SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
CONHECIMENTO CRÍTICO NA ÁREA DA
SAÚDE:
análise da produção científica e agenda de pesquisas
Critical Knowledge in the Area of Health: analysis of scientific production and research agenda
Rejane Sartori (1), Hilka Pelizza Vier Machado (2), Graciele Tonial (3)
(1) Universidade Cesumar, Universidade Estadual de Maringá e Instituto Cesumar de
Ciência, Tecnologia e Inovação (ICETI), Brasil, rejanestr@gmail.com
(2) Universidade Cesumar e Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação
(ICETI), Brasil, hilkavier@yahoo.com
(3) Universidade do Oeste de Santa Catarina, Brasil, graciele.tonial@unoesc.edu.br
Resumo
O objetivo deste artigo é mapear e analisar a produção científica em conhecimento crítico na área da saúde,
a fim de compreender os temas e sugerir uma agenda de pesquisa. A pesquisa é caracterizada como
exploratória, e utilizou o método da revisão sistemática. O levantamento de dados foi realizado por meio
de pesquisas nas bases de dados Emerald, Scopus e Web of Science. Foram identificados 641 artigos com
a utilização das strings de busca critical knowledge AND health”. Após análise dos títulos e de acordo com
critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, foram selecionados 45 artigos para análise de
conteúdo. Os resultados demonstram que o tema é investigado em 10 temáticas distintas, as quais foram
desdobradas em 45 subtemas, evidenciando o estado da arte. Por fim, foram sugeridos temas que podem
trazer novos insights e estimular pesquisadores nesse campo de estudos.
Palavras-chaves: Gestão do conhecimento; Conhecimento crítico; Saúde; Gestão da Saúde.
Abstract
This research aims to map and analyze the scientific production in critical knowledge in health, to
understand the themes and suggest a research agenda. The research is characterized as exploratory and used
the systematic review method. Data collection was carried out through searches in the Emerald, Scopus and
Web of Science databases. 641 articles were identified using the search strings “critical knowledge AND
health”. After analyzing the titles and according to previously established inclusion and exclusion criteria,
45 articles were selected for content analysis. The results show that the theme is investigated in 10 different
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
themes, which were divided into 45 sub-themes, showing the state of the art. Finally, themes were suggested
that could bring new insights and stimulate researchers in this field of study.
Keywords: Knowledge management; Critical knowledge; Health; Health organizations.
1 Introdução
A experiência vivida com a pandemia, ocasionada pela COVID-19, requereu mudanças
não planejadas por organizações de diferentes setores (Mariano 2021) e colocou em evidência a
relevância do conhecimento especializado para resolver questões complexas (Wang e Wu 2020).
Ao mesmo tempo, essas circunstâncias reforçaram a premissa de que o conhecimento é um recurso
estratégico e de valor para as organizações (Grant 1996).
Contudo, gerenciar o conhecimento depende da natureza e da complexidade do
conhecimento envolvido, que pode ser simples em um determinado contexto e ou complexo em
outro (Kim e Anand 2018). Um dos contextos em que a gestão do conhecimento tem sido aplicada
é o da saúde (Wang e Wu 2020). O conhecimento e as inovações nesse setor dependem cada vez
mais de recursos intangíveis e de capacidades dinâmicas (Wu et al. 2022). A gestão do
conhecimento na área da saúde é importante para orientar a retenção de conhecimento crítico
(Wang e Wu 2020), bem como para estimular inovação (Ermine et al. 2006), resiliência (Barney
et al. 2011) e compartilhamento de informações (Pereira e Santos 2019).
Organizações da área de saúde são intensivas em conhecimento (Cruz e Ferreira 2016) e
apresentam particularidades, sendo desafiadas a criar soluções rápidas para os problemas que
surgem, além disso, elas enfrentam uma demanda crescente por seus serviços. No entanto, a
constante evolução das tecnologias e o crescimento de múltiplas fontes de conhecimento
possibilitam que essas organizações compartilhem conhecimento com parceiros e comunidades
para oportunizarem soluções e apoiar processos de decisões (Pereira e Santos 2013). Assim,
estabelecer estratégias para gestão e absorção do conhecimento parece ser uma alternativa
estratégica para essas empresas (Wu et al. 2022).
Algumas pesquisas buscam analisar e ampliar o entendimento sobre gestão do
conhecimento na área de saúde, tais como as de Huang e Cummings (2011), Cannavacciuolo et al.
(2017), Johnson et al. (2018), porém, a abordagem sobre o conhecimento crítico nesse campo
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
ainda não é suficiente para que os gestores analisem, identifiquem, retenham e compartilhem esse
tipo de conhecimento, e em decorrência dessa gestão possam aprimorar os processos da área de
saúde. Com isso, compreender os elementos e a complexidade da estrutura do conhecimento crítico
constitui importante agenda de pesquisa (Balaid et al. 2016).
Nesse sentido, considerando a relevância do conhecimento crítico para a área da saúde, este
estudo foi delineado para responder essas questões: Como se apresenta a produção científica sobre
conhecimento crítico e saúde? Quais são os temas de estudos sobre conhecimento crítico e saúde
em produções científicas? Portanto, este estudo tem como objetivo mapear e analisar a produção
científica em conhecimento crítico na área da saúde, a fim de compreender temas privilegiados
pela comunidade científica. A partir dos estudos identificados, propõe-se uma agenda de pesquisas.
A apresentação deste artigo está estruturada em cinco seções. Após esta seção introdutória,
a seção seguinte contém os elementos teóricos que embasam a pesquisa. Na terceira seção são
descritos os procedimentos metodológicos empregados e na quarta, apresentados os resultados,
seguidos de discussão. Encerra-se com as conclusões, seguidas das referências utilizadas.
2 Considerações sobre conhecimento crítico
A teoria da visão baseada no conhecimento preconiza que o conhecimento é um recurso
significativo para as organizações (Argote e Ingram 2000; Grant 1996). Para essa abordagem,
estratégias para mapear, classificar, estruturar e compartilhar o conhecimento contribuem para
melhorar a transferência, aplicação e reutilização de conhecimento crítico em organizações
(Weightman e Curson 2018).
Huang e Cummings (2011 p. 669) definem o conhecimento crítico como “a informação
mais influente, o know-how ou feedback que contribui diretamente para os resultados de tarefas, é
complexo e incorpora experiências anteriores, integração e interpretação”. Os autores apresentam
três tipos de conhecimento crítico: exploratório, combinado e explorador. Para os três tipos eles
salientam que o conhecimento crítico é complexo, envolvendo múltiplos passos ou procedimentos,
requerendo sense making e incorporação de experiências anteriores.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Neste contexto, Cepeda-Carrion et al. (2017) sugerem que a utilização de combinações de
processos de gestão do conhecimento crítico, como capacidade de absorção, transferência e
aplicação de conhecimento, contribui para criação de valor. E para melhorar a transferência,
aplicação e reutilização de conhecimento crítico em uma organização, Weightman e Curson (2018)
ressaltam que práticas de gestão do conhecimento podem contribuir para a tomada de decisão.
Neste mesmo sentido, Ermine et al. (2006) apontam que fatores como raridade, utilidade,
dificuldade para capturar o conhecimento e a natureza do conhecimento devem ser considerados
para mapear o conhecimento crítico das organizações e definir estratégias de gestão do
conhecimento, pois a compreensão da complexidade e de elementos estruturais dos conhecimentos
existentes permitem impulsionar aprendizagem (Enkel et al. 2017), desempenho de organizações
(Balaid et al. 2016) e inovação (Ermine et al. 2006).
O conhecimento crítico é complexo e sua compreensão requer avaliação de múltiplas
conexões entre eventos ao longo do tempo (Tsoukas 2005). Huang e Cumming (2011) consideram
que identificar a estrutura do conhecimento crítico é uma das principais iniciativas da gestão do
conhecimento, assim, gerir o conhecimento crítico é um desafio para qualquer organização.
Argote et al. (2003) salientam que a estrutura do conhecimento influencia na quantidade e
no lugar onde o conhecimento é retido, bem como com que facilidade ele se difunde dentro e além
dos limites da organização. Nesse sentido, os efeitos da gestão do conhecimento se propagam para
além da organização, e quando se trata de conhecimento crítico, a sua complexidade pode
influenciar a organização na exploração de mecanismos de aprendizagem e podem ser fatores que
potencializam a inovação (Enkel et al. 2017).
Do mesmo modo, Dávila et al. (2021) observam que a complexidade do conhecimento
pode afetar a capacidade de absorção da organização, uma vez que tarefas que exigem maior nível
de processamento cognitivo tendem a ser mais difícil de codificar e compartilhar. Quando o
conhecimento crítico é complexo, os fluxos e processamento da informação provocam dificuldade
para seu compartilhamento, o que também pode afetar sua reutilização, dificultando a interação.
