Knowledge Risk Management and Organizational
Performance”. Journal of Business Research, vol. 105, Dec. 2019, pp. 110,
doi:10.1016/j.jbusres.2019.08.002. Acessado 29 jul. 2022.
Durst, Susanne, et al., “Knowledge Risk Management in the Public Sector: Insights into a Swedish
Municipality”. Journal of Knowledge Management, vol. 24, no. 4, Emerald, May 2020, pp. 71735,
doi:10.1108/JKM-12-2017-0558. Acessado 29 jul. 2022.
Foli, Samuel. “Total Interpretive Structural Modelling (TISM) and MICMAC Approach in Analysing
Knowledge Risks in ICT-Supported Collaborative Project”. VINE Journal of Information and
Knowledge Management Systems, Mar. 2022, doi:10.1108/VJIKMS-09-2021-0205. Acessado 29
jul. 2022.
Hammoda, Basel, and Durst, Susanne. “A Taxonomy of Knowledge Risks for Healthcare Organizations”.
VINE Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 52, no. 3, Feb. 2022, pp.
354372, doi:10.1108/VJIKMS-07-2021-0114. Acessado 29 jul. 2022.
Klein, Julie Thompson, et al., editors. Transdisciplinarity: Joint Problem Solving among Science,
Technology, and Society. Birkhäuser Basel, 2001, doi:10.1007/978-3-0348-8419-8. Acessado 30
dez. 2022.
Massingham, Peter. “Knowledge Risk Management: A Framework”. Journal of Knowledge Management,
vol. 14, no. 3, June 2010, pp. 464485, doi:10.1108/13673271011050166. Acessado 10 set. 2022.
Massingham, Peter. “Measuring the Impact of Knowledge Loss: A Longitudinal Study”. Journal of
Knowledge Management, vol. 22, no. 4, May 2018, pp. 721758, doi:10.1108/JKM-08-2016-0338.
Acessado 10 set. 2022.
Müller, Frithjof, and Mueller, Andrea. “Knowledge Risk Manangement – How to Manage Future
Knowledge Loss”. Proceedings of the 52nd Hawaii International Conference on System Sciences:
Honolulu, University of Hawaii, 2019, http://hdl.handle.net/10125/60003. Acessado 29 jul. 2022.
Munn, Zachary, et al., “Systematic Review or Scoping Review? Guidance for Authors When Choosing
between a Systematic or Scoping Review Approach”. BMC Medical Research Methodology, vol.
18, no. 1, Dec. 2018, p. 143, doi:10.1186/s12874-018-0611-x. Acessado 10 maio 2022.
Nakash, Maayan, and Bouhnik, Dan. “Risks in the Absence of Optimal Knowledge Management in
Knowledge-Intensive Organizations”. VINE Journal of Information and Knowledge Management
Systems, vol. 52, no. 1, Jan. 2022, pp. 87101, doi:10.1108/VJIKMS-05-2020-0081. Acessado 29
jul. 2022.
Ouzzani, Mourad, et al., “Rayyan—a Web and Mobile App for Systematic Reviews”. Systematic
Reviews, vol. 5, no. 1, Dec. 2016, p. 210, doi:10.1186/s13643-016-0384-4. Acessado 10 maio 2022.
23
LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo. Revisão Sistemática da Literatura Sobre Riscos de
Conhecimento. Brazilian Journal of Information Science: research trends, vol. 17, publicação contínua, 2023,
elocation. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023022.
Temel, Serdal, and Durst, Susanne. “Knowledge Risk Prevention Strategies for Handling New
Technological Innovations in Small Businesses”. VINE Journal of Information and Knowledge
Management Systems, vol. 51, no. 4, July 2021, pp. 655673, doi:10.1108/VJIKMS-10-2019-0155.
Acessado 29 jul. 2022.
Thalmann, Stefan, and Ilvonen, Ilona. “Why Should We Investigate Knowledge Risks Incidents? -
Lessons from Four Cases”. Proceedings of the 53rd Hawaii International Conference on System
Sciences: Honolulu, University of Hawaii, 2020, http://hdl.handle.net/10125/64349. Acessado 29
jul. 2022.
Trkman, Peter, and Desouza, Kevin C.. “Knowledge Risks in Organizational Networks: An Exploratory
Framework”. The Journal of Strategic Information Systems, vol. 21, no. 1, Mar. 2012, pp. 117,
doi:10.1016/j.jsis.2011.11.001. Acessado 29 jul. 2022.
Xiao, Yu, and Watson, Maria. “Guidance on Conducting a Systematic Literature Review”. Journal of
Planning Education and Research, vol. 39, no. 1, Aug. 2017, pp. 93112,
doi:10.1177/0739456X17723971. Acessado 10 maio 2022.
Zieba, Malgorzata, and Durst, Susanne. “Knowledge Risks in the Sharing Economy”. Knowledge
Management and Organizational Learning, vol. 6, 2018, pp. 253270, doi:10.1007/978-3-319-
66890-1_13. Acessado 29 jul. 2022.
Zieba, Malgorzata, et al., “The Impact of Knowledge Risk Management on Sustainability”. Journal of
Knowledge Management, vol. 26, no. 11, July 2022, pp. 234258, doi:10.1108/JKM-09-2021-
0691. Acessado 29 jul. 2022.
Copyright: ©2023 LIMA, João Sérgio; ALVARES, Lillian; LEONARDI, Rodrigo.. This is an open-access
article distributed under the terms of the Creative Commons CC Attribution-ShareAlike (CC BY-SA),
which permits use, distribution, and reproduction in any medium, under the identical terms, and provided
the original author and source are credited.
Received: 04/09/2022 Accepted: 24/04/2023