Fatores críticos do conhecimento foram analisados por AlShamsi e Ajmal (2018), que
identificaram a importância de aspectos gerenciais, tais como liderança, cultura organizacional e
estratégia. Além disso, os autores salientam o papel imprescindível de processos e da estrutura
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
organizacional, bem como a necessidade de engajamento de empregados. Neste contexto, surgem
aspectos direcionados às organizações da saúde, que enfrentam um paradigma para gerenciar e ou
organizar o conhecimento crítico.
2.1 Conhecimento crítico em organizações da saúde
O conhecimento crítico tem sido estudado em diversos tipos de organizações. Na saúde,
ele apresenta uma perspectiva importante para os desafios impostos pela realidade tecnológica, na
medida em que a superação de fatores críticos do conhecimento depende da cooperação de diversos
parceiros a fim de possibilitar a oferta de serviços de qualidade (Morr e Subercaze 2010), bem
como ampliação de uso, acesso e compartilhamento do conhecimento (Pereira e Santos 2019).
Além da complexidade, salienta-se a necessidade de confidencialidade e privacidade,
inerentes à ontologia do conhecimento crítico em saúde, na medida em que as organizações lidam
com informações pessoais de pacientes e conhecimento de diferentes fontes (Pereira e Santos
2013). Mundy e Chadwick (2004) observam que o gerenciamento do conhecimento é uma prática
essencial para mitigar os efeitos dos riscos de vazamento de informações. Assim, as organizações
de saúde precisam assegurar que o conhecimento crítico seja capturado, armazenado, distribuído,
usado, destruído e restaurado com segurança. Os autores destacam distintas abordagens para
minimizar riscos, com base nos conceitos de autenticação, autorização, integridade de dados,
disponibilidade e confidencialidade.
Pereira e Santos (2019) observam que as organizações da saúde enfrentam um paradigma
para gerenciar informações, uma vez que o conhecimento pode ser considerado crítico e ou muito
crítico, como tratamento clínico, história clínica, administração de medicamentos, entre outras; e
de muitas fontes, como feedback do paciente, conhecimento de fornecedores, conhecimento de
fontes da internet, conhecimento de sistemas de apoio à decisão que exigem cautela por
envolverem aspectos éticos e legais. Assim, esses autores propõem um modelo de ontologia para
capturar e compartilhar o conhecimento de forma efetiva, com segurança, confidencialidade,
integridade, privacidade e interconexão.
Outro modelo para representação do conhecimento crítico foi sugerido por Havlice et al.
(2013), uma ferramenta de repositório de conhecimento automatizado para auxiliar na gestão de
clínicas de saúde, agilizando processos de comunicação e compartilhamento de conhecimento
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
entre médicos, clínica e pacientes. Os autores sugerem a representação do conhecimento crítico
por meio da Linguagem de Modelagem Unificada, direcionando as diferentes prioridades,
impactos e dependências. No entanto, alguns fatores precisam ser observados, e Assem e Pabbi
(2016) apontam a falta de confiança, de facilidades tecnológicas e de política organizacional como
desafios que os profissionais de saúde enfrentam ao compartilhar conhecimento.
Uma das vertentes analisadas em estudos voltados ao conhecimento crítico na saúde é sobre
saúde pública, principalmente quando observa como programas da área de saúde podem
disseminar e ampliar o conhecimento crítico e, em decorrência, obter a melhoria desses serviços
(Pluye et al. 2004). Além disso, em tempos de crise acentua-se a necessidade de entendimento de
conhecimento crítico para subsidiar a tomada de decisão por gestores públicos. Programas
educacionais voltados a gestores públicos podem atenuar essa dificuldade (Burrel 2007).
Estudos no campo da gestão do conhecimento na saúde também estão associados ao
conhecimento de profissionais da saúde. Por exemplo, Lin et al. (2008) exploraram as barreiras
relacionadas ao fluxo de conhecimento médico. Principalmente na difusão do conhecimento crítico
entre médicos e pacientes. Os autores identificaram cinco principais barreiras, sendo elas: (a) a
fonte de conhecimento; (b) o receptor de conhecimento; (c) a transferência de conhecimento; (d)
o contexto de fluxo de conhecimento; e (e) o contexto organizacional. Segundo os autores, as
barreiras do fluxo de conhecimento não são independentes, mas sim inter-relacionadas.
Ainda sobre o conhecimento de profissionais, Acharya e Paudel (2015) avaliaram o
conhecimento crítico de enfermeiras obstétricas e constataram que a maioria delas apresentava
pouco ou algum nível de conhecimento na pluralidade dos serviços de atenção materna e neonatal,
contudo, maior ênfase deveria ser dada à atualização do conhecimento de enfermeiras parteiras.
Bryant et al. (2016) também enfatizam a importância em identificar os desafios para a criação e
tradução do conhecimento crítico gerado em ambientes de prática do setor de enfermagem. Para
esses autores, o conhecimento crítico não é gerado de forma individual, mas precisa ser integrado
com outros conhecimentos no fluxo da prática em todos os níveis de organizações da saúde.
Outro estudo que aborda os profissionais de enfermagem é apresentado por Anderson et al.
(2010), focando em conhecimentos críticos associados à tradução e absorção de conhecimentos
voltados ao aprimoramento de práticas no ambiente de trabalho de enfermagem. A pesquisa focou
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
na tradução do conhecimento na transição de pacientes do hospital para casa. Além do
conhecimento de práticas por parte de profissionais, Moulton e Forrest (2005) ressaltam a
importância da retenção de conhecimento crítico tácito por empregados que deixam a organização.
Vale salientar que organizações da saúde gerenciam informações de muitas fontes de
conhecimento, aspectos esses que impulsionam a necessidade da gestão do conhecimento. Neste
contexto, Pereira e Santos (2013) consideram que as tecnologias digitais podem contribuir para
esse conhecimento. Por exemplo, Poleza et al. (2020) recomendam a utilização de tecnologias e
softwares para a preservação da memória organizacional.
Do mesmo modo, Wu et al. (2022) reconhecem que explorar tecnologias inovadoras na
área da saúde é uma alternativa para que as organizações possam absorver conhecimento e
efetivamente contribuir para o processo de tomada de decisões, tanto por gestores de unidades de
saúde como por equipes médicas e ou comunidades do setor. Wang e Wu (2020) salientam que a
gestão do conhecimento é fator estratégico para tomada de decisão em situações de crise, e
combinando os fatores e práticas de gestão do conhecimento, é possível mitigar a prevenção de
consequências indesejáveis de crises em organizações da saúde.
Assim, para lidar com o conhecimento, potencializar seu uso e transformá-lo e utilizá-lo
no processo decisório, uma das estratégias é implementar um ciclo de gestão do conhecimento
(Ortegón et al. 2016; Gonzalez e Martins 2017). Isso se explica pelas próprias características do
ciclo: auxilia na identificação das fontes de conhecimento da organização; descreve a forma como
um conhecimento é utilizado; aumenta a consciência e a visualização sobre as atividades
relacionadas à gestão do conhecimento; reduz a complexidade dos processos; e possibilita a
solução de problemas de gestão do conhecimento e a tomada de decisões dos líderes (Dalkir 2017).
Neste sentido, Dalkir (2017) apresenta o ciclo integrado de gestão do conhecimento (Figura
1), composto pelos seguintes processos: (a) criação e captura de conhecimento, quando o
conhecimento tácito é capturado ou eliciado e o conhecimento explícito é organizado ou
codificado; (b) compartilhamento e disseminação do conhecimento; e (c) aquisição e aplicação do
conhecimento, em que após a validação e avaliação do conhecimento como relevante, este é então
inserido no armazenamento e na prática das ações pessoais e organizacionais.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Figura 1 - Ciclo integrado de gestão do conhecimento
Fonte: Elaborado com base em Dalkir (2017)
Desse modo, a compreensão dos processos de gestão do conhecimento garante que o
conhecimento seja gerenciado e disponibilizado a todos os membros da organização, auxiliando
no delineamento da estratégia organizacional, nos processos de inovação e na tomada de decisões
(Haro et al. 2014; Hesamamiri et al. 2016; Dalkir 2017; Kordab e Raudeliūnienė 2018). Os
processos de gestão do conhecimento, sistematizados em um ciclo, propiciam melhorias na
qualidade dos serviços, na aprendizagem, nas competências e rotinas da equipe e nos processos do
negócio (Young 2020), podendo, portanto, contribuir para a gestão do conhecimento crítico em
organizações da saúde.
3 Metodologia
Esta pesquisa é exploratória e consistiu em uma revisão sistemática, um método utilizado
para identificar, sintetizar e avaliar a produção científica em determinada área do conhecimento,
de forma a construir um procedimento organizado e sistemático que pode ser replicado em outras
pesquisas (Fink 2010). A revisão sistemática permite ao pesquisador mapear e avaliar a produção
intelectual disponível a fim de tornar o conteúdo encontrado mais consistente e aderente à questão
de pesquisa, permitindo desenvolver lacunas do conhecimento a partir de um conjunto de
conhecimentos dispersos por meio de estudos identificados (Tranfield et al. 2003).
Para esta revisão, foram utilizadas as recomendações do PRISMA (Preferred Reporting
Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis), que incluem uma lista de verificação com 27
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
passos (Page et al. 2020). Como recomendação inicial, foi definido a pergunta que conduz a
pesquisa, sendo as seguintes: Como se apresenta a produção científica sobre conhecimento crítico
e saúde? Quais são os principais temas de estudos sobre conhecimento crítico e saúde abordados
em produções científicas?
Para a pesquisa foram delimitadas as bases de dados Emerald, Scopus e Web of Science.
Os critérios estabelecidos para esta escolha foram, primeiramente, o fato de integrarem grande
parte da produção de estudos na área desta pesquisa, gestão do conhecimento, e por indexarem
trabalhos científicos multidisciplinares, nacionais e internacionais, de periódicos científicos
reconhecidos pela sua qualidade.
Posteriormente, foram estabelecidas como palavras-chave critical knowledge e health.
Como critério para a seleção de documentos, foram considerados apenas artigos científicos, sendo
assim excluídos artigos de revisão, artigos de conferência e livros. Como recorte temporal, foram
consideradas as publicações dos últimos 10 anos. As buscas foram realizadas durante o mês de
março de 2023, retornando 641 artigos. No Quadro 1 relacionam-se os campos de busca, a string
de busca e os resultados para cada uma das bases de dados pesquisadas.
Quadro 1 Estratégia, strings de busca e respectivos resultados, por base de dados.
Base de dados
Campos de busca
String de busca
Resultados
Emerald
Todos os campos
“critical knowledge” and “health”
279
Scopus
Título, resumo, palavras-chave
190
Web of Science
Título, resumo, palavras-chave
172
Total
641
Fonte: Dados da pesquisa
Após a busca, os títulos de todas as publicações encontradas nas três bases de dados foram
exportados para uma planilha do Microsoft Excel e ordenados alfabeticamente, o que permitiu
reconhecer e excluir 130 artigos duplicados, restando 511. Na sequência, identificou-se seis artigos
publicados em anais de eventos científicos e dois editoriais de livros, os quais também foram
excluídos, restando, portanto, 503 publicações.
Prosseguindo, foram definidos os critérios de elegibilidade. Assim, para a seleção dos
artigos, as pesquisadoras estabeleceram que todos os artigos deveriam apresentar, no título,
palavras como conhecimento, conhecimento crítico e ou saúde, sendo que ainda foram
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
considerados termos associados, tais como comunidade de prática, compartilhamento do
conhecimento, governança e ou gestão na saúde. As pesquisadoras realizaram conjuntamente a
leitura do título dos 503 artigos selecionados na etapa anterior. Como resultado, foram eliminados
188, permanecendo 315 artigos.
Em seguida, efetuou-se a seleção de artigos por meio da leitura dos resumos. Como
critérios de inclusão estabeleceu-se que seriam inseridos no portfólio artigos que apresentavam a
relação entre os temas conhecimento crítico ou gestão do conhecimento, desde que associados à
área da saúde e ou gestão na saúde. Como critérios de exclusão considerou-se os artigos que não
estavam relacionados a conhecimento, conhecimento crítico e ou não apresentavam o contexto
relacionado à saúde. As pesquisadoras também realizaram esta etapa em conjunto e foram
excluídos 263 artigos, restando 52.
Na sequência, as pesquisadoras realizaram a leitura completa dos 52 artigos selecionados
e foram excluídos sete artigos que não apresentavam relação com os temas conhecimento crítico
ou gestão do conhecimento associados à área da saúde e ou gestão na saúde, restando 45 artigos
para análise. Todas estas etapas estão apresentadas e sistematizadas na Figura 2, adaptada do
método PRISMA.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Figura 2 Fluxo para seleção dos artigos
Fonte: Adaptado de Page et al. (2020)
Os 45 artigos selecionados estão relacionados no Apêndice A. Foi criado um documento
em word, com os títulos e resumos de cada artigo, e por meio do software Atlas.ti foi gerada uma
nuvem de palavras, com o objetivo de extrair e delimitar possíveis temas que poderiam emergir
nas análises, conforme apresentado na Figura 3.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Figura 3 Nuvem de palavras
Fonte: Elaborado partir do software Atlas.ti.
A nuvem de palavras foi utilizada como parâmetro inicial na delimitação dos temas. Esta
foi realizada por meio de análise temática, de acordo com os parâmetros de Maguire e Delahunt
(2017), buscando analisar padrões nos dados, organizando-os e descrevendo-os detalhadamente.
Nesta etapa as pesquisadoras buscaram identificar aspectos importantes associados às questões de
pesquisa e constataram padrões nos textos que traduziam os principais tópicos das pesquisas
realizadas. Foram realizadas duas rodadas de discussões e os subtemas foram codificados de forma
indutiva. Em seguida, procedeu-se a uma nova rodada de discussões visando agrupar os subtemas
por temas, o que ocorreu de forma indutiva e dedutiva, agrupando-se os subtemas conforme os
relacionamentos que apresentavam entre si e com base na literatura previamente analisada.
4 Resultados
Os dados dos 45 artigos mostram que a produção científica sobre os temas pesquisados está
distribuída em diferentes periódicos, sendo a maioria deles (31 artigos) da área da saúde e os
demais das áreas de informação e gestão. Vale destacar que quatro artigos foram publicados em
Journals específicos do campo da gestão do conhecimento, sendo dois artigos no Journal of
Knowledge Management e um no VINE Journal of Information and Knowledge Management
Systems. Quanto ao período, os artigos mais antigos foram publicados no ano de 2013 e o mais
recente em 2023.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
4.1 Temas identificados
Os temas e subtemas associados a conhecimento crítico e saúde estão relacionados no
Quadro 2, e demonstram que os estudos apresentam um panorama diverso de conhecimento crítico
na saúde. Os temas não refletem o conhecimento apenas no domínio interno de uma organização,
mas abarcam dimensões contextuais da população e de sistemas institucionais abrangentes.
Quadro 2 - Temas e subtemas associados a conhecimento crítico e saúde
Temas
Subtema
Conhecimento crítico
e educação
Educação de professores para vacinação.
Capacitação de cuidadores.
Medicina social.
Saúde mental e parcerias.
Utilização de avatares.
Educação para médicos sobre saúde mental, focando sócio
determinantes.
Uso de tecnologias virtuais.
Educação em preconcepção para mulheres jovens.
Lacunas de
conhecimento crítico
em doenças
Conhecimento da população sobre câncer de mama.
Conhecimento de pacientes e cuidadores sobre Talassemia.
Conhecimento de trabalhadores da saúde sobre tuberculose
pulmonar para evitar contaminação.
Conhecimento da população sobre hepatite.
Conhecimento da população sobre Talassemia.
Conhecimento da população sobre doença arterial periférica.
Conhecimento de Aphasia por clínicos.
Conhecimento sobre Dysphagia.
Estigma e HIV.
Conhecimento crítico
em
epidemias/pandemias
Barreiras de conhecimento para gestão de epidemias.
Gestão de epidemias, qualidade das informações e o papel das
redes sociais.
Gestão de epidemias e a relação do conhecimento da
população.
Epidemia, Ebola - crianças e resposta da saúde pública a
emergências.
Pesquisa em saúde global. Desafios para problemas
complexos.
Conhecimento crítico
em vacinação
Uso da rede VacinarSi para ampliar cobertura vacinal.
Conhecimento de enfermeiros a respeito de infecção pelo HPV
e suas vacinas.
Compartilhamento de conhecimento para avançar a vacinação.
Conhecimento crítico
de profissionais da
saúde
Conhecimento de enfermeiras e efeitos no tratamento de
pacientes.
Nível de conhecimentos por profissionais da saúde maternal e
neonatal.
Conhecimento de trabalhadores da saúde em febre reumática.
Análise do conhecimento crítico entre profissionais da saúde
em doação de órgãos e transplantes.
Estratégias de gestão do conhecimento para mitigar erros
médicos.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Compartilhamento
do conhecimento
crítico na saúde
Compartilhamento, reutilização e retenção de conhecimentos
sobre medicina tradicional africana.
Cafés públicos como espaços de tradução e compartilhamento
de conhecimento para pesquisa sobre cuidados em saúde.
Transmissão e circulação de conhecimento crítico por
enfermeiros em organizações de saúde.
Compartilhamento do conhecimento em redes
multiprofissionais de reabilitação.
Compartilhamento de conhecimento com organizações de
saúde.
Transferência de
conhecimento crítico
na saúde
Transferência de conhecimento e proposição de modelo de
gestão de inteligência entre diferentes cargos
(gestores/auxiliares e clínicos).
Transferência de conhecimentos e prescrição de medicamentos
em nível interinstitucional.
Transferência de conhecimentos para sucessores em
organizações da saúde pública, a fim de evitar perda de
conhecimento.
Transferência de conhecimento do hospital para cuidadores de
pacientes com lesão cerebral traumática.
Conhecimento crítico
da governança do
sistema de saúde
Governança em hospitais públicos.
Aprimoramento de sistemas de registro civil e estatísticas vitais
(nascimentos e óbitos).
Implementação de
gestão do
conhecimento crítico
na saúde
Facilitadores de gestão do conhecimento como
impulsionadores da eficácia de gestão do conhecimento: uma
análise em hospitais e empresas de financiamento.
Uso da gestão do conhecimento e da gestão da informação na
Administração Pública para eficiência do Ministério da Saúde.
Ferramentas para tradução do conhecimento e aprendizagem
em serviços de saúde.
Políticas e
conhecimento crítico
na saúde
Análise de políticas para força de trabalho em saúde na Europa
como um campo independente, interdisciplinar e
multiprofissional, centrado nas pessoas.
Fonte: Dados da pesquisa
A primeira temática agrupou oito subtemas que foram relacionados ao conhecimento
crítico e educação na saúde. Nesta temática os aspectos do conhecimento crítico estão associados
a programas educacionais para trabalhadores ou profissionais da saúde, tais como cuidadores
(Burgdorf et al. 2022), professores (Plutzer e Warner 2021) e médicos (Medlock et al 2017). Outro
estudo abordou programa educacional para população constituída por mulheres jovens (Bosire et
al. 2021). Além disso, dois estudos apresentam a utilização de tecnologias virtuais e avatares no
ensino associado à saúde (Wonggom et al. 2020; Georgieva et al. 2021). Em síntese, a educação
enquanto conhecimento crítico na saúde está presente em diversos níveis, abrangendo profissionais
da saúde, professores e população de modo geral. Recentemente, emergem discussões sobre o uso
da tecnologia nesse campo.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
O segundo tema foi denominado lacunas de conhecimento crítico em doenças, tendo sido
agrupado nove subtemas que estão associados ao conhecimento da população em geral e de
trabalhadores da saúde em relação a diversas doenças, tais como câncer de mama (Azemfac et al.
2019), talassemia (Nassim et al. 2022), tuberculose (Bhebhe et al. 2014), hepatite (Knick et al.
2019) e HIV (Pantelic et al. 2019). Esses estudos chamam a atenção para o nível de integração
necessário para o conhecimento por parte de profissionais e da população, evidenciando que o
sucesso dos tratamentos e de prevenção está também associado ao conhecimento por parte da
população, e não apenas de profissionais da saúde.
Destaca-se que três estudos especificam o conhecimento em vacinação (Arghittu et al.
2021; Jeyachelvi et al. 2016; Mennini et al. 2021), sendo que dois abordam a cobertura vacinal e
a necessidade de sua ampliação e outro o conhecimento de enfermeiras sobre vacinação. Esse tipo
de conhecimento crítico é relevante, pois a imunização e o conhecimento inerente a essa prática
seguirão necessárias para que diversas doenças não voltem a ameaçar a saúde das pessoas.
Outro tema identificado nos achados da pesquisa está relacionado ao conhecimento crítico
de profissionais da saúde. Ele trata de erros dicos (Chen et al. 2022), do conhecimento de
enfermeiras (Robertson et al. 2013) e de profissionais da saúde em geral (Araujo e Siqueira 2023),
sendo este último referente ao conhecimento em doação de órgãos e transplantes em geral. Os
demais focam em saúde maternal e neonatal e febre reumática. Os resultados indicam a relevância
do conhecimento de profissionais nesse campo, corroborando com Acharya e Paudel (2015).
Mais próximo da gestão do conhecimento, os temas compartilhamento do conhecimento e
transferência do conhecimento agruparam cinco e quatro subtemas, respectivamente. O estudo de
Lin e Lo (2015) diz respeito a compartilhamento inter-organizacional de conhecimento na área da
saúde e Cannavacciulo et al. (2017) abordam o compartilhamento de conhecimento em redes de
atenção e reabilitação. Por sua vez, Perron et al. (2020) focam no compartilhamento do
conhecimento entre enfermeiros e Kamsu-Foguem et al. (2013) discutem o compartilhamento e a
retenção de conhecimentos sobre a medicina tradicional africana. Esses resultados mostram que o
compartilhamento e a transferência de conhecimentos na saúde não ocorrem apenas internamente
nas organizações, mas abrangem redes de organizações.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Vale ressaltar o estudo de Reimer-Kirkham e Jule (2015), que consiste em uma discussão
dos cafés públicos como espaços para compartilhamento de conhecimento para pesquisas sobre
cuidados em saúde. No tocante à transferência de conhecimentos, Ahmed et al. (2018) a discutem
em torno da prescrição de medicamentos entre instituições. Destaca-se o estudo de Payne et al.
(2018), que chama a atenção para a necessidade de transferência de conhecimentos dos
profissionais que saem das organizações de saúde pública. Compartilhar e transferir conhecimento
são elementos basilares para o desenvolvimento tanto de pessoas quanto de organizações. Como
afirmam Cepeda-Carrion et al. (2017), a transferência e aplicação de conhecimento contribui para
criação de valor e tomada de decisões mais assertivas. No campo da saúde, como mostram os
estudos citados, a criação de valor engloba atores múltiplos.
Outra temática que emergiu nos dados foi a do conhecimento crítico associado à
governança, em que foram agrupados dois subtemas, governança em hospitais públicos (Adair et
al. 2020) e o papel de organizações de saúde no aprimoramento de sistemas de registros associados
a nascimentos e óbitos (Adair et al. 2020). Outro tema foi o de políticas, representado pela
discussão da força de trabalho em saúde na Europa (Kuhlmann et al. 2018). Modelos estruturais
para governança das organizações de saúde são relevantes para gerir e reter o conhecimento crítico,
conforme apontam Lipunga et al. (2019).
O último tema é a implementação de gestão do conhecimento crítico na saúde, composto
por um estudo sobre modelo de facilitadores de gestão do conhecimento em hospitais (Hung et al.
2015), outro sobre o uso da gestão do conhecimento e da gestão da informação na administração
pública da saúde (Johnson et al. 2018) e ferramentas para aprendizagem em serviços de saúde
(Oborn et al. 2013). A gestão do conhecimento na área da saúde é importante para orientar a
retenção de conhecimento crítico (Wang e Wu 2020), estimular inovação (Ermine et al. 2006),
resiliência (Barney et al. 2011) e compartilhamento de informações (Pereira e Santos 2019). É
considerada um fator estratégico que pode mitigar a prevenção de consequências indesejáveis em
organizações da saúde (Wang e Wu 2020). Apesar disso, o número de estudos no campo é
pequeno, como pode ser observado.
O conhecimento crítico na saúde é dinâmico, na medida em que a saúde é influenciada por
fatores ambientais, tecnológicos, sociais e econômicos. O panorama de estudos apresentados no
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Quadro 2 reflete, de certa forma, esse dinamismo, por meio dos dez eixos temáticos identificados
na produção científica dos temas. Além disso, foi possível observar, por meio dos resultados da
pesquisa, que o conhecimento crítico em saúde é complexo, na medida em que envolve uma gama
de atores externos às organizações e com isso apresenta uma dimensão abrangente em termos de
espaço e de multiplicidade de atores.
Contudo, os estudos produzidos no campo não são suficientes para compreensão de como
o conhecimento é capturado, criado, compartilhado, disseminado e aplicado (Dalkir 2017) na área
da saúde. Nesse sentido, apresenta-se em um conjunto de propostas comentadas a seguir.
4.2. Agenda de pesquisas
Com base no panorama temático identificado nesta pesquisa (Quadro 2) e no ciclo de
conhecimento de Dalkir (2017), observa-se que oportunidades para pesquisas futuras. Empresas
do segmento da saúde lidam com tarefas não rotineiras, complexas e incertas, uma vez que o
conhecimento nesta área é considerado crítico ou muito crítico, com informações que são
suportadas por sistemas, e que também exigem cautela devido às questões éticas, aspectos jurídicos
e à necessidade de confidencialidade e privacidade (Pereira e Santos 2013). Portanto, fatores como
segurança, confidencialidade, integridade, privacidade e interconexão devem ser observados na
gestão do conhecimento no campo da saúde.
Assim, pesquisas futuras podem analisar como os processos de gestão do conhecimento
podem contribuir para que organizações de saúde criem e capturem o conhecimento tácito e
elucidem o conhecimento explícito de forma organizada ou codificada, por exemplo, com sistemas
de tecnologias da informação e comunicação e ou programas de business intelligence. Pesquisas
futuras que analisem ferramentas e ou estratégias para compartilhar e disseminar o conhecimento
em organizações da saúde mostram-se promissoras.
Algumas pesquisas recomendam a gestão do conhecimento como uma alternativa
necessária para a gestão de problemas da saúde, como por exemplo Mennini et al. (2021), devido
a necessidade de a gestão de dados embasar e corroborar a tomada de decisão. A referida pesquisa
considera o fator tempo como primordial para a recuperação pós cenários de crises. Assim,
acredita-se que pesquisas futuras possam ampliar as análises sob diferentes contextos da saúde em
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
como organizar os processos de aquisição e aplicação do conhecimento, gerando agilidade e
dinamismo na tomada de decisão.
Formuladores de políticas e profissionais da saúde são chamados a enfrentar prontamente
novos cenários dinâmicos devido a problemas públicos e políticas econômicas para combater as
crises, como citam Lipunga et al. (2019), e como por exemplo a crise vivenciada pela pandemia
do COVID-19, observada por Abdalla et al. (2022). Assim, analisar como o ciclo de gestão do
conhecimento proposto por Dalkir (2017) pode contribuir para minimizar conflitos e ou prover
decisões estratégicas em períodos de crises na área de saúde torna-se relevante.
Outro ponto importante identificado em diversos artigos, como o de Namuyonga et al.
(2022), Araujo e Siqueira (2023) e Chen et al. (2022), diz respeito ao conhecimento crítico de
profissionais da saúde, associando o conhecimento tácito como fator a ser considerado em erros e
ou faltas de conhecimento crítico por profissionais da saúde. Nesse sentido, temas associados a
expertise e experiência de profissionais da saúde podem nortear pesquisas sobre a conversão do
conhecimento crítico de tácito para explícito em organizações da saúde.
Ademais, na saúde, em muitas situações, diversas instituições atuam na forma de redes para
cooperar na solução de algum problema ou na prestação de algum serviço. Fatores críticos do
conhecimento dependem da cooperação de diversos parceiros para ofertar serviços de qualidade.
Hung et al. (2015) e Johnson et al. (2018) demonstram a necessidade de ter uma estratégia para
gestão do conhecimento e analisam a relação de sua eficácia na implementação da gestão da
informação e do conhecimento em projetos, produtos e práticas para aumentar a eficiência e
produtividade. Pesquisas que ampliem estas relações e analisem os pontos críticos do
conhecimento em organizações da saúde podem apoiar a gestão para definir estratégias
organizacionais gerais e as conduzir a atividades individuais e de equipes.
Sugere-se estudos adicionais para mapear o conhecimento crítico no âmbito
interinstitucional, uma vez que eles podem contribuir para o entendimento de gestores quanto à
melhoria dos serviços e otimização de recursos. O conhecimento crítico na saúde impacta nas
tarefas e atendimentos e estes se aperfeiçoam à medida que incorporam experiências e
aprendizados anteriores (Huang e Cummings 2011). Isso demonstra a necessidade de organizações
da saúde reterem e anteciparem conhecimento crítico. Cannavacciuolo et al. (2017) analisaram os
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
aspectos críticos do conhecimento e identificaram como o compartilhamento do conhecimento
gerou oportunidades para a melhoria da eficiência e eficácia por meio do redesenho da rede.
Cabe ainda destacar a sugestão de pesquisas que analisem diferentes tipos de iniciativas
educacionais, as quais podem afetar positivamente a atitude e o conhecimento dos profissionais de
saúde. Araujo e Siqueira (2023), por exemplo, destacam lacunas críticas de conhecimento e falhas
metodológicas nos processos de aprendizagem do conhecimento crítico. Assim, pesquisas
poderiam ampliar o entendimento sobre como os diferentes tipos de iniciativas educacionais, tais
como capacitações e processos de aprendizagem, podem promover e ou ampliar o conhecimento
crítico de profissionais de saúde.
Como salientado por Wang e Wu (2020), a gestão do conhecimento é um fator estratégico
que pode mitigar a prevenção de consequências indesejáveis em organizações da saúde. Cepeda-
Carrion et al. (2017) sugerem a utilização de combinações de processos de conhecimento crítico,
tais como capacidade de absorção, transferência e aplicação de conhecimento.
5 Considerações finais
Considerando a relevância da saúde para os problemas atuais enfrentados por países do
mundo todo, mapear, registrar e compartilhar conhecimento crítico na saúde representa uma
contribuição para gestores de sistemas de saúde e para ecossistemas de saúde que visam produzir
conhecimento e inovação vinculados ao nível de conhecimento que é considerado crítico e ou
muito crítico. Neste sentido, este estudo mapeou e analisou a produção científica sobre
conhecimento crítico na área da saúde, a fim de compreender como a comunidade científica aborda
esses temas. Para tanto, foram realizadas buscas em bases de dados científicas, sendo possível
identificar que poucos trabalhos apresentam, de fato, os dois temas relacionados.
Os resultados demonstram que o tema é investigado em temáticas diferentes e relevantes,
porém, poucas produções científicas estavam diretamente associadas ao tema gestão do
conhecimento crítico na área da saúde. Por meio da revisão da literatura foram identificados dez
temas de estudos: conhecimento crítico e educação; lacunas de conhecimento crítico em doenças;
conhecimento crítico em epidemias/pandemias; conhecimento crítico em vacinação;
conhecimento crítico de profissionais da saúde; compartilhamento do conhecimento crítico na
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
saúde; transferência de conhecimento crítico na saúde; conhecimento crítico da governança do
sistema de saúde; implementação de gestão do conhecimento crítico na saúde; e políticas e
conhecimento crítico na saúde. Esses temas foram desdobrados em subtemas, evidenciando
lacunas de pesquisas para discussões futuras.
Para pesquisas futuras foi sugerida uma agenda com alguns temas que poderão trazer novos
insights e estimular pesquisadores do campo, além de práticas que se deparam com conhecimento
crítico no contexto profissional da saúde. Além disso, salienta-se a relevância de pesquisas
voltadas a mapear os tipos de conhecimento nas diferentes esferas da área da saúde, como por
exemplo, hospitais, clínicas especializadas, consultórios médicos e ou startups.
Este estudo apresenta como contribuição teórica um eixo norteador de temas para discussão
de conhecimento crítico em saúde, capaz de estruturar eixos e linhas de pesquisa, uma vez que o
tema é relevante no contexto atual. Para profissionais do campo da gestão da saúde, os temas
podem contribuir para delinear estratégias para gerir conhecimento crítico nesse contexto.
Referências
Abdalla, Wala, et al., "An evaluation of critical knowledge areas for managing the COVID-19 pandemic".
Journal of Knowledge Management, vol. 26, no. 10, 2022, p. 2634-2667. Acessado 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1108/JKM-01-2021-0083.
Acharya, Dilaram, e Paudel, Rajan. “Assessment of critical knowledge on maternal and newborn care
services among primary level nurse mid-wives in Kapilvastu District of Nepal”. Kathmandu
University Medical Journal, vol. 13, no. 4, 2015, pp. 351-356. Acessado 12 mar. 2022.
http://kumj.com.np/issue/52/351-356.pdf.
Adair, Tim, et al., "Addressing critical knowledge and capacity gaps to sustain CRVS system
development". BMC Medicine, vol. 18, no. 1, 2020, pp. 1-6. Acessado 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1186/s12916-020-01523-y.
Ahmed, Toufiq, et al., "Knowledge transfers as the basis of decision support for drug prescription". VINE
Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 48, no. 2, 2018, pp. 294-312.
Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/VJIKMS-07-2017-0043.
Alshamsi, Omran, e Ajmal, Mian. “Critical factors for knowledge sharing in technology-intensive
organizations: evidence from UAE service sector”. Journal of Knowledge Management, vol. 22,
no. 2, 2018, pp. 384-412. Acessado 05 abr. 2022. https://doi.org/10.1108/JKM-05-2017-0181.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Anderson, Joan M., et al., “Uptake of critical knowledge in nursing practice: Lessons learned from a
knowledge translation study”. Canadian Journal of Nursing Research Archive, vol. 42, no.3, 2010,
p. 106-122, 2010. Acessado 07 abr. 2022. https://cjnr.archive.mcgill.ca/issue/view/219.
Araujo, Claudia A. S., e Siqueira, Marina Martins. "The Effect of Educational Initiatives on the Attitude
and Knowledge of Health Care Professionals Regarding Organ Donation and Transplantation: An
Integrative Literature Review". Transplantation Proceedings, vol. 55, no. 1, 2023, pp. 13-21.
Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1016/j.transproceed.2022.09.037.
Arghittu, Antonella, et al., "Health communication in COVID-19 era: Experiences from the Italian
VaccinarSì network websites". International Journal of Environmental Research and Public
Health, vol. 18, no. 11, 2021, pp. 1-14. Acessado 05 abr. 2022.
https://doi.org/10.3390/ijerph18115642.
Argote, Linda, e Ingram, Paul. “Knowledge transfer: A basis for competitive advantage in firms”.
Organizational Behavior and Human Decision Processes, vol. 82, no. 1, 2000, pp. 150-169.
Acessado 10 fev. 2022. https://doi.org/10.1006/obhd.2000.2893.
Argote, Linda, et al., “Managing knowledge in organizations: An integrative framework and review of
emerging themes”. Management Science, vol. 49, no. 4, 2003, pp. 571-582. Acessado 05 abr. 2022.
https://doi.org/10.1287/mnsc.49.4.571.14424.
Assem, Patrick Boateng, e Pabbi, Kwaku Agyepong. “Knowledge sharing among healthcare professionals
in Ghana”. VINE Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 46, no. 4, 2016
pp. 479-491. Acessado 12 fev. 2022. https://doi.org/10.1108/VJIKMS-08-2015-0048.
Azemfac, Kareen, et al., "A community-based assessment of knowledge and practice of breast self-
examination and prevalence of breast disease in Southwest Cameroon". Journal of Cancer
Epidemiology, vol. 2019, 2019, pp. 1-10. Acessado 05 abr. 2022.
https://doi.org/10.1155/2019/2928901.
Balaid, Ali, et al., “Knowledge maps: A systematic literature review and directions for future research”.
International Journal of Information Management, vol. 36, no. 3, 2016, pp. 451-475. Acessado 12
fev. 2022. https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2016.02.005.
Barney, Jay B., et al., “The future of resource-based theory: revitalization or decline?” Journal of
Management, vol. 37, no. 5, 2011, pp. 1299-1315, 2011. Acessado 07 mar. 2022.
https://doi.org/10.1177/0149206310391805.
Bhebhe, Lesley T., et al., "Attitudes, knowledge and practices of healthcare workers regarding
occupational exposure of pulmonary tuberculosis". African Journal of Primary Health Care and
Family Medicine, vol. 6, no. 1, 2014, pp. 1-6. Acessado 12 mar. 2023.
https://hdl.handle.net/10520/EJC160481.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Bosire, Edna N., et al., "Young women’s perceptions of life in urban South Africa: Contextualising the
preconception knowledge gap". African Journal of Reproductive Health, vol. 25, no. 2, 2021, pp.
39-49. Acessado 12 mar. 2023. https://www.ajol.info/index.php/ajrh/article/view/207309/195418.
Bryant, Sue Lacey, et al., “Becoming business critical: Knowledge for Healthcare”. Health Information &
Libraries Journal, vol. 33, no. 1, 2016, pp. 167-171. Acessado 12 mar. 2022.
https://doi.org/10.1111/hir.12155.
Burgdorf, Julia G., et al., "Barriers and facilitators to family caregiver training during home health care: A
multisite qualitative analysis". Journal of the American Geriatrics Society, vol. 70, no. 5, 2022, pp.
1325-1335. Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1111/jgs.17762.
Burrell, Darrell Norman. “Nontraditional leadership training for public managers”. Public Manager, vol.
36, no. 3, 2007, pp. 62-66. Acessado 12 mar. 2022.
https://www.academia.edu/download/66763433/Kapucu_N._2007._Building_community_cap2021
0501-24338-76wj9r.pdf#page=64.
Cannavacciuolo, Lorella, et al., "Mapping knowledge networks for organizational re-design in a
rehabilitation clinic". Business Process Management Journal, vol. 23, no. 2, 2017, pp. 329-348.
Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/BPMJ-01-2016-0028.
Cepeda-Carrion, Ignacio, et al., “Critical processes of knowledge management: An approach toward the
creation of customer value”. European Research on Management and Business Economics, vol. 23,
no. 1, 2017, pp. 1-7. Acessado 07 fev. 2022. https://doi.org/10.1016/j.iedeen.2016.03.001.
Chen, Jinyong, et al., "Managing Hospital Employees’ Burnout through Transformational Leadership:
The Role of Resilience, Role Clarity, and Intrinsic Motivation". International Journal of
Environmental Research and Public Health, vol. 19, no. 17, 2022, pp. 1-23. Acessado 12 mar.
2023. https://doi.org/10.3390/ijerph191710941.
Cruz, Sofia Gaspar, e Ferreira, Maria Manuela Frederico. “Gestão do conhecimento em instituições de
saúde portuguesas”. Revista Brasileira de Enfermagem, vol. 69, no. 3, 2016, pp. 492-499.
Acessado 02 fev. 2022. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2016690311i.
Dalkir, Kimiz. Knowledge management in theory and practice. MIT Press, 2017.
Dávila, Guilermo Antonio, et al., “The Role of Knowledge Complexity for Absorptive Capacity:
Evidence from ICT Firms”. Proceedings of the 16th International Forum on Knowledge Asset
Dynamics: Roma, IFKAD, 2021, pp. 1-9.
Enkel, Ellen, et al., “Managing technological distance in internal and external collaborations: absorptive
capacity routines and social integration for innovation”. The Journal of Technology Transfer, vol.
43, no. 5, 2017, pp. 1257-1290. Acessado 03 mar. 2022. https://doi.org/10.1007/s10961-017-9557.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Ermine, Jean-Louis L., et al., “Critical knowledge map as a decision tool for knowledge transfer actions”.
Electronic Journal of Knowledge Management, vol. 4, no. 2, 2006, pp. 129-140. Acessado 10 mar.
2022. https://hal.science/docs/00/47/03/87/PDF/10.1.1.85.873_1_.pdf.
Fink, A. Conducting research literature reviews: from the Internet to paper. 3. ed. SAGE, 2010.
Georgieva, Despina, et al., "Virtual Technologies in the Medical Professions-Creation of 360-Degree
Environments for Health Care Training". TEM Journal, vol. 10, no. 3, 2021, pp. 1314-1318.
Acessado 12 mar. 2023. https://www.ceeol.com/search/article-detail?id=979196.
Gonzalez, Rodrigo Valio Dominguez, e Martins, Manoel Fernando. “O Processo de Gestão do
Conhecimento: uma pesquisa teórico conceitual”. Gestão & Produção, vol. 24, no. 2, 2017, pp.
248265. Acessado 01 maio 2023. https://doi.org/10.1590/0104-530X0893-15.
Grant, Robert M. “Toward a knowledge‐based theory of the firm”. Strategic Management Journal, vol.
17, no. 2, 1996, pp. 109-122. Acessado 07 mar. 2022. https://doi.org/10.1002/smj.4250171110.
Haro, Carolina Sass de, et al., “Las Etapas de la Gestión del Conocimiento: Perspectivas relacionadas a
las cadenas hoteleras”. Rosa dos Ventos, vol. 6, no. I, 2014, pp. 3451, Acessado 01 maio 2023.
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=473547039004.
Havlice, Zdeněk, et al., “Critical knowledge representation for model-based testing of embedded
systems”. Proceedings of the 11th International Symposium on Applied Machine Intelligence and
Informatics: Herl'any, IEEE, 2013, pp.169-174. Acessado 05 abr. 2022.
https://doi.org/10.1109/SAMI.2013.6480969.
Hesamamiri, Roozbeh, et al., “Knowledge-based strategy selection: a hybrid model and its
implementation”. Journal of Information and Knowledge Management Systems, vol. 46, no. 1,
2016, pp. 2144. Acessado 01 maio 2023. https://doi.org/10.1108/VJIKMS-03-2015-0020.
Hung, Shin-Yuan, et al., "Knowledge management implementation, business process, and market
relationship outcomes: An empirical study". Information Technology & People, vol. 28, no. 3,
2015, pp. 500-528. Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/ITP-12-2013-0209.
Huang, Siyuan, e Cummings, Jonathon N. “Knowledge is Most Critical: Centralization in Knowledge -
Intensive Teams”. Small Group Research, vol. 42, no. 6, 2011, pp. 669-699. Acessado 04 fev.
2022. https://doi.org/10.1177/1046496411410073.
Jeyachelvi, K., et al., "Human papillomavirus Infection and its Vaccines Knowledge and Attitudes of
Primary Health Clinic Nurses in Kelantan, Malaysia". Asian Pacific Journal of Cancer Prevention,
vol. 17, no. 8, 2016, pp. 3983-3988. Acessado 12 mar. 2023.
https://journal.waocp.org/article_33086_a0cf2e9c4212c9eb844dea5ef41455e5.pdf.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Johnson, David, et al., "Knowledge management strategy for advancing the national health agenda in
Dominica". Revista Panamericana de Salud Pública, vol. 41, 2018, pp. 1-5. Acessado 12 mar.
2023. https://doi.org/10.26633/RPSP.2017.3.
Kamsu-Foguem, Bernard, et al., "Conceptual graph-based knowledge representation for supporting
reasoning in African traditional medicine". Engineering Applications of Artificial Intelligence, vol.
26, no. 4, 2013, pp. 1348-1365. Acessado 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1016/j.engappai.2012.12.004.
Kim, Sungho, e Anand, Jaideep. “Knowledge complexity and the performance of inter‐unit knowledge
replication structures”. Strategic Management Journal, vol. 39, no. 7, 2018, pp. 1959-1989.
Acessado 10 mar. 2022. https://doi.org/10.1002/smj.2899.
Knick, Terry, et al., "Knowledge of hepatitis C risk factors is lower in high incidence region". Journal of
Community Health, vol. 44, 2019, pp. 12-15. Acessado 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1007/s10900-018-0545-6.
Kordab, Mirna, e Raudeliūnienė, Jurgita. “Knowledge Management Cycle: a Scientific Literature
Review”. Proceeding of the 10th International Scientific Conference “Business and Management
2018”: Lithuania, VGTU Press, 2018. Acessado 01 maio 2023. http://www.bm.vgtu.lt/.
Kuhlmann, Ellen, et al., "A call for action to establish a research agenda for building a future health
workforce in Europe". Health Research Policy and Systems, vol. 16, no. 1, 2018, pp. 1-8. Acessado
12 mar. 2023. https://doi.org/10.1186/s12961-018-0333-x.
Lin, Chinho, et al., “An exploratory model of knowledge flow barriers within healthcare organizations”.
Information & Management, vol. 45, no. 1, 2008, pp. 331-339. Acessado 07 fev. 2022.
https://doi.org/10.1016/j.im.2008.03.003.
Lin, Sheng-Wei, e Lo, Louis Yi-Shih. "Mechanisms to motivate knowledge sharing: integrating the
reward systems and social network perspectives". Journal of Knowledge Management, vol. 19, no.
2, 2015, pp. 212-235. Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/JKM-05-2014-0209.
Lipunga, Andrew Munthopa, et al., “Emerging structural models for governance of public hospitals”.
International Journal of Health Governance, vol. 24, no. 2, 2019, pp. 98-116. Acessado 10 mar.
2022. https://doi.org/10.1108/IJHG-03-2019-0018.
Maguire, Moira, e Delahunt, Brid. “Doing a thematic analysis: a practical, step-by-step guide for
learning and teaching scholars”. Ireland Journal of Higher Education, vol. 9, no. 3, 2017,
pp. 3351-33514. Acessado 02 fev. 2022. http://ojs.aishe.org/index.php/aishe-j/article/view/335.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Mariano, Stefania. “Let me help you! Navigating through the COVID-19 crisis with prosocial expert
knowledge behaviour”. Knowledge Management Research & Practice, vol. 19, n. 4, pp. 484-492,
2021. Acessado 10 mar. 2022. https://doi.org/10.1080/14778238.2020.1866445.
Medlock, Morgan, et al., "Racism as a unique social determinant of mental health: development of a
didactic curriculum for psychiatry residents". MedEdPORTAL, vol. 13, 2017, pp. 3-9. Acessado 10
mar. 2022. https://doi.org/10.15766/mep_2374-8265.10618.
Mennini, Francesco Saverio, et al., "Knowledge management in turbulent times: time-based scenario
analysis of vaccinations against COVID-19". Journal of Knowledge Management, vol. 26, no. 11,
2021, pp. 71-88. Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/JKM-09-2021-0710.
Morr, Christo El, e Subercaze, Julien. “Knowledge Management in Healthcare”. Handbook of research
on developments in e-health and telemedicine: technological and social perspectives. Edited by
Maria Manuela Cruz-Cunha, Antonio J. Tavares, and Ricardo Simoes. IGI Global, 2010. pp. 490-
510.
Moulton, Bruce, e Forrest, Yvonne. “Accidents will happen safety critical knowledge and automated
control systems”. New Technology, Work and Employment, vol. 20, no. 2, 2005, pp. 102-114.
Acessado 04 fev. 2022. https://doi.org/10.1111/j.1468-005X.2005.00147.x.
Mundy, Darren, e Chadwick, David W. “Secure Knowledge Management”. Creating Knowledge Based
Health Care Organizations. Edited by Nilmini Wickramasinghe, Jatinder N. D. Gupta, Sushil K.
Sharma. Idea Publishing Group, 2004. pp. 321-337.
Namuyonga, Judith, et al., "Positive impact of training rural health workers in identification and
prevention of acute rheumatic fever in eastern Uganda". Cardiovascular Journal of Africa, vol. 2,
2022, pp. 1-4. Acessado 12 mar. 2023. http://doi.org/ 10.5830/CVJA-2022-029.
Nassim, Mariam Saad, et al., "Assessment of disease knowledge gaps among beta thalassemia major
patients and their caregivers". Egyptian Pediatric Association Gazette, vol. 70, no. 1, 2022, pp. 1-8.
Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1186/s43054-022-00143-w.
Oborn, Eivor, et al., "Knowledge translation in healthcare: incorporating theories of learning and
knowledge from the management literature". Journal of Health Organization and Management,
vol. 27, no. 4, 2013, pp. 412-431. Acessado 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1108/JHOM-01-2012-
0004
Ortegón, Ana Maria, et al., “Estratégia organizacional y ciclo de gestión del conocimiento: El modelo de
Bukowitz y Williams en práctica”. Espacios, vol. 37, no. 7, 2016, pp. 1-12. Acessado 01 maio
2023. https://www.revistaespacios.com/a16v37n07/16370711.html.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Page, Matthew, et al., “The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic
reviews”. International Journal of Surgery, vol. 88, no.1, 2020, pp. 105906. Acessado 10 maio
2023. https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2021.105906.
Pantelic, Marija, et al., "It’s not “all in your head”: critical knowledge gaps on internalized HIV stigma
and a call for integrating social and structural conceptualizations". BMC Infectious Diseases, vol.
19, no. 1, 2019, pp. 1-8. Acessado 01 maio 2023. https://doi.org/10.1186/s12879-019-3704-1.
Payne, Renee A., et al., "Succession planning in public health: addressing continuity, costs, and
compliance". Nurse Leader, vol. 16, no. 4, 2018, pp. 253-256. Acessado 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1016/j.mnl.2018.05.008.
Pereira, Tiago, e Santos, Henrique. “Healthcare Critical Knowledge Monitor System Model: Healthcare
Critical Knowledge Ontology Component”. Proceedings of the 13th Developing a Healthier
Environment Under Worldwide Economical Constraints, Shewc2013 - Safety, Health and
Environment World Congress: Porto, SHEWC, 2013, pp. 6-9. Acessado 10 maio 2023.
https://doi.org/10.14684/SHEWC.13.2013.6-9.
Pereira, Tiago, e Santos, Henrique. “Healthcare Critical Knowledge Monitor System Model: Healthcare
Knowledge Capture Component Specification”. Research Medical & Engineering Sciences, vol. 8,
no. 2, 2019, pp. 870-874. Acessado 10 fev. 2023. http://doi.org/10.31031/RMES.2019.08.000685.
Perron, Amélie, et al., "Hypervisible nurses: effects of circulating ignorance and knowledge on acts of
whistleblowing in health". Advances in Nursing Science, vol. 43, no. 2, 2020, pp. 114-131.
Acessado em 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1097/ANS.0000000000000311.
Plutzer, Eric, e Warner, Seth B. "A potential new front in health communication to encourage
vaccination: health education teachers". Vaccine, vol. 39, no. 33, 2021, pp. 4671-4677. Acessado
12 mar. 2023. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2021.06.050.
Pluye, Pierre, et al., “Making public health programs last: conceptualizing sustainability”. Evaluation and
Program Planning, vol. 27, no. 2, 2004, pp. 121-133. Acessado 05 mar. 2022.
https://doi.org/10.1016/j.evalprogplan.2004.01.001.
Poleza, Mariângela, et al., Gestão do Conhecimento no setor da saúde: mapeamento de ativos de
conhecimento com o CommonKADS”. Navus: Revista de Gestão e Tecnologia, vol. 10, no. 1,
2020, pp. 1-17. Acessado 02 mar. 2022. http://dx.doi.org/10.22279/navus.2020.v10.p01-17.1071.
Reimer-Kirkham, Sheryl, and Jule, Allyson. "Crosstalk: public cafes as places for knowledge translation
concerning health care research". Health Communication, vol. 30, no. 5, 2015, pp. 496-503.
Acessado em 12 mar. 2023. https://doi.org/10.1080/10410236.2013.868398.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Robertson, Kate, et al., "An evaluation of the staff training within the trauma and self injury (TASI)
programme in the National High Secure Healthcare Service for Women (NHSHSW)". The Journal
of Forensic Practice, vol. 15, no. 2, 2013, pp. 141-150. Acessado em 12 mar. 2023.
https://doi.org/10.1108/14636641311322322.
Tranfield, David, et al., “Towards a methodology for developing evidence‐informed management
knowledge by means of systematic review”. British Journal of Management, vol. 14, no. 3,
2003, pp. 207-222. https://doi.org/10.1111/1467-8551.00375.
Tsoukas, Haridimos. Complex Knowledge Studies in Organizational Epistemology. Oxford University
Press, 2005.
Young, Ron. Knowledge Management: Tools and Techniques Manual. Asian Productivity Organization
(APO). 2020. Acessado em 01 maio 2023. https://www.apo-tokyo.org/publications/knowledge-
management-tools-and-techniques-manual/.
Wang, Wei-Tsong, e Wu, Su-Ying. “Knowledge management based on information technology in
response to COVID-19 crisis”. Knowledge Management Research & Practice, vol. 19, no. 4, 2020,
pp. 468-474. Acessado 05 mar. 2022. https://doi.org/10.1080/14778238.2020.1860665.
Weightman, Janine, e Curson, Nigel. “Attaining Technical Excellence in Project-Based Organisations
through Multidisciplinary Knowledge Management Strategies and Tools to Improve the Transfer,
Application and Reuse of Critical Knowledge”. Abu Dhabi International Petroleum Exhibition &
Conference. OnePetro, 2018. Acessado 10 maio 2023. https://doi.org/10.2118/192678-MS.
Wonggom, Parichat, et al., "Effectiveness of an avatar educational application for improving heart failure
patients’ knowledge and self‐care behaviors: A pragmatic randomized controlled trial". Journal of
Advanced Nursing, vol. 76, no. 9, 2020, pp. 2401-2415. Acessado 10 maio 2023.
https://doi.org/10.1111/jan.14414.
Wu, Jen-Her, et al., “How health care delivery organizations can exploit eHealth innovations: An
integrated absorptive capacity and IT governance explanation”. International Journal of
Information Management, vol. 65, 2022, pp. 1-16. Acessado 07 mar. 2022.
https://doi.org/10.1016/j.ijinfomgt.2022.102508.
Copyright: © 2023. SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. This is an
open-access article distributed under the terms of the Creative Commons CC Attribution-ShareAlike (CC
BY-SA), which permits use, distribution, and reproduction in any medium, under the identical terms, and
provided the original author and source are credited.
Received: 25/04/2022 Accepted: 10/08/2023
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
Apêndice A - Artigos selecionados e analisados
N.
Título
Ano
Autor
1
An evaluation of the staff training within the trauma and self injury (TASI)
programme in the National High Secure Healthcare Service for Women
(NHSHSW)
2013
Robertson et al.
2
Conceptual graph-based knowledge representation for supporting reasoning in
African traditional medicine
2013
Kamsu-Foguem et al.
3
Knowledge translation in healthcare: incorporating theories of learning and
knowledge from the management literature
2013
Oborn et al.
4
Attitudes, knowledge and practices of healthcare workers regarding occupational
exposure of pulmonary tuberculosis
2014
Bhebhe et al.
5
Collaborative partnerships: bridging the knowledge practice gap in client-centred
care in mental health
2015
McCay et al.
6
Crosstalk: public cafés as places for knowledge translation concerning health care
research
2015
Reimer-Kirkham e Jule
7
Knowledge management implementation, business process, and market
relationship outcomes
2015
Hung et al.
8
Mechanisms to motivate knowledge sharing: integrating the reward systems and
social network perspectives
2015
Lin e Lo
9
Assessment of critical knowledge on maternal and newborn care services among
primary level nurse mid-wives in Kapilvastu District of Nepal
2015
Acharya e Paudel
10
Human papillomavirus infection and its vaccines: knowledge and attitudes of
primary health clinic nurses in Kelantan, Malaysia
2016
Jeyachelvi et al.
11
Planning for research on children during public health emergencies
2016
Faherty et al.
13
Mapping knowledge networks for organizational re-design in a rehabilitation
clinic
2017
Cannavacciuolo et al.
14
Poor knowledge of peripheral arterial disease among the Saudi population: a
cross-sectional study
2017
Ayeed et al.
15
Racism as a unique social determinant of mental health: development of a didactic
curriculum for psychiatry residents
2017
Medlock et al.
12
Knowledge management strategy for advancing the national health agenda in
Dominica
2018
Johnson et al.
16
A call for action to establish a research agenda for building a future health
workforce in Europe
2018
Kuhlmann et al.
17
How to improve healthcare? Identify, nurture and embed individuals and teams
with “deep smarts”
2018
Eljiz et al.
18
Knowledge transfers as the basis of decision support for drug prescription
2018
Ahmed et al.
19
Succession planning in public health: addressing continuity, costs, and
compliance
2018
Payne et al.
20
A community-based assessment of knowledge and practice of breast self-
examination and prevalence of breast disease in southwest Cameroon
2019
Azemfac et al.
21
Emerging structural models for governance of public hospitals
2019
Lipunga et al.
22
It's not "all in your head": critical knowledge gaps on internalized HIV stigma and
a call for integrating social and structural conceptualizations
2019
Pantelic et al.
23
Knowledge of hepatitis C risk factors is lower in high incidence regions
2019
Knick et al.
24
Addressing critical knowledge and capacity gaps to sustain CRVS system
development
2020
Adair et al.
25
Association between public knowledge about COVID-19, trust in information
sources, and adherence to social distancing: Cross-sectional survey
2020
Fridman et al.
26
Changes in COVID-19 knowledge, beliefs, behaviors, and preparedness among
high-risk adults from the onset to the acceleration phase of the US outbreak
2020
Bailey et al.
27
Effectiveness of an avatar educational application for improving heart failure
patients' knowledge and self-care behaviors: a pragmatic randomized controlled
trial
2020
Wonggom et al.
SARTORI, Rejane; MACHADO, Hilka Pelizza Vier; TONIAL, Graciele. Conhecimento Crítico na Área da Saúde:
análise da produção científica e agenda de pesquisas. Brazilian Journal of Information Studies: research
trends, vol. 17, publicação continua, 2023, e023035. DOI: 10.36311/1981-1640.2023.v17.e023035
28
Hypervisible nurses: effects of circulating ignorance and knowledge on acts of
whistleblowing in health
2020
Perron et al.
29
Lack of knowledge and misperceptions about thalassaemia among college
students in Bangladesh: A cross-sectional baseline study
2020
Hossain et al.
30
Practical actions for fostering cross-disciplinary global health research: lessons
from a narrative literature review
2020
Ding et al.
31
A potential new front in health communication to encourage vaccination: health
education teachers
2021
Plutzer e Warner
32
Health communication in covid-19 era: experiences from the italian vaccinarsì
network websites
2021
Arghittu et al.
33
Negotiating the transition from acute hospital care to home: perspectives of
patients with traumatic brain injury, caregivers and healthcare providers
2021
Oyesanya et al.
34
Virtual technologies in the medical professions - creation of 360 - degree
environments for health care training
2021
Georgieva et al.
35
Young women’s perceptions of life in urban south Africa: contextualizing the
preconception knowledge gap
2021
Bosire et al.
40
Knowledge management in turbulent times: time-based scenario analysis of
vaccinations against COVID-19
2021
Mennini et al.
36
An evaluation of critical knowledge areas for managing the COVID-19 pandemic
2022
Abdalla et al.
37
Assessment of disease knowledge gaps among beta thalassemia major patients and
their caregivers
2022
Nassim et al.
38
Barriers and facilitators to family caregiver training during home health care: A
multisite qualitative analysis
2022
Burgdorf et al.
39
Beyond witnesses: moving health workers towards analysis and action on social
determinants of health
2022
Olirus et al.
41
Managing hospital employees’ burnout through transformational leadership: the
role of resilience, role clarity, and intrinsic motivation
2022
Chen et al.
42
Positive impact of training rural health workers in identification and prevention of
acute rheumatic fever in eastern Uganda
2022
Namuyonga et al.
43
Predictors beyond the lesion: health and demographic factors associated with
aphasia severity
2022
Johnson et al.
44
Research priorities to improve the health of children and adults with dysphagia: a
National Institute of Health Research and Royal College of Speech and Language
Therapists research priority setting partnership
2022
Pagnamenta et al.
45
The effect of educational initiatives on the attitude and knowledge of health care
professionals regarding organ donation and transplantation: an integrative
literature review
2023
Araujo e Siqueira
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir dos dados da pesquisa